sábado, 21 de janeiro de 2012

The Nanny - Capítulo 10 - Esclarecimento

(Contado pela Kate)

      Como eu havia dormido fora, acabei ficando sem a chave do apartamento. Tive que tocar a campainha, e quem abriu foi a Brenda. Assim que entrei na sala, o Brian veio correndo pra me abraçar. Me abaixei para poder ficar mais ou menos da sua altura, e o abracei.

           - Você disse que voltaria ontem. – disse ele, após me soltar.
           - Desculpa. – respondei, e me levantei. – Mas estou aqui, não é?
           - Dormiu fora? – pergunta a senhora C.
           - A festa acabou um pouco tarde ontem, e não seria legal eu chegar tocando a campainha daqui naquele horário, e acordando as pessoas. – respondi.
           - O Brian demorou pra dormir. – diz Brenda.
           - Por quê? – perguntei.
           - Ele queria esperar acordado até que você chegasse. – diz a senhora C. – Mas como você demorou tanto, ele acabou pegando no sono.

      Tá, eu confesso que fiquei surpresa ao ouvir aquilo. A cada dia que passa me surpreendo ainda mais com as coisas que o Brian faz.

           - É melhor você levá-lo para tomar banho, porque ele precisa ir pro colégio em uma hora. – diz a senhora C.

      Segurei na mão do pequeno, e o levei pro banheiro. Lhe dei seu banho, coloquei sua roupa. Penteei o cabelo dele, e depois fomos pra cozinha. Pela primeira vez, vi o senhor C ali sentado almoçando com a esposa e o filho. Brian comeu direitinho, escovou os dentes, me entregou sua mochila e saímos de casa.

      Assim que fechei a porta atrás de mim, me deparei com a porta em frente. Sabia que uma hora ou outra, eu teria de bater ali para pedir minha calcinha de volta. Nem morta que eu deixaria a coitadinha nas mãos daquele pervertido. Vai que ele inventa de fazer algum tipo de macumba com ela?!

      Para não correr o risco de o Brian chegar atrasado ao colégio, e a senhora C vir encher o meu saco sobre o assunto, resolvi levá-lo primeiro e depois passaria na casa do Bill.

–--
(Contado pela 3º pessoa)

      Bill estava deitado no sofá da sala, assistindo televisão e comendo sanduíche, quando seu irmão aparece e se senta num outro sofá.

           - Que dia irá entregar a calcinha pra sua amiga? – pergunta Tom.
           - Não sei. – responde Bill, após dar mais uma mordida no lanche.
           - Se quiser, posso fazer isso por você.
           - Não, obrigado. Mas isso quem tem que resolver sou eu.
           - Tudo bem.

      A campainha tocou. Com preguiça de se levantar para ir atender, pediu ao irmão que fosse em seu lugar. Tom ficou com um pouco de raiva, mas ainda assim foi.

           - Ô Bill, é pra você. – diz Tom, em seguida vai pro quarto.

      Bill se levantou e foi até a porta.

           - Veio aqui pra me chamar mais uma vez de pervertido? – pergunta ele.
           - Não. Vim pra pegar a minha calcinha. – responde ela, séria.
           - Entre. – ele lhe dá espaço para entrar.
           - É melhor não. – ela dá um passo para trás. – Não quero correr o risco de ser atacada por você.
           - E porque eu faria isso?
           - Sei lá. Você é maluco!
           - Tem certeza que quer receber uma calcinha, parada ai na porta? Alguém pode ver.

      Ela pensa um pouco, e finalmente entra.

           - Fique a vontade, que irei buscar sua...
           - Já entendi. Agora vá logo!

      Ele foi até o quarto, abriu a segunda gaveta de sua escrivaninha e pega a calcinha. Retorna a sala, e encontra a Kate sentada no sofá. Bill se aproxima.

           - Aqui está. – ele estica o braço para entregá-la, e Kate arranca a calcinha da mão dele.
           - Obrigada. – ela se levanta e caminha em direção a porta. Antes de abrir a mesma, pára e vira-se para ele. – Poderia... Poderia me contar como tudo aconteceu?
           - Tudo?
           - Menos a parte que eu já sei.
           - Ok. Mas é melhor se sentar.

      Os dois se sentam em lugares diferentes, e logo Bill começa a contar como as coisas aconteceram.

(Flashback)

           - Vem, vamos dançar! – ela o puxa pela mão, e os dois entram no salão.
           - Mas eu não sei dançar. – diz Bill, tentando se livrar.
           - Eu te ensino. – coloca os braços em volta do pescoço dele.

      Começaram a dançar, e permaneceram assim por alguns poucos minutos. Um garçom passou por ali, carregando uma bandeja com vários tipos de bebidas, e entre eles estavam os famosos champanhe e uísque. Imediatamente Kate parou o garçom, pegou uma das taças, e bebeu tudo em apenas um gole. Isso se repetiu inúmeras vezes, até que ela largou o Bill no meio da pista e foi até o bar. Se “deitou” em cima do balcão, e chamou aquele barman bonitão.

           - Manda uma vodka ai pra mim, gatinho. – sorriu, piscou pra ele e se sentou.
           - É pra já, princesa. – ele sorri.

      Bill se aproxima do local, e se senta ao lado dela. O barman coloca o copo de vodka em cima do balcão, e ela bebe tudo de uma vez.

           - Manda mais uma! – diz Kate.
           - Não! – Bill se intromete. – Acho que já passou da hora de você parar de beber.
           - Você tá falando igual a minha mãe! – se levantou, e começou a caminhar novamente em direção ao jardim do clube.
           - Em menos de dez minutos você bebeu mais de dez taças. – ele a acompanhava. – Fora os coquetéis que você deve ter tomado. – ela parou de vez, e se virou para ele.
           - Eu... Eu... – ela nem conseguia falar. – Eu não tomei nada! – se virou e continuou andando.

      Assim que chegaram ao jardim, a Kate tropeçou, e se não fosse pelo Bill ali ao seu lado, ela teria caído.

           - Você nem consegue se sustentar em pé! – disse ele, segurando-a. – Vem, vamos sentar ali.

      Ele se sentou no banco, e tentou de todas as maneiras convencê-la a se sentar também. Mas ela preferiu ficar sentada na grama.

           - Você está bêbada, e precisa de ajuda. – disse Bill.
           - Quem disse? – soluçou. – Ih, eu acho que estou começando a ficar mesmo.
           - Começando? – ele ri.
           - É impressão minha, ou você está com duas cabeças?
           - Viu só?! Já está até vendo tudo em dobro!

      Ela fecha os olhos, e os abre em seguida.

           - Bruno, eu não to bêbada. – diz ela.
           - É Bill! – ele a corrige.
           - Bia? – pergunta incrédula, e começa a rir feito louca.
           - Você não pode ter vindo sozinha. Quem está te acompanhando?
           - Laura. – ela deita a cabeça no colo de Bill.
           - E pelo menos sabe onde ela está?
           - Transando com alguma vadia! – ela fez uma pausa. – De que fruta você gosta?
           - Como assim?
           - Adoro banana. E você?
           - Não acredito que estamos falando sobre frutas.
           - E sobre o quê quer falar? Ah, já sei! – olha pra ele. – Você quer ficar comigo, não quer?
           - Já começou a delirar.

      Kate se levanta. Com medo de que ela pudesse cair, Bill também se levanta e fica próximo a ela, esperando qualquer tipo de coisa.

           - Posso te contar uma coisa? – diz ela.
           - Pode.
           - Então chegue mais perto.

      Bill se aproximou.

           - Mais perto! – ela quase gritou, e ele se aproximou mais. – Mais perto.
           - Mais perto que isso, só se fossemos apenas um.
           - Essa é a intenção. – ela passou seus braços em volta do pescoço dele, e lhe deu um beijo.

      Após o beijo, os dois ficaram calados por alguns instantes. Bill disse que a levaria pra casa em segurança, e foi isso que fez. Eles pegaram um táxi, já que Tom resolveu ficar com o carro. Chegaram ao condomínio, e ele fora surpreendido mais uma vez por um beijo dela. As coisas foram se aquecendo, até que foram parar dentro do apartamento dele. E o resto da história, vocês já sabem.

(/Flashback)

      Bill terminou de contar como tudo aconteceu, e a Kate estava chocada consigo mesma.

           - Meu Deus – disse ela. -, sou praticamente uma pririguete!
           - Ah, também não precisa exagerar. – disse Bill.
           - Como é que tive coragem de fazer isso? Acho que nem a Laura teria cara de pau suficiente pra agir assim.

      O silêncio tomou conta.

           - Podemos fingir que isso nunca aconteceu. – diz Bill, finalmente.
           - Tá falando sério?
           - Se você preferir...
           - Acho que seria o melhor a fazer. – ela olha pro seu relógio de pulso. – Bem, já está na minha hora. – se levanta. – E me desculpe por qualquer coisa.
           - Sem problemas.

      Ele a acompanha até a porta.

           - Desculpa. – diz ela.

Postado por: Grasiele

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