sábado, 21 de janeiro de 2012

The Nanny - Capítulo 7 - Festa - Parte I

Jeans apertados, peitos enormes me fazem (assovio)
Todas as pessoas na rua sabem (assovio)
Cheia de jóias, brilho as crianças fazem (assovio)
Todas as pessoas na rua sabem (assovio)

Capitulo VII
(Contado pela Kate)

      Cheguei em casa furiosa, mas tentando não demonstrar isso a absolutamente ninguém. Nem mesmo o pequeno Brian, que me fez passar por tanta coisa. Assim que chegamos, o levei diretamente até o banheiro para que pudesse tomar um banho antes de comer algo. Ele estava com tanto sono, que acabou dormindo, e nem ao menos se alimentou. Fiquei um pouco preocupada, e quando fui acordá-lo, levei comigo uma bandeja com alguns lanchinhos.

      Abri a porta do quarto, coloquei a bandeja em cima da escrivaninha, desliguei o abajur, abri as cortinas, e me aproximei da cama. O chacoalhei devagar, para não assustá-lo, ele acordou numa boa, e se sentou. Peguei a bandeja, e coloquei sobre a cama, e disse que ele só sairia dali após comer tudo.

           - Mas não estou com fome! – disse ele, cruzando os braços e fazendo biquinho.
           - Não pode ficar sem comer. – disse, pegando o copo de suco. – Se a sua mãe descobre que não está se alimentando, é bem capaz de chamar um médico. E você não quer ficar no hospital, não é?
           - Não.
           - Então beba o suco, e coma alguma coisa. – lhe entreguei o copo.

      Permaneci ali no quarto para ter certeza de que ele comeria. Depois que ele terminou, o ajudei a se vestir, e fomos pra sala. Sua mãe estava lendo uma revista, e quase não lhe deu muita atenção. Liguei a televisão, e coloquei num canal que só passava desenhos. Por mais incrível que pareça, o Brian havia ficado quieto, concentrado na programação. Me sentei ao seu lado.

      A campainha toca, e a Brenda aparece para atender.

           - Olá, Brenda. – diz Bill. – A senhorita O’Connell está?

      Ao ouvir aquela voz, e ele perguntando pela senhora C, imaginei que ele fosse me entregar. Pronto, é hoje que perco meu emprego! Pensei. Minhas mãos começaram a suar, meu coração acelerou, minhas pernas tremiam feito vara verde, e eu não sabia o que fazer. Na verdade, não havia nada que pudesse ser feito naquele momento. Só me restava esperar para ser posta para fora.

      Bill se aproximou, e a senhora C logo colocou sua revista em cima da mesinha de centro, e se levantou para ir cumprimentá-lo. A me ver sentada ali, ele desfez o sorriso que estava estampado em seus lábios, e uma expressão de “Eu disse que viria aqui, não disse?”, surgiu em seu rosto. Foi ai que o medo tomou conta de mim. O Brian se levantou e correu para abraçá-lo.

           - Sente-se. – disse senhora C, apontando para o sofá.
           - Obrigado. – diz ele, se sentando.
           - A quê devo a honra de sua visita? – pergunta ela.
           - Vim aqui pra... – ele olhou pra mim, e desviei o olhar. – Vim para visitar o Brian.

      O quê? Mas pensei que tivesse aparecido só pra me entregar! Não consegui me segurar, e olhei pra ele. Brian estava sentado em seu colo, e parecia estar brincando com as mãos dele. A senhora C conversou com o Bill por algum tempo, e depois se retirou.

           - Preciso resolver algumas coisas. – disse ela, se levantando e pegando sua bolsa. – Mas pode ficar a vontade. Pedirei para a Brenda servir um lanche.
           - Não, muito obrigado. – diz ele. – Não precisa se preocupar comigo.

      A senhora C saiu de casa, deixando apenas nós três na sala. O silêncio havia tomado conta, e fiquei sem graça. Não sabia o que dizer. Me levantei do sofá, e quando estava a caminho do meu quarto, senti alguém me segurar pelo braço, me fazendo virar.

           - Só não te entreguei, porque fiquei com pena do Brian. – disse Bill, me encarando. – Mas se vacilar de novo, não hesitarei em dizer alguma coisa.
           - Isso é uma ameaça?
           - Entenda como quiser.
           - Se tivesse tanta pena dele, teria contado tudo! – me desvencilhei.
           - Se quiser, posso passar aqui depois e dizer a ela.

      Que garoto mais idiota!

           - O que você quer, hein? – perguntei.
           - Quero apenas que cuide do Brian!
           - E quem é você pra ficar exigindo que eu faça as coisas? Por acaso é algum parente próximo dele? – cruzei os braços.
           - Não. Mas já vi esse garoto sofrer, e não quero que ele passe por mais decepções. Ele é apenas uma criança.
           - Se você quer saber, aquele dia no parque, eu quase me matei de tanta preocupação sem saber onde ele estava. – descruzei os braços, e olhei para os lados. - E não foi culpa minha ele ter desaparecido!
           - Da próxima vez, tenha mais cuidado.
           - Você fala como se eu fosse a mãe dele. Mas eu não sou! Eu... eu sou apenas uma babá!
           - Estão te pagando para cuidar dele, então é sua obrigação fazer com que ele fique bem.
           - Quer saber, eu nem sou babá de verdade! – confessei, e ele me olhou incrédulo. – Também não tomei conta da filha do Tom Cruise, e não fazia idéia do quanto cuidar de crianças era difícil!
           - Esperai, está querendo dizer que mentiu para conseguir o emprego?
           - É isso ai! Eu havia sido despedida do meu emprego, e despejada da minha casa. Não tinha onde cair morta, e essa foi a única solução que encontrei pra não ter que morar de favor na casa da minha melhor amiga!

      Ficamos calados por algum tempo, até que o Brian surge.

           - Kate, eu quero ir ao banheiro. – diz ele, se aproximando de mim.
           - Vem. – segurei em sua mão e o levei até o banheiro.

      Provavelmente o Bill deve ter ficado parado tentando entender tudo aquilo que eu acabara de dizer. Só sei que quando sai do banheiro, ele já não estava mais no apartamento.

      Mais tarde, quando a senhora C chegou, recebi a ótima noticia de que eu teria aquela noite de folga. Fiquei tão feliz, que lhe dei um abraço. Ela se assustou com a minha reação, e pedi desculpas. Corri pro quarto, fechei a porta, peguei meu celular que estava em cima da mesinha de cabeceira, me sentei na cama, e liguei para a Laura.

           - Está livre essa noite? – pergunto.
           - Sim.
           - Então é melhor colocar uma boa roupa, pois iremos sair para nos divertir muito! – me deitei na cama.
           - Tá falando sério? – ela parecia estar feliz.
           - Um-hum.
           - Ainda bem que você está de folga. Vai haver uma festa em homenagem a um produtor musical, naquele clube chique que tanto queríamos ir. Ganhei um convite, e posso levar mais uma pessoa. Topa?
           - Claro! – e como poderia recusar?
           - Ok. Passa aqui às 20h30?
           - Fechado.
           - Não precisa ir com roupas tão formais não, tá?
           - Melhor ainda.
           - Então nos encontraremos aqui em casa no horário marcado. Beijos.

      Quando o relógio marcou 18h40, decidi tomar meu banho. Pra não correr o risco de algum intruso entrar e me pegar como vim ao mundo, tranquei a porta. Vinte minutos depois, sai enrolada numa toalha branca, e com os cabelos presos num coque desarrumado. Abri o guarda-roupas para escolher alguma coisa, e aquela dúvida de sempre, bateu. Fiquei parada observando as peças por alguns minutos até que finalmente escolhi. Passei creme hidratante em meu corpo, e desodorante. Como meu cabelo é liso, achei melhor fazer algo que ficasse diferente. Fiz alguns cachos nas pontas do cabelo, deixando a raiz lisa. Caprichei um pouco mais na maquiagem, mas nada que pudesse ficar tão chamativo ou vulgar. Coloquei meu vestido, em seguida os sapatos. Finalmente eu poderia usar sapatos de salto, após passar tanto tempo afastada deles. Me coloquei em frente ao espelho para me olhar. Estava praticamente pronta, faltava apenas passar o perfume. Peguei o frasco, e me pus mais uma vez em frente ao espelho. Passei o perfume, o guardei, e sai do quarto.

(Roupa da Katehttp://www.polyvore.com/cgi/set?id=23246326)

      Cheguei a sala, e a Senhora C estava sentada no sofá, assistindo televisão ao lado do Brian. Foi a primeira vez que a vi daquele jeito. Quando ela me viu, pareceu estar surpreendida. Elogiou minha roupa, e disse que eu poderia voltar até na manhã seguinte, se eu quisesse. Mas lhe disse que eu estaria de volta naquela mesma noite. Chamei um táxi, e em poucos minutos o mesmo chegou. Me despedi do Brian, que me deu um abraço forte, e segui em direção a saída do apartamento.

      Entrei no táxi, e pedi ao taxista que me levasse ao endereço da casa da Laura. Devo ter chegado lá em pouco mais de dez minutos. E vou confessar que fiquei de boca aberta ao ver aquela garota toda arrumada. Ela estava linda com aquele vestido curto, que deixava suas curvas ainda mais acentuadas. Estava sexy e cheirosa. Só poderia ser mesmo a minha melhor amiga. Nos cumprimentamos com um abraço, e um beijo no rosto. Esperei até que ela terminasse de se arrumar, o que demorou uns quinze minutos. Após tudo estar pronto, fomos para o clube, no carro dela.

      Conversamos durante todo o percurso, e por fim chegamos. Aquele lugar era tão bonito, que nem parecia ser real. O guardador apareceu e desapareceu com o carro dela. Entramos, e a primeira pessoa que veio nos cumprimentar foi o homenageado da festa; um senhor alto, de aparência elegante, olhos azuis como o céu, cabelos um pouco grisalhos, usando smoking, e com um sorriso de arrancar suspiros. Além de estar muito cheiroso também. Ele nos tratou com tanta educação, que cheguei a pensar que já o conhecia há muito tempo.

      Em pouco tempo a Laura havia sumido por entre as pessoas. Acabei ficando sozinha, e vagando pelo clube. Caminhei um pouco por ali, e me sentei num dos bancos do barzinho do clube. O barman muito simpático veio me atender.

           - A senhorita deseja algo para beber? – pergunta ele, sorrindo.
           - Um coquetel de frutas, por favor. – disse, e retribui o sorriso.

      O coquetel foi preparado rapidamente. Enquanto eu bebia, ficava observando o pessoal dançar. Confesso que estava meio desanimada, mas é bem melhor estar aqui do que cuidando do Brian, que nessa hora já deve estar dormindo.

      As horas iam passando, e nada de divertido ou interessante acontecia. Acho até que estava começando a ficar com sono. Perdi as contas de quantos coquetéis tomeis. E a Laura ainda não apareceu. Onde será que ela se meteu hein? E porque me deixou aqui sozinha? Já estava ficando cansada, quando avistei algumas pessoas de longe...

Postado por: Grasiele

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