sábado, 7 de janeiro de 2012

Broken Heart - Capítulo 61

– Tenho, porque? – eu perguntei desconfiada.

– Ah, eu queria ver! Eu não sabia que tinha uma namorada profissional de dança! – ele disse sorrindo malicioso.

– Pára de ser safado! Olha os seus pais aqui, se comporta! – eu disse e dei um tapa no ombro dele e todo o mundo riu.
No dia seguinte eu fiz a minha rotina normal de aulas e no fim no dia a Ana apareceu para eu ajuda – la na apresentação dela, mal eu sabia que aquilo não passava tudo de uma armadilha.

– Oi, Ana! Tudo bem? – eu perguntei simpática.

– Tudo ótimo! E com você!? – ela me disse começando a me empurrar.

Quando eu olhei eu estava trancada no teatro da faculdade com ela e mais umas garotas que eu nunca tinha visto. Eu não estava entendendo nada do que estava a acontecendo ali! Afinal o que significava aquilo!? Não era suposto ser só um ensaio de dança, mais nada?

– O que tá acontecendo aqui? – eu disse confusa e começando a ficar assustada.

Eu estava assustada, mas não podia demonstrar isso, afinal eu não sabia o que aquela gente queria!
– Aqui não vai existir ensaio de dança nenhum! Viemos te fazer um aviso! Fica longe do Tom e dos garotos da banda! Você é a tal namorada dele, não é? Tá grávida dele? – ela me disse gritando com raiva.

– Não, eu não sou nada dele para além de amiga! – eu disse, afinal publicamente nós ainda não tinhamos assumido nada.

– PARÁ DE MENTIR SUA VADIA! Eu vi vocês os dois na sorveteria se beijando e falando em bebés! – ela me empurrou para o chão e uma das outras garotas puchou os meus cabelos.

– Me soltem! O que vocês querem de mim!? – eu disse gritando.

– Que você desapareça da vida deles! – ela me disse me empurrando para o chão. Do nada elas começaram a me espancar, chutavam o meu corpo com muita força. Eu apenas me curvava protegendo a minha barriga, os meus bebezinhos! Eu não me importava com o que fizessem comigo, desde que os meus amores não sofressem nada! Depois pegaram numa tesoura e começaram a rasgar a minha roupa toda, e já estava ficando muito nervosa com aquilo! Normalmente aquela hora na faculdade não passava ninguém! Por mais que grita - se ninguém me iria escutar!

– Eu não me vou afastar dos meus amigos, suas retardadas! – eu disse e empurrei – as com força que me restava, e aprovetei que ela tinha deixado cair a tessoura da mão e apontei na direcção delas.

– Vejam se desapareçam vocês da minha vida! Eu sou mais louca que todas vocês juntas e não vou me controlar com essa tesoura! – eu disse alto e gritando. Elas sairam dali correndo pensando que eu ia fazer alguma maluquice.

Nos minutos seguintes, eu deixei cair a tesoura da minha mão e fiquei de joelhos no chão chorando assustada e passando a mão na barriga.

Dez minutos depois eu limpei o rosto com as mãos, peguei nas minhas coisas e sai da faculdade. Já estava muito escuro e frio, e a minha roupa era só trapos, estava toda cortada e feita em pedaços. As minhas calças estavam todas cortadas pareciam uns shorts assasinados, a minha blusa parecia um monte de pedaços de tecido, até um das alças do meu sutiã esta toda cortada. O meu corpo doía parecia que me tinham atropelado. Começei a colocar o capacete e me senteina mota, as minhas mãos ainda tremiam! Começei a dirigir, mas os meus olhos se inundavam de lágrimas, e eu já nem via a estrada com clareza. No meio do caminho para casa a mota começou a derrapar ligeiramente, mas eu continuei assim mesmo! Minutos depois, eu estava tentando freiar, mas a mota estava sem freios, eu juro que nos minutos seguintes eu pensei que fosse morrer! A mota não parava de jeito nenhum, parecia que tinham cortado os freios, a mota derrapou de vez e eu caí com a mota na beira da estrada. Eu nem acreditei quando vi a mota de um lado e eu jogada para outro lado. Com alguma dificuldade me coloquei de pé, e peguei tudo o que estava na mota, o meu corpo ainda doia mais, eu estava exausta desejando um bom banho quente e comida. Parecia que aquele dia infernal não ia acabar nunca! A estrada estava escura, e eu tive que ir andando até casa, mas minhas pernas estavam doridas e cheias de machucados assim como os braços, mas eu estava bem. Senti algo molhando o meu rosto, levei a minha mão à minha testa, e quando a tirei vi sangue! Ainda cortei a testa, bem poderia ter sido pior que isso! Pelo menos estou viva e os bebês parecem bem! Eu só estou cansada e doída para dormir depois de um dia desses.

Quando eu peguei o meu celular na bolsa, ele tinha um monte de ligações. Eu suspirei, mas já estava perto de casa, assim que chegasse eu inventaria alguma desculpa, qualquer coisa!

Assim que entrei no prédio, o porteiro correu para junto de mim.

– Senhorita Gabriela? Está tudo bem? – ele me perguntou preocupado.

– Está tudo bem! Não se preocupe! Eu só estou um pouco cansada! – eu disse sorrindo fraco.

– Mas está toda machucada! – ele me disse com os olhos arregalados.

– Foi uma queda nada de mais! – eu disse.

– Ok! Então boa noite, senhorita! – ele disse mais calmo.

– Obrigada, por se preocupar! O senhor é muito simpático! Tenha uma boa noite também! – eu disse calma.

Eu subi as escadas do prédio, eu nunca fiquei tão aliviada por chegar a casa, abri a porta e vi um monte de gente encarando a porta de onde eu estava! O que foi que aconteceu agora?

– Meu deus! O que aconteceu com você? – disse o Gus arregalando os olhos.

– Amor!? Está tudo bem? – disse o Tom preocupado.

– Nada, meu anjo! Eu cai e rasguei as roupas só isso, nada de mais! – eu disse dando um beijo na testa dele.

– Gabi, isso é mentira! Nós recebemos uma ligação esta tarde, de umas garotas dizendo para o Tom te deixar se não iriam acabar com você e com os bebês! – disse o Bill sério.

– Não se preocupa, tá tudo certo! Não passou de uma queda na faculdade com uns arranhões, nada que me possa derrubar! – eu disse séria.

– Mas o que aconteceu, Gabriela? Conta essa história direito! – disse a Chris.

– Não teve garota nenhuma, foi só uma queda na faculdade! – eu disse desviando o olhar.

Eu não queria preocupar ninguém. Eu sei que iam ficar preocupados, causar tensão entre eles. Eu não quero eles sofrendo, por uma coisa que já passou, não tem mais importância!

– Mas…isso tá muito mal explicado! – disse o Bill arqueando a sombraçelha.

– Eu vou tomar banho! – eu disse suspirando.

Eu fui até ao meu quarto e bateram na porta. Eu dei permissão para entrar e era o Ge.

– Gabi? – ele me chamou.

– Oi, Ge! Tá precisando de algo? – eu perguntei cansada.

– Não, mas eu quero saber essa história direito! – ele disse sério.

– Não tem nada para saber nem contar! – eu disse firme.

– Mas e esses machucados? Na testa? Nos braços? E as pernas? Isso não é queda! – ele disse insistindo.

Eu tava ficando sem saída! O que eu faço?

Postado por: Grasiele

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