quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Broken Heart - Capítulo 51

– Amiga, agora que você começou, vai ter que acabar de contar! – ela disse sorrindo.

– Ok, aqui vai, eu estava organizando uns protestos contra a direcção da faculdade. – eu disse encarando todos, que me olhavam curiosos.

– Aposto, que não eram simples protestos, pois não? Eu me lembro de ouvir algo sobre isso! – disse o Gus.

– Pior que ele tem razão, não é Gabi? – disse a Angel.

– Pior que ele tá mais que certo, eu não sou de me ficar, então ficou uns protestos digamos que pouco convencionais! – eu disse rindo.

– Bota pouco convencional nisso! – disse a Angel rindo também.

– Eu tou ficando assustado! O que você fez? – disse o Georg me olhando.

– Calma, eu não matei ninguém não, mas dei uma animação especial! – eu ria só de lembrar.

– Quer nos matar de curiosidade? Mais um pouco e estrago o meu esmalte de roer as unhas! – disse o Bill.

– Bem, eu simplesmente consegui parar a faculdade! Digamos nós paramos as aulas e nos pusemos em pé nas mesas e começamos a despir as roupas! Calma, gente nós ficamos com as roupas íntimas, despois colocamos fitas daquelas da polícia em volta do corpo, e ficamos jogando tinta um nos outros. Pior de tudo trancamos todo o mundo dentro da faculdade, só paravamos quando o director nos ouvisse. Ficamos gritando que nem loucos para devolver as bolsas de estudos aos alunos mais carenciados. Ah, mas que valeu, valeu, eu nem me reconhecia, toda pintada de vermelho! – eu disse rindo.

– Nossa! Que coisa doida! – disse o Tom me olhando assustado.

– Não me olha assim, que foi de mais!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – eu disse entusiasmada.

– Vocé é bem doidinha! – disse o Bill rindo.

– Bota doidinha nisso! Você acha que ela se vestiu para ir falar com o director? – disse a Angel.

– Você foi em roupas íntimas falar com ele? – disse Ge me olhando com os olhos arregalados.

– Já que era para chocar, pelo menos que ele sofresse um choque total! – eu disse rindo.

– E você conseguiu que ele voltasse a dar as bolsas? – disse o Gus curioso.

– Você ainda acha por um acaso que ela não ia conseguir? Sai da frente dela quando ela quer uma coisa, nem tenta parar, porque ela vai até às últimas consequências! – disse a Angel e todo o mundo riu.

– Mas vou mesmo, até ao inferno se fosse preciso! – eu disse rindo.

– Nós nunca soubemos disso porque? – disse o Tom me olhando.

– Vocês na altura estavam numa turne, e não se preocupa porque nós só eramos amigos na altura. Você me acha uma doida agora, porque não sabe em metade das encrencas que eu meti quando era bem solteirinha! Mas era uma delicia! – eu disse sorrindo.

– É melhor eu nem perguntar! – disse Tom rindo.

– Melhor mesmo, bem! – eu disse rindo.

– Onde a Angel entra nessa história? – disse o Ge.

– Ah, porque a imprensa queria saber quem era a garota que conseguia parar uma faculdade inteira assim do nada e como conseguia sempre serem aceites os nossas exigências! – eu disse.

– Eles não sabiam, porque a faculdade tem muita gente, e a impressa andava doida com isso. A Angel me descobriu e esse foi o inicio da nossa amizade ela guardou segredo, nós ficamos logo amigas na hora! Pois ela queria fazer fotografia não ficar escrevendo para os jornais! – eu disse sorrindo.

Nós continuamos jantando animados, e rindo, com as coisas que a Angel e a Bárbara contavam, sem falar que o Ge e o Gus estavam com umas caras todas fofas só a olhar para elas.

Acabamos por subir cada um para os nossos quartos para ir descansar, eu juro que eu não estava esperando nada do que ia acontecer naquela noite.

Eu e o Tom entramos no quarto e ele estava sorrindo animado, mais animado que o normal.

– Amor? – ele me chamou.

– Sim! – eu disse me virando para ele.

– Eu queria te contar uma decisão que eu tomei! – ele disse se aproximando de mim.

Ai, meu deus! Que decisão é essa, já tou ficando com medo.

– Que decisão amor? – eu perguntei curiosa.

– Eu decidi assumir o nosso namoro públicamente. – ele disse sorrindo.

Como? Ele tá doido? Agora?

– Amor, olha eu fico feliz que você queira fazer isso! Mas acho que não é o momento certo para isso acontecer! – eu disse receosa.

– Porque? Você tem vergonha de mim! – ele me encarou furioso.

– Não, claro que não! Eu não estou preparada nesse momento, nós acabamos de sair de uma situção muito díficil nem faz um dia! Eu não tou com forças para enfrentar a pressão que a impressa vai fazer sobre nós. Além disso, isso pode prejudicar a imagem da banda, eu não quero que você destrua tudo o que você conquistou e que tanto sonhou! – eu disse baixando o olhar.

– Você tá mentindo! Você não me ama como diz me amar! Para você não querer assumir é porque você tá com outro cara! – ele disse muito irratado, me empurrou com muita força e saiu batendo com a porta.

Ele me empurrou com tanta força que eu caí em cima da mesa de vidro que estava nas minhas costas, fazendo a mesma se quebrar. Acabei por bater com a cabeça com muita força , a minha blusa estava se manchando toda de sangue. As lágrimas já saiam involuntáriamente pelos os meus olhos. Eu gatinhei até ao banheiro pingando sangue por todo o caminho e entrei na banheira. Me deitei dentro da banheira com a cabeça do lado da torneira e abri na água fria. Fiquei encolhida sentindo a água fria cair sobre o meu corpo, e a lavar também as minhas lágrimas! Eu seria incapaz de o trair, de fazer algo para o machucar! Será que eu estava errada só querer adiar isso um pouco?

De repente senti os meus olhos escurecerem, mas o mais estranho é que eu estava acordada! Será que cortaram a luz? Coisa esquisita! Ouço uns passos em minha direcção e depois alguém me chamando.

– Meu deus! Amiga, você está bem? – disse a Chris assustada.

– Chris, é você? Cortaram a luz? – eu perguntei.

– Sim, sou eu amiga! Não cortaram a luz, alías as luzes estão ligadas! Você não me tá vendo aqui na sua frente? – disse a Chris ainda assustada.

– Não, eu não tou enxergando nada! Está tão escuro! – eu disse sentindo lágrimas quentes sairem dos meus olhos de tanto medo que estava começando a sentir.

– Eu vou te levar a um posto médico, você precisa de ser vista por um médico agora! Eu vou te ajudar! – ele disse pegando nas minhas mãos para me ajudar a por de pé. Assim que eu tentei me levantar, as minhas pernas não conseguiam me obedecer e eu caí de joelhos dentro da banheira.

– Espera, eu vou chamar alguém para nos ajudar! – ela disse e ouvi os passos dela se distanciando.

Eu estava em pânico, eu estava cega, eu não enxergava absolutamente nada! Eu estava com muito, mas mesmo muito medo!

Ao fim de 5 minutos…

– Calma, moça! Eu vou te ajudar! Não fica nervosa! – eu ouvi, acho que era o dono do hotel falando comigo.

Eu senti alguém me pegando ao colo, e me levando para algum lugar.

– Você, precisa de levá – la urgentemente para o posto médico mesmo, ela está perdendo muito sangue da cabeça! – disse a mesma voz.

Depois, senti que me estavam colocando sentada em algo macio, parecia o banco do carro.

Percebi que depois o carro começou a se mover, é tão estranho você não poder ver, a não ser tudo preto.

O silêncio dominava, nenhuma de nós falava, só conseguia perceber que a Chris estava muito nervosa, a respiração dela estava muito rápida.

Depois de 20 minutos…

– Espera só um pouquinho, que eu já venho! – ela me disse e ouvi a porta bater.

Ouvi a porta do meu lado se abrir, e me pegarem de novo no colo. Depois senti que me deitaram em algo duro e rígido, parecia uma maca! Eu odiava estar nesse vazio tentando adivinhar o que estava acontecendo.

Eu senti me mexerem várias vezes, não conseguia entender nada! Depois me deram um comprimido para tomar, eu fui ficando cansada e acabei pegando no sono bem rápido.

Enquanto com a Chris…

Ela estava na sala de espera ansiosa por notícias, até que aparece um médico.

– Desculpa, a senhorita é amiga da moça que entrou à pouco sem ver não é? – disse o médico sério.

– Sim, sou eu! O que ela tem? Ela está melhor? Vai se recuperar? – disse a Chris disparando as perguntas.

– Bem, ela está com uma cegueira temporária! – disse o médico sério.

– Como assim? – disse a Chirs abrindo a boca de espanto.

– Essa cegueira é rara acontecer, mas só acontece quando os pacientes passam por um trauma emocional grande, ou vários traumas emocionais em muito pouco tempo. Bem, é como se incoscientemente ela se estivesse protegendo de ver o mundo e de se machucar mais psicológicamente. Resumindo, essa moça chegou ao seu limite emocional! Por isso eu pedi para darem um calmante nela, estava muito nervosa quando chegou aqui! - disse o médico a encarando.

– Doutor, quando isso vai passar? Isso tem tratamento? – disse a Chris.

– Olha isso só vai passar quando a mente dela estiver preparada para enfrentar o mundo, ou seja, pode durar 2 dias, 1 semana, 3 meses, ou até anos, para ela se recuparar. Isso não tem uma data certa! Não há tratamento correcto, mas vou pedir que alguns remédios para manter os olhos saudáveis até ela se recuperar, oK! Ela já pode ir para casa! Vou pedir a um enfermeiro para colocá – la no seu carro, oK? – disse o médico sério.

– Ok, muito obrigada! – disse a Chris com a voz baixa.

Voltaram a me pegar ao colo e a me deitar no banco traseiro do carro, mas dessa vez vinha com os olhos vendados com ligaduras, e um curativo na cabeça. A Chis voltou a dirigir para o hotel, e assim que ela para o carro do Bill, ela vê os 4 dentro do carro do Georg também chegando.

A Chris saiu do carro, queria saber o que tinha acontecido dentro daquele quarto para eu ficar naquele estado.

Foi em direcção aos garotos que a viram se aproximar com passos rápidos deles.

– Amor! Que foi? Você parece nervosa! – disse o Bill a abraçando.

– Desculpa meu bem, mas preciso fazer uma pergunta para o seu irmão muito séria! – disse a Chris afastando delicandamente o Bill.
– Nossa, você tá tão séria! Aconteceu alguma coisa de errado? – disse o Bill sem entender nada.

– Fala Chris! Você não deu conta do recado foi, Bill? – disse o Tom a encarando curioso e depois rindo.

– Tom, pára não é nada disso! Você e a Gabi brigaram? – ela perguntou para ele.

– Sim, eu fui um pouco impulsivo e disse umas bobagens para ela! Eu tive a falar com os garotos, eles me fizeram ver a razão! Me disseram que eu estava errado e deveria a ter machucado, mas eu vou me desculpar com ela! Você sabe onde ela está? Mas porque está me perguntando isso? E como sabe que a gente brigou? Falou com ela? Ela está bem? Está muito magoada comigo? – Tom falava e perguntava sem parar.

A Chris bufou impaciente!

– Idiota! Você não sabe o que provocou? – disse a Chris gritou com o Tom muito irritada.

– Como assim o que eu provoquei? Mas onde ela está? Me diz logo! – ele disse ficando nervoso.

– Vem! Ela está no carro! – disse a Chris virando as costas e se dirigindo para o carro.

– Porque ela não saiu do carro? – disse o Bill também já alterado com a situação.

– Quando eu mostrar vocês vão entender! – disse a Chris.

Já estava junto do carro e ela abriu a porta de trás, onde eu estava deitada. As bocas dos 4 se abriram e algumas lágrimas começaram a descer. O Tom se ajoalhou junto da minha cabeça, do lado de fora do carro.

– Amor? Meu amor? Fala comigo! O que você tem? – ele disse agitando ligeiramente o meu rosto.


– Ela não vai falar com você,
esquece! O médico lhe deu um calmante muito forte, ela estava muito nervosa
quando chegamos no posto de saúde.

Postado por: Grasiele

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