quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Broken Heart - Capítulo 50

– Que bom, que você esqueceu o que você estava sentindo de ruim, eu odeio te ver chorar! Só quero ver você sorrindo para mim! – ele disse e me aconchegou nos seus braços, me fazendo encostar a cabeça no seu peito.

– Eu te amo! Te amo tanto, você não imagina o que me custou estar separada de você esse tempo todo! – eu disse.

Nós ficamos algum tempo abraçados, e curtindo apenas de estarmos ali abraçados e juntos, sem ninguém, para nos separar! Estavamos a recuperar o tempo que estivemos afastados. Com o calor dele, quase que tava pegando no sono, me sentia tão bem junto dele, que eu esquecia o mundo lá fora, era como só existissemos nós os dois ali.

– Meu amor? Vamos tomar banho e refazer esse curativos? – ele disse passando a mão nos meus cabelos.

– Vamos sim! – eu disse me levantando.

Eu liguei a água da banheira, e ele me abraçou por trás, colocando as mãos na minha cintura.

Me virei e o encarei sorrindo, passei a mão no peito dele com carinho.

– Eu vou buscar a maleta de primeiros socorros, para limpar esses machucados. – ele disse e me deu um beijo no canto da minha boca.

– Ok. – eu me sentei na beira da banheira e fiquei olhando a água encher a banheira.

– Aqui está! – ele disse.

– Amor, não é necessário! Eu cuido disso! – eu disse tirando a maleta das mãos dele.

– Não, eu cuido! Eu quero cuidar de você! – ele disse sério e me encarou, retirando a maleta das minhas mãos.

– Tudo bem! Eu não quero te contrariar! – eu disse.

– Muito bem! – ele disse e sorriu. Ele nem imagina como o sorriso dele pode ser tão encantador.

Eu me sentei no chão, e ele se sentou comigo. Começou a retirar os curativos, um por um. Eu tinha machucados quase no corpo todo, tirando o rosto que estava intacto.

– Você ainda tem muitas dores? – ele me perguntou.

– Não, já quase não doi! – eu disse, eu estava mentindo, eu não queria que ele se preocupa – se ainda mais. Mas a minha voz acho que me denunciou.

– Não mente, para mim! – ele disse num tom mais sério e alto. O pior de tudo eu estava mais frágil emocionalmente do que fisicamente.

– Desculpa! - eu disse baixinho e encostei o joelhos contra o peito e encostei a cabeça nos joelhos.

– Me desculpa, meu bem! Eu não quis falar assim com você! – ele disse, e se levantou voltando a sentar – se mas de frente para mim.

– Não tem problema nenhum, não! – eu disse ainda encostada.

Ele me puchou para mais perto dele, e beijou os meus cabelos.

– Você tá frágil e não queria falar assim! Mas por favor sê sincera comigo! Eu sei que você não quer me preocupar, mas isso tá feio ainda, tá muito machucado! – ele disse me envolendo nos braços dele.

– Eu sei, mas eu não quero que você fique o tempo todo, pensando nisso! – eu disse.

– O que importa não sou eu, é você! Deixa de se preocupar comigo o tempo todo! – ele disse e beijou os meus lábios, me acalmando. Começamos a aprofundar o beijo, enquanto isso eu passava uma das mãos no pescoço dele e a outra estava no peito dele, junto do coração. Ele segurava os meus cabelos com uma das mãos e com a outra me aproximava colando – a nas minhas costas.

Depois entramos na banheira juntos, ele se sentou atrás de mim, e eu no colo dele. Encostei a cabeça no peito dele, e ele brincava com mechas do meu cabelo, as enrolando nos dedos. O corpo quente dele, assim como a água que estava deliciosa, quentinha, eu estava bem confortável. O banheiro estava em silêncio, e eu acabei por adormecer no peito dele, só que ele não percebeu.

– Amor deveriamos nos apressar para ir comer! Eu tou morrendo de fome, e você também tem fome? Tava pensando em comermos um bom café da manhã e depois irmos passear juntos, o que você acha? – ele disse animado.

O silêncio continuou no banheiro.

– Amor? – ele disse e se inclinou elevando um pouco o meu rosto com uma das mãos para me ver. Depois que percebeu que eu adormeci, sorriu.

– Você fica linda dormindo! – ele disse no meu ouvido.

Eu me remexi na água e me aconcheguei nos braços dele, ele me abraçou contra o peito dele, e pegou uma esponja. Com a esponja ele ficou passando a espuma do sabão no meu corpo com suavidade, e depois começou a lavar os meus cabelos. Estava cuidando de mim
como se fosse uma autêntica boneca de porcelana que se poderia quebrar a qualquer segundo.

Ele colocou novamente a esponja no lugar onde estava, e passou a mão no meu rosto, em todos os traços do meu rosto, percorrendo os meus olhos, o meu nariz, acariciando as minhas bocheichas, com as costas da mão e com um dedo contornou os meus lábios, e por fim passou o dedo no meu queixo, o que me arrepiou. Acabei por abrir os olhos, e vi o rosto dele tão sereno e calmo concentrado nos traços do meu queixo, que
ele nem percebeu que eu estava o olhando. Peguei – o distraído e roubei um beijo dele, bem carinhoso.

– Desculpa se te acordei! - ele disse sorrindo.

– Não te que se desculpar meu bem! – eu disse sorrindo para ele.

– Que saudades desse sorriso, que é só meu! – ele disse.

– Tudo o que eu tenho é só seu! Eu te pertenço para sempre! – eu disse e ele sorriu para mim.

Acabamos de tomar o nosso banho e saimos enrolados em toalhas. Secamo – nos e eu me aproximei da maleta de primeiros socorros e começei a me preparar para realizar novos curativos, ele tirou a maleta das minhas mãos.

– Eu faço! – ele disse sorrindo para mim.

Eu concordei com a cabeça.

Ele começou a limpar os machucados todos, com muito cuidado, e depois foi fazendo pacientemente os curativos. Mas para mim olhar para aqueles curativos era como reviver tudo, e não conseguia impedir as lágrimas, eu respirei bem fundo para me aliviar da tensão que aquilo
me proporcionava.

– Calma amor, já estou terminando! – ele disse e eu confirmei com a cabeça.

– Você não tá chorando por causa dos curativos! Está chorando por aquilo que eles te fazem lembrar não é? – ele disse concentrado em acabar o último curativo.

Eu me surpreendi, como ele sabia.

– Eu te conheço, eu vejo isso nos teus olhos! Você não precisa falar para eu te entender! – ele disse e aquilo me tocou.

Nós saimos do banheiro e nos vestimos. Eu coloquei umas calças jeans, com uma blusa de manga comprida e quente, e calçei uns ténis.

– Vamos comer? – ele disse sorrindo.

– Eu não tou com fome! – eu disse.

– Ah, mas você vai comer, não pode ficar assim sem nada no estomâgo! Eu só vou sossegar quando te vir comer, ouviu bem moçinha? – ele disse me puchando pela mão.

– Mas… eu não quero, eu posso comer mais tarde, qualquer coisa! – eu disse insistindo.

– Não! Você se lembra como foi em Nova Iorque, quando você quase nem comia nada!? Então vai comer, nunca mais quero apanhar um susto daqueles! Ver você sem vida, sem acordar, sem se mexer é
horrível! Nunca mais quero ter que viver isso! – ele me disse sério.

– Tudo bem se isso te deixa mais feliz, ok! – eu disse desistindo de continuar com aquela conversa.

– Isso mesmo! – ele disse fechando a porta do quarto.

Descemos até ao restaurante do hotel e nos sentamos os dois numa mesa. Após uns 30 minutos aparece o resto da galera, que se sentou na nossa mesa.

– Oi! – disse todo o mundo em coro.

– Oi!- eu e o Tom dissemos.

–Só vieram comer a essa hora seus safadinhos? – disse Bill rindo. Mas honestamente eu ainda nem tinha humor para isso, me deixei ficar quieta no meu canto.

Eles se entreolharam, pois eu nem respondi nada. Apenas olhava para o prato e brincava com a comida. Até que a dona do hotel aparece junto da nossa mesa.

– Oi! Tudo bem garotos? Senhorita, a policia deixou isso para si! É aquilo que encontraram ainda intacto depois da explosão do barco do seu irmão! Estava boiando na água! – ela disse me entregando uma caixa de plástico nas minhas mãos, eu respirei fundo. Ganhei forças e a peguei!

– Oi! Muito obrigada! – eu disse e ela se afastou.

Eu abri a tampa da caixa, e vi imensas fotos minhas, outras em que estavas só nós os dois! Também havia cartas, cheias de declarações de amor, meu deus! Voltei a fechar a caixa e me levantei sem dizer nada.

Eles vieram atrás de mim, e foram me seguindo. Eu caminhei até à praia, e entrei vestida dentro do mar com a caixa na mão, e quando já estava com a água até ao peito, abri a caixa e espalhei as fotos no mar, assim como as cartas e tudo o que a caixa tinha.

– Espero que você descanse em paz! Aqui ficam as cartas e as fotos de onde nunca deveriam ter saido! Encontre a paz de espirito necessária! – eu disse.

Depois fui caminhando e saindo do mar. Deitei - me na areia como se o peso de toda a aquela história estivesse se diluindo e passando para a areia.

Eu me aproximei deles e me sentei ao lado deles.

– Agora sim, essa história está encerrada para sempre! – eu disse séria olhando o mar.

– Vamos voltar para o hotel, você ainda nem se alimentou direito! – disse Bill, que me abraçou forte.

– Olha essa coisa de transmissão de pensamentos entre vocês os dois, é muito assustadora! – eu disse rindo.

– Saudade de te ouvir rir desse jeito! – disse a Chris que sorriu.

– Agora tudo vai voltar ao que era! Vamos então? – eu disse.

Nós voltamos para o hotel, depois de trocar de roupa, voltei para o restaurante, me sentei junto deles.

– Como você está? – perguntou o Ge.

– Eu estou bem! – eu disse sorrindo.

– Tem certeza? – ele disse me encarando assim como os outros.

– Absoluta! – eu disse.

– Aquelas fotos não deviam ter vindo parar nas suas mãos! – disse Gus.

– Não diz isso! Ainda bem que elas vieram parar nas minhas mãos, eu tinha que encerrar esse assunto e essa foi a melhor maneira! – eu disse séria.

– Agora sim vamos comer e falar de coisas mais alegres! – eu disse sorrindo.

– Essa sim, é a Gabi! – disse a Angel sorrindo para mim.

– Como vocês se conheceram e se tornaram amigas? – disse o Ge curioso.

– Nossa, você se lembra Angel? Que coisa doida! – eu disse rindo.

– Como eu ia esquecer, hurricane! – ela disse rindo.

– Hurricane? – disseram todos em coro e nós as duas rimos.

– É o meu apelido de faculdade! – eu disse sorrindo de canto.

– Bem, a Angel estava fazendo umas fotos na minha faculdade, era…- eu sorri envergonhada- para uma reportagem, de umas coisas que tavam acontecendo lá, foi ai que nós nos conhecemos! É uma histótria e tanto! – eu disse meio que fugindo do assunto e ela só ria.

Postado por: Grasiele

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