quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Broken Heart - Capítulo 42

– Vamos levantar – nos? – eu Disse

– Sim, mas só se formos juntos. – Disse ele abrindo um sorriso maravilhoso.

– Claro que sim! – Disse sorrindo para ele.

Entramos no banheiro, e tomamos banho juntos, olhavamo – nos com paixão mas muito amor, os nossos olhos brilhavam com muita intensidade. Saimos, vestimo – nos com calma, e com muitas caricias pelo meio.
Fomos até à cozinha e encontramos 3 casais na cozinha. Nós entreolhamo – nos cumplices e começamos a rir.

– Bom dia a todos!

– Bom dia - disseram em coro.

–Ah! Estavamos a ver que o casalinho nunca mais vinha! – Disse Bill a sorrir
para o irmão.

– É estavamos a recuperar o tempo perdido! –Disse Tom para o irmão.

– Estamos mortos de fome! Ainda ninguém fez aquele cafá da manhã que tu sabes fazer! – Disse o Gus a fazer aquela careta tipica.

– Ok, já percebi! – Disse pegando no pão e começando a corta – lo para fazer torradas.

– Legal! – Gritaram todas na cozinha.

– Nossa, isso é que é animação. – eu disse sorrindo.

A campainha da porta tocou e eu pedi que um deles fosse abrir a porta. Era o Sr. Daniel o porteiro, que queria falar comigo. Coisa esquisita! Eu fui até à
porta.

– Oi, Sr. Daniel! Tudo bem com o senhor? A sua familia e os seus filhos, tudo bem com eles? – eu perguntei sorrindo.

– Oi, Senhorita Gabriela! Está tudo bem sim, com a minha familia e os meus filhos está tudo ótimo. Obrigada por perguntar, a senhorita é muito simpática. Olhe deixaram isso lá em baixo para a senhorita. – ele fez um sorriso e entregou – me uma carta.

– Ah, muito obrigada. Mas quem entregou isso? – eu perguntei séria.

– Eu não sei, deixaram na portaria sem eu ver. – ele baixou o olhar.

– Tudo bem, obrigada. – eu disse, ele se despidiu de mim, e saiu.

Eu fechei a porta da rua, e fiquei sentada nos primeiros degraus da escada para ler aquilo sozinha, não faziaideia do que poderia ser. Abri a carta, ansiosa para descobrir o que poderia ser. A carta vinha escrita à mão, a letra, eu conheço aquela caligrafia de algum lado. Respirei fundo e começei a ler:

Querida Gabi, minha pequena boneca de porcelana;

Eu tenho tantas saudades tuas, do teu cheiro, das nossas conversas, dos concelhos que me pedias quando eras pequena. Sempre foste uma gracinha!

Hoje vejo que estás uma linda mulher, determinada, indenpendente, adoro perceber que cresces – te tão bem e saudável. Eu sei que nunca percebes – te mas quando nós começamos a cresçer, eu apaixonei – me por ti, e até hoje o meu amor por ti nunca morreu. Eu sempre fui louco por ti, queria tocar – te, beijar – te, ter – te só para mim. Mas sempre me consideras – te como teu irmão nada mais que isso, isso me enchia de raiva e ódio.

Saber então que estás namorando esse guitarrista dessa banda, me encheu de vontade de te ir buscar aí e te fazer só minha para sempre. Saber que ele foi o teu primeiro homem, me frustrou. EU TINHA QUE SER O PRIMEIRO!O PRIMEIRO!

Eu sei que já sabes que foste adoptada e sinto muito por não ter podido contar - te antes. Isso me teria ajudado a me aproximar de ti de outra maneira. Espero que tenhas recebido os meus “presentinhos”, eu estou perto, muito perto de ti, para te tirar daí, e não permitir que continuem com essa lavagem cerebral que te estão a fazer! Eu quero – te só para mim para sempre e vou ter –te, meu amor!

Bjs quentes e apaixonados,
do Will
Eu não sabia o que pensar! Aquilo era doentio, ele guardou estes anos todos estes sentimentos por mim. Como ele foi capaz de se fazer passar por morto durante quase um ano inteiro? Ele sabia a verdade toda sobre eu ser adpotada e nunca me disse nada! Como ele foi capaz? Que nojo! Que nojo de toda esta história sórdida cheia de segredos e podres por todo o lado! Eu nem sabia como reagir! E ele parecia tão determinado nesta carta! Será que ele seria capaz de fazer mal ao Tom? Eu não ligaria se ele fizesse algo comigo, desde que ninguém que estivesse à minha volta sofresse!
Mas como ele sabia estas coisas todas sobre a minha vida, todos os meus passos?
Aquilo era assustador, horrível, toda aquela situação estava me apavorando, sem saber o que pensar como agir! O que eu faço agora?

Como ele pode simular a própria morte? Eu sofri por ele ter morrido! Me fizeram acreditar num monte de mentiras! Eu estava confusa, paralisada, os meu corpo estava pesado. Eu não conseguia sair do lugar de onde estava sentada, não tinha força para me levantar, parecia que tinham pregado os meus pés ao chão. Como eu faria para ninguém perceber o que
estava acontecendo? Era impossível esconder isso!

As lágrimas não paravam de descer pelo o meu rosto, a minha respiração estava muito acelarada, parecia até que o ar ia acabar! Parecia que o mundo estava todo parado à minha volta, a minha cabeça estava explodindo, com o turbilhão de emoções que estava a sentir. Estava tudo uma confusão na minha mente!

– Gabi! – o Gus me chamou, mas eu não ouvia nada. Estava num estado de choque total. Com tanta coisa acontecendo, tanta revelação na minha vida, eu tenho a sensação que vou enloquecer. Eu não sei se vou aguentar mais! Eu não tenho mais forças, elas estão acabando!

– Gabi, querida! Estás bem? – ele continuava perguntando da porta de casa, mas eu não estava com capacidade nem para pensar. Por muito que ele me chama – se, eu nem o conseguia ouvir, nem processar o que ele estava dizendo.

– Porque não respondes? Estás passando mal? – ele perguntou um pouco preocupado. Eu continuava sem escutar o que ele estava a dizer, nem conseguindo me mover de maneira nenhuma. Só estava sentada com a carta numa das mãos, sem me mexer nem um milimetro.

Depois mais alguém veio junto do Gus na porta, era o Georg.

– O que foi? O que aconteceu? – perguntou o Georg encarando o Gus.

– Eu não sei. Mas algo está errado! Ela não me responde, parece que não está me escutando e não se mexe! – o Gus disse para o Georg.

– Vamos lá ver, o que está acontecendo! – Disse o Georg saindo da porta do apartamento e vindo na minha direcção.

O Georg desceu alguns degraus da escada e ficou de frente para mim, ele se assustou quando me olhou.

– O que aconteceu? Estás a chorar desse jeito porque? – ele disse preocupado. Mas nem percebi metade do que ele disse, continuei na minha posição.

– O que te fizeram para estares assim? Deve ser sério Georg, ela nem consegue falar com a gente! Consegues ouvir – nos Gabi? – perguntou o Gus, ele estava bem preocupado.

Eu continuava como se tivessem tirado o chão dos meus pés, estava apática sem qualquer expressão.

– Que carta é essa? Isto deve a razão! – disse o Ge, que tirou a carta da minha mão. Ele leu – a do príncipio ao fim, ele ficou admirado e muito surpreso com tudo aquilo.

– O que foi cara? É tão grave assim? – perguntou o Gus ansioso, que tinha as minhas mãos nas dele e estava acariciando – as.

– Isto é doentio. Que nojo! Gabi, nós vamos te proteger! Esse cara não te vai levar a lado nenhum, nós não vamos deixar, querida! – ele abraçou – me forte e deu um beijo no meu rosto.

– Ge, o que essa carta diz? – Disse o Gus com uma certa ansiadade.

– Gus, le isto! Nem dá para descrever,o que está escrito nisso aí! –Disse o Ge passando para a mão do Gus a carta. Ele leu e também ficou surpreendido, nem queria acreditar no que estava escrito ali.
– Meu Deus! Como isso é possível? – ele disse incrédulo.

– Gabi! Querida vamos para casa! – Disse o Ge que pegou nas minhas mãos e me ajudou a por de pé. Ele colocou um braço em volta da minha cintura para me ajudar a equilibrar e a me manter em pé. Começamos a andar bem devagar, e entramos em casa. Todo o mundo estava rindo e gargalhando, mas eu só queria esqueçer tudo, até que existia.

Estava com uma tristeza e uma mistura de medo dentro de mim, sendo quase insuportável essa dor toda.

– Ge! – eu disse quase num sussuro.

– Sim? Que bom que voltas – te a falar! Estavas a assustar - me de verdade! – ele disse me encarando com um sorriso de leve nos seus lábios.

– Eu quero ficar um pouco sozinha, por favor! – eu disse com a cabeça baixa.

– Não, eu não te quero sozinha! Eu sinto que estás tão triste, tão mal! Eu nunca te vi tão pra baixo! – ele disse com a expressão carregada.

– Mas Ge! Por favor! – eu disse quase suplicando, ainda com lágrimas correndo pelo rosto.

– Não! Vamos nos sentar ali no sofá e pensar numa solução para isto! – ele disse sério.

Eu suspirei fundo e cansada, não ia conseguir ir contra a vontade dele. Ele foi me ajudando a caminhar até ao sofá, e sentamo - nos os dois. Ele estava a tentar acalmar – me, mas estava impossível.

Todas aquelas dúvidas martelavam sem parar na minha cabeça. Eu estava cansada de ter sido enganada por tanto tempo, eu me sintia usada como um objecto, como se eu não tivesse sentimentos, como se aquilo que fizeram não fosse ter consequências!

– Amor está tudo bem? – Perguntou Tom vindo ainda a rir da cozinha, acompanhado pela Bárbara, a Chris, a Angel e o Bill.

– Está sim, tudo ótimo. – eu disse tentando parecer firme nas minhas palavras.

– Não! – Disse o Ge num tom alto.

– Ge, por favor! Isto vai se resolver, não é preciso envolver mais ninguém nisso! Eu vou resolver sozinha! – eu disse séria, encarando – o. Eu sei que ele queria o meu bem, mas quanto menos gente se envolve – se nisso melhor!

Os restantes olhavam – nos sem entender absolutamente nada, todos estavam desconfiados que algo de muito errado estava acontecendo.

– Não, eu vou contar! Isso é grave, é muito sério! Como vais resolver tudo sozinha!? Nem pensar! Se te acontece algo, eu não vou me perdoar por não ter contado o que eu sabia. Me desculpa, mas eu vou contar! Ele prometeu que te ia tirar de nós! – ele disse sério e com a expressão carregada.

– Por favor! Eu estou implorando, não conta nada! Não vai acontecer nada, eu sei me virar sozinha! – eu disse implorando mesmo para ele não contar, mas nem isso o deteve.

– Não! Já disse que não! – ele gritou desesperado.

– Quem prometeu tirar ela de nós? – Disse o Bill com confusão no olhar como os outros. Eles ainda nem tinham visto o meu rosto, porque eu estava de costas para todos, menos para o Georg e o Gus.

O Ge entregou a carta a eles, e todos a leram.

– Como não me ias contar uma coisa destas? – Tom disse quase gritando.

– Tom, calma! Ela já está mal o suficiente! Ela estava tentando proteger todo o mundo dessa história! – Disse o Gus que colocou o seu braço nos meus ombros.

– Desculpa, eu não devia ter gritado! Eu só estou nervoso com essa história! - ele disse mais calmo.

– Tudo bem! Não te preocupes, tudo vai ficar bem! – eu disse tentando parecer o mais calma possível apesar de estar morrendo de medo e muito nervosa.

– Não está tudo bem, não! Ele quer te roubar de mim! Eu não posso te perder, de jeito nenhum! – ele disse nervoso e me abraçou muito forte.

– Amiga, temos que pensar em algo rápido! Esse cara é doido, como ele te persegue, sabe todos os teus passos e ainda finge a prórpria morte? – Disse a Chris assustada.

– Eu não sei! Isso é tudo tão confuso para mim ainda! – eu disse baixando a cabeça.

– Ele é doente! Que coisa maluca! – Disse a Angel.

Eu sentei – me de novo no sofá, eu estava exausta, a minha cabeça era como se fosse monte de nós apertados, sem qualquer possibilidade de se desfazerem. Eu precisava de pensar e rápido. O que eu ia fazer?

– Eu tive uma ideia! – Disse o Gus.

– Acho que sei o que ele tá pensando! – Disse a Bárbara.

– E se nós te pusessemos com seguranças! – ele disse.

– Não! Eu não vou ficar morrendo de medo o tempo todo de acontecer alguma coisa! Ele que venha me enfrentar como um homem, não como um rato que escreve e se enconde o tempo todo! Odeio gente
covarde! Eu não sou como ele! O que ele tiver que me dizer, me diga na cara, olhando nos meus olhos! Eu quero ver até onde vai essa coragem para fazer todas essas revalações! – eu disse séria.

Postado por: Grasiele

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