quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Broken Heart - Capítulo 57

– O que você acha que ela vai te dizer? Acha que vai te perdoar do nada e voltar para os seus braços? Você vai perder o mais legal de tudo, ver a barriga dela crescer, os desejos, os primeiros chutes do bêbe, poder cuidar dela. Poder ir com ela no médico, ouvir o coração do bêbe bater, tanta coisa! – disse o Gus olhando nos olhos do Tom.

– Eu sei, mas eu fiquei nervoso, eu não sabia como reagir! Mas ela tem que voltar para aqui! Eu preciso dela e eu não sem viver sem ela! Eu tenho que te – la de volta! – ele disse desesperado.

– O que eu te disse da última vez que vocês brigaram? Para você se controlar, que um dia ela não iria suportar mais esses seus ataques de ciúmes! Você desta vez vai ter que se esforçar muito mais para ela te perdoar, você insinuou que ela te trai – a, que era uma oportunista e ainda disse para ela tirar esse filho! Você perdeu completamente a cabeça! – disse Bill encarando o Tom.

– Vocês não sabem mesmo para onde ela foi? – ele perguntou.

– Não, pior de tudo é isso! Ela saiu de casa sem dizer para onde iria, tá nevando muito! Ela deve estar morrendo de frio! – disse o Gus olhando pela janela.

– Eu vou dar uma volta de carro, vou tentar encontrar ela de qualquer jeito! – disse Tom pegando nas chaves do carro.

Enquanto na rua…

Eu fiquei horas andando nas ruas da cidade, tinha muito frio, o frio colava na minha pele, e agora estava com muita fome. O cansaço também me estava atacando, eu já não conseguia nem pensar! Aquele idiota me ofendeu, ainda queria que eu tira – se esse bêbezinho que não tem culpa de nada, que agora é das poucas pessoas que eu tenho na minha vida.
Eu sem querer acabei não percebendo e esbarrei numa senhora que vinha carregada de sacolas.

– Me desculpe! As minhas desculpas! Eu ajudo a apanhar tudo! – eu disse arrumando algumas das coisas que cairam das sacolas.

– Não tem problema querida! Não se preocupa! – ela disse simpática, eu ainda nem tinha visto o rosto dela.

– Gabriela é você? – ela me chamou e levantei o rosto para encara – la.

Aquele defenitivamente não era o meu dia, era a D. Simone! Será que ela já sabe de alguma coisa? Eu não queria falar com ninguém apenas queria ficar no meu canto.

– Oi, Dona Simone! Tudo bem com a senhora? Precisa de ajuda com essas sacolas? – eu disse.

– Oi, querida!Tá tudo ótimo! Você é que não parece muito bem! O que você está fazendo a uma hora dessas numa rua tão escura? Esqueçe a Dona, você já me conhece à tanto tempo ainda não perdeu esse hábito! – ela me disse sorrindo.

– Eu tou bem, não se preocupa! Eu estava passeando, eu gosto do frio! Desculpe é difícil perder esse hábito. – eu disse tentando sorrir.

Depois o celular dela começou a tocar sem parar e ela pediu que espera – se para atender a ligação.

Ela se afastou ligeiramente de mim, ficava me olhando e respondendo no celular. Depois não sei o que disseram para ela, mas estava irritada parecia estar dando uma bronca em alguém. Ao fim de alguns largos minutos ela desligou e se aproximou de mim. Ela me abraçou muito forte e ficou passando a mão nos meus cabelos.

– Simone, você está bem? Aconteceu alguma coisa!? Precisa que a ajude em alguma coisa? – eu perguntei preocupada.

– Não, querida! Comigo está tudo bem, eu soube o que aconteceu entre você e o Tom! Discussão bem feia essa! Não se preocupa, eu vou ter muito gosto em ser vovó. Eu vou te apoiar no que você precisar, você sabe que sempre foi como uma filha para mim! Eu te admiro muito, você teve sempre que superar muita coisa! Não liga para o que o Tom te disse,
ele tava de cabeça quente, e aposto que ele está muito arrependido e se remoendo por dentro. Eu sempre gostei muito de você estar namorando com ele, isso lhe fez muito bem! Mas há coisas que ele é bem imaturo, precisa de crescer! Outra coisa, não me parece que você goste do frio, você tá com as mãos e os lábios roxos! Você ia me esconder o que aconteceu? Você mesmo assim ia proteger - lo? – ela me disse séria.

– Não era uma questão de proteger - lo, mas nós já brigamos muito feio. Não era necessário contar essa briga para a senhora! Iria brigar com ele também, iria se irritar e ficar nervosa! – eu disse baixando o olhar.

– Você se preocupa de mais com os sentimentos dos outros e de menos com os seus! Como ele vai perder uma joia dessas? Ele tá sendo muito bobo! Eu sei que os seus sentimentos por ele são sinceros e muito menos teve alguma segunda intensão de se aproveitar do dinheiro dele. Eu vejo no seu olhar o carinho sincero que você tem com ele, apesar de estar magoada com ele. – ela me disse dando um beijo na minha testa e depois começou a nevar mais forte.

– É melhor a senhora ir para casa, está nevando muito, pode ficar doente! – eu disse.

Ela riu do meu comentario.

– Eu disse algo de errado? Se disse,me desculpe! – eu disse tímida.

– Não, meu bem! Mas você tá preocupada comigo, deveria se preocupar com vocês os dois! Sim, agora você tem mais alguém com você! Você vai ficar onde? – ela me disse arqueando a sombraçelha.

– Eu vou ficar...ainda não sei…mas logo penso em alguma coisa, não preocupe eu sei me cuidar! – eu disse sorrindo triste.

– Não sabe não, eu sei de tudo o que tem acontecido com você! Eles tem me contado! Trabalhar até à exaustão, não comer direito, desmaios, isso não é coisa de quem se sabe cuidar! Eu quero
você comigo em minha casa e aposto que o Gordon também quer! Ele adora você! – ela disse séria.

– Muito obrigada! Mas o melhor mesmo é eu arranjar um apartamento para viver, e hoje fico numa pensão ou um hotel! Não se preocupe tanto comigo, não há razão para isso! – eu disse.

– Como não? Minha querida, não pense assim, eu quero você e o meu neto comigo! Eles tem razão você é um anjo caído do céu! Mas um anjo muito machucado pela vida! Precisa que agora que cuidem de você, deixa eu fazer isso! – ela me disse carinhosa.

– Já sei de onde o Bill foi tirar toda essa determinação! - eu disse e ela riu carinhosa.

– É! Mas você vem e não tem mais discussão sobre isso! Eu vou cuidar direitinho de você, marcar uma consulta para vermos como está o bêbe e a mamãe dele também! Me conta, você tem tido enjoos, vómitos? – ela disse me puchando pela mão, com as sacolas na outra mão.

– É, bem eu estou com alguns enjoos! Eu tive desejo de brigadeiro, e de sorvete de baunilha e morango com cobertura de caramelo, de manhã, e acabei arrastando o Tom para a sorveteria! Mas depois me veio um enjoo e tive que vomitar tudo! – eu disse envergonhada.

Ela começou a rir.

– E desmaios? – ela me disse preocupada.

– Tive um na faculdade, estava dançando numa aula e apagei no chão! – eu disse baixando o olhar.

– Tem que se cuidar melhor, meu bem! Isso pode ser perigoso para o bêbe e para você! Se sentir que a pressão tá caindo o melhor é você se sentar um pouquinho, isso pode acontecer algumas vezes! Mas nós vamos o quanto antes ao médico! – ela me disse séria

– Ok, eu vou estar mais atenta! – eu disse séria.

– Se você se sentir tonta nem que seja um pouquinho, você me diz ok? – ela disse séria.

– Ok! Mas eu amanhã vou procurar um sítio para me instalar, eu não quero dar trabalho! Além disso eu preciso de pensar o que vou fazer de agora em diante! – eu disse.

– Tudo bem! Mas isso não me deixa descansada! Lá em casa você sempre tinha alguém que podia te ajudar! – ela disse simpática.

– Não se preocupe, a senhora pode sempre me vir visitar! Eu adoro esse carinho de mãe que eu sinto tanta falta! - eu disse tímida.

– Owwwnnn! Você é fofa mesmo! – ela disse me abraçando.

Enquanto no carro do Tom…

Eu estava virando a cidade de uma ponta à outra, mas nem sinal dela, aquilo estava me deixando muito preocupado! A nossa discussão ficava passando que nem um filme na minha cabeça, eu estava muito mas muito arrenpendido, me sentindo o pior cara do mundo! Como eu fui dizer coisas daquelas? E se ela não me perdoa!? Eu não vou aguentar isso, eu preciso dela como água para sobreviver num deserto! De repente o meu celular começou a tocar, era a minha mãe, com certeza queria me dar outra bronca de novo! Ela tinha razão, eu fui um idiota em dizer aquelas coisas!

Eu resolvi atender a ligação…

– Oi, mãe! – eu disse triste.

– Oi, Tom! Você quer saber onde ela está? – disse a minha mãe séria.

– Claro, mãe! Me diz logo onde ela está! Eu estou agoniado! Ela está bem? E o bêbe!? Os dois estão bem, não estão!? – eu disse nervoso.

– Se acalma primeiro! Ela está aqui em casa, eu a encontrei na rua caminhando, morta de frio! – ela disse séria.

– Eu vou já para aí! - eu disse mudando o percurso que estava
fazendo. De certa maneira aquilo me tranquilizava, ela pelo menos estava em segurança.

– Vai com calma, que ela pegou no sono! Estava exausta! Não sei se ela vai acordar para falar com você! E sobretudo cuidado com o que você fala para ela, está grávida, pode não ser bom para ela. – disse a minha mãe ríspida.

– Ok, não se preocupa! Eu vou ter cuidado! – eu disse.

Eu desliguei a ligação e fiquei feliz de saber que ela estava bem. Mas depois me bateu uma tristeza. Ela pode nunca mais querer falar comigo! E se ela se afasta para sempre de mim!? Será que eu a perdi para sempre!? Não, não, isso não vai acontecer, eu não vou deixar!

Eu fui dirigindo para casa da minha mãe e estacionei o carro. Entrei em casa e a minha mãe me olhou muito séria.

– Oi, mãe! – eu disse baixando o olhar.

– Oi! Eu vou te deixar com ela, mas se fizer alguma bobagem vai se ver comigo! – ela disse me alertando.

– Eu não vou fazer nada, prometo! – eu disse.

– É para cumprir essa promessa, ok! – ela me disse muito séria.

Eu subi as escadas e ela estava no quarto de hóspedes, descansando, dormindo muito agitada, ficava se mexendo muito. Eu fui me aproximando, e ela estava toda suada, ela não estava nada tranquila. Algumas lágrimas correram pelo meu rosto, era lágrimas de tristeza e muito arrependimento. Começei passando a minha mão nos cabelos dela, depois desci para o rosto dela, e parecia quase magia, ela se acalmou completamente. Ficou serena e a respiração ficou mais regular. Aquilo me deixou feliz! Ela ainda reagia ao meu toque! Eu não resisti e passei a mão na barriga dela, de uma forma muito suave!

Postado por: Grasiele

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