sexta-feira, 28 de outubro de 2011

E Se Fosse Verdade? - Capítulo 20 - Tudo bem de novo.

(Contado pela 3º pessoa)

      Semanas se passaram, e o Bill continuava sem falar com a Kate. Tom tentava contar a verdade, mas sempre era impedido por alguém, ou às vezes lhe faltava coragem. Era noite de sábado, e estava fazendo um pouco de frio na cidade. Kate estava dentro do quarto, deitada em sua cama e abraçada ao travesseiro. Ela querendo ou não, as lágrimas insistiam em cair. Da porta, sua mãe anuncia que o jantar já estava pronto.

           - Kate, o jantar já está pronto. Você não vem?
           - Estou comendo demais. Acho que farei um regime. – disse ela sem se mover.
           - Que história é essa? – ela se sentou numa poltrona. – Mal está saindo do quarto nos últimos dias. Ligue para o Bill, o chame para sair como faziam antes.
           - Ele não viria nem se eu implorasse.
           - Duvido.

      Kate se senta na cama.

           - Mãe, acha que estou diferente? – pergunta ela.
           - Está se vestindo melhor, é claro.
           - Não, é sério. O Bill deve estar certo. Sou uma idiota de sapatos novos.
           - Ele disse isso?
           - Não exatamente.
           - Os sapatos podem até ser novos, mas eu acho que você continua a mesma.
           - Eu tô muito entretida nessa história de popularidade, e... o Bill... ele nem fala mais comigo. – mais uma lágrima desceu.
           - Essa “carreira” de popularidade só dará certo se fizer sentido pra você.
           - Eu nem sei mais quem sou. Esse é o problema.

      Sua mãe se levantou, e abraçou Kate que chorava sem parar. Agora sim ela estava arrependida, e queria ter a amizade do Bill de volta. Ela tomou um banho quente, se vestiu e saiu, sem avisar pra onde.

      Após caminhar sem rumo, e finalmente chegar a rua da casa do Bill, Kate se põe em frente à casa e cria coragem para tocar a campainha.

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(Contado pelo Bill)

           - Kate? – disse ao abrir a porta.
           - A gente... poderia conversar?
           - Um-hum. – abri mais a porta, lhe dando passagem.

      Sentamos-nos no sofá. Ficamos olhando um para o outro, e Kate por várias vezes tentou iniciar uma conversa, mas parecia não saber o que falar.

           - Não veio aqui só para se sentar no meu sofá ou ficar olhando pra mim, não é? – tentei descontrair.

      Ela ficou séria, e pude notar que seus olhos se encheram de lágrimas.

           - Me desculpa. – essas foram as únicas palavras que saíram de sua boca, antes de um “mar” de lágrimas descer pelo seu rosto.

      Não tem jeito, eu não sei ficar com raiva dela. E confesso que já estava quase me matando de tanta saudade. Me levantei e sentei-me ao seu lado, e ela logo me deu um abraço apertado, ficando assim por alguns minutos.

           - Sei que fui uma idiota com você, mas... estou arrependida. Por favor, me perdoa. – disse ela, me soltando e abaixando um pouco a cabeça, ainda chorava.
           - Ei. – ergui seu queixo com minha mão direita. Com a mesma, enxuguei suas lágrimas. – Está tudo bem. – disse e ela me abraçou de novo.

      A forma como estávamos abraçados, dava pra sentir as batidas do seu coração, que estavam um pouco aceleradas. Como eu desejei que aquele momento não acabasse. Mesmo tento brigado com ela, não conseguia tirá-la de minha mente. E se disse que já havia esquecido-a, era mentira, ou se disse que iria desistir, também era mentira. De alguma forma eu sabia que não deveria desistir.

           - Eu queria te contar uma coisa. – disse.
           - E o que é? – pergunta ela.
           - É sobre o Tom.
           - Por favor, não estrague esse momento pra falar do Tom.
           - O quê?
           - Estamos afastados há tanto tempo que já estava até me esquecendo o quanto é bom ficar ao seu lado.

      Suas palavras me encheram de alegria. Passamos quatro horas conversando, e nenhum assunto foi sobre o Tom. Depois ela se despediu de mim, me dando mais um abraço e beijo no rosto. Acho que agora sim a Kate está de volta.

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(Contado pela Kate)

           “Você tem um milhão de maneiras de me fazer rir. Você me protege, e quando estou quieta, atravessa meu silêncio. Não sinto a necessidade de dar um grito, porque você mantém meus pés no chão. Você sim é meu verdadeiro amigo, está ao meu lado até o fim, me ajuda quando alguma coisa não está certa. De alguma forma, as suas segundas chances nunca acabam.”

Postado Por: Grasiele

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