sexta-feira, 28 de outubro de 2011

E Se Fosse Verdade? - Capítulo 15 - Será que estou me apaixonando?

(Contado pelo Tom)

      Eu deveria ter agarrado a Amanda e ter feito tudo que ela queria, mas não. Eu não fiz! Logo eu que vivo pegando “qualquer” garota. O que está acontecendo comigo? Sei que não estou gostando da Kate. Ela é só mais uma garota, e o meu propósito não é gostar dela, e sim pegá-la e depois ficar com o carro do John.

           - Vamos Kate? – disse chamando-a.
           - Vamos. – disse ela, se levantando. – Tchau Bill.
           - Tchau. – disse ele.

      Entramos no carro, e partimos. Ficamos rodando por alguns minutos, até que paramos numa lanchonete. Pedimos batata-frita, mas não ficamos muito tempo ali, achamos melhor comer pelas ruas enquanto caminhávamos. Fomos andando, e me lembrei da tarde, quando a beijei. Comecei a rir.

           - Do que está rindo? – pergunta Kate.
           - De você me chamando de pervertido.
           - E não é?
           - Posso até ser. Mas você bem que gosta.
           - Já vai começar a se achar.
           - Quer saber um segredo? – perguntei, enquanto parava de caminhar.
           - Quero. – ela parou em frente a mim.
           - Você é a garota mais legal que eu já conheci.
           - Sei.
           - É verdade. Você não é como as outras que só querem ficar comigo porque sou o capitão do time de basquete, ou porque sou o mais popular. Você é diferente.
           - Diferente como?
           - Hoje a tarde, quando disse que talvez poderíamos transar, se fosse outra garota teria topado na hora mesmo sabendo que nosso namoro é fake. Mas você não. Resistiu até o último momento.
           - É bom saber que pensa assim de mim.
           - Nem sei como irão reagir quando descobrirem que estou saindo com a garota mais desastrada. – nós dois rimos.
           - Está preocupado?
           - É que as pessoas dizem “o Tom é um excelente jogador de basquete, um astro entre as mulheres. Devemos nos orgulhar muito”. Ás vezes eu não queria ser o melhor jogador ou o astro, como todos dizem. Queria ser... apenas eu.
           - Você é um cara legal, mas não pelo que dizem.
           - Sabe que... quando estou ao seu lado... me sinto assim. Apenas eu.

      A Kate é tão... Acho que não há palavra que possa defini-la. Estávamos parados em frente a um parque infantil, e o silêncio tomava conta. Eu não sabia o que dizer, então disse a primeira coisa que me veio na mente.

           - Aposto que te venço no salto.
           - O quê? Quer mesmo saltar dos balanços?
           - Por quê? Está com medo?

      A cara que ela fez foi a melhor. Logo aceitou o meu desafio. Nos sentamos e começamos a balançar.

           - Quem for mais longe ganha um drink do outro. – disse ela.
           - E um beijo bem longo.
           - Nem pensar!
           - Só um beijo não irá matar ninguém!
           - Ta legal.
           - Um...
           - Não! Um...
           - Dois... Três! – gritamos em uníssono e pulamos.

      Isso poderia parecer suicídio, mas foi muito engraçado. Nós tentamos pular o mais longe possivel, mas acho que não deu muito certo. Por sorte caímos na areia, e não nos machucamos. Caímos um ao lado do outro, e começamos a rir do nosso “momento infância”.

           - Você está bem? – pergunta Kate.
           - Eu deveria ter caído e rolado.

      E os risos continuavam.

           - Acho que estou ficando velho. – disse.
           - Não está nada! Se você está, eu também estou.

      Me sentei, e Kate continuou deitada. Estava usando um vestido cor de rosa, um pouco curto, o que deixava suas pernas bem amostra. Ela também se sentou, e entrelaçou seu braço ao meu. Com um pouco de timidez, começou a alisá-lo, e cada movimento que fazia, eu me arrepiava. Fixei meus olhos nela, que ficou corada.

           - Está me deixando com vergonha. – disse ela.
           - Me desculpa. Topa saltar de novo?
           - Mais uma dessas e eu vou direto pro hospital.

      Ficamos olhando a lua que estava enorme, e muito linda.

           - Seu braço está tão gelado. – disse ela.
           - Sabia que ele nunca ficou tão arrepiado assim?
           - Está ficando tarde. – disse ela após minutos em silêncio. - É melhor irmos embora.

      Nos levantamos e partimos. Mas antes de levá-la embora, dei uma passadinha rápida em casa.

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(Contado pela Kate)

      Tom segurou em minha mão, subindo as escadas até a porta de entrada de sua luxuosa casa. Ele abriu a porta e pediu pra eu entrar.

           - Tem alguém aqui sem ser nós? – disse, olhando em volta.
           - Se contar com os criados, há pessoas aqui sim, mas se não contar com eles... – disse Tom, fechando a porta.

      Ele se virou para mim, e me fitou com um olhar que me fuzilava por dentro, eu me senti refém dos seus olhos. Me senti fraca perante seu magnífico rosto que me observava, e sabia que não seria forte o bastante para resistir. Ele me olhava não como se eu fosse uma qualquer, não me olhava somente com desejo do meu corpo, eu podia sentir por fora, o que ele me transmitia com seu sorriso, por dentro. Eu não me senti uma qualquer, e ele sabia que eu não era.

           -... Estamos a sós.

      Tom disse que iria tomar um banho e se trocar antes de me levar para casa, então subimos até o quarto onde fiquei vendo algumas de suas fotos. E ele seguiu em direção ao banheiro.

           - Kate, só irei colocar uma blusa e já partiremos. – disse ele. Levantei minha cabeça para poder olhá-lo, e estava vestido apenas com uma calça, deixando amostra seus braços fortes e musculosos. Viajei completamente naquilo, mas não demonstrei nenhum tipo de reação.

           - Vou te deixar sozinho enquanto termina de ser arrumar. – disse.
           - Não precisa!

      Ele me puxou pelo braço e me fez entrar na mesma sintonia do olhar com ele novamente. Me senti vulnerável, e minhas pernas começaram a tremer. Com certeza cairia se ele não estivesse me segurando. Meu coração? Tive quase certeza que ele estava saindo pela boca.

Postado Por: Grasiele

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