sexta-feira, 28 de outubro de 2011

E Se Fosse Verdade? - Capítulo 11 - Meu deus, como era enorme!

 (Contado pelo Bill)

           - Pronto! Já terminei. – disse Kate.
           - Obrigado.

      Enquanto eu vestia minha blusa, Kate guardava os remédios de volta no armário. Depois se virou para mim, cruzou os braços e me encarou.

           - O que foi? – perguntei.
           - Porque bateu no Tom?
           - Vai defendê-lo agora?
           - Não! É que... foi só um beijo.
        
      Abaixei um pouco a cabeça. Ela se aproximou, e com uma das mãos ergueu meu queixo.

           - Pode me contar o motivo de tanta raiva? – pergunta ela.
           - Só não gosto dele.
           - Isso não é motivo pra sair batendo nas pessoas.
           - Kate... – respirei. – eu conheço o Tom há muito tempo, e sei do que ele é capaz de fazer. – meus olhos lacrimejaram. – Não quero que ele te machuque.

      Ela deu um sorriso meigo.

           - Ele não vai me machucar. – disse ela passando sua mão pelo meu rosto.
           - Você não o conhece como eu. Ele não liga pros sentimentos de nenhuma garota. Porque acha que ele terminou com a Amanda?
           - Talvez por não gostar dela. – voltou a cruzar os braços.
           - É isso ai! Ele não gosta de ninguém. Porque com você seria diferente?
         
      Kate não respondeu nada. Simplesmente se retirou da enfermaria. Em seguida a enfermeira chega.

           - O que está fazendo aqui? – pergunta ela.
           - Já estou de saída. – respondi.

      Me levantei e sai. Fui até a sala, peguei minhas coisas e voltei pra casa. Larguei minha mochila no chão, peguei o caderno, uma caneta e fui até a escrivaninha.

           “Você não consegue ver o jeito que seus olhos se iluminam quando sorri. E nunca vai perceber como eu paro e observo sempre que passa. Você não consegue me ver te querendo como você o quer. Eu só queria te mostrar que ele nem te conhece. Que ele nunca vai te amar como eu quero. E tudo que eu penso é em como fazer você pensar em mim, e em tudo que poderíamos ser. Se ao menos pudesse perceber, mas sou invisível. Eu só quero abrir seus olhos e fazer você perceber tudo que sinto.”

      Algumas lágrimas caíram, e eu peguei o caderno e o joguei pela janela.

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(Contado pela Kate)

      Senti falta do Bill no colégio, e queria saber como ele estava. Sai mais cedo, e resolvi passar em sua casa. Enquanto passava pela rua, surgiu der repente um caderno que parecia ter vindo do céu, e veio diretamente em minha testa. Cai no chão e bati a cabeça. Já não sou certa, e ainda bato com a cabeça. Fiquei um pouco tonta, mais consegui me levantar. Me abaixei para pegar o caderno, que estava aberto e com algo escrito. Acho que é um aviso dos deuses, eles querem que eu leia o caderno. Pensei. Comecei a ler ali mesmo.

      Ao terminar, estava emocionada. Só alguém realmente apaixonado pra escrever esse tipo de coisa. Guardei o caderno em minha mochila e toquei a campainha da casa do Bill. Uma mulher atendeu.

           - Pois não.
           - O Bill... está? – perguntei.
           - No quarto. – ela abriu o restante da porta, me dando passagem. – Suba a escada, segunda porta a direita.

      Segui suas instruções, e subi a escada. A porta estava um pouco aberta, então não vi problema em entrar. Fiquei imóvel sem saber o que fazer. Me deparei com a seguinte cena: Bill completamente nu, e estava molhado. Provavelmente acabara de sair do banho. Comecei a suar frio, senti minhas pernas tremerem ao ver... ao ver aquilo. Meu Deus, como era enorme!

      Ao sentir minha presença ali, Bill imediatamente pega a toalha que estava em cima da cama, e cobre suas partes. Sem graça, e completamente vermelha de vergonha, coloquei as mãos no rosto, tentando não ver mais nada – apesar de já ter visto tudo -

           - Me desculpa! Eu não... não sabia que estava... desse jeito. – disse desesperada.
           - Poderia ter batido na porta. – disse ele.
           - Você poderia ter fechado ela. Como alguém se troca com a porta aberta?
           - Não sei se você percebeu, mas moro sozinho.
           - E quem era aquela moça?
           - Faxineira.

      Ele demorou alguns segundos – eu suponho – para se vestir, depois colocou uma de suas mãos sobre meu ombro avisando que já estava pronto. Me virei, e a vergonha ainda estava estampada em meu rosto.

      Bill estava vestido com uma calça de moletom preta, e uma blusa de cor verde escuro. Ainda tinha algumas gotas de água, parecia não ter se secado direito. Mas também, quem iria pensar em se secar quando uma maluca invade seu quarto e te aborda pelado?

           - Desculpa. – disse mais uma vez. Ele começou a rir. – Do que está rindo?
           - Você é a única garota que me viu... pelado.
           - E isso é bom?
           - Não sei. Talvez.
           - Está me deixando sem graça.
           - E sabe que você fica linda quando está com vergonha?
           - Ta legal, já pode parar.
           - Mas não fiz nada.
           - Conseguiu me deixar mais vermelha.

      Ele sorriu. Depois passou por mim e fechou a porta. E com certeza eu pensei besteira. Ao passar por mim de novo, pude sentir seu perfume. Bill se sentou na cama e ficou olhando pra mim. Senti vontade de rir, mas me controlei.

           - O que veio fazer aqui mesmo? – pergunta ele.
           - Você voltou pra casa mais cedo, - coloquei minha mochila no chão e me sentei próximo a ele. – e eu queria saber como estava o seu braço. – ele olha pro curativo.
           - Graças a você ele não dói mais.
           - E você ainda estava com medo.
           - Não estava com medo!
           - Estava sim!
           - Não estava não!
           - Confessa!

      Ele se levantou e foi até sua escrivaninha...

Postado Por: Grasiele

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