segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Substituta - Capítulo 9


[TOM’S P.O.V. ON]

Ótimo, meu dia já tinha começado uma bosta. Como assim esse Andrew tinha vindo parar na Austrália? Parece até um carrapato, tomara que a Àlex canse logo dele. Okay, ela não é assim, infelizmente. Já vi que ele a alugaria por um bom tempo, meus planos de conseguir conversar com ela tinham ido por água a baixo. Fora que eu não tinha mais nada para fazer durante o dia todo, a não ser jogar vídeo game, assistir algum filme ou dormir, e nenhuma dessas opções me deixava satisfeito. Olhei para Georg do outro lado da mesa, ele não falara nada comigo desde ontem e eu preferi não fazer nada até que a poeira abaixasse. Mas era horrível que meu companheiro de banda, meu amigo há anos, não falasse comigo. Eu sei que fiz algo muito errado, mas eu estava disposto a concertar aquilo de qualquer jeito, nem que para isso eu tivesse que conversar com a namorada dele, que nunca foi muito bem aceita por mim, Bill e Gustav. Ela era... Sem sal, não tinha uma coisa de especial naquela menina, mas no fundo eu sempre soube que o Georg tinha mau gosto; eu acho que fiz uma caridade para ele, porque agüentar aquela menina por mais de 20 minutos era impossível.
Não tinha muita coisa para fazer ali, então decidi subir e ir para meu quarto. Com certo custo, fui até o elevador que me levaria para meu andar, mas não antes de escutar a voz de Àlex. Ela colocou a mão entre a porta do elevador, para que abrisse novamente, mas ao me ver ficou paralisada. Antes que a porta se fechasse eu repeti o mesmo movimento que ela para que isso não acontecesse.

– Vai ficar aí parada? – Perguntei sarcástico. Ela balançou a cabeça e entrou. Àlex, eu, elevador. Perfeito.

Tentei me aproximar, mas ela me barrou.

– Nem tente! – Ela alertou. Segurei seu pulso aplicando pouca força.

– Por quê? – Me aproximei. – Tem medo de mim, Àlex? – Perguntei em seu ouvido.

– Nojo seria uma palavra melhor! – Rebateu. Eu ri, sabia que ela ficava balançada quando estava perto de mim, e com certeza, ela também sabia, mas não admitia de jeito nenhum.

– Nojo? Àlex, seja realista! – Brinquei.

– Tom, eu não estou brincando, sai de perto de mim! – Ela tentou novamente, mas eu a encurralei entre meus braços.

– Quem está brincando aqui? – Disse, vendo-a arregalar os olhos quando eu já estava próximo demais. Eu adorava fazê-la ficar confusa, isso acontecia, principalmente, quando eu a beijava, outra coisa que eu adorava. Ela me empurrou.

– Tá ficando maluco? Para! – Ela olhou rapidamente para o contador de andares, vendo que só faltava mais dois.

– Para você de ficar resistindo! – A empurrei contra a parede. – O que você quer que eu faça? – Segurei seu rosto para que ela me encarasse. – Quer que eu me ajoelhe e peça perdão? Porque eu não vou fazer isso! – Ela bateu em minha mão com força.

– Eu não tô pedindo pra você fazer nada! – As portas do elevador se abriram, mostrando o andar em que nós ficaríamos. Ela saiu primeiro, mas antes que ele fugisse eu segurei seu braço e a empurrei contra a parede ao lado de minha porta.

– Eu ainda quero falar com você! – Disse, perdendo a paciência.

– Mas eu não! Tô cansada de ter você me agarrando pelos cantos e depois me tratando mal. Você não é nada meu para me beijar a hora que quiser como se fosse a coisa mais normal do mundo, Tom. Pelo menos uma vez me deixa seguir minha vida feliz! – Ela tentou sair, mas a segurei.

– Feliz com quem? Com o Andrew? – Ela virou o rosto, e eu puxei-o rudemente para mim. – Eu só estou tentando fazer você perceber que não é com o Andrew que você vai ser feliz!

– E como você faz isso? – Ela me olhou com raiva. – Você destruiu qualquer reconhecimento que minha banda tivesse, mesmo sabendo que a banda é muito importante para mim. Sempre dava um jeito de passar na minha cara quantas garotas passavam por suas mãos, acha que foi fácil? Ficar vendo você com todas aquelas garotas e mesmo assim me perseguindo, destruindo minha vida aos poucos? Você não pode ficar brincando de Deus e mexer assim na vida dos outros. Como você quer que eu acredite em alguma coisa que você diz depois de tudo? – Seus olhos cheios de lágrimas me cortaram por dentro. Vê-la chorando tão abertamente estava sendo horrível.

– Eu te amo, Àlex! – Era tudo que eu precisava ter dito esse tempo todo. Essas três palavras que poderiam ter mudado tudo. Mas eu era imaturo demais pra perceber isso!

– O que? – Àlex perguntou, secando algumas lágrimas e me encarando, incrédula.

– Eu não sei mais o que fazer! – Segurei em sua cintura, ela não reagiu e eu a abracei fortemente contra mim.

– Achou sua carteira Àlex? – Ouvi a voz de Andrew atrás de mim. Eu ainda mataria aquela ameba.

– Eu ainda não fui ao quarto! – Alex me empurrou. – Já volto! – Ela saiu correndo em direção ao quarto em que estava hospedada.

– O que você pensa que está fazendo, Tom? – Andrew começou a andar em minha direção, ameaçador.

– Nada que te interesse. – Disse displicentemente. Ele me barrou quando estava tentado abrir a porta do meu quarto. – Me solta! – Exigi, soltando meu braço de sua mão.

– Escuta aqui, se eu sonhar que você está atrás da Alex, eu te mato, ouviu bem? Já não acha que a fez sofrer demais? – Eu nunca tinha o visto daquele jeito, não que eu tivesse esbarrado com ele muitas vezes, mas ele tinha cara de quem não era explosivo.

– Me matar? Quem você pensa que é para me dizer isso, huh? Porque você não para e pensa? A Àlex não te ama! Está na cara isso, só você não vê! – Eu também sabia brincar com as palavras, se ele achava que ia me amedrontar.

– Sabe de uma coisa Tom? Eu não me importo com o que você acha, porque eu sei que ela me ama de verdade. Você só fica fazendo intriga, estragando a vida dela para chamar atenção, porque nem isso ela te dá! Você acabou de dizer que a ama, e o que ela fez? Nada, exatamente. Por que ela te despreza, não está nem ai para o que você sente... Se é que sente! – Okay, ele havia vencido. Por mais que eu não quisesse admitir, ele estava certo. Àlex nunca me dera atenção, talvez por isso eu tenha feito tudo que fiz para que ela pelo menos brigasse comigo. Eu sabia que ela tinha uma coisa física comigo, sentia isso quando ficávamos muito próximos, mas era só isso, só físico, não emocional. Um dia foi, mas hoje, não, e tudo isso é culpa minha.

– Vamos? – Àlex chegou ao lado de Andrew, segurando em seu braço. Dei um sorriso amargurado, sentindo a garganta queimar.

Entrei em meu quarto, querendo quebrar tudo ao meu redor. A verdade dói, machuca demais, talvez uma dor que eu não fosse capaz de enfrentar sóbrio. Fui até minha mala e tirei de lá uma garrafa de whisky que eu havia comprado sem que ninguém visse. Estava quente, mas eu pouco me importava com isso, algumas pedras de gelo resolveriam sem problemas. Enchi um copo, tomei o primeiro gole sentindo minha garganta queimar instantaneamente, logo relaxei meu corpo sobre a poltrona confortável.


[Tom’s P.O.V. OFF]


Eu ainda não estava acreditando no que eu havia escutado sair da boca de Tom. Ou eu estava ouvindo coisas, ou ele disse que me amava. Não que isso fizesse diferença, porque, no fundo, eu sabia que era tudo fachada, mais um truque para me enganar. Mas aquele olhar suplicante, aquelas palavras pronunciadas com tanta certeza me deixaram com dúvidas. Estaria mesmo Tom falando a verdade? Eu não tinha tanta certeza, mas eu poderia conversar com ele sobre isso. Bem, do jeito que o Tom é, é bem capaz de ele não querer mais falar sobre o assunto já que eu não falara nada quando ele declarou o que sentia. Eu deveria ter dito alguma coisa, pelo menos, eu não esmagaria mais ele. Mas porque eu estava me importando? Quando eu disse que o amava, no outro dia várias fotos dele beijando a Trina naquele porcaria de festa estavam em revistas, programas, jornais. Mas por algum motivo aquilo estava me deixando maluca, e minhas esperanças de passar uma agradável tarde com Andrew tinham ido por água a baixo. Aleguei estar com dor de cabeça e pedi para voltarmos para o hotel mais cedo, ele tinha que ir a uma festa da agencia a noite, até me convidara, mas eu não poderia ir, tinha ensaio com os garotos. [Soltem a música agora]
Andrew me deixou na porta do meu quarto, prometendo ir ao show no outro dia. Me senti mal por não ter prestado atenção no que ele dissera durante o almoço, mas eu não podia fazer nada, meu pensamento estava longe dali. Alguma coisa me dizia que Tom tinha aprontado alguma, ele era mestre em fazer isso. Fui até seu quarto na ponta dos pés, pronta para dar meia volta caso visse alguém, mas ninguém apareceu. Fiquei em frente a sua porta, encostei o ouvido na mesma para ouvir algo, mas nada, um silêncio total dominava o quarto. Isso me deixou preocupada, eu sabia que ele estava ali, não podia sair e nem beber no bar do hotel, ordens de Jost. Bati levemente três vezes na porta, na esperança que ele atendesse, mas a porta continuava no mesmo lugar. Restava tentar a sorte e abrir a porta, que para tremenda sorte estava aberta. Abri-a lentamente, para que Tom não se assustasse se estivesse acordado, ou sóbrio.


– Tom! – Chamei, vendo-o levantar a cabeça, bêbado. – Argh, eu não acredito que você foi beber, de novo. Jost não havia proibido? – Tomei a garrafa de sua mão, vendo-o reclamar alguma coisa.

– Quem o Jost acha que é para proibir algo? Eu sou Tom Kaulitz! – Ele se garantiu, com um sorriso presunçoso.

– Você é um idiota, isso sim! – Joguei o conteúdo da garrafa na pia do banheiro e depois voltei ao quarto. – Você tá se destruindo!

– Claro, mamãe! – A minha vontade socar a cara dele aumentou, mas eu me controlei, seria desvantagem, ele estava bêbado.

– Eu não tô brincando, Tom! Será que você não percebe o que está fazendo? – Afastei um pouco o lençol que cobri a cama e fui até ele para ajudá-lo a deitar-se.

– Porque você não falou nada quando eu disse que te amava? – Ele perguntou, segurando meu braço, com nossos rostos próximos.

­- Porque é mentira! – Soltei meu braço de sua mão.

– Como assim é mentira? – Ele me puxou novamente, segurando-me pela nuca.

– Até parece que você, Tom Kaulitz, ama mesmo alguém que não seja você mesmo! – Tom soltou minha nuca devagar. Eu podia ver a decepção em seus olhos, sua expressão ficou vaga. Meu coração apertou por eu ter dito aquilo, tudo bem que eu até tinha motivos para magoá-lo, mas eu não conseguia.

– Eu sou tão ruim assim! – Ele perguntou sem me olhar. Respirei fundo, querendo poder mentir naquele momento, mas eu não esconderia o que ele me fez, o quão magoada eu também havia ficado.

– Você foi muito pior, Tom! – Fiquei de costas para ele. – Eu nunca entendi o porquê de você fazer tudo aquilo comigo. Todos esses anos eu me perguntava no que eu tinha errado, mas na verdade... – Virei-me completamente para ele, encarando seus olhos. – A única pessoa errada nessa história toda foi você. Será que você nunca parou para pensar no que eu sentia por você? Chegava a ser ridículo!

– Chegava? Não é mais? – Ele se levantou, mancando. – Você não sente mais nada por mim, Àlex? – Ele perguntou apreensivo, eu podia ver o medo da minha resposta em seus olhos.

Eu não podia mentir aquele momento, aqueles olhos castanhos tão próximos não me permitiam, mas falar a verdade só o deixaria mais confiante. Ele tocou meu queixo com uma de suas mãos.

– Por favor, me diga. – Ele pediu num sussurro.

– Infelizmente... – Respirei fundo, fechando os olhos. – Sim!

Nem precisei abrir os olhos, no momento seguinte os lábios de Tom cobriam os meus, num selinho apertado. Ele passou a língua por meus lábios pedindo passagem, que foi concedida, e iniciou um beijo calmo, sem segundas intenções, como a maioria de seus beijos era. Coloquei as mãos espalmadas em seu peito, sentindo-o subir descer rapidamente, e seu coração batia tão forte que eu podia sentir cada batida na palma da minha mão. Tom escorregou uma de suas mãos para minha nuca e a outra para minha cintura. Ele foi nos levando para trás, senti a beirada da cama bater na parte de trás das minhas pernas e parei o beijo.

Nobody said it was easy
Ninguém disse que era fácil,
It's such a shame for us to part
É tão vergonhoso pra nós nos separarmos
Nobody said it was easy
Ninguém disse que era fácil,
No one ever said it would be this hard
Ninguém jamais disse que seria tão difícil assim
Oh take me back to the start
Oh, me leve de volta pro começo

– Acho melhor não! – Olhei para a cama e para ele novamente, mandando o recado.

– Eu não estava pensando nisso – Disse sincero.

– Eu vou embora, mais tarde temos ensaio! – Levantei num pulo, mas Tom segurou-me pela cintura.

– Por favor, fique! – Ele pediu, implorando pelo olhar.

– Eu não posso, Tom. Não me peça isso agora, não me sinto bem para conversar sobre sentimentos com você e já falamos muito disso por hoje!

Antes que eu pudesse me livrar de seus braços ele me abraçou forte, como se quisesse me prender ali para sempre, mas aos poucos fui soltando seus braços de mim. Ele me acompanhou até a porta e não falou mais nada, apenas me encarava, como se esperasse que eu mudasse de idéia e ficasse ali com ele, o que não aconteceria.

– Por favor, não vai fazer nenhuma besteira! – Pedi, dando um beijo em sua bochecha e seguindo para meu quarto.

Não olhei para trás, não queria me deparar com aqueles olhos suplicantes, pedindo por atenção. No fundo, Tom só era isso, uma criança que havia crescido demais, mas que pedia por atenção a cada segundo. Talvez por isso, ele tivesse feito tudo que fez. Mas eu não queria pensar nos motivos, queria que ele me explicasse, porque a cada alternativa que eu criava, eu errava. Eu só precisava de um tempo para colocar todas aquelas revelações de Tom no lugar certo, não queria pensar em como seria daqui para frente.

Mas eu sei que não seria mais a mesma coisa!


**

Antes de ir para o ensaio procurei por Jost, precisava conversa com ele sobre uma idéia que eu tive. Não queria que Tom tivesse tempo para pensar em beber ou usar drogas, queria que ele se envolvesse mais na turnê, porque, afinal, aquele era um sonho dele também.

– Jost! – Chamei, vendo-o conversar com uma mulher loira no bar do hotel. Esse Jost não mudava. – Será que eu posso conversar com você? – Pedi, indicando a mesa ao nossa lado.

– Claro! – Sentamos. – Pode falar, Àlex! – Ele apoiou os cotovelos na mesa.

– É que eu... Eu estive pensando no que fazer para que o Tom pudesse participar da turnê. – Ele me olhou desconfiado. – Para que ele não tenha tempo para pensar em bebidas e drogas, e para que as fãs o vejam também! – Expliquei melhor.

– Isso é ótimo, mas eu ainda não sei como fazer isso! – Ele franziu o cenho.

– Bem... Ele não precisaria ficar o show inteiro, porque, até mesmo, ele não pode por causa das recomendações médicas. Mas ele podia tocar Zoom Into Me no piano, já que ele não pode ficar de pé! Assim ele não ficaria muito tempo no palco, mas também participaria do show! – Podia ver os olhos de Jost brilhando enquanto imaginava a cena. Ele sempre fora assim, sempre ficava maravilhado quando se tratava do Tokio Hotel.

– Àlex, você merece um prêmio! – Ele se esticou para alcançar-me do outro lado da mesa, dando um beijo em minha testa em seguida.

– Não precisa tanto, Jost! – Ri da ação dele, vendo-o discar algum número no celular.

– Vamos, nós temos que ensaiar. – Ele levantou me arrastando com ele. – Eu vou ligar para Tom descer para ir com a gente, ele vai adorar saber que vai poder tocar! – Eu tentava fazê-lo me soltar, mas ele era mais rápido que eu.

Os meninos já estavam a postos, esperando apenas por Tom, que estava um pouco mal por conta da bebida, mas nada demais, só um pouco de dor de cabeça; dessa vez ele não tinha exagerado, bom saber que ele tinha me escutado. Fomos até o espaço onde ocorreria o show, não era muito grande, como costumava ser os lugares onde eles tocavam, mas estava muito bom. Ensaiamos por longos minutos, até chegar a vez de Tom. Ele tinha ficado muito feliz em poder participar, mesmo que não fosse tocando guitarra, do show.
Assim que ele começou a tocar eu sai do palco, fingindo ir ao banheiro. Não queria ter que ouvi-lo tocando. Ele sempre escondera de todos que tocava piano, mas toca há muito tempo, e muito bem. Lembro-me de ficar sempre derretida ao ouvi-lo tocar, sempre tão concentrado, eu gosto do som do piano, embora nunca aprendesse a tocar. Tranquei-me no banheiro, mas ao longe podia ouvir as notas de Zoom Into Me ecoando pelo ambiente. Tentava não imaginar como ele estava tocando, como eram seus movimentos, ou como ele mexia a cabeça. Eles ensaiaram algumas vezes, testando como ficaria a sonoridade do local e quando, finalmente, pareciam ter terminado eu esperei mais um minuto e saí. Caminhei sem pressa pelos corredores que me levariam de volta ao palco, mas esbarrei com a pessoa que eu não queria ver naquele momento. Ficamos parados encarando um ao outro, sem ter o que falar, embora quiséssemos dizer muito, eu podia sentir.

– Jost me contou que a idéia para que eu tocasse foi sua! – Ele começou, com a voz calma, observando milimetricamente minha expressão.

– É, foi sim! – Abaixei a cabeça, sem graça. Jost me pagaria por contar. Sem que eu percebesse ele se aproximou.

– Eu queria agradecer. – Ele acolheu meu rosto com suas mãos. – Não sabe como isso é importante para mim, mesmo! – Quando ele estava prestes a beijar minha testa a voz de Georg rompeu o momentâneo silencio do corredor.

– O que significa isso? – Ele perguntou alterado.

– Calma Georg! – Fui em sua direção, antes que ele pensasse em fazer alguma coisa contra Tom.

– CALMA É O CACETE! – Ele segurou meu braço. – Pensei que tivesse dito pra você ficar longe dele!

– Ele só estava me agradecendo! – Me pus a sua frente para impedi-lo de se aproximar mais de Tom.

– Te agradecendo por você ser idiota o suficiente para acreditar na conversa barata dele? – Georg me afastou um pouco. – Eu vou te avisar só uma coisinha, Tom. Fica longe da Àlex, ela não é qualquer uma as quais você está acostumado a pegar por uma noite. Ela é praticamente minha irmã, eu não vou deixá-la cair de novo na sua conversa! – Georg chegou perto de Tom, apontando o dedo para seu rosto.

– Baixa a sua bola, Georg! – Tom abaixou a mão dele. – Ela não é mais criança e o assunto é só entre nós dois!

– Se você encostar um dedo nela novamente pode ter certeza que vai ter que acertar as contas comigo! – Georg me puxou pelo braço para longe de Tom.

Dessa vez eu não fiquei com medo de olhar para trás, mas me arrependi no mesmo instante ao ver o olhar desolado de Tom. Ele não podia fazer nada, aquilo tudo era culpa dele. Se pelo menos ele não tivesse aprontado aquilo da foto com o Georg isso não estaria acontecendo agora. E se eu conheço bem Georg, ele não estava brincando, ele acertaria as contas com Tom se ele se atrevesse a voltar a tentar alguma coisa comigo. Eu não poderia tirar a razão dele, Tom tinha aprontado demais, ele havia agüentado tudo aquilo porque Tom é seu amigo.

Ou pelo menos era.

Postado por: Grasiele

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