segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Substituta - Capítulo 6


Saí do banheiro, dando de cara com Georg que me procurava preocupado.

– Àlex! – Ele correu em minha direção, me abraçando. – Eu fiquei preocupado! – Ele me afastou um pouco e olhou para meu rosto, fazendo uma careta logo após. – Eu vou matar o Tom! – Ele declarou irritado.

– Não Georg, está tudo bem! – Disse com a voz fraca.

– Não está, Àlex! Pelo amor de Deus, o Tom é um imbecil! – Ele passou o braço por meus ombros.

– Eu só quero voltar para o hotel, Okay? – Pedi, sentindo meu rosto ainda latejar.


Ele não disse mais nada até chegarmos ao hotel. Eu já sabia o que fazer, eu iria embora. Só a idéia de olhar para Tom novamente fez meu estômago embrulhar, e eu tinha medo do que poderia acontecer se eu encontrasse com ele, minha raiva era tão grande que eu não poderia responder pelos meus atos.
Assim que entrei em meu quarto, peguei minha mala, checando se tudo estava ali mesmo, não a tinha desfeito e assim me pouparia trabalho. Amanhã eu sairia dali e voltaria para minha vida, só faria o primeiro show e iria embora. Sairia da vida de Tom, e o forçaria a sair da minha vida.

Pra sempre.


*No saguão do Hotel*

Bill, Georg, Gustav e Jost estavam sentados na grande mesa de almoço, observando Tom a frente deles, que comia calmamente, Àlex não quisera comer com eles e havia ficado no quarto. Georg evitara falar e até mesmo olhar para Tom, ele estava com uma raiva que nunca sentiu em sua vida e não entendia porque Tom gostava tanto de machucar sua prima desse jeito.

– Porque você está fingindo que nada aconteceu? – Bill perguntou inconformado, jogando de qualquer jeito a faca sobre a mesa.

– E porque vocês não param de fazer escândalo por causa disso? – Tom perguntou calmamente.

– Disso? – Georg levantou da mesa, transtornado. – Se você encostar um dedo na Àlex de novo eu te arrebento! – Ele apontou o dedo no rosto de Tom. Gustav se levantou rapidamente para segurar o amigo que parecia fora de si.

– Uh – Tom riu. – O Georg resolveu virar homem e defender a amante? – Perguntou sarcástico. – Já contou isso pra sua namorada?

– CALA A PORRA DESSA BOCA, TOM! – Gustav gritou, sem paciência.

– Vai entrar na briga também, Gustav?! – Tom se levantou. – Ah, esqueci. Você também já pegou ela! – Ele fechou a mão em punho.

Gustav largou Georg, que caiu sentado na cadeira, e segurou Tom pela camisa, respirando ruidosamente.

– PAREM COM ISSO! – Jost gritou. – EU JÁ ESTOU DE SACO CHEIO, TOM! EU DESISTO! – Os meninos pararam e encararam Jost, visivelmente irritado.

– Como assim desiste? – Bill perguntou.

­- É isso mesmo. Eu já até estou vendo o problema que isso vai dar, amanhã a confusão da coletiva vai estar em todas as revistas, jornais, programas de fofocas. – Ele encarou Tom – Apesar de não ter sido completamente culpa sua aquele caso com as Stalkers, mesmo assim manchou sua imagem. E agora a Àlex, que FOI CULPA SUA! – Jost gritou a última parte. – Eu acredito no potencial dessa banda, por isso ainda estou aqui. Mas eu preciso que você ajude, olhe para seu irmão, seus dois amigos, e todos os fãs, Tom! Encare a realidade!

Todos sentaram-se e acalmaram os nervos, mas Tom não sabia onde Jost queria chegar.

– A Àlex é nossa última esperança pra reacender o Tokio Hotel, e você vai se desculpar com ela e tratá-la melhor daqui pra frente! – Jost declarou calmo. Tom levantou da cadeira.

– EU O QUE? – Ele gritou.Vocês estão querendo me colocar pra fora da banda, e me substituir por aquela inútil?

– Não estamos te colocando pra fora da banda, Tom. Pelo amor de Deus! – Bill se irritou. – Será que você não vê no que está se transformando? Você não é mais a mesma pessoa, não é mais o irmão gêmeo mais velho que eu conheço perfeitamente! – Bill saiu, indo em direção ao seu quarto.

– Reze pra Àlex te perdoar! – Georg apontou o dedo em direção ao rosto dele, ameaçador. – E lembre-se do que eu disse! – Dito isso, ele seguiu para a área do bar.

– Eu não vou pedir desculpas, nem morto! – Tom bateu a mão na mesa.

– Então dê adeus ao Tokio Hotel! – Gustav rebateu, sério.

*No quarto da Àlex*

Ouvi batidas na porta e olhei pelo olho mágico, e lá estava Bill, Georg e Gustav, enfrente a minha porta, inquietos.

– Podemos conversar com você? – Bill perguntou, envergonhado.

– Claro! – Dei espaço para que eles entrassem.

Sentei na poltrona na frente da minha cama, enquanto, os três sentaram-se na cama.

– Primeiro, queríamos pedir desculpas por tudo. – Gustav falou tímido.

– Não precisam se preocupar com isso, garotos. – Respirei fundo. – Eu vou embora! – Eles arregalaram os olhos.

– VOCÊ O QUE? – Perguntaram chocados.

– Isso mesmo. Se eu não conseguia um produtor pra minha banda, agora é que eu não vou mesmo depois daquela confusão! – Abaixei a cabeça. – Eu não quero isso pra mim.

– Não, Àlex, por favor! – Bill implorou. – Não nos deixe!

– Desculpe, meninos!

– Faz assim... Se você ficar conosco na turnê nós damos um jeito de arrumar um empresário pra sua banda! – Bill soltou desesperado.

– Eu não sei, acho melhor ela ir embora mesmo, não a quero perto do Tom! – Georg disse, fazendo bico.

– Fica na sua, Georg! – Gustav sussurrou, cutucando-o.

– Eu posso falar com o Jost, aposto que ele conhece um monte de produtor! – Bill levantou indo em minha direção e segurando minhas mãos. – Nós esperamos tanto por essa turnê mundial, Àlex. Vai ser nossa primeira, e é um sonho se tornando realidade, por favor, não nos deixe! – Ele pediu, e eu pude ver a angustia através de seus olhos. Respirei fundo, pensando em tudo que eles me disseram.

Se eu ficasse, sabia que Tom não me deixaria em paz, que acabaríamos brigando novamente, mas em contrapartida, eu poderia conseguir o tão sonhado produtor pra minha banda. Se eu fosse embora, teria paz e voltaria a minha vida normal, mas não teria nenhum produtor. Bem, as duas opções tinham pontos bons e ruins, mas agora eu poderia ajudá-los e eles me ajudariam, mesmo que para isso eu tenha que aturar o imprestável do Tom.

– Tudo bem! – Falei. Bill me puxou para um abraço apertado, pulando feito um maluco.

– Obriagado, Àlex! – Ele disse animado. Eu encarei os meninos, que tinham enormes sorrisos nos rostos.

– Eu só estou fazendo isso por vocês meninos, porque se dependesse do Tom, Tokio Hotel morreria!


Os meninos deixaram meu quarto algum tempo depois, eles iriam se preparar para o show e eu faria o mesmo. Tomei um banho e vesti a roupa que escolheram para mim, não muito diferente do meu estilo. Tivemos que ir mais cedo para passar o som antes que abrissem os portões, nada muito complicado, na verdade eu estava apreensiva não pelo fato de ter que tocar na frente de milhares de pessoa – também -, mas eu estava nervosa com a recepção que eu teria da parte das fãs. Eu já tinha feito aquilo antes na abertura do show deles, apesar de ter menos pessoas, mas na maioria das vezes eu recebia uma garrafada, ou jogavam chiclete em mim. Tá, eu podia entendê-las um pouco, eu não gostaria de ver a “namorada” do Slash tocando junto com ele, seria demais, mas fazer o que?! E além do mais, eu não era namorada de nenhum dos meninos da banda, ela não precisavam se preocupar. Mas vai dizer isso para uma multidão de fãs enfurecidas! Eu é que não tentaria.
Tudo preparado, estava na hora de tocarmos. Ficamos por cinco minutos nos concentrando, mas estava difícil com o olhar de Tom sobre mim, aquele mesmo olhar acusador que eu odiava.

– Vamos? – Gustav perguntou, assenti afirmando, e fomos para o palco.

Assim que adentramos o palco, os gritos ensandecidos abafaram todos os outros sons, eu podia ver os olhos dos meninos brilharem e os sorrisos não eram mais escondidos. Senti-me mal por estar ali, não por não estar gostando, mas por estar no lugar do Tom, ele podia ser tudo de ruim, mas amava aquela banda e eu ficava desesperada vendo que ele estava destruindo tudo que ele sempre quis.
A introdução de ‘Noise’ começou, as fãs iam ao delírio, faziam exatamente o que a música pedia. Faziam muito, muito barulho. Tanto que meu coração vibrava dentro do meu peito, parecia que eu estava eu um universo paralelo, um universo Tokio Hotel, e tenho que admitir, era uma das melhores sensações do mundo. Eu estava tocando com uma das bandas que eu mais admirava, era inacreditável, era... Inexplicável. Olhe para os meninos, Gustav colocando um ritmo na música, fazendo aquilo como se fosse a coisa mais simples do mundo, Georg completamente concentrado fazendo a ligação entre minha guitarra e a bateria do Gustav; e Bill, ah o Bill, cantando empolgado, como eu nunca tinha visto nenhum cantor fazer. Senti-me uma completa idiota reparando nessas coisas em vez de aproveitar tudo, mas era inevitável.
Olhei para o lado do palco, e lá estava ele com um sorriso admirado no rosto encarando-me, com sua perna imobilizada com a tala, impedindo-o de fazer o que mais gostava. Quando notou que meu olhar também estava sobre ele, virou-se e voltou para o camarim.

Eu definitivamente desisto de tentar compreendê-lo.


O show terminou ao som de mais gritos deixando Bill sem palavras, e olhe que isso é quase impossível. Fui discreta e sai logo do palco, embora os meninos quisessem que eu ficasse por mais algum tempo. Cheguei ao camarim e lá estava Tom, com sua habitual cara de merda para mim. Não dei bola e esperei até que os meninos viessem para irmos embora, uma hora e meia de show cansa muito, acredite em mim, minha mão implorava por um pouco de gelo e meus pulsos doíam quando eu os movimentava. Os meninos vieram não muito tempo depois, exaustos assim como eu. Fomos para o hotel, mas demoramos um pouco até chegar lá, porque não é mole passar por aquela barreira de fãs loucas para conseguirem uma noite com algum dos meninos. Fui para meu quarto desejando só uma boa noite de sono.


[Tom’s P.O.V.]


Maldita. Essa palavra define perfeitamente aquela filha da mãe. Porque eu tinha que ficar tão obcecado por aquele jeito único de tocar guitarra, aquele sorriso, ou como ela mexe a cabeça despreocupadamente quando toca? Ela era só mais uma garota, como todas as outras, e além do mais não faz o meu tipo. Sentei no banco alto do bar do hotel, torcendo para que Bill, Gustav, Georg ou Jost me visse ali. Eu precisava de alguma coisa que me fizesse esquecê-la, nem que fosse por algum tempo e me desse uma baita dor de cabeça no outro dia. Tê-la tão perto e tão longe ao mesmo tempo me deixava com uma angústia que chegava a doer, mas ela também sentia alguma coisa por mim. Não me chame de pretensioso, é a pura verdade, por mais que ela queira dizer que não e tenha arrumado um namoradinho babaca. E o pior é saber que qualquer um tem mais chance com ela do que eu. Errei, admito, mas eu pedia desculpas, será que isso não foi o suficiente? Não responda. Eu sei que não foi. [Solte a música]

– Uma dose de Whisky. – Pedi ao barman, que imediatamente pegou um copo e a garrafa da bebida. – Deixe a garrafa! – Ele deixou a garrafa ali mesmo e saiu de perto de mim.


Lighting strike
Relâmpagos
Inside my chest to keep me up at night
Dentro do meu peito para me manter acordado à noite
Dream of ways
Sonho com meios
To make you understand my pain
De fazer você entender minha dor

A chuva castigava a cidade, e o clima começou a esfriar. Não, eu não precisava disso, pelo menos uma vez na vida eu queria não me sentir vazio e... Frio. Eu sabia que só uma pessoa podia me dar o calor satisfatório que eu tanto precisava, mas essa pessoa talvez não estivesse mais a fim de olhar na minha cara depois do tudo que eu fiz.

Clouds of sulfur in the air
Nuvens de enxofre no ar
Bombs are falling everywhere
Bombas caindo em todo lugar
It's heartbreak warfare
É uma guerra do sofrimento

Ela não me deixa chegar perto dela. Toda vez que eu tento alguma coisa ela me repele, como se eu fosse a pessoa mais detestável do mundo. Bom... Talvez eu fosse só isso pra ela, a pessoa mais insignificante que ela conhece. Eu não exigiria mais nada dela.

Once you want it to begin
Uma vez que você quer que comece
No one really ever wins
Ninguém nunca ganha realmente
In heartbreak warfare
Numa guerra do sofrimento

Estava decidido a pedir desculpas a ela, mas eu não tinha coragem o suficiente. Eu sou um covarde, porque nunca consigo falar de amor, nunca consigo admitir que eu a quero. Não fiz isso quando tínhamos 15 anos, e agora não faço isso também.

If you want more love why don't you say so?
Se você quer mais amor, por que não diz logo?
If you want more love why don't you say so?
Se você quer mais amor, por que não diz logo?

Precisava de coragem, precisava de mais bebida, o Whisky já não era suficiente, então substitui por Vodka. Vários e vários shots.

Drop his name
Pegue o nome dele
Push it in and twist the knife again
Empurre e torça a faca novamente
Watch my face
Olhe para meu rosto
As I pretend to feel no pain
Enquanto eu finjo não sentir dor

Eu queria falar com ela, queria falar tudo que está preso. Mas sempre fazia alguma coisa errada para tentar afastá-la de mim e agora quem faz isso é ela. É errando que se aprende, não é mesmo? Agora ela tinha alguém que gostava mesmo dela, alguém que eu odiava admitir, mas a fazia bem.

Clouds of sulfur in the air
Nuvens de enxofre no ar
Bombs are falling everywhere
Bombas caindo em todo lugar
It's heartbreak warfare
É uma guerra de coração partido

Com minhas tentativas patéticas de fazê-la ver que eu não a odiava, eu a machucava mais do que ela já estava. Nós estávamos em uma guerra que só nós dois sabíamos, que só nós dois participávamos, mas que ela se negava a aceitar.

Once you want it to begin
Uma vez que você quer começar
No one really ever wins
Ninguém nunca ganha realmente
In heartbeak warfare
Numa guerra de coração partido

Nos machucávamos. Bem... Eu a machucava mais do que era machucado, pelo menos diretamente por ela, porque eu mesmo me matava aos poucos.

If you want more love why don't you say so?
Se você quer mais amor, por que não diz logo?
If you want more love why don't you say so?
Se você quer mais amor, por que não diz logo?
Just say so
Apenas diga

Eu tentava de todos os jeitos possíveis fazer com que ela me dissesse o que sente, mas parece que a ferida que eu mesmo havia aberto em seu peito era profunda demais. Uma ferida que levou embora a confiança que ela tinha em mim.

How come the only way to know how high you get me
Como a única maneira de saber o quão alto você me alcança
Is to see how far I fall
É ver quão longe eu caio
God only knows how much I’d love you if you'd let me
Só Deus sabe o quanto te amaria se você deixasse
But I can't break through it all
Mas eu não posso alcançar tudo

It's heart, heartbreak
É só sofrimento

Eu via tudo embaçado a minha volta, os sons estavam distantes e meu corpo parecia flutuar. Estava bêbado, eu conhecia essa sensação, mas por algum motivo isso não me fez esquecê-la. Só que agora eu sabia o que deveria fazer.

I don't care if we don't sleep at all tonight
Não me importo se não dormirmos nada essa noite
Let's just just fix this whole thing now
Vamos apenas consertar essa coisa toda agora
I swear to god we're going to get it right
Juro por Deus que vamos fazer direito
If you lay your weapon down
Se você puser sua arma para baixo

Red wine and ambient
Vinho tinto e calmante
You're talking shit again.
Você está falando merda de novo
It's heartbreak warfare
É a guerra do sofrimento

Good to know it's all a game
Bom saber que é tudo um jogo
Disappointment has a name:
Decepção tem um nome:
It's heartbreak warfare
É guerra do sofrimento



*Quarto da Àlex*

Batidas insistentes me despertaram. Que seja muito urgente para me acordarem as 2:30 da madrugada, ou iria se arrepender de ter feito isso. Abri a porta irritada, pronta para xingar quem quer que fosse. Tom se jogou em cima de mim, completamente bêbado.

– Tom, o que é isso? – Perguntei, tentando segurá-lo, enquanto ele jogava todo seu peso contra meu corpo.

– Descuuulpa, Àleeeeeex. – Ele pediu bêbado demais pra falar qualquer outra coisa.

– Você tá bêbado! – Eu caí na cama, com ele por cima de mim.

– Euuu soou um idioota! – Aquilo eram lágrimas nos olhos dele?

– Tudo bem, Tom! – Disse impaciente, tentando tirá-lo de cima de mim, mas ele prendeu meu rosto entre suas mãos e me beijou. Passou a língua por meus lábios pedindo passagem, e quando nossas línguas se tocaram eu pude sentir o gosto evidente de vodka em sua boca. No mesmo instante o empurrei e ele colocou uma mão sobre a boca, como se quisesse vomitar. Levantei rapidamente, passando seu braço por meus ombros para levá-lo até o banheiro.

– Aguenta! – Pedi, antes que ele vomitasse em minha cama.

Assim que cheguei ao banheiro ele foi até a pia mancando, e vomitou tudo que tinha ingerido. Enquanto ele ainda colocava as tripas para fora, fui até o frigobar e peguei uma garrafa de água gelada, para quando ele terminasse o que estava fazendo. Retornei para o banheiro e ajudei-o a sentar-se no vaso fechado e dei a garrafa para que ele tomasse logo, ele o fez sem reclamar. Olhei para o box do banheiro e pensei seriamente em colocá-lo para tomar um banho, e foi o que eu fiz.

– Anda, você precisa tomar um banho gelado! – Disse autoritária e ele balançou a cabeça negativamente.

Fui até ele e coloquei a mão em sua camisa, puxando-a para cima e jogando-a em qualquer canto, fiz o mesmo com sua calça, tomando cuidado com seu gesso. Ele ficou apenas de boxer, fiz o possível para não olhar seu corpo seminu a minha frente, mas vamos combinar que era um pouco inevitável. Foco, Àlex, foco, repetia insistentemente. Coloquei-o debaixo do chuveiro, a água estava muito gelada, ele me puxou instintivamente e me abraçou, fazendo-me molhar completamente. Xinguei baixinho sentindo a água gelada praticamente queimar minha pele, meus cabelos começaram a ficar encharcados e minha camisola estava colada ao meu corpo. Aos poucos Tom me soltava e eu pude notar seus olhos passeando pelo meu corpo molhado. Tratei de cobrir meus seios que apareciam através da camisola transparente, e ele reclamou, puxando-me novamente para seus braços. Ele desceu uma de suas mãos até minha bunda, apertando levemente, o empurrei com força.

– Acho que você já está bem melhor! – Saí do Box e peguei uma toalha para me secar.

– Àlex! – Ele disse arrastado. Ainda estava bêbado.

– Vai embora! – Disse, ainda de costas para ele. Peguei outra toalha e joguei para ele. – ANDA, SAI! – Gritei, vendo-o se aproximar de mim. Corri de volta para o quarto e me joguei na cama, ainda molhada, me cobrindo com o edredom.

Ele bufou irritado e catou suas roupas, ainda cambaleando. E sem dizer mais nada deixou meu quarto mancando, com a tala encharcada.

Postado por: Grasiele

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