terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sempre Sua! - Capítulo 15 - Bill Kaulitz!


– Boa noite, Kate!

Bill? – Eu vi a sombra sair das folhagens fechei meus olhos tentando deter meu coração que estava aos pulos. – Bill, o que você esta fazendo aqui, na Alemanha?
–O que ele... – Bill franziu a testa – Aquele cara era o mesmo que você jantou em Portugal?
–Sim!
–Ele veio com você para Alemanha? – Bill perguntou indignado, num tom de voz baixo.
–Não!
–Mas ele esta aqui, com você.
–Bill vamos entrar!
–Você e ele?
–Bill, não! – Eu peguei em seu braço e puxei para dentro da casa, fechando a porta. – Ele não veio comigo para Alemanha.
–Você estava aqui com ele.
– Nunca menti para você. – disse impaciente
– Não, mas foi muito econômica com a verdade.
Olhei para Bill e ele parecia em órbita, me olhava balançando a cabeça, tentando buscar respostas, tentando entender o que estava acontecendo entre nós.
– Você mal o conhece e já...
–Eu o conheço desse de criança. – Eu o cortei – Eu e Dean somos amigos de infância.
– A coisa é bem pior do que eu imaginava. – Bill passou a mão em seus cabelos negros.
–Ele é meu amigo, já disse isso a você.
– Você me deixou para vir com ele para a Alemanha. – aquilo não era uma pergunta.
– E se tivesse deixado? – Viramo-nos para o topo da escada e minha tia estava parada – Quantas vezes você a deixou por tão menos?
– Boa Noite, Abby! – Bill disse educado.
–Boa noite, Bill! – ela respondeu.
–Tia, por favor! – eu supliquei a ela.
– O que você queria que ela fizesse? – minha tia começou descer as escadas – Queria que ela ficasse ajoelhada catando as migalhas que você jogava a ela?
– Não é bem assim, Abby. – Bill disse
– Não? – Tia Abby cruzou os braços, e arqueou uma sobrancelha. – Tem certeza?
– Tia Abby, deixa que eu falo com Bill.
– Nunca vi Kate tão feliz como eu a vi nesse dias que ela passou aqui, sem você. – Minha tia parou de frente para Bill.
– Com o amigo de infância? – Bill arqueou uma sobrancelha.
- Ele não veio com ela, se encontraram no aeroporto e ele com um bom cavalheiro e um rapaz atencioso, acompanhou Kate até aqui.
– Sim, e estou vendo que é muito bem vindo na sua casa.
–Sempre! – ela disse sorrindo – Ele sempre foi minha primeira opção para Kate.
– Tia, pare!
–Não, tudo bem Kate - Bill disse me olhando - É sempre bom colocar as cartas sobre a mesa – ele disse sorrindo, triste.
– Certamente! – Tia Abby também sorriu - Uma coisa que jamais faço é esconder algo nas mangas. - e finalizou - Isso é para amadores.
–Eu entendi o recado, Abby
– Não tenho nada contra você, rapaz – ela falou para Bill - Apenas acho que o estilo de vida que quer oferecer a minha sobrinha é...
– Eu entendo a sua preocupação, mesmo! - Bill a cortou educadamente - Desculpa não poder ficar para um café. –antes de se virar e sair pela porta, ele sorriu e despediu-se – Tchau, Abby
Minha tia respondeu também e ele saiu, indo embora.
– Não dormirei aqui! - peguei meu casaco, olhei para minha tia com os olhos cheios d água balancei a cabeça saindo em direção de Bill.
– Bill! – eu o chamei o vendo atravessar o enorme corredor – Bill espere!
Ele continuou a andar. Eu corri para alcançá-lo, meus dedos cravaram em seu braço e o puxei fazendo-o parar bruscamente.
– Espere, eu disse!
Ele parou e me olhou, seus olhos estavam brilhantes, como se tivessem tomados ao mesmo tempo de lágrimas, raiva e tristeza.
– Eu estou bem, preciso ir embora tenho uma turnê e preciso...
–Não vá!
– Não posso ficar!
– Por favor... Fique!
Minha voz foi baixa, porém segura, ergui minha mão para o seu rosto e desli­zei sobre ele, sua pele era macia e quente. Bill fechou seus olhos inclinando a cabeça de leve para sentir uma pressão maior dos meus dedos.
Bill ergueu sua mão e tocou a minha em seu rosto segurando-a e levando a boca.
–Faz idéia de como senti falta do seu toque? – ele disse ainda de olhos fechados.
– Não... Mas adoraria que me mostrasse.
Seus olhos cor de mel se abriram fitando os meus, intensamente.
Bill segurou minha mão forte e a puxou trazendo meu corpo para junto do seu, senti seu braço se curvando ao redor da minha cintura e a outra na minha nuca procurando meus lábios.
Sua boca se encaixou na minha com perfeição por um momento, nossos lábios apenas se uniram, ele puxou uma mecha do meu cabelo devagar, fazendo me gemer, levei minhas mãos para seus cabelos negros puxando-o para mais perto.
A madrugada era silenciosa exceto pelos sons de nossa respiração e dos nossos batimentos car­díacos que já estavam fora de controle.
–Bill... eu preciso... – eu sussurrei quando ele separou nossas bocas.
–Eu também...
–Onde vamos?
– Aqui... – ele gemeu rouco no meu ouvido.
–Aqui?
–Não posso e não vou aguentar... ir a algum lugar a não ser... aqui
Ele gemia, parecendo desesperado e aflito para me amar.
Olhei para a casa da piscina e ele acompanhou meus olhos, pegou meu braço e praticamente me arrastou até lá, abriu a porta com força e usou meu corpo para fechá-la.
Bill ergueu uma das minhas coxas e circulou-a ao redor de seu quadril. A posição levantou o meu vestido fazendo me sentir o quanto ele me queria.
– Pode sentir o tamanho da minha saudade? - ele pegou minha mão e me fez tocar o volume entre suas pernas.
Movi minha mão por cima de seu jeans fazendo-o fechar os olhos e morder o lábio inferior. O barulho do zíper abrindo, devastou o último fio que restava de nossa sanidade.
– Kate...
– Sim, eu também senti sua falta. - eu arfei, não poderia esperar mais.
Bill enganchou os dedos na cintura de minha calcinha e deslizou-a pelas minhas pernas depois, dei um passo ao lado deixando a pequena peça de renda preta sobre o chão gelado.
Então, com um movimento brusco me ergueu em seus quadris e com certa violência me apoiou na parede mais próxima, e fechando os olhos dando um gemido rouco quando sentiu seu corpo entrar no meu.
Ele não se moveu.
Abriu os olhos novamente e só depois que sorriu travesso, ele começou a mover seu quadril contra o meu, rápido e urgente. Ele ergueu a cabeça sustentando o nosso olhar enquanto se movia, os corpos e os olhares unidos, as mãos dele firmes e cravadas em minha cintura.
– Ah Bill... – joguei minha cabeça contra seu ombro e o apertei quando a onda se aproximou.
Sentindo que eu chegaria ao clímax, ele aumentou a velocidade do seu quadril contra o meu. Meu corpo pulsou e cada fibra clamou pela libertação e quando ela veio, foi intenso e muito mais maravilhoso do que sonhei ser possível um dia.
Bill se con­traiu estremecendo e com uma investida final, explodiu.
– Kate... - ele sussurrou abraçando me aper­tado, os corpos suados, os corações batendo juntos. Por alguns minutos permanecemos daquela forma, unidos como um só corpo.

Movimentei-me no abraço de Bill, e ele gentilmente me colocou no chão. Beijando-me mais uma vez, antes de se afastar.
– O seu amigo...
–Shhh... – coloquei delicadamente o dedo em seus lábios e passei meu nariz no dele. – Não quero estragar esse momento.
– Tenho ciúmes dele. – ele beijou minha boca mais uma vez
– Não tenha. – eu disse quase não conseguindo respirar.
–Por quê?
– Talvez simplesmente porque ele não é você... Nem nunca será.

Minha boca foi tomada novamente pela dele, ele enfiou todos seus dedos dentro do meu cabelo e massageou, me fazendo sentir fraca, minha respiração começou a ficar descompassada. Ele rapidamente puxou uma enorme espreguiçadeira e me deitou nela, unindo nossos corpos mais uma vez.


...

Minutos depois, ainda estávamos abraçados, em total silêncio, ele tinha jogado seu sobretudo sobre nós e feito o meu de travesseiro.
Eu estava deitada ao seu lado, e estávamos com a mão em seu peito, ele suspirou profundamente e pegou minha mão com a sua, beijando e depois unindo as nossas palmas.
Eu fitei nossas mãos.
– Adoro suas mãos. – ele elogiou também a olhando – a segunda coisa que me chamou atenção em você naquele dia na casa do David. – entrelaçou seus dedos nos meus apertando-os devagar - ela tem sempre o mesmo aroma de morango, daquele frasco pequeno que você sempre leva em sua bolsa.
– Não pensei que isso chamasse a sua atenção. – eu disse levantando minha cabeça olhando-o, sorrindo.
Um tremor percorreu meu corpo quando seus lábios quentes tocaram de leve o meu pulso.
–Tudo em você chama a minha atenção. - Bill beijou a palma de minha mão - o modo como morde o lábio inferior quando esta nervosa, a maneira que separa os alimentos no prato para que nada se misture.
– Isso é uma doença. – eu disse fazendo-o sorrir
– Sim, é! - ele disse levantando e apoiando a cabeça em sua mão e o cotovelo na espreguiçadeira - a maneira repentina que muda de assunto, parecendo nunca estar ouvindo o que estamos falando.
–Tá, isso já é falta de educação. – ele jogou a cabeça para trás, rindo - minha mãe ficava brava comigo, quando me dava bronca e em questão de segundos, eu mudava totalmente o assunto, ela sempre desistia no meio do caminho.
– Tenho meus defeitos também. – ele disse beijando minha testa
– Não fale deles, por que não sairemos daqui hoje! – eu disse, recebendo uma leve mordida no queixo
–Você esta dizendo que eu tenho muitos defeitos? - ele perguntou semicerrando os olhos.
– Não! – eu disse franzinho o cenho, brincando - Imagina! – ele me mordeu mais uma vez – mas se isso te faz sentir melhor, amo cada um deles... – eu o beijei de leve nos lábios - até mesmo a sua mania de falar e não deixar ninguém mais se manifestar.
–Isso não é mania, e sim prevenção, se não eles só falam o que não deve. Principalmente o Tom.
– Você tem razão.
–Eu sempre tenho.
Eu o olhei com um sorriso divertido.
– Isso não é um defeito. – ele tentou se defender.

Olhamo-nos por um segundo e depois caímos na gargalhada juntos, talvez como nunca houvéssemos feito no decorrer do nosso namoro.
Naquela noite, alguma coisa tinha mudado entre nós, a atmosfera, os beijos, os abraços, o modo que fizemos amor, tudo foi feito diferente, de uma maneira inédita, que me agradava muito mais.

Cumplicidade, essa era a palavra certa para definir aquela madrugada dentro da casa da piscina.


...


–Preciso ir, Kate! – ele disse quando terminou de se vestir - você vem comigo?
–Eu vou ficar!
–Por quê? – ele levantou o olhar.
–Vou ficar um pouco mais com a minha tia. – vendo sua feição de preocupação, eu o alertei – Ela não vai mudar a minha cabeça, sobre você ou sobre Dean.
–Dean, é esse o nome dele.
– Não quero falar sobre isso, não hoje, não depois de tudo que tivemos aqui nessa noite. – Vou ficar por que quero estar um pouco mais com ela. – eu me aproximei abraçando-o pela cintura - ela é minha única família.
–Você não vai mais me acompanhar nas turnês?
– Vou! – eu disse – Mas, não agora.

Ele me segurou pela cintura e trouxe meu corpo junto ao seu me beijando por minutos sem fim, soltou-me de repente vestindo o sobretudo, colocando a enorme toca e silenciosos seguimos até o ponto de táxi mais próximo. Pegamos táxis diferentes, ele seguiu para sua casa, para pegar Tom e seguir para Milão e eu fui para o meu apartamento.


....

No outro dia acordei tarde, com uma sensação ótima dentro do meu peito, estava leve, feliz e amando incondicionalmente Bill Kaulitz.
Levantei da cama, tomei meu banho, troquei-me e com uma barra de cereal na mão deixei meu apartamento, apertei o botão do elevador e quando ele parou no meu andar, eu entrei e aquela minha nova vizinha estava encostada segurando uma caixa rosa mediana, ela acenou com a cabeça abrindo um imenso sorriso.

– Oi - eu também sorri e olhando para a caixa em sua mão, disse. - Que caixa linda.
– Você gostou? É para o meu namorado! – ela respondeu e sorriu – Tenho certeza que ele vai amar tanto a caixa, quanto o que tem dentro.

Ela olhou para caixa fechando seu sorriso, descendo do elevador, despedindo-se friamente.
Por incrível que pareça naquele instante meu coração apertou e aquela sensação de plenitude, alegria e de bem estar, havia sumido...

Postado por: Grasiele

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