terça-feira, 7 de agosto de 2012

Fogo E Fogo?! (Doce E Selvagem 2) - Capítulo 7 - Sonho?! Ou não.

Ouvi passos ecoando em meu quarto, tentei abrir meus olhos mas por algum motivo não conseguia. Rolei pela cama ficando com as costas no colchão, forcei mais uma vez, mandei meus olhos se abrirem, mas nada acontecia. Os passos cessaram por uns instantes e então senti mãos em meu peito, subindo lentamente até meu pescoço e depois descendo por meus braços.
Chacoalhei de leve a cabeça tentando despertar e finalmente consegui abri meus olhos, porém ainda não enxergava, estava tudo embaçado, imagens borradas das quais me forcei a identifica-las. Senti as mãos segurar-me pelos pulsos e levantar meus braços. Algo gelado tocou minha pele.
Olhei para quem quer que fosse o dono das mãos e vi a figura manchada de uma mulher. Ela estava de pé ao lado de minha cama, uma máscara nos olhos, estava vestida com um corpete preto e cintas ligas presas à sua calcinha de renda e suas meias finas. Tentei falar, mas minha boca estava seca, nenhum som saía.
Puxei meus braços com dificuldade para esfregar meus olhos, mas algo estava me impedindo. Juntei minhas forças e puxei mais forte, mas então senti novamente o objeto gelado em meus pulsos, segurando-me ali. Eu estava preso.
Olhei atordoado para ela que soltou uma risada perversa, jogando sua cabeça para trás e depois voltou a me olhar. A mulher se ajoelhou sobre minha cama e colocou uma perna de cada lado da minha cintura, sentando-se no meu colo. Ela abaixou um pouco seu corpo, apoiando suas mãos espalmadas sobre o meu peito e sussurrou em meu ouvido.
– Fogo! – foi a única palavra que disse e eu não conseguir entender o que ela queria dizer.
– O-o quê? – alguém gaguejou e percebi que havia sido eu.
Novamente ela riu e se moveu no meu colo. Senti um calor dentro do meu peito, ela se moveu mais uma vez e senti uma pontada em meu membro. Ela mordeu meu pescoço, mordeu minha mandíbula e logo em seguida, mordeu meu lábio inferior com certa força ao mesmo tempo em que mexia seu quadril sobre o meu colo.
Gemi de dor e de excitação.
Ela se abaixou um pouco e beijou meu peito, desceu suas unhas pela minha barriga, deixando um rastro ardido e quente. Um pouco mais para baixo. Ela apertou meu membro por sobre a boxer e um som rouco saiu de minha garganta, pude distinguir um sorriso em seus lábios. Novamente ela estava surrando para mim.
– Fogo! – repetiu. Por um impulso, meus dentes foram parar em seus ombros nus e a ouvi gritar.
Ela saiu do meu colo, ficando ao meu lado na cama e voltou a arrastar suas unhas na minha barriga até chegar a minha cueca. Senti suas mãos afastar o tecido e segurar meu membro que já estava ereto. A figura excitante passou a me estimular com suas mãos, simulando um vai e vem. Olhei para ela com minha respiração acelerada e ela sorriu para mim, abaixou-se mais uma vez, ficando muito próxima ao meu pênis e então senti a ponta de sua língua lamber desde a base até a cabeça. Gemi de novo.
Mas um vazio tomou meu corpo. Ergui minha cabeça e ela não estava mais perto de mim, mas sim, encostada na porta, sorrindo e com as mãos atrás do corpo. Fiquei sem entender, eu estava cheio de desejo, excitado, queria ela.
– Me solte! – sussurrei. – Eu quero você. – mais uma risada maléfica no ar.
Ela se afastou da porta e se virou, abrindo a mesma. Olhou para mim e depois tirou sua máscara, jogando em meus olhos. Balancei rápido minha cabeça fazendo com que a máscara saísse de minha visão, mas quando olhei novamente para a porta, ela já não estava mais lá. Havia me deixado preso em uma cama, ardendo de desejo por aquela mulher misteriosa e perversa. Adormeci.
Pegando fogo!
°°°°°
O quarto estava claro demais, meu corpo estava meio dolorido, acordei com muita cede e esfreguei meus olhos. Esfreguei meus olhos?! Sentei-me rápido na cama e olhei meus pulsos. Estavam livres. Fora só um sonho.
Levantei-me e fui para o meu banheiro, lavei o rosto e escovei meus dentes. Quando saí, algo me chamou a atenção ao passar na frente do espelho, voltei e me olhei por completo. Eu estava cheio de marcas avermelhadas em meu peito e barriga, marcas de unhas! Olhei meus lábios mais de perto e estava inchado, machucado.
– Ela estava aqui... – disse baixo.
– ELA ESTAVA AQUI? – ouvi alguém gritar e olhei para a porta do meu quarto. – QUEM ESTAVA AQUI TOM KAULITZ? – Ria gritava descontrolada. – DESGRAÇADO! – Ela veio até mim e me bateu com sua bolsa.
– Para com isso, Ria! Está louca? – mal tive tempo de falar e ela já saia furiosa do meu quarto. Saí atrás dela e segurei seu braço.
– ME SOLTA! – gritou puxando seu braço.
– Eu não fiz nada, porra! – ela saiu andando e me deixou falando sozinho. – Ótimo! – bufei e voltei para o meu quarto, batendo a porta.
Assim que sentei em minha cama, vi do lado do meu travesseiro algo preto e pequeno. Peguei e pude ver que era a máscara da mulher misteriosa. Céus! Realmente tinha acontecido tudo aquilo ou então eu só podia estar louco! Fiquei paralisado por alguns instantes, me lembrando da noite passada. Corpete preto, calcinha de renda, meias finas e uma máscara. Fogo!
Saí do meu quarto como um furacão, nem me importando se eu estava apenas de cueca ou não e fui direto para o quarto de Mayára. Abri a porta sem nem ao menos bater, mas ela não estava lá. Desci as escadas correndo e entrei na cozinha, a vi preparando o seu café e a puxei pelo braço com força, assustando-a.
– Foi você não, foi? – falei sorrindo com raiva.
– Fui eu o que? – ela perguntou confusa.
– Não se faça de idiota! – levantei o objeto preto para ela. - Isso aqui é seu! – joguei em seu rosto e a soltei. – Você foi ao meu quarto ontem! Você me prendeu e fez isso comigo! – apontei para a minha barriga mostrando os arranhões e ela arqueou a sobrancelha.
– Eu não fiz nada seu retardado, está ficando louco agora? – falou furiosa.
– Claro que foi você! Não minta, eu já sei que sim. Olha a prova em suas mãos! – apontei para o retalho.
– Prova?! – ela perguntou irônica. – Isso é uma gravata borboleta! Que eu saiba, nunca usei uma gravata na minha vida!
Gravata?!
Ela jogou o pano preto em meu peito e eu o peguei. Mayára saiu bufando de raiva da cozinha e desapareceu da minha vista. Ergui o objeto e o analisei. Sim, era realmente uma gravata. A gravata em que eu usei ontem na fantasia. Eu não estava sonhando! Eu sei que não, o que explicaria essas marcas sendo que eu não ficava com Ria à dias e ontem eu voltei sozinho para casa, me lembro muito bem!
Subi de volta para o meu quarto completamente confuso, não conseguia entender o que tinha acontecido.

Postado por: Grasiele

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