terça-feira, 7 de agosto de 2012

Fogo E Fogo?! (Doce E Selvagem 2) - Capítulo 2 - "Ma.." o quê?

Uma semana depois...

Minha porta era esmurrada, alguém acabara de destruir meu lindo sonho com duas gêmeas em minha cama... Vida cruel.
– Quê que é? – disse ainda de olhos fechado e claro, mal humorado.
– Levanta logo, Tom! Nós vamos buscar a... – ele deu uma pausa - Como é que chama mesmo? – ouvi Bill perguntar para provavelmente, Jacqueline. – Enfim, nós vamos buscar a amiga da Jacqueline.
– Tá bom. – disse com fadiga, com meu rosto enfiado no travesseiro.
Levantei-me MORRENDO de preguiça, fui para o meu banheiro e escovei meus dentes. Percebi que eu estava meio excitado por causa do sonho, então resolvi tomar um banho rápido, no chuveiro mesmo. Sim, Ria e eu estávamos juntos, mas não é por isso que eu não posso ter sonhos eróticos... E na verdade, nem culpa minha é. É um sonho! Não sou eu que controlo.
Terminei meu banho, enrolei uma toalha na minha cintura e voltei ao quarto. Peguei uma calça jeans clara e uma camisa preta, me vesti e coloquei um boné preto também. Passei meu perfume, embora eu tenha um cheiro excitante natural que deixa as mulheres loucas, mas sempre é bom melhorar um pouco mais. Abri a porta do quarto e Bill estava prestes a bater na minha porta.
– Vamos logo, já estamos atrasados. – bufei. A amiga era de Jacqueline, não minha. Por que eu tinha que sair correndo?! Mas tudo bem né, talvez a garota seja legal então vou ser educado.
Descemos e fomos no carro de Bill, eu fui no passageiro e Jacqueline foi atrás. Em mais ou menos 30 minutos, estávamos no aeroporto. Como a Jacqueline disse que seria a primeira vez que elas iriam se ver, ela segurava uma plaquinha com o nome da garota, olhei e achei estranho.
– Como é que ela chama mesmo? – sussurrei para Bill. Estávamos de pé, um do lado do outro em frente a onde as pessoas desembarcavam.
– Ah, é Ma.. Méya.. Ahn, amor... – ele se virou para Jacqueline. – Como é que ela chama mesmo? – Jacqueline riu e nos olhou.
– Mayára. – disse naturalmente.
– Ma... o quê? – perguntei. Que nome doido era esse? Não conheço ninguém que se chame assim.
– Ma-yá-ra! – repetiu pausadamente. – Esse nome é muito comum no Brasil. – ela explicou.
– Ah... – tentei falar o nome dela mentalmente para não passar vergonha. Ma... Ma... Ah, deixa pra lá.
– Hey! – tinha me distraído tanto tentando pronunciar o nome da Ma num sei o quê, que nem percebi quando uma garota se aproximou de nós. – Finalmente nos conhecemos! – ela disse sorrindo para Jacqueline e a abraçou.
Ela era alta, aparentemente magra, estava vestida com um jeans preto e uma camiseta com um nome estranho escrito nela, usava também all*star e seus cabelos estavam soltos. Quando ela se separou de Jacqueline, olhou para mim e pude perceber que ela tinha o rosto um pouco redondo, seus olhos ora davam a impressão de que eram miúdos como de japonesa, ora se arregalava um pouco. Seus lábios eram cheios, uma touca preta na cabeça e sua franja de lado. Fiquei encarando elas alguns segundos até Bill se pronunciar.
– Prazer. – esticou a mão. – Bill Kaulitz.
– Prazer. – ela sorriu e segurou a mão dele em um aperto rápido. – Mayára.
– Eu sou Tom. Irmão de Bill. – estiquei minha mão para ela também e sorri, ela retribuiu meu sorriso com seus traços bem marcados no rosto e pegou minha mão também.
Depois das apresentações, fomos para casa. No caminho ela e Jacqueline conversavam sem parar naquela língua enrolada, não tinha como entender nem se quer uma palavra.
– É incomodante não entender o que elas falam. – falei em alemão para Bill, afim de “dar o troco” nelas, mas ela nem se quer notaram que eu falei. – Não que eu realmente esteja interessado em ouvir a Jacqueline contando a vida sexual de vocês para a Méya. – Bill engasgou depois dessa e eu gargalhei.
– Ela não está contando nossa vida sexual... Eu espero que não. – ele parou para pensar. – E não é Méya idiota!
– Você que falou que o nome dela era Méya!
– Não falei nada! – ele falou e vocês estão de prova! – O nome dela é Móyara. – de repente percebi que elas prestavam atenção em nós e assim que ouviram Bill pronunciar o nome da Méya, elas começaram a rir descaradamente. Eu disse que era Méya!
– Eu não entendi nada do que vocês falaram, mas senti que esse Móyara... – ela imitou o Bill, mas ficou parecendo mais com a Dóris de Procurando Nemo falando baleiês! É, Bill e Georg me obrigaram a assistir esse filme. – ...foi para mim. Olha, particularmente eu não gosto do meu nome e pra ficar mais fácil para vocês, podem me chamar de May.
– Acho que assim fica mais fácil. – Bill falou prestando atenção na rua.
Limitei-me a falar algo depois da vergonha que eu e Bill passamos. Pelo jeito que elas riram, parecia que eu e Bill éramos dois retardados e imbecis.
Quando chegamos em casa, Méy... Ér, May tirou suas malas do carro e nós ajudamos ela a levar para dentro. Tínhamos mais 3 quartos para hóspedes e ela ficou no quarto que era ao lado do meu. Ela disse que iria arrumar suas coisas e que logo desceria então eu fui para o meu quarto colocar uma roupa mais confortável.
Percebi que havia esquecido meu celular em casa. Tinha uma mensagem de Ria e abri: “ Já estou com saudades. “ Eu estava com preguiça de responder, então deixei o celular onde estava. Ria depois que voltamos com nosso “namoro”, ela teve que ir para a casa dos pais, pois sua mãe estava doente.
Tirei o tênis e vesti uma calça de moletom cinza, e continuei com a minha camisa preta. Desci para sala e May já estava sentada no sofá conversando com Bill e Jacqueline, me sentei também e fiquei observando ela. Pelas coisas que ela falava, ela era meio doida ou tinha algum problema mental, vai saber né. May também falava de um jeito engraçado, ela usava uns termos meio estranho e tinha o sotaque forte em seu inglês, era muito engraçado ficar observando ela.
– Já arrumou suas coisas. – Jacqueline perguntou para a doida.
– Na verdade, não terminei ainda. – ela confessou.
– Posso ajudar você depois, se quiser. – sugeriu Jacqueline.
– Obrigada, Jack.
Hoje era dia de Jutta vir cozinhar! Adorava quando ela vinha cozinhar, mas agora que Jacqueline e sua amiga estavam aqui em casa, Bill pediu para que ela fizesse comida diferente para elas também, já que não eram vegetarianas. Logo senti aquele cheiro bom vindo da cozinha e todos nós fomos almoçar. Até que essa tal de May era divertida, talvez fosse legal ela ficar aqui em casa.

Postado por: Grasiele

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