terça-feira, 7 de agosto de 2012

Fogo E Fogo?! (Doce E Selvagem 2) - Capítulo 8 - A Prova.

Eu estava confuso e com ódio. Minha cabeça estava rodando e eu não conseguia entender o que tinha acontecido ali, naquele quarto. Olhei para a minha barriga e passei a mãos nas marcas que ardiam... “Como?” essa palavra ficava ecoando na minha cabeça. Claro que tinha sido ela! De alguma forma, ela está mentindo para mim, não há outra explicação! Ela vai ter que falar, claro que vai! Não vou desisti.
Desci de volta para a cozinha e ela estava fazendo alguma coisa no fogão, estava com fones no ouvido e as vezes parava de mexer sei lá o que ela estava fazendo, para dançar ou encenar como se tivesse tocando alguma coisa. Eu acharia engraçado se eu não estivesse determinado a descobrir o que aconteceu na noite passada.
– Ele nem imagina o que eu fiz... – ouvi ela falar e depois rir.
– AHÁ! TE PEGUEI AGORA, MÉYA! – ela soltou um grito e se virou assustada.
– QUER ME MATAR DO CORAÇÃO? – pegou um pano que tinha na cozinha e começou a tacar em mim. – QUE QUÊ VOCÊ TEM HOJE HEIN? ENDOIDOU DE VEZ? – ela gritava.
– Não. Mas eu sei que foi você quem me prendeu na cama ontem à noite! – disse firme.
– Não tenho culpa se você anda tendo sonhos eróticos comigo. – ela riu. – Agora, ficar me assustando e me acusando de algo, já é demais né?! – ela se virou e desligou o fogo.
– Então você está dizendo que não foi você? – cruzei meus braços.
– Nããão... – disse irônica. – Estou dizendo que sou a Madonna! – revirou os olhos. – É ÓBVIO que não fui eu. Tenha dó né, Tom.
– Então me deixa ver seus ombros! – disse rápido e seus olhos se arregalaram. Claro! Eu havia mordido ela na noite passada e pelo grito, tinha sido muito forte, deveria estar as marcas.
– O-o que? – ela gaguejou se afastando um pouco de mim e eu dei um passo para frente.
– Me deixe ver seus ombros! – falei novamente. – Se realmente não foi você, seus ombros estarão sem marca alguma. DEIXE-ME VER! – gritei avançando e ela saiu correndo, contornando a cozinha.
Tentei pegá-la, mas meus dedos apenas encostaram-se a sua camiseta. Corri atrás dela e consegui chegar à escada antes que ela subisse, seus olhos estavam quase saltando do rosto e eu voei para cima dela, mas ela conseguiu pular em cima da mesinha no centro da sala. Corri de novo ao seu encontro e ela pulou para o sofá, eu então me joguei pela mesinha, escorregando por cima da própria e quando Mayára ameaçou correr sobre o sofá, segurei em seu tornozelo. Ela soltou um grito agudo e caiu de cara no sofá.
– Não adianta tentar fugir de mim! Eu peguei você! – falei ainda segurando ela, que começou a me chutar.
Segurei em suas duas pernas e a puxei, virando de frente para mim e fazendo com que ela ficasse deitada de costas no sofá. Segurava ela força para não correr o risco de escapar, me aproximei dela e me deitei sobre o seu corpo, colocando todo o meu peso sobre ela. Mayára estava ofegando e eu também, olhei seus lábios e lembrei-me da textura deles... Balancei minha cabeça e olhei em seus olhos, coloquei minha mão por cima do seu ombro, pronto para abaixar sua camiseta e tirar logo a prova.
– Tira a mão de mim! – ela gritou e avançou com a cabeça, tentando me morder.
– Fique quieta! – rosnei para ela, mas mesmo assim ela começou a se remexer em baixo de mim e a me dar tapas. Segurei em suas mãos e as prendi em seu peito.
– Eu vou gritar! – ela ameaçou.
– Grite! Tenho certeza que Bill e Jacqueline não estão em casa, pois se estivessem já tinham aparecido. – ela ficou em silêncio e fechou os olhos.
Mantive-a presa com uma mão e a outra ergui novamente para o seu ombro. Ela respirava rápido, estava visivelmente em pânico. Não precisava mais de provas, suas reações eram a certeza que eu tinha que havia sido ela, mesmo assim, abaixei o pedaço de pano.
E lá estava a marca dos meus dentes.
– Eu sabia! – a soltei e saí de cima dela, me afastando.
Ela apenas se sentou no sofá e ficou olhando para frente, fitando o vazio. Ela estava parecendo um espirito do mal assim, seus olhos sem foco, sem piscar, sem se mover. Voltei para perto dela e me ajoelhei de modo que pudesse olhar em seus olhos, mas ela estava do mesmo jeito.
– Méya! – chamei-a e nada. – May!! – sacudi seus ombros e ela olhou para mim. – O que você quer? – perguntei ela suspirou e se levantou indo para a escada.
– Me deixe em paz. – disse.
– O quê? – falei incrédulo e me levantei, segurei em seu braço e a virei para mim. – Você apareceu no meu quarto ontem de lingerie, me torturou, me fez brigar com a minha namorada e agora me diz para te deixar em paz?! Você é bipolar? Tem problemas mentais ou algo do tipo? – ela começou a rir descontroladamente. Com certeza ela não estava em seu estado normal. – QUAL É O SEU PROBLEMA? – gritei.
– TODOS! – gritou também. - POR QUE NINGUÉM CONSEGUE GOSTAR DE MIM DE VERDADE? – pude ver seus olhos cheios de água. Mayára aproximou seu rosto do meu, fazendo com que nossos lábios se encostassem e eu fechei meus olhos. – Por que ninguém consegue me amar? – sussurrou em minha boca. May se afastou bruscamente de mim e subiu as escadas correndo, pude ouvi a porta de seu quarto bater.
O que está acontecendo? Por que ela estava falando aquelas coisas? Subi as escadas e abri a porta do quarto dela. Ela estava deitada com o rosto enfiado no travesseiro e chorando. Senti uma pontada em meu peito. Será que ela estava chorando por minha culpa? Talvez eu tenha sido mal educado demais, talvez eu tenha machucado ela com as minhas palavras ou até mesmo com minhas mãos... Mas essa não era minha intenção! Eu apenas quero saber o que ela quer de mim.
Caminhei até sua cama e me sentei ao seu lado, ela parou de soluçar na hora, ficando rígida. Coloquei minha mão em seus cabelos e comecei a acaricia-los.
– Sai daqui! – disse com a voz abafada. – Não precisa sentir pena de mim. – levantou a cabeça e afastou minha mão dela.
– Por que você está agindo assim? Eu só quero entender. – falei me levantando e olhando-a nos olhos.
– Você nunca vai entender! – ela se levantou, ficando de pé na cama. – Você não sabe o que é amar alguém de verdade! – ela caminhou e abriu a porta do quarto dela, como um convite para que eu saísse. Andei calmamente até ela e fechei a porta com força, ela ficou me encarando e eu a agarrei pela cintura, colando nossos lábios com volúpia.

Postado por: Grasiele

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