terça-feira, 7 de agosto de 2012

Fogo E Fogo?! (Doce E Selvagem 2) - Capítulo 3 - Provocações de crianças.

Estávamos na sala, tínhamos acabado de almoçar, não tinha nada para fazer, pois nós já terminamos o CD e daqui a dois meses vamos gravar o primeiro clipe do álbum para depois entrar em turnê. Como estávamos todos nós com cara de tédio, eu tive uma ideia.
– Vamos brincar de verdade ou desafio? Mas vamos fazer apenas com verdade. – todos me olharam com cara de: Isso não é boa ideia. – Qual é pessoal! Estou cansando ficar sem fazer nada aqui.
– Ok. Vamos! – Bill disse, me surpreendendo. – Então meninas... Vamos ou não? – ele olhou para as garotas que toparam. Nos sentamos todos no chão e eu peguei uma caneta.
– Essa ponta... – disse apontando para o lado que tinha tampa. – É o lado de quem pergunta e essa aqui... – apontei para onde não tinha tampa. – É o lado de quem vai responder. Vamos lá! – estava sentada, Jacqueline, depois eu, May e Bill em uma roda. Girei a caneta e de cara deu eu e Bill, ele perguntava e eu respondia.
– Muito bem maninho... – ele disse sorrindo maléficamente. – É verdade que você só está em um namoro fixo porque anda broxando com várias garotas? – ele começou a rir quando eu arregalei os olhos. Filho de uma ... Simone.
– Claro que nã...
– Olha! É verdade, não é? – droga! Pela regra do jogo eu tenho que dizer que é verdade.
– Você me paga, Bill! – respirei fundo. – É verdade. – disse por fim. Os três começaram a rir e eu fiquei morrendo de raiva. Girei novamente a caneta. – Jacqueline pergunta para a May. – Jack sorriu travessa e May fez uma careta engraçada, eu ri.
– É verdade... – ela pensou um pouco e depois encarou a May. – Que você gosta de uns tapas na cama? – eu comecei a gargalhar e Méya (sim, eu quero chamar ela de Méya de vez em quando e ponto final!) engasgou.
– Maldita! – ela rosnou para Jacqueline. ROSNOU. – Sim, é verdade! Como pode contar meus fetiches sexuais?! – perguntou indignada.
– Espera um pouco... Então é verdade?! – Bill perguntou e ela ficou parecendo uma pimenta de tanta vergonha.
– Roda logo essa budega! – ela disse rápido, tentando disfarçar.
– Essa o quê? – perguntei confuso.
– Ahn... esquece. – ok, ela não era normal. Rodei mais uma vez e dessa vez era a May que perguntaria para Jacqueline. – MUAHAHAHAHA Minha vingança senhorita! – ela olhou perversa para Jacqueline, mordendo o lábio inferior e aquilo me... excitou?! – É verdade que você faz compras em um sex shop uma vez por mês?
– Você não é do bem, garota. É verdade... Tanto quanto você! – ela começou a rir.
– Suas pervertidas! – eu disse e comecei a rir.
– Por que você não me contou isso? – Bill perguntou curioso para Jacqueline.
– Porque eu não conto o que vou fazer, eu faço! – ela piscou para ele. – E aos poucos você vai conhecendo meu estoque do sex shop.
– Eu hein! É melhor vocês dois irem para um quarto, não vou ficar aqui vendo vocês se pegarem. – disse me levantando.
– Nem eu! – Méya/May se levantou também. – Por acaso tem vídeo game aqui?
– Claro! Aliás, eu espero que você não se importe, mas... hoje eu e Jacqueline vamos jantar fora e não sabemos que horas voltaremos.
– Tá bom. – ela sorriu. – Não precisam ficar grudados em mim só porque vou morar aqui, não sou nenhuma criança Bill. Relaxa.
Olhei no meu relógio e já era 15h50min. Bill e Jacqueline se trancaram no quarto e disseram que ia se arrumar, pois iriam dar uma volta antes de ir jantar, então eu propus para May que nós jogássemos Guitar Hero.
– Vamos! – ela pulou de felicidade. – Mas vamos aprontar antes! – esfregou as mãos. – Vem!
– Onde você vai, Méya? – vish, escapou!
– Meu nome é MA-YÁ-RA! – ela se virou para mim. – E nós vamos fazer brigadeiro.
– Para mim seu nome é Méya e ponto final! – ela revirou os olhos e andou até a cozinha.
– Então vou passar a te chamar de Tommy! – encostou-se à pia cruzando os braços como se fosse uma criança birrenta.
– Que ridículo! Eu odeio que me chamem assim! – disse com a voz firme.
– Ótimo, então estamos quites! Tommy. – sorriu.
– Méya!
– Tommy!
– Méya!
– Tommy!!! – avancei um passo e ela correu pela cozinha.
– Por que está com medo? – sorri maliciosamente quando ela parou do lado oposto de onde eu estava.
– Não estou com medo! Vamos fazer logo o brigadeiro e ir jogar.
Ela me mandou achar os ingredientes para fazer o tal doce brasileiro já que a casa era minha e eu peguei todos. Ela era meio atrapalhada na cozinha, se sujava sozinha e fazia a maior bagunça, fiquei observando-a e rindo de suas trapalhadas enquanto ela TENTAVA fazer aquela meleca de chocolate.
– Pronto! – ela se virou com a panela depois de alguns minutos e sorridente. – Amo muito brigadeiro! – tive a impressão de ver seus olhos até brilharem.
– Estou vendo.
– Experimenta! – ela me deu uma colher e pegou outra.
– Eu não! Come você primeiro, vai que isso aí vai me matar?! – ela rolou os olhos e passou a colher na panela, levando o doce até sua boca.
– Bom, se você não quer... Não posso fazer nada, mas está muito bom. – saiu andando de volta para a sala. – fui atrás dela e peguei a panela da mão dela. – Ow!
– Agora que eu vi que é seguro comer... – peguei um pouco do tal brigadeiro com a minha colher também e provei. – Caramba, isso é bom mesmo!
– Eu sei! – ela sorriu e se sentou no sofá. Sentei ao seu lado e deixei a panela no alcance dela.
Ficamos um bom tempo comendo o brigadeiro, quando acabou, fomos jogar, mas eu ainda tive vontade comer mais. Aquilo era realmente muito bom! Mayára ficou me provocando com meu nome mais algumas vezes e eu revidei claro, não ia deixar barato. Se você pensou “Ué, ele disse Mayára?”, pois é, eu já me acostumei com o nome dela, mas não deixaria ela saber.
– Não quero mais jogar isso! – colocou a guitarra no chão depois de uma hora jogando e estava aparentemente com raiva. – Você vai sempre ganhar todas de mim!
– Claro, eu sou o melhor! – sorri vitorioso.
– Aé?! Vamos jogar futebol então. – ela saiu da sala onde costumávamos deixar para jogos e outras coisas para distrair e depois de alguns minutos voltou com algo na mão. – Toma. Coloca, porque agora você vai perder bonito.
– HÁ HÁ! Você é uma garota! Meninas não ganham no futebol. – peguei o jogo da mão dela e coloquei. – Quem vai perder é você!
Escolhemos nossos times e ela começou a mexer na configuração do time dela. Tá bom, talvez ela realmente soubesse jogar, mas não seria o bastante para ganhar de mim.
Perdi.
– AH! TOMA TOMMY! Eu disse que ia ganhar de você. – falou convencida e rindo.
– Eu deixei você ganhar, ok? – mentira.
– Aham, até parece! Vamos jogar mais uma então. – se ajeitou e escolheu outro time. No total jogamos mais cinco partidas e eu perdi todas!
– Sou eu quem não quero jogar agora! Você está roubando, com certeza. – falei irritado, pois eu nunca perdia em jogos de vídeo game.
– Não estou nada! – ela começou a ficar brava, isso estava visível. – Você é que não sabe perder!
– Olha quem fala, pequena! – ergui uma sobrancelha.
– Eu não sou nada pequena, sou quase do seu tamanho! – ela se levantou do Puff em que estava sentada e eu também me levantei do meu.
Ela realmente não era pequena, mas ainda sim eu era bem mais alto que ela. Mayára ficou muito perto de mim, de modo que nossos corpos tocaram um no outro. Senti uma eletricidade passar por meu corpo e vi a respiração dela ficar mais pesada, não sei por que eu senti vontade de puxá-la mais ainda para perto de mim.
– Viu? – falou próxima ao meu rosto. – Tommy babaca! – riu e saiu correndo.
– O quê?! – indaguei e corri atrás dela. – Onde você está sua louca? – gritei parado no corredor
– Você nunca vai me pegar Tommy babaca! – ouvi ela gritar e parecia estar no andar debaixo ainda.
– Não me chama de Tommy! – falei descendo as escadas. – E eu não sou babaca, Méya!
Realmente preciso dizer que ficamos nessa palhaçada até 23h00min?! Pois é, e não é que essa maluca não apareceu mesmo? Deixei-a para lá, já estava cansado de procurar pela casa inteira então fui para o meu quarto tomar um banho. Assim que entrei no chuveiro, ouvi a porta do quarto dela se fechar, como o quarto de May era do lado do meu, dava para ouvir perfeitamente. Sorri. Ela finalmente tinha se cansado.
Tomei meu banho tranquilamente e quando saí, vesti apenas uma boxer e me deitei. Estava cansado de ter ficado perseguindo Mayára com essas brincadeiras bobas, então logo eu consegui dormir.

Postado por: Grasiele

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