terça-feira, 7 de agosto de 2012

Fogo E Fogo?! (Doce E Selvagem 2) - Capítulo 6 - Fogo E Fogo?!

Quando chegamos, estacionei meu carro em um beco para que não ficasse muito visível e saí, contornando-o e abrindo a porta do passageiro. Estiquei a mão para Mayára e ela pegou, saindo do meu carro e ajeitando o vestido.
– Estou muito amassada, Tom? – ela olhou para mim.
– Não, mas eu poderia te amassar... – merda! Por que eu tinha que falar isso?!
– O que disse? – me olhou confusa. Obrigado por ter me ajudado mais uma vez nossa senhora do sexo!
– Nada. Disse que nós poderíamos entrar... na festa.
– Ah sim, vamos então. – sorriu.
Ela seguiu caminhando um pouco a minha frente e eu fui observando cada passo dela. Ela sabia perfeitamente se equilibrar em um salto, parecia estar andando descalço de tão natural que estava. Definitivamente essa noite ela não parecia aquela garota doida, desajeitada e meio infantil em relação aos outros dois dias desde que chegara. Ela estava absurdamente sedutora, suas atitudes e palavras eram seguras e quando eu olhava em seus olhos eu via fogo!
Entramos na boate e Bill tinha razão quando me contou uma de suas vindas aqui, esse lugar era muito frequentado mesmo e realmente cheirava a sexo e bebida. Não sei qual a lógica de Bill que é todo romântico querer comemorar um mês de namoro com Jacqueline logo aqui, onde as pessoas se pegavam descaradamente no meio da pista. Assim que fui circulando pelo local, avistei várias mulheres bonitas, todas as pessoas presentes estavam vestidas de vampiro e aquilo estava meio hilário, mas acabei me lembrando de que eu também estava então parei de sorrir.
Cheguei ao mini bar depois de ter dado uma volta e encontrei o casal lá, inclusive Mayára.
– Um Texas Tea, por favor! – pedi ao barman assim que me sentei em um dos bancos ao lado de May.
– Não levarei ninguém bêbedo para casa. – ela disse e percebi que ela falava comigo com um leve sorriso brincando em seu rosto.
– Creio que não será necessário. Estou acostumado com bebidas. – o barman colocou meu drink diante de mim e dei um gole, sentindo descer quente pela minha garganta.
– Blue Margarita. – se dirigiu ao rapaz e ele olhou surpreso para ela, que sustentou seu olhar, então ele se virou para preparar sua bebida.
– Devo reformular sua frase, querida Méya. EU não levarei ninguém bêbeda para casa... – virei meu corpo totalmente para ela que continuou na mesma posição sentada no banco de frente para o balcão. – A não ser que seja extremamente interessante para mim. – completei sorrindo maliciosamente.
– Tenho certeza que seria bem interessante. Tanto para você quanto para mim. – dessa vez ela se virou me olhando profundamente.
Não respondi, apenas observei ela tomar um gole de sua bebida assim que seu copo foi depositado à sua frente. Ela não mostrou nenhuma aversão ao ingerir o líquido de grande quantidade alcoólica, pelo o que eu estava vendo, ela também já estava acostumada com esse tipo de bebida.
– Vamos dançar. – disse me levantando. Antes mesmo de saber sua resposta, peguei sua mão e puxei-a para o meio da pista.
Estava meio cheio, mas mesmo assim ainda queria dançar, ela estava me provocando e era a minha vez. Era uma música agitada, mas ainda dava para dançar junto, ela começou a mexer seu corpo sem preocupação e eu percebi que já havia muitos caras de olho nela. Passei a dançar também, algumas vezes ela chegava mais perto de mim, fazia com que meu corpo roçasse no seu e eu reagia igualmente a ela, recebendo ela e colocando as mãos em sua cintura.
Em um momento rápido, virei seu corpo com violência para mim, olhei em seus olhos e vi pura luxúria! Ficamos nos olhando por um bom tempo, eu percebi que ela parecia saber muito de mim, talvez mais do que eu imaginava, como se me conhecesse a anos. Senti-me meio incômodo em relação a isso, pois de alguma forma eu também sentia isso em relação a ela. Aproximei meu rosto do dela e já podia sentir sua respiração junto à minha, mordi meus próprios lábios e me ousei a prosseguir um pouco mais, já podia sentir o roçar daquela boca vermelha na minha, mas ela me afastou.
– Não quero confusão para o meu lado. – ela fez com que eu tirasse minhas mãos de sua cintura. – E acredito que isso vai acontecer agora mesmo! – seus olhos não estavam focados diretamente para mim, mas sim para o que tinha atrás de mim.
Me virei e vi Ria entrando na boate, vagando seus olhos pelo local. Mas que diabos ela estava fazendo aqui?! Voltei para Mayára, mas ela já não estava mais lá, me abaixei um pouco sobre a multidão para que minha querida namorada não me visse e fui passando pelo monte de pessoas. Encontrei um corredor e entrei nele, fiquei na beira da entrada do corredor encostado na parede e seguindo Ria com o olhar.
– Tem tanto medo dela assim? – ouvi alguém sussurrar atrás de mim e me virei rápido.
– Não tenho medo dela. – disse olhando para Mayára que com o salto, estava praticamente da minha altura. – Como você mesma disse, não quero confusão. Só Isso.
– Não é o que parece. – ela riu sarcasticamente e eu me irritei. Afinal, era ela que estava me provocando minutos atrás, tudo isso era culpa dela! – Aliás, você nem parecia se lembrar dela quando estávamos dançando. – segurei em seus pulsos com força e coloquei-a contra a parede, mantendo seus braços presos á cima de sua cabeça.
– Você está fazendo de propósito não é? – falei sério e ela sorriu com malicia.
– Por que acha isso? – perguntou.
– Acabou de se entregar. – vacilei um pouco tirando a força das minhas mãos em meu aperto e ela acabou me empurrando com o seu corpo e se soltando de mim, fazendo com que eu cambaleasse para o outro lado do corredor e dessa vez, era eu que estava encostado na parede.
– Foi você quem bisbilhotou meu quarto, foi você quem me beijou e foi você quem me agarrou hoje no meio da boate. – ela estava com seu corpo colado no meu e sussurrando no meu ouvido. – Acha mesmo que sou eu quem está se entregando? – ela mordeu meu pescoço com força e eu gemi de dor e adrenalina, segurei em seus braços e afastei ela para encará-la.
Ela riu e se soltou de mim, saindo do corredor e me deixando sozinho atordoado. Saí da boate sem me importar com que se Ria estava lá dentro me procurando ou não e fui para meu carro, entrei e logo estava dirigindo pelas ruas de L.A. rapidamente.
Fiquei pensando no porque de ela estar fazendo aquilo, nós mal nos conhecíamos e em dois dias ela se revelou uma mulher totalmente traiçoeira e provocante. E sabe o que era pior? Era rever minhas atitudes e perceber que ela estava certa, eu não resistia ao ficar perto dela sem tocá-la ou sem ter um pouco mais dela. Uma mulher me prensou na parede e me colocou sobre seu controle! O que estava acontecendo comigo?
Cheguei rápido em casa e fui direto para o meu quarto, tirei minhas roupas e fui lavar meu rosto. Assim que terminei de tirar aqueles negócios que Bill passou na minha cara, me joguei em minha cama. Eu estava ardendo por dentro, ardendo de culpa por ter deixado Ria me procurando, ardendo de ódio por Mayára achar que podia me provocar daquele jeito e ardendo de desejo, eu sentia desejo por ela.
Ela tinha fogo em seus olhos e eu tinha fogo em meu corpo. Fogo e Fogo?! Como sair dessa sem se queimar?

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog