domingo, 8 de julho de 2012

Provocação - Capítulo 1 - Conhecendo.

Talvez fosse difícil resumir uma vida em poucas palavras... Se não fosse a minha vida á ser resumida. Bom, me chamo Jhuna e tenho 22 anos. Acabo de terminar minha faculdade de psicologia e recebi uma proposta de um maluco. Trabalhar em negociações para uma banda alemã. Ok, vou explicar melhor, porém, rápido.
Certo dia eu estava sentada de frente para um balcão, esperando minha bebida chegar, quando um cara com uma expressão divertida se sentou ao meu lado. Não liguei, até ele começar a me encarar...
O quê? – falei o olhando também.
– Me desculpe. – falou em inglês e estranhei. – Você fala inglês? – perguntou-me.
– Sim. Falo. – ele sorriu e eu continuei sem entender o que ele queria.
– Você deve estar estranhando. – riu abaixando sua cabeça e depois voltou a olhar pra mim. – Só achei estranho uma pessoa como você, estar em um bar cheio de homens e bebendo?! – ele falou confuso ao olhar para o copo na minha frente, do qual não tinha percebido que já estava ali.
– Por quê? – arqueei uma sobrancelha e tomei um gole do meu amado Rum.
– É só que... – ele começou e uniu suas sobrancelhas, semicerrando um pouco seus olhos. – Você não tem a aparência de quem frequenta esse tipo de lugar.
– Quer dizer porque sou uma mulher em um bar de velhos barbudos e bêbados. Compreendo. – sorri de lado e ele retribuiu.
– Não, não é porque você é mulher...
– Shiii... – coloquei o dedo indicador sobre meus lábios em sinal de silêncio. – Não me importo. Eu poderia fazer você mudar facilmente de ideia, sou boa em convencer as pessoas, mas realmente não me importo.
– Pode me provar o quanto é boa em convencer as pessoas? – “perguntou realmente interessado, o estranho é que não havia malícia em sua voz pondo em questão o modo como me fez a pergunta.”
Depois dessa conversa, ouve uma briga no bar e eu fui a conciliadora. Consegui fazer aqueles porcos de 47 anos ou mais irem para sua casa e pararem de brigar com um simples jogo de conversa. O tal cara que havia conversado me contou que seu nome era David e que estava no Brasil procurando coisa nova. Disse que me achou. Ele me fez a proposta de trabalhar para ele como uma negociadora de seus eventos, ou seja, as apresentações realizadas pela banda Tokio Hotel e etc.
No começo eu fiquei meio sem reação, pois nem se quer saberia se isso iria dar certo. Formei-me para ajudar pessoas a se encaixar na sociedade de forma que elas se sintam bem e não para jogar verde com caras ricos, tentando aumentar o valor do dinheiro na mesa. Mas eu sabia que não conseguiria abrir meu consultório tão rápido e muito menos faria minha fama como profissional em tão pouco tempo, o que me restou foi aceitar.
E aqui estou! Desembarcando em L.A e completamente nervosa, pois vou contar meu segredo para vocês. Sou fã de Tokio Hotel. Pois é, mas isso ainda não é necessário que eles saibam, com o tempo descobrirão sobre mim. Oh God! É o...
– Hello! – Bill disse quando me aproximei dele. – Você deve ser Jhuna. – ele disse esticando a mão.
– Oh, sim! – cumprimentei-o. – Mas como sabia? – perguntei.
– David disse que contou para ele que roupa vestiria, supus que fosse você. – ele sorriu e soltando minha mão. – É um prazer conhece-la. Sou Bill Kaulitz.
– Igualmente.
– Vamos? – assenti. – Posso te ajudar com isso? – ele esticou a mão para uma das malas que eu arrastava e a pegou.
– Onde está David? Achei que ele viria me buscar. – disse e Bill começou a caminhar, o acompanhei.
– David mandou suas sinceras desculpas, mas teve que fazer uma viagem de emergência. Mas de todo jeito, você ficará na nossa casa. – ele me olhou rapidamente.
– Desculpe. Nossa casa? – perguntei confusa.
– Sim. Minha casa e de meu irmão. – falou casualmente. Espera um pouco. O QUÊ?
– Hã... Muito obrigada, Bill. Mas não quero incomodar, posso arrumar um lugar para ficar...
– Não, não. Não se preocupe, estou feliz por ter uma pessoa nova para conversar. – ele sorriu e chegamos ao lado externo do aeroporto. – E David me contou de seus... talentos.
– Para ser sincera... – um enorme homem apareceu e pegou minhas malas. – Obrigada. – disse ao homem quando ele colocou minhas malas no porta mala de um carro. – Para ser sincera, não sei se sou mesmo capaz de atingir os objetivos de David. – voltei a formular minha frase. – Mas isso não é algo de que me impeça de tentar. – sorri de lado, completando minha frase.
– Sabe, gostei de você. Parece divertida. – ele abriu a porta do passageiro para mim e eu entrei, Bill fechou logo em seguida. Observei ele contornar rapidamente o carro, entrando no lado do motorista.
– Obrigada. Também gostei de você. – falei assim que ele fechou a porta ao seu lado.
– Obrigado. – sorriu e ligou o carro. – Então Jhuna, o que levou David a descobrir seus poderes sobrenaturais de persuasão? – falou com um tom irônico na voz.
– É uma longa história... – ele me olhou como se tentasse me incentivar. – Ok, vamos lá...
Comecei a lhe contar como foi o modo estranho que nos conhecemos e depois o acontecimento da briga, Bill também ficou surpreso por eu estar em um bar como aquele, até porque, eu geralmente me vestia com uma simples calça jeans escura, camisetas de banda ou regatas e tênis, nunca exagerava. Usava também óculos, mas na verdade era por abito, pois precisava deles apenas para ler.
Não demorou muito a chegar à casa dos Kaulitz. Bill ajudou-me a retirar minhas malas do carro e carregamos para dentro da mansão. Tudo era muito bonito e claro, tanto por fora quanto por dentro, fazendo com que eu tivesse medo até mesmo de tocar nas paredes e manchar, ou algo do tipo. Deixamos minhas malas no canto da sala e ele disse para eu esperar, pois ele iria chamar Tom. Sentei-me no sofá observando um pouco mais como as coisas eram sofisticadas e ao mesmo tempo simples.
– Hello? – ouvi alguém dizer e olhei para escada. Tom estava parado no final dela com seus braços cruzados e uma expressão curiosa.
– Oi... ér... – me senti nervosa ao vê-lo pessoalmente e não sabia ao certo o que dizer. – Hã... sou Jhuna. – tentei sorrir e me levantei indo até ele e esticando minha mão. – Sou a...
– Assistente do David. – ele completou e pegou minha mão em um aperto rápido. – Ou algo do tipo. – sorriu e eu me senti um pouco mais aliviada, ele parecia tenso. – Prazer, eu sou...
– Tom! – ouvimos a voz de Bill e ele descia as escadas. – Estava te procurando para conhecer Jhuna, mas parece que já se conheceram.
– Sim. – ele colocou as mãos em seus bolsos. – Já.
– Jhuna, está com fome? – Bill me perguntou indo para a cozinha. – Vou ver o que podemos fazer por você. – disse, antes mesmo de saber minha resposta.
– Não precisa ter medo de se sentar. Essa também será sua casa agora. – disse Tom com uma expressão divertida e nós dois nos sentamos no enorme sofá. - O resto dos caras estão chegando. Podemos pedir pizza. - sugeriu.
– Ótima ideia! – Bill gritou da cozinha e depois apareceu com um telefone. Ouvimos um barulho na porta e por ela passou Gustav e Georg.
Meu Deus! Eu realmente estava diante da minha banda favorita e estava agindo tão normalmente assim?! Como isso é possível? Espero que seja sempre assim e eu não tenha nenhum ataque do coração nesse período.

Postado por: Grasiele

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