quarta-feira, 13 de junho de 2012

The Neighbour - Capítulo 26

Bill

No instante em que vi a Iza parada ali, me olhando como se quisesse muito estar ali e ao mesmo tempo se repreendesse por aquilo, 

- O que foi? - Era o que eu consegui perguntar antes que ela viesse com tudo na minha direção e me beijasse. Como eu estava com saudade daquilo! Não vou ser clichê a ponto de dizer que eu me sentia como um viciado e a Iza fosse minha heroína, porque não chegava nem perto. E sem falar que heroína é ruim e a Iza era uma coisa boa. Incomparável a qualquer droga que fosse. 

Senti saudade de ter sua boca colada à minha, seus dedos macios e quentes sobre minha nuca, as unhas finas arranhando de leve a minha pele, a outra mão sempre indecisa sobre onde ficar... Senti também a saudade de apertar sua cintura e sentir sua pele macia sempre que deixava minhas mãos escorregarem para baixo da camiseta. Sem falar que não via a hora de simplesmente segurá-la para nunca mais deixa-la fugir. 

De início, a única coisa que me preocupei em fazer foi aproveitar aquele raro momento que tivemos durante todo esse tempo que estávamos separados. Afinal de contas, quase três meses dá para fazer com que sintamos falta um do outro. Principalmente depois do que houve mais cedo. Porém, como o efeito que ela tinha sobre mim era o mais devastador imaginável, sem falar que, desde aquela noite que tudo aconteceu, estava na abstinência (O que significa que, sempre que a Sofia vinha para cima de mim, sempre dava um jeito de me esquivar. Até alho cru serviu como repelente. Mas essa história é para outro momento.) e a situação estava começando a ficar crítica para o meu lado. Então, não me contive em começar a guia-la até a cama, ficasse por cima e continuasse a beijá-la, porém, intensificando o beijo de um jeito que eu sabia que ela não resistiria. E então, desci a mão da sua cintura até o quadril e, não resistindo, apertei sua bunda com vontade, percebendo-a ofegar. Depois disso, deixei minhas mãos passearem pelo seu corpo, tomando a direção que bem entendessem, apertando e acariciando cada mínimo pedaço que encontravam. Sentia seus dedos bagunçando meus cabelos e, vez ou outra, prendia meu lábio inferior com seus dentes e o puxava ao mesmo tempo em que o sugava, quase acabando com meu juízo. Não sei como ela conseguia, mas colocava a pressão certa quando fazia isso. 

Assim que voltou a me beijar, abandonei sua boca e, sem pensar, falei, muito próximo do seu ouvido, enquanto percebia sua pele se arrepiando: 

- Não disse que não teria coragem de trair? 

De repente, ficou tensa e me afastou. Assim que caí no colchão, bem ao seu lado, disse: 

- Eu não tenho. Mas, graças à sua mania de abrir a boca sem pensar veio a calhar, me lembrando que eu realmente não deveria estar aqui, que não é justo com o Alex e muito menos com a Sofia. 

- Até quando vai insistir nessa palhaçada que você e o Alex estão juntos, hein, Luiza?

- Não é palhaçada! - Esbravejou, ignorando totalmente o fato de que estava gritando às três e quarenta da manhã. - Já te falei que eu estou com ele agora! 

- Não. Você não está com ele. Está comigo. Eu sei muito bem que pode até fingir que está apaixonada, beijá-lo e sabe-se lá fazer mais o quê, mas vai sempre pensar em mim. 

- Para de ser egocêntrico, Kaulitz! - Gritou. E eu fazia o mesmo. Os vizinhos que se explodam. 

- NÃO ESTOU SENDO EGOCÊNTRICO! VOCÊ SABE MUITO BEM QUE É VERDADE! VOCÊ AINDA ME AMA TANTO QUANTO EU TE AMO! ADMITE ISSO, CARALHO! 

Cruzou os braços na altura do estômago e olhava para baixo, mexendo a perna de modo impaciente e até mordia o canto do lábio. Me olhou e disse: 

- Beleza. Quer a verdade? Tudo bem. Você quem quis. Eu estou com o Alex para te esquecer. Esquecer o fato de que eu ainda te amo, tudo aquilo que aconteceu entre nós. Só que eu não consigo. Mesmo que eu volte para o Brasil ou vá morar do outro lado do mundo, eu sei que você não vai me dar sossego, ainda que esteja longe. Se soubesse o quanto eu me arrependo de ter... Perdido a virgindade com você... 

A olhei, chocado. Ia na direção da porta, mas a impedi. 

- Me deixa ir, por favor.

- Não. Você só sai daqui amanhã. 

- Agora quem está de palhaçada é você, Bill. Anda, me deixa ir embora antes que a gente acabe brigando ainda mais. 

Sem qualquer aviso prévio, a puxei pela cintura e a pus contra a parede, literalmente. Olhando fundo nos seus olhos, falei: 

- Você não se arrependeu porra nenhuma de ter perdido a virgindade comigo. Nunca se arrependeu de ter feito nada comigo a não ser brigar comigo logo que a gente se conheceu. Eu te fiz uma promessa e falei que não tenho a menor intenção de quebra-la, custe o que custar. Você é a única garota que eu amo e de quem eu não vou desistir nunca. 

E logo em seguida, voltei a beijá-la daquela mesma maneira intensa que a deixava à minha mercê. Aos poucos, subia a camiseta que usava, cada vez mais expondo sua pele alva e macia. E ela, em resposta, arranhava minhas costas, se aproveitando do fato de que, naquela noite, por um milagre, tinha decidido dormir com a calça de um pijama. Abandonei sua boca para dar atenção a cada milímetro do seu pescoço, não me esquecendo da pior provocação para ela, que era perto do lóbulo da sua orelha. E assim que o mordi, sufocou um gemido. Acompanhei toda a linha do seu maxilar até chegar na boca, que foi beijada mais uma vez. Uma das minhas mãos que seguravam sua cintura desceu até uma das suas pernas e a ergui, fazendo com que tomasse um impulso e as envolvesse no meu quadril. A segurei o caminho até minha cama, repetindo o gesto de fazer com que se deitasse e eu ficasse por cima. Em seguida, as minhas mãos voltaram para sua cintura, só que desta vez, para tirar a camiseta que usava. Antes de beijar sua boca de novo, aproveitei a oportunidade e a observei. E, por instinto, cobriu os seios. Só então, me dei conta de que estava de pijama e, obviamente, não estava usando sutiã. Me inclinei na sua direção e, a fixando o tempo inteiro, comecei a beijar a base do pescoço, indo para um ombro e, logo em seguida, para o outro. E daí, para o colo e os seios. Como sempre fazia, a provoquei, deixando a bolinha do piercing da minha língua brincar com o bico, que ficava cada vez mais túrgido. Ao mesmo tempo, massageava o outro, fazendo com que ela arqueasse as costas. Percebi que uma das suas mãos tinha deixado minha nuca e se enfiava no meio dos nossos corpos, na altura dos quadris. Entendendo o que ia fazer, segurei seu pulso e a impedi de continuar, me aproximando do seu rosto e dizendo:

- Agora, quem manda aqui sou eu. Mantenha essa mãozinha linda longe do seu corpo. 

E, em seguida, roubei um selinho. Esperei a hora em que ia abrir a boca para reclamar e, assim que ela chegou, comecei a beijar do mesmo ponto que tinha parado, logo abaixo dos seios, passando por toda sua barriga e finalmente chegando ao baixo-ventre. Sem paciência nenhuma, tirei a calça do seu pijama, levando junto a calcinha e logo em seguida, recomecei a tortura-la só que usando, ao mesmo tempo, minha língua e dois dedos. Cravou as unhas no meu ombro e até aumentei a velocidade dos meus movimentos, fazendo com que gemesse. Depois de alguns minutos (Que eu tinha certeza que eram os mais longos para ela), não conseguiu se controlar e atingiu o clímax. Seu corpo foi tomado por alguns espasmos. A beijei durante algum tempo e, quando menos esperei, sentia que empurrava minha calça do pijama para baixo, levando minha boxer junto, do mesmo jeito que eu havia feito com ela. No mesmo instante em que voltei a beijar seu pescoço, senti sua mão se fechando em torno do meu pênis e o movimentava lenta e torturantemente. Antes que pudesse me dar conta, estava mordendo e até sugando a pele do seu pescoço, como se aquilo pudesse me aliviar. Quer dizer, era bom, mas até que eu conseguisse chegar ao máximo que podia aguentar... 

Se aproveitando de um mínimo instante de distração meu, a Iza inverteu as posições, ficando sentada em cima de mim e, depois de começar a tortura de me beijar, passando pelo meu pescoço e indo cada vez mais longe da minha boca. Como sempre, teve que brincar com o piercing que eu tinha no mamilo, deslizando a ponta da língua por ali. Em seguida, continuou sua trilha, justamente no momento que ergui minha mão para tocar seu cabelo e, assim que fez o contorno da minha tatuagem de estrela, teimei e consegui o que tanto queria, que era acaricia-la. Logo, pôs meu pênis na sua boca e, enquanto me masturbava, sugava a glande. Continuava a acariciar seus cabelos e, logo que percebi que estava começando a não aguentar, empurrei sua cabeça de leve mais para baixo. De repente, ela parou e, enquanto respirava fundo, falei:

- Vem cá. 

Obedeceu e, depois que a fiz se deitar do meu lado, vi que estava melhorando e perguntei: 

- Dá para continuar? 

- Balanço não me enjoa. - Disse. - E já estou melhor. 

A olhei, analisando cada mínimo traço e detalhe do seu rosto. Não me contive e acariciei sua bochecha, vendo-a fechar os olhos, deliciada com meu toque. Quando entreabriu os lábios, a beijei e me puxou para mais perto. De quebra, fez com que eu ficasse por cima dela. Afastou as pernas, as envolvendo no meu quadril e fez com que a penetrasse. Sem interromper o beijo, que já não era mais tão cheio de desejo, apenas de... Paixão, carinho e até uma pitada de saudade, comecei a me mover dentro dela. Sentia que suas pernas me empurravam, sem fazer muita força, de encontro ao seu corpo. Naquela hora, percebi que estava me mantendo num abraço estreito, como se não quisesse me deixar ir. Aos poucos, investia cada vez mais rápido e, quando já não dava mais para continuar prendendo a respiração, separei nossos lábios, mas mantive meu rosto próximo ao dela, que mordia o lábio inferior de uma maneira absurdamente provocante conforme o prazer que sentia ia se intensificando. Quando menos esperei, me surpreendeu, acariciando meu rosto e roubando um beijo rápido. Em pouquíssimos minutos, arqueou as costas e, deixando um gemido rouco escapar pela sua garganta, senti que ficou tensa por um breve instante para, logo depois, relaxar. Tombou a cabeça para trás mordendo o lábio e percebi que agarrou os lençóis também. Continuei me movimentando dentro dela até que cheguei ao meu orgasmo. Ainda ofegante, me apoiei nos cotovelos, podendo observar sua expressão. Abriu os olhos languidamente e, ao perceber que eu estava a observando, não conteve um sorriso fraco. Acariciei seu rosto e a beijei lentamente. Depois de alguns minutos, fomos vencidos pelo cansaço e, quando ela fez menção de ir embora, a impedi. 

Quando acordei na manhã seguinte, senti que estava com o braço apoiado em algo macio. E essa mesma coisa macia, era quente e estava encostada no meu corpo. E tinha um cheiro muito bom e que eu conhecia bem. Pisquei algumas vezes, tentando me acostumar com a claridade que enchia meu quarto e a primeira coisa que vi foi um mar de cabelos lisos e escuros, esparramados sobre o outro travesseiro. Logo, notei as tatuagens de joaninhas e não contive um sorriso. E nem consegui me controlar; Beijei cada um dos desenhos lentamente e, quando ela se virou de frente para mim, me deu aquele olhar assustado e já ia fugir quando pedi: 

- Eu... Quero te fazer uma proposta. Não precisa aceitar, se não quiser. Mas saiba que é bastante vantajosa para você. 

- Que proposta?

- A gente... Faz amor uma última vez agora e eu te deixo em paz. Não vou mais insistir. Mas se quiser voltar atrás na sua decisão de me perdoar... Eu vou te esperar. 

Me olhava, curiosa e, por fim, foi até o banheiro. Depois de alguns instantes, ouvi o barulho da descarga e, quase imediatamente, o da água da pia escorrendo. Foi interrompido por um tempo maior e, assim que a torneira voltou a ser aberta, ficou mais alguns poucos minutos e, logo depois, saiu, ainda enrolada no lençol. Disse: 

- Escova os dentes e faz tudo que tem que fazer aqui dentro. Já que... - Mordeu o lábio, incerta e olhando para baixo. - Vai ser a última vez. 

Levantei e fiz o que pediu e, assim que voltei ao quarto, estava sentada na cama, com o olhar perdido. Me aproximei e, depois de colocar uma mecha de cabelo atrás da sua orelha, perguntei: 

- Posso te pedir uma coisa?

Ergueu os olhos na minha direção e concordou. 

- Não deixa de ser amiga do Tom. Nunca. Se eu não souber qualquer mínima coisa sobre você através dele... Não sei o que pode me acontecer. 

- Eu... Não preciso deixar de ser amiga do Tom para você não ter mais notícias minhas. 

- Eu sei, só que... Não tem como não ter medo. 

Acariciou meu rosto e, no final, se aproximou de mim e me beijou. Lentamente, puxei o lençol que segurava e ia descobrindo seu corpo aos poucos. A puxei para mais perto, tomando o cuidado de acariciar cada mínimo pedaço da sua pele. Senti seus dedos mal tocavam meu rosto. Durante longos minutos, fiquei ali, me deliciando com aquela sensação que tinha, dos seus dedos tocando minha pele. Aliás, essa era uma das coisas que eu sempre gostei nela: O seu toque. Por mais que pudesse parecer uma brincadeira ou até mesmo ironia, suas mãos eram exatamente do jeito que eu sempre quis, ou seja, macias. Eu tinha que admitir que adorava sentir o contato dos seus dedos se entrelaçando nos meus e as palmas se encontrando. Essa era uma das melhores coisas que já havia sentido na minha vida. Ao mesmo tempo em que abriu sua boca um pouco mais, me dando a oportunidade de intensificar o beijo, deixei minha mão descer um pouco da sua cintura até alcançar sua bunda, não resistindo e a apertando com vontade. Deixei minhas mãos deslizarem até sua coxa, a apertando e, ela pareceu me puxar para mais perto. Subi a outra mão, deixando-a próxima à curva do seu seio e, não conseguindo me conter, o apertei com vontade, percebendo que não conteve um ofego. Me afastei da sua boca de novo, ansioso para beijar cada milímetro do seu corpo, sentindo-a estremecer ou ofegando, dependendo do lugar.

Quando ia fazê-la deitar, protestou e, separando as nossas bocas, perguntou: 

- Lembra daquela cena de “Diário de uma paixão”? Aquela da capa? 

Concordei com a cabeça, engolindo em seco. 

- Faz daquele jeito comigo? - Pediu. Rapidamente, me sentei na cama e, a segurando pela cintura, fiz com que se sentasse no meu colo. Olhei para a Iza e, por um momento, me pareceu ainda mais linda do que de costume. Ela simplesmente me olhava e, como sentia sua mão deslizando pelo meu braço, não me surpreendi assim que seus dedos foram parar na minha nuca, fazendo com que voltasse a me inclinar sobre ela e a beijá-la de maneira carinhosa, ao mesmo tempo em que apertava sua cintura. Desde o primeiro instante, uma das coisas que mais me chamava a atenção no seu corpo era a curva perfeita da sua cintura. Deslizou sua mão pela minha nuca, a arranhando de leve e, para não perder o costume me abraçava. Não demorou para que sentisse uma das suas mãos deslizando da minha nuca até meu peito e, indo cada vez mais para baixo, até chegar entre nossos quadris. Depois de alguns minutos, quando já não estava mais aguentando, afastei sua mão e encaixei nossos quadris. De maneira lenta e torturante, me movimentava dentro dela. Mantinha meus braços envoltos no seu corpo, segurando-a firmemente enquanto a beijava no mesmo ritmo intensidade que a penetrava. 

Passados alguns instantes, já não era mais possível continuar com o beijo. E ela não se contentasse apenas em deixar o rosto próximo ao meu pescoço; alternava suas provocações entre mordidas, beijos ou simplesmente, deixar sua respiração pesada bater contra minha pele, fazendo com que aquilo tudo se tornasse insuportável e estimulante ao mesmo tempo. Apertava sua cintura e a puxava para baixo, fazendo com que a penetrasse mais fundo e, por consequência, deixasse alguns gemidos escaparem por entre seus lábios. Percebi que ela não ia conseguir aguentar por mais tempo quando se endireitou e até arqueou as costas. Comecei a beijar seu pescoço, principalmente no ponto que eu sabia que era sensível e ela estremeceu assim que mordi o lóbulo, enquanto não me continha e a chamava de gostosa, quase sussurrando. Em seguida, mordeu o lábio inferior e, ao mesmo tempo que cada um dos seus músculos se retesava, ainda sim, a sentia relaxando e, quase imediatamente, podia sentir vários espasmos tomando conta dela. Ainda me movimentava e, talvez para tentar me ajudar a atingir o orgasmo, se inclinou na minha direção e me beijou. Em seguida, quando tivemos que nos separar, percebi que se aproximou da minha orelha e sussurrou: 

- Eu vou ser sua para sempre. Für Immer. 

Não sei se foi a frase, o fato de ouvi-la falando alemão de um jeito tão... Sexy ou até mesmo o seu tom de voz meio rouco e ofegante... Só sei que aquilo foi capaz de me fazer finalmente chegar ao orgasmo. Um dos mais intensos que já havia sentido. 

Depois de alguns minutos, quando saí de dentro dela, a contragosto, vi que espiou por cima do meu ombro e, quando voltou a ficar de frente para mim, percebi que seu olhar era triste. Disse: 

- Não vou dizer adeus porque ainda vamos nos esbarrar muito antes de a turnê começar. E provavelmente quando ela acabar, vai ser a mesma coisa. 

- Fica. - Praticamente implorei. - Pelo menos por hoje. 

- Eu não posso e sabe disso. Nem deveria ter vindo. - Falou, escapando pelos meus braços. Não pude fazer nada além de simplesmente observá-la ir embora. Se vestiu em silêncio e, por fim, antes de sair do meu quarto, deu uma última olhada na minha direção e vê-la tão triste, acabou comigo. 

Mais tarde, quando já havia anoitecido, estava jogado em cima da minha cama, vestindo de novo a calça do meu pijama quando ouvi o barulho das chaves. Respirei fundo, tentando manter o pingo de paciência que ainda me restava e, quando menos esperei, senti o colchão afundando do meu lado e ouvi a voz do meu irmão:

- Pelo visto... Você recebeu a visita de uma certa brasileira. E o resultado não foi como esperado... 

Suspirei, encarando um ponto aleatório à minha frente e falei:

- Ela passou a noite aqui. 

Percebi que me olhava. 

- E...?

- Por melhores que tenham sido... Ainda sim, não me satisfizeram completamente. Acho que é porque eu sabia que era a última vez... 

- Quem disse?

- Porque é, Tom. Mesmo que ela não tivesse namorando o Alex, ainda sim, não poderíamos ficar juntos. Tem o meu filho que está crescendo na barriga da Sofia. E filho é para sempre. 

Percebi que ele ficou sério e soube na mesma hora que estava pensando. 

- Acha mesmo que ela seria capaz de mentir a respeito de algo tão... Sério? - Perguntei. 

- Se ela realmente te drogou, como você diz... Então acho que ela seria capaz. 

- E o que você me sugere então? 

- Se os resultados forem como o esperado... Te garanto que vai me agradecer por bolar um plano tão... Bem feito. 

- Faltou o infalível.

- Não. - Respondeu, franzindo o nariz de leve. - Tem falhas. Mas só preciso para cuidar que elas não deem o ar da infelicidade... 

- E se esse seu plano não funcionar? 

- Pelo menos você tentou. Anda... Só... Me escuta. Daí, você decide se posso ir em frente ou não. 

Concordei e, logo que me sentei, virado de frente para ele, o Tom começou a contar cada mínimo detalhe do plano, que realmente era bom. E a princípio, não tinha nenhuma falha. Por isso que aceitei e comecei a preparar para a primeira parte: Morar com a Sofia de novo.

Postado por: Alessandra

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