sábado, 9 de junho de 2012

The Neighbour - Capítulo 15

 Bill

Cerca de quinze dias depois, descobri que tinha um cara que estava ajudando a reconstruir a escola que só ficava rondando a Iza. E tinham horas que eu via que ela ficava cheia de sorrisinhos para cima dele. Obviamente, os primeiros sinais de ciúmes apareceram e, quando dei por mim, estávamos batendo boca quase que diariamente.

Porém, perdi o controle e, num belo dia, fui até a escola, pronto para tirar satisfações com o folgado. Sorte dele que não estávamos sozinhos e a Iza, sentindo que eu estava pronto para dar uns socos naquele folgado, conseguiu uma dispensa e me arrastou para a casa. Assim que entramos, perguntou, brava:

– Você tinha mesmo que dar aquele chilique todo, não é mesmo?

– Você fica toda assanhada para cima daquele idiota e quer que eu fique quieto?

– Ele não é idiota!

– E você ainda o defende?

– Claro! Ainda mais que você sabe muito bem que não tem motivo nenhum para ficar dando piti por causa de ciúmes! Simplesmente se recusa a entender que o único cara para quem eu tenho olhos é você. Trato os outros de maneira... Carinhosa única e exclusivamente por gentileza e costume. Vai ver se não tem outros brasileiros como eu!

Fechei os olhos e suspirei, impaciente.

– Lembra do que você viu nos tumblrs, twitters e outros sites sobre aquarianos?

– “Quando um aquariano se apaixona, é para valer.” - Abri os olhos e respondi.

– Pois é. Acha mesmo que, se eu não fosse louca por você, teria chegado até aqui?

Dei de ombros e ela bufou.

– Eu percebi sim, os olhares que ele fica dando na minha direção. Só que não dou abertura, ao contrário do que você está pensando. Nunca teria coragem de te trair, entende isso! Além do mais... Não tenho vocação para bígama.

A olhei e perguntei:

– Então por que você fica cheia de sorrisos para cima do cara?

– Ô meu Deus! Eu te disse que é por educação. Não custa nada tratar os outros bem!

– Ah, custa. O cara pode achar que essa sua “educação” significa outra coisa.

– Ai, quer saber? Cansei de ficar discutindo aqui com você. Azar o seu se não acredita em mim. Só acho uma pena que você não confia em mim.

– Luiza, volta aqui que eu ainda não terminei! - Praticamente gritei quando a vi indo na direção da porta.

– Primeiro: Abaixa esse seu tom de voz. Tudo bem que você está na sua casa, mas mesmo assim, não tem direito de falar desse jeito comigo. Segundo: Não quero brigar com você, ainda mais por um motivo tão estúpido. E em terceiro: É melhor você me deixar ir. Te garanto que não vai gostar nem um pouco de me ver com raiva.

– Você não vai a lugar nenhum até a gente resolver isso! - Falei, empurrando a porta e a trancando.

– Você é teimoso mesmo!

– Sou. Demorou para perceber, hein?

Revirou os olhos, impaciente e falei:

– Se for preciso, te amarro no pé da minha cama, mas você não vê mais aquele cara.

– Ah, mas era só o que me faltava! - Resmungou. - Cárcere privado dá cadeia, sabia? E eles não fazem distinção.

– Não estou nem aí. - Respondi, vendo-a ficar ainda mais puta comigo. Respirou fundo e era óbvio que estava se controlando para não brigar comigo. Porém, de uma maneira estranhíssima, eu queria que ela continuasse.

– Ah não? Me amarra, então! Anda, vai... - Juntou os pulsos. Respirei fundo e ela disse: - E só para você saber... Continua assim que me perde.

Já ia se afastar de novo quando a puxei pelo braço e, pus minhas mãos ao redor da sua cintura assim que nossos corpos se chocaram. Abriu a boca para reclamar, obviamente, e a beijei. Acho que aquele era um dos beijos mais... Ansiosos e intensos logo de cara. Como tentou me afastar, por causa da raiva que sentia de mim, aquilo teve um efeito contrário; Ao invés disso, a puxei para mais perto, se é que isso era fisicamente possível, e, quando a senti relaxando, não me contive; Deixei as minhas mãos passearem por cada milímetro do seu corpo. E só para piorar, usava a sua minissaia que eu amava, por ser curta e só era usada quando estava comigo. Depois de deixar minha mão esquerda escorregar da sua cintura e ir um pouco mais para baixo, apertei sua bunda com vontade e, em seguida, fiz com que levantasse a perna e a enroscasse no meu quadril. Tomou impulso e, logo, pôs a outra também. A pus contra a parede mais próxima e, logo em seguida, tentou me empurrar para longe, mas não conseguiu. A segurei com mais firmeza, pressionando-a ainda mais e, me lembrando de cada coisa que tinha visto, comecei a colocar em prática. Ainda mais sabendo que daria certo...

Luiza
Eu não estava um pouco com raiva do Bill. Nem brava. Estava puta mesmo, com vontade de avançar em cima dele e dar uns bons tapas em cada pedaço daquele garoto que eu conseguia alcançar. Mas considerando o fato que sentia as suas mãos tocando minha pele... Qualquer resquício de instinto assassino desapareceu. Tipo quando você acende um incenso e a chama do fogo logo se apaga e logo é substituída por aquela fumaça que minha mãe ama de paixão (Sim. Sarcasmo ligado nos 100%, como sempre). Enfim, o que interessa não são analogias com incensos, mas com o calor. Ok... Prossigamos antes que meu lado poeta desabroche ainda mais.

Sabe aquele tipo de beijo que se vê nos filmes que é composto por uns 90% de fungadas e 10% de beijo? Pois é. Era exatamente esse tipo que acontecia entre nós. E agora eu entendia o porquê das fungadas. Tudo bem que as atrizes não estavam quase se fundindo à parede e muito menos sendo acariciadas pelo Bill daquele jeito mais torturante, lento, delicioso, viciante e por aí vai. Ainda bem. Ia amaldiçoar as pestes até a enésima geração, morta de inveja.

O jeito firme que apertava minha coxa era... De acabar com o juízo de cada uma. Principalmente o meu. Justo naquele dia, tinha decidido usar minha minissaia preta (Que eu ainda não sei como não saiu andando sozinha de tanto que uso¹) e agora estava ali... Com a bendita levantada e toda amassada, nem um pouco composta. Mas isso estava longe de ser o pior. Além de sentir o toque dele, ainda por cima, a peste do Bill tinha decidido mudar o rumo da sua boca e partir em direção ao meu pescoço. Não bastasse, ainda tinha aquele pequeno grande detalhe que normalmente ficava mais evidente nessas horas em que nos beijávamos com aquela empolgação, logo abaixo da fivela do seu cinto.

Pior foi quando ele viu que eu estava resistindo e começou a dar golpes baixos, mordendo o lóbulo da minha orelha e, ao mesmo tempo, arranhando de leve a pele do meu pescoço com sua barba, deslizando sua mão para baixo da minha saia enquanto a outra se enfiava por baixo da minha camiseta. Tentei resistir ao máximo que pude, porém, não consegui manter a pose de durona por muito tempo. Tinha certeza que as coisas só iam piorar ainda mais para o meu lado quando ele notasse que minhas mãos tinham abandonado sua nuca para, uma delas se esconder sob sua camiseta e traçar, com a ponta da unha, uma linha reta que tinha como ponto de largada seu umbigo. Obviamente, isso não demorou muito tempo para acontecer e, assim que comecei a me aproximar do elástico da sua boxer, senti sua respiração ficar mais pesada e acelerada quando batia contra meu pescoço. Aproveitei que sua orelha estava muito próxima para devolver a provocação de morder o lóbulo. Quase imediatamente, senti a consequência ficando ainda mais evidente. Sabendo muito bem do que podia acontecer, desafivelei seu cinto e abri o botão do seu jeans, descendo o zíper rapidamente. O ouvi sussurrando, com a boca colada à minha orelha:

– Apressadinha, hein?

– Está achando ruim que não tem mais nada apertando aí embaixo?

Ouvi sua risada rouca e baixa e recomeçou a beijar meu pescoço. De repente, me segurou pelos quadris e senti que estava me afastando da parede. Girei e, em seguida, percebi que estávamos indo na direção do corredor que levava aos quartos. Assim que encontrou a porta do seu, estiquei meu braço para trás, buscando a maçaneta com meu tato e, assim que a baixei, empurrei o pedaço de madeira atrás de mim e, nesse meio tempo, nem notei que o Bill já estava descalço. Em compensação, eu ainda estava usando uma das minhas melissas. De repente, me deitou sobre sua cama e, no final das contas, ficou por cima de mim. Rapidamente dei um jeito de ficar descalça também. E, talvez por ter levantado a perna para alcançar o fecho, ele aproveitou a oportunidade, fazendo com que eu a enroscasse em torno do seu quadril, colando nossos corpos ainda mais. Sentia a minha camiseta sendo erguida e, logo, estava com o sutiã quase totalmente à mostra. Não demorou muito para que uma das suas mãos se fechasse sobre meu seio e quase fui à loucura; Naquele dia, parecia que tinha adivinhado que deveria usar o sutiã de renda, justamente por não ter enchimento nenhum, sem falar que tinha certeza absoluta que tinha agradado...

– Que milagre é esse? - Perguntou, quando separou nossas bocas e tinha começado a atacar meu pescoço e mordeu o lóbulo da minha orelha, me fazendo soltar um resmungo de protesto. Ah, qual é? Ele faz isso e quer que eu responda? Ele que me perdoasse, mas não era justo. - O que houve com os sutiãs de enchimento?

– Segunda gaveta da minha cômoda, como sempre. E você não vive reclamando deles?

Percebi que sorriu e já imaginava que tipo de sorriso que era. Deu um jeito de tirar minha camiseta, que foi parar num canto qualquer do quarto. Logo, voltou a me beijar, de maneira ainda mais empolgada e segurava minha cintura com firmeza. Arranhava sua nuca com uma das mãos enquanto, com a outra, bagunçava seus cabelos, os deixando em um estado simplesmente deplorável. Mordi seu lábio inferior, o puxando sem fazer muita força. Uma das suas mãos desceu até alcançar minha coxa, a apertando com vontade. Nesse mesmo instante, começou a me beijar de um jeito diferente, mais intenso e diria até que sensual. À essas alturas, já não conseguia mais nem raciocinar direito; Fazia tudo guiada pelo mais puro instinto. Sentia os pelos do meu corpo se eriçando quando seus dedos deixaram minha cintura e começaram a deslizar para cima, passando pela lateral do meu seio esquerdo, chegando no meu colo, base do pescoço, ombro e deslizando por todo meu braço esquerdo até chegar na minha mão, entrelaçando nossos dedos.

Quando os soltou, deixei sua boca para “atacar” seu pescoço ao mesmo tempo que desenhei alguns círculos com a ponta da unha do dedo indicador em torno do seu umbigo, sentindo-o endurecer ainda mais debaixo de mim. Mordi o lóbulo da sua orelha e percebi que a situação ficou ainda mais desfavorável para ele. Uma das suas mãos tinha ido parar no meu seio e o apertava. Logo, a outra alcançou meus cabelos e me afastou do seu pescoço, fazendo com que voltasse a beijar sua boca. Impaciente, ergui sua camiseta e, só nos separamos para passa-la por sua cabeça. Em seguida, arranhei sua nuca e, de propósito, acompanhei a extensão da sua coluna, causando um arrepio nele também e, pelo fato de ainda estar com os meus quadris colados aos seus, percebi que aquela provocação aumentou a sua ereção. Logo, já estava tentando abrir os botões de duas tiras que fechavam minha saia (Ok. Tinha um zíper por baixo, mas ainda sim, ajudava a fechar) e não conseguia. Por muito pouco, não arrancou essas tiras. O ajudei e, assim que baixou o zíper, sentiu que a peça ficou folgada e a tirou num movimento rapidíssimo, a atirou num canto qualquer do quarto. Quando ergui o corpo um pouco, para que pudesse passá-la pelas minhas pernas com mais facilidade, fiz questão de provocá-lo, movendo os quadris contra os dele. Consegui fazer com que ofegasse brevemente.

Suas mãos passeavam por todo meu corpo e, vez ou outra, brincavam com o elástico da minha calcinha, ameaçando tirá-la. Assim que deixei minha mão deslizar pelo seu peito e alcancei a sua barriga, a senti contraindo e empurrei sua jeans até onde consegui chegar. Depois disso, ele mesmo a tirou e teve o mesmo fim que as outras roupas. Logo, só restava uma peça de roupa para cada um e as provocações estavam começando a ficar ainda mais intensas. Decidindo judiar de mim de verdade, o Bill deixou meus lábios e começou a explorar outros lugares. Assim que mordeu o lóbulo da minha orelha, dei um pseudo-suspiro, que foi misturado a um ofego, graças à sua barba que me arranhou muito de leve.

De repente, senti a alça do meu sutiã deslizando para baixo. Nem tinha me dado conta de quando havia aberto o fecho. Beijou meu colo até chegar no outro lado e fez a mesma coisa com a outra alça. Daí em diante, sua mão deslizou pelo meu braço até chegar na cintura. E de lá, até as costas, subindo cada vez mais até encontrar o fecho. Tinha que admitir que sentir a mão dele, macia e quente, sobre minha pele, era algo... Absurdo. E bom. Incrivelmente bom, verdade seja dita. Seu toque era delicado, mas ao mesmo tempo, era viciante. Tanto que nunca reclamava quando, muitas vezes em que estávamos num lugar frio, ele enfiava as mãos por baixo da minha blusa. Lenta e gentilmente, seus lábios envolveram meu seio esquerdo e por muito pouco não gritei. Enterrei meus dedos por entre seus cabelos, tomando o máximo de cuidado para não puxá-los e acabar machucando o Bill.

Quando senti a bolinha do piercing da sua língua brincando com o bico, não consegui evitar e arqueei as costas. E justo quando já não estava mais aguentando, partiu em direção ao outro, repetindo as provocações. Antes que pudesse me dar conta, sua mão já tinha passeado pela minha cintura, a parte externa e interna da coxa e se aproximava da minha virilha. Assim que o senti me tocando, mesmo sobre a calcinha, não contive um gemido sufocado. Cravei minhas unhas no seu ombro e não consegui mais controlar meus gemidos; Nem tentava mais evitá-los. Uma sensação boa percorria cada milímetro do meu corpo, conseguindo fazer com que me contorcesse um pouco e mordesse o lábio, à medida que ficava mais intenso. Entretanto, não tinha parado de beijar cada mínimo pedacinho do meu tronco. Nem me dei conta de que estava se aproximando cada vez mais da minha barriga e ficando mais distante dos meus seios até sentir que a calcinha estava deslizando para baixo e, quando eu ia protestar, senti sua mão deslizando pela minha coxa, fazendo que ia tocar a parte interna mas quase imediatamente acariciando a parte externa, me fazendo gemer fraco. Quando afastou minhas pernas, percebi o que ia fazer e as fechei. Com a voz quase num sussurro, pediu:

– Liebe... Me deixa fazer isso...

Voltou a aproximar seu rosto do meu e perguntou, roubando alguns selinhos:


– Você confia em mim?

– Sabe que sim. - Respondi. - Senão nem estaria aqui.

– Então... Você vai gostar, eu te garanto.

Mordi o lábio inferior, insegura. Deslizava as unhas lenta e levemente pela parte interna da minha coxa, o que não me ajudava em nada. Respirei fundo e acabei cedendo. De repente, senti que estava me tocando e não me controlei; Lá fui eu judiar do coitado do meu lábio. E eu mal sabia que só ia piorar...

Assim que senti a bolinha do seu piercing da língua deslizando lentamente, quase gritei. Me segurei para não me tocar também e, para que tivesse sucesso nisso, me agarrei aos lençóis, tendo aquela sensação boa que começava fraquinha e quase rapidamente, ia aumentando até que eu não aguentasse mais. Arqueei as costas assim que chegava ao ponto que não conseguia mais suportar e sufoquei um gemido. E, quase imediatamente, emiti um resmungo de protesto. Porém, logo voltou a me beijar. Ouvi o barulho da gaveta se abrindo e fechando, interrompeu o beijo por alguns poucos segundos, mas não se afastou. Rapidamente, abri os olhos e não nego que observei cada pedaço do seu corpo, agora totalmente descoberto, aproveitando cada segundo antes de ele ficar por cima de mim

– Me avisa se eu te machucar. - Pediu, me olhando fixamente. Concordei e fiz minha exigência:

– Nem ouse parar se eu fizer uma careta, combinado?

Percebi que tinha assentido e, quando dei por mim, já tinha posto a camisinha e me olhava, como se estivesse esperando minha autorização para continuar. Ergui a cabeça, roubando um beijo daqueles e, quando menos esperei, estava dentro de mim. Começou a se mover com cuidado e lentamente, o que era muito bom e torturante ao mesmo tempo. Uma das suas mãos ficava indecisa entre apertar minha cintura ou meus quadris, me puxando de encontro ao seu corpo.

Quando começou a se mover mais rápido e mais fundo, senti um leve desconforto e me controlei para não fazer nada que pudesse interromper. E deu certo. Sem que pudesse perceber, empurrava seus quadris de encontro aos meus com ajuda das minhas pernas. Em poucos minutos, desisti de controlar meus gemidos. Por fim, cheguei ao clímax, tendo uma sensação boa. Percebi que meu corpo começou a relaxar, ainda que ele não parou de se movimentar dentro de mim até que chegasse ao limite dele. O senti relaxando e logo em seguida, escondeu o rosto na base do meu pescoço. Comecei a mexer no seu cabelo e percebia sua respiração voltar ao normal aos poucos.

Me encontrava num estado de torpor, tentando assimilar o que tinha acabado de acontecer. De repente, ouvi sua voz baixa e rouca perguntando:

Liebe? Dormiu?

Resmunguei uma resposta negativa e, se endireitou, me olhando.

– O que foi? - Quis saber.

– Nada. - Respondi, dando um sorriso fraco.

– Você se arrependeu?

– Não. Claro que não! Só estou... Pensando.

– Estou começando a achar que você não gostou...

– É que... Por ter sido a primeira vez, foi estranho. É que nem o primeiro beijo.

Sorriu fraco.

– Foi muito melhor do que eu esperava, verdade seja dita. - Respondi. - Só estranhei um pouco por ter sido a primeira vez, como te falei.

Concordou e me puxou para mais perto, fazendo com que me aninhasse no seu peito. Por mais que estivesse me sentindo cansada, consegui me manter acordada tempo o suficiente para observá-lo dormindo. Não resisti e beijei sua bochecha e, logo depois, sua boca.

Na manhã seguinte, quando acordei, nem tinha noção de que horas eram. Só sei que, quando acordei, depois de piscar por alguns breves instantes, me dei conta de que a porta do quarto estava sendo fechada. Rapidamente, fui atrás da minha calcinha e da camiseta do Bill. Em seguida, saí e encontrei quem eu já imaginava que estaria ali, àquela hora da manhã e nos espionando, fazendo café. Passei meus braços pela sua cintura e encostei a cabeça nas suas costas. Perguntou:

– Pelo visto... Deram um grande passo.

Justo naquela hora, se virou de frente para mim e não tive coragem de olhá-lo e quis saber:

– Ele foi...

– Gentil? Nossa... Nem te digo o quanto. Tô me sentindo nas nuvens. - Falei, sorrindo feito uma boboca, fazendo com que ele desse um sorriso fofo.

– Não vai contar o que está aprontando, não é?

– Ah... Sobre o seu castigo por não ter dito nada que sabia que eu e o Bill estávamos juntos? Pois é. Não. Mas calma... O melhor da festa é esperar por ela.

E, terminando de dizer isso, deixei o Tom ali, com cara de tacho. Porém, antes que eu pudesse entrar no corredor que levava aos quartos, me chamou e, quando me virei, disse:

– Muito obrigada por ter esbarrado no carrinho do Bill.

– Foi ele quem esbarrou no meu.

– Ok. Me deixa reformular então. Obrigada por ter ido ao mercado aquele dia.

Sorri e falei, abraçando-o:

– Obrigada por ser o melhor cupido do mundo. Te adoro, viu?

Quando ia embora, falei:

– Emily.

Parou para me olhar, confuso e disse:

– Uma pista do que estou aprontando para você.

– É uma amiga sua?

Arqueei a sobrancelha e falei, abrindo a porta de entrada do apartamento:

– Tchau, cupido...

Depois que ele foi embora, voltei para o quarto e tive uma surpresa daquelas: O Bill já tinha acordado e estava a meio caminho do banheiro. Assim que tive uma nova chance de observá-lo, arqueou a sobrancelha e perguntou:

– Quer tomar banho comigo?

E precisa perguntar duas vezes?

Postado por: Grasiele

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