domingo, 6 de maio de 2012

The Unforgiven - Capítulo 7 - Uma confissão.

– Você estará em ruínas. – Complementou.
Então... Gustav me ameaçou, e eu me entreguei facilmente; deveria ter fugido. Bem... se desse eu teria saído, correndo.
Os dias foram se passando e eu não estava preocupada em trabalhar; já que eu era, a escrava sexual de Tom podia ter qualquer dinheiro, em minha volta.
Sim, eu me considerava uma escrava sexual, mas eu não tinha escolha.
Eu podia mandar dinheiro para meus pais, e podia também falar com eles, e vê-los. Embora a opção de vê-los, não seria tão necessário.
Gustav havia me deixado em paz, não por sua opção, mas sim porque Tom ficava do meu lado.
A Companhia tocou, me fazendo dar um pulo, e Tom foi atender, me deixando a SOS com o Gustav; que estava jogando Guitar Hero.
Não tinha necessitada de ele, ir atender... Havia empregados aqui, para que, então?
– Hey Allyeine! – Me chamou Gustav, enquanto olhava para o jogo.
– Ah? – Respondi com medo.
– Pensa que eu não estou com vontade de te catar outra vez? – Perguntou maldoso.
– Para com isso! – Reclamei.
– Espere e verá. – Disse por fim.
Apenas ignorei-o, e Tom voltou com diversas sacolas na mão.
– Caraca! – Gustav exclamou, olhando. – Foi fazer, compras para sua mamãe? – Ele riu de deboche dando ênfase à palavra ‘’mamãe. ’’
Tom revirou seus olhos, e em seguida, bufando de ódio.
– Cala a boca, seu imprestável, cuida da sua vida, e isso não são compras, de casa.
– Nossa. – Rebateu Gustav. – Está tão nervosinho, porque não pode defender sua mamãe, de uma morte violenta, é?
– Idiota, idiota, idiota. – Repetiu gritando inúmeras vezes, sua voz tinha um tom de magoa, profundo.
Mamãe. Mamãe. Mamãe, não era Schumann, de quem eles falavam, acho que era da mãe de sangue de Tom.
Tom me puxou pelo braço, me fazendo ir diretamente para seu quarto; chegando lá, ele largou todas as sacolas em um canto qualquer, e sentando na cama, fitando o chão. – Me sentei ao lado, dele e o olhei, seu olhar era de tristeza. – Me comovi. – E o puxei para um, abraço.
– Tom, o que tem a sua...
– Ela morreu. – Disse abalado.
– Sua mãe, verdadeira morreu? – Arregalei os olhos. – Como?
– Faz tempo. Meu pai a matou, para ficar com a Hilfen. – Revelou, separando nossos corpos, e fechando o próprio punho.
– Porque ele fez isso?
– Minha mãe, tinha câncer no pulmão, e dês de então, não era mais a mesma. Ela começou a fazer Tratamentos. Mas, esses estavam acabando com ela, e meu pai tinha que trabalhar em dobro, não que ele se importasse, com isso. Mas daí, quando ele conheceu a maldita Hilfen, que era rica, e cheia de ‘’animo’’ quis abandonar minha mãe, porque passou a conhecer mais prazeres na vida, e como não queria minha mãe com outro, a matou.
– Mas ela, não estava toda doente? – Questionei.
– Bem... Ela estava, fazendo alguns tratamentos, e como descobriu o câncer cedo, estava em fase de cura. – Desabafou. – Acho que ela, tinha vontade de ver, eu e Bill crescendo. – Riu.
– Bill. – Repeti. – Quem, é?
Tom se sentiu um tanto incomodado, quando eu lhe perguntei, sobre o tal ‘’Bill’’.
– Meu irmão gêmeo. – Abaixou a cabeça. – Quando meu pai matou minha mãe, o Bill fugiu, acho que ele estava atordoado demais, ele amava nossa mãe.
Eu estava olhando agora nos olhos intensamente castanhos de Tom. Ele estava lutando para não chorar, homens odeiam chorar.
– Mas e seu pai?
– Ele nem se importou, até achou que era melhor ficar, com um filho só.
– Que horror. – Exclamei, quase sem palavras. – Quantos anos, você tinha na época?
– 11. – Respondeu.
– Câncer no pulmão. – Repeti, franzindo a testa, abalada.
– Foi por isso, que eu escolhi você. – Falou, ainda com os olhos mantidos no chão, frio em nossa frente. – Não queria ver outra pessoa vendo dessa maldita doença, que separou meus pais. – Finalizou frio.
– Seus pais se amavam?
– Sim! – Respondeu ríspido.
Ele não queria falar sobre isso, eu sei que não.
– E como... A doença entra nessa história? Você disse que seu pai trabalhava em dobro, para sustentar os gastos, da sua mãe.
Tom acediu.
– E onde a Hilfen entra?
– Me pai trabalhava dês de novo, para os pais de Hilfen, já que a família dele era pobre. – Revelou. – E os pais delam sempre quiseram a arrastar para o meu pai. Daí meu pai, conheceu minha mãe. – Ele se emocionou, mas não foi de lagrimas, seus olhos ganharam brilho, ao mencionar isso. – E eles se casaram com apenas 4 anos de namoro... – Eu o interrompo.
– Eles eram tão apaixonados?
– Mas, Hilfen, sempre gostou do meu pai, e não se conformou em perdê-lo para minha mãe, que não tinha onde cair morte. Então minha mãe engravidou de mim, e do Bill. Foi na época que eu tinha mais ou menos uns 9 anos, que minha mãe descobriu aquela maldita, doença. Meu pai não se importava em trabalhar, para pagar aquelas merdas, de remédios para minha mãe, ele amava muito minha mãe. Mas, por vezes, Hilfen começou a conquistar meu pai com dinheiro, e seu animo, coisa que minha mãe havia perdido, porque estava fraca.
Fiquei quieta, apenas ouvindo ele, concluir.
– Minha mãe, por causa do tratamento, ficava acabada e não tinha tempo, para satisfazer meu pai.
Homens são um lixo, homens não valem nada. – Lembrete.
Tom deu uma curta pausa; para tomar fôlego e continuar.
– E aí Schumann propôs a ele matar minha mãe. Meu pai estava cedo, pelo dinheiro e aceitou, sem mais nem menos.
– Mas, quem matou sua mãe, foi realmente seu pai? – Questionei confusa.
– Não. Mas meu pai ajudou. Eu e Bill vimos tudo, na nossa frente. – Exclama. – E Bill fugiu, por ser mais sensível, e eu apenas fiquei calado, com ódio e sede de vingança, dentro de mim. Tentei achar o Bill, mas meu pai nunca fez questão de procura-lo, e acabei desistindo, acho que ele morreu.
– E como, quer me ajudar nisso?
– Se seus pais tiverem dinheiro para se cuidarem, e ainda mais vindo de você... – Suspirou. – Se sentirão orgulhosos da filha, e o amor deles permanecerá. – Revirou os olhos, fazendo careta. – Se acontecer isso a você, que aconteceu comigo, você será um monstro igual a mim. – Finalizou exausto.
Eu não acreditava que estava ouvindo isso, ainda mais, vindo da boca de Tom; tentei organizar tudo em mente, e analisar.
– E ainda mais... – Começou sorrindo vitorioso. – Esse dinheiro, que estou tirando de Schumann, é muito mais, do que você e eu, precisamos. – Sorriu malicioso. – Você vai levar, Schumann a falência, e ficar com a grana, sem mexer um músculo. – Completou.
– Mas, o que o Gustav é da Hilfen?
Tom revirou os olhos. Ele estava impaciente, acho que se cansou de contar todo o fato.
– Ele é filho da Hilfen.
– O que? – Gritei, espantada. – Ela já foi, casada com outro?
– Aham, mas o pai de Gustav morreu de infarto.
Nunca acredite, em boatos que você ouve, a maioria é falso.
– No inicio, pensei que você era um playboyzinho, de primeira. – Eu disse confusa. – Mas, você já sofreu tanto.
Ele se levantou, se abaixando em minha frente.
– Allyeine. – Olhou em meus olhos. – Não confie em mim. Eu sou ruim, não sou o herói e sim o vilão.
– Se fosse o vilão, não se importaria em ajudar os meus pais. – O Contrariei.
Onde isso iria dar?

Postado por: Grasiele

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