terça-feira, 15 de maio de 2012

Bonequinha De Luxo - Capítulo 5 - Ansiedade

 Narrado por Bill

Quando fui me despedir da Maia, eu juro que não tinha a intenção de beijá-la. É difícl de acreditar, mas, eu não estava com segundas intenções com ela, apesar de eu não conseguir parar de pensar nela um segundo sequer e querer ficar perto da Maia o tempo inteiro. Se esse beijo aconteceu, foi culpa dela. Eu estava me inclinando na direção dela para dar um beijo sim, mas, na bochecha dela. Só que a Maia deve ter achado que eu queria beijar a boca dela, virou o rosto e eu acabei calculando mal e aconteceu. Sem querer, mas, aconteceu. Quando ela entrou no prédio correndo, logo depois que percebeu que a boca dela estava colada na minha, a minha vontade foi de sair correndo atrás dela e roubar um beijo, só que não tão inocente quanto esse. Mas, consegui me controlar. Apesar de ainda estar sentindo o gosto dela. Era gosto de coca-cola, mas, ainda sim, era delicioso...

Narrado por Maia

Eu tive que sair correndo, de tamanha vergonha que eu estava sentindo por causa do beijo. Não ia conseguir mais olhar para o Bill, por mais que eu tentasse. Eu sei que estou agindo feito uma adolescente, mas... É impossível agir como uma mulher madura quando você acidentalmente beija o seu ídolo. E pior: Na boca! Foi um selinho inocente, mas, ainda sim, foi beijo e foi na boca. Quando cheguei no meu apartamento, me encostei na porta fechada e, só de lembrar da boca dele encostando na minha... Me senti nas nuvens. Por um instante, eu fiquei imaginando como seria se, no lugar do selinho, tivesse sido aquele beijo de língua que é capaz de desentupir qualquer pia...  Só de imaginar como seria, um tremor percorreu o meu corpo. Durante vários dias, fiquei pensando no beijo. Foi tão bom...

Duas semanas se passaram e, durante esse tempo todo, não tive uma única notícia do Bill, sequer. E admito que eu estava mais nervosa do que deveria, mas... Eu estava ansiosa para poder falar com ele e me desculpar a respeito do beijo. Só isso. Quer dizer... Tudo bem que ele era lindo mesmo, era super-fofo comigo, sempre dava um jeito de me fazer rir, mas, ele era famoso, me encontrou por uma feliz coincidência, já que ele estava precisando de uma modelo e, como minha mãe sempre me disse para ajudar quem estava precisando, então, me dispus a ajudar. Ainda mais que uma oportunidade dessas não aparece mais de uma vez na vida, não é? Fiquei encarando o meu celular, esperando que ele começasse a tremer sobre a mesa e tocar "Poker Face" da Lady Gaga, que era a minha música preferida. Eu já estava desistindo de esperar...

Narrado por Bill

Eu estava me segurando para não ligar para ela. Já tínhamos terminado de gravar o CD e eu estava num estúdio, tirando as fotos para o encarte e para promoção. Assim que consegui fugir daquela confusão, peguei meu celular e fui procurar uma sala que estivesse vazia. Quando finalmente achei a tal da sala, tranquei a porta, já que eu sabia que o Tom ia aparecer, fazendo aquela bagunça, e, percebendo que eu estava tremendo levemente, por causa da ansiedade, vasculhei a agenda até achar um número. Deu cinco toques e meio até eu conseguir ouvir a voz dela:

– Oi?

– Maia? É o Bill... Tudo bem?

– Tudo bem. - Ela respondeu, arfando. - E com você?

– Também. Você... Está ocupada?

– Não. A Dolores veio aqui me pedir uma coisa, mas, ela já foi embora.

– Ah... Desculpa não ter te ligado antes... Eu não tive vida nesses últimos dias...

– É... Dá para imaginar. Quer dizer... Eu vi algumas notícias... E aí? Você vai para Milão daqui a três dias, não é?

– Vou... Você não vai?

– E eu vou fazer o que lá, me responde? Não posso desfilar por causa da minha altura... E, graças ao pouco de italiano que eu sei, com sorte, vou conseguir dormir debaixo de uma ponte...

– Exagerada... - Respondi, provocando-a. - Mas eu quero que você venha comigo. Quer dizer, todo mundo vai querer saber quem é a garota que está comigo nas fotos...

– E as fãs? - Ela perguntou, em resposta. - Elas vão ter um ataque histérico quando me virem do seu lado... Isso se elas já não tiveram...

– Maia... Nós só tiramos umas fotos juntos. Nada além disso.

– Nós dois sabemos. E você, melhor do que eu, sabe o quanto a imprensa não é legal com as celebridades...

– Maia... Deixa de fazer doce e vem comigo. Não vou deixar ninguém mal-intencionado se aproximar de você... - Por que é que eu estava falando aquilo?

– Tem escapatória?

– Não. Se você não aparecer no aeroporto, depois de amanhã, eu mesmo vou te buscar. - Respondi.

– Você é realmente chato, sabia disso? Essa sua carinha de anjinho só serve para enganar as pobres coitadas das fãs... - Ela perguntou. Desta vez, ela quem me provocou. Eu tive que rir depois daquilo.

– Olha, você arruma sua mala, então, e, quando você estiver pronta, me liga.

– Por quê?

– Confia em mim?

– Confio. - Ela respondeu.

Ouvi alguém batendo na porta e, logo em seguida, a voz do Tom me chamando. Eu falei com a Maia:

– Olha... Eu vou ter de ir. Mas, faz o que eu te pedi, tá?

– Tá. - Ela respondeu. - A gente se vê...

– Tchau. - Eu disse. Quando desliguei o telefone, o Tom já estava quase jogando a porta abaixo.

– O que é que você estava fazendo trancado aí dentro?

– Tentando ficar em paz um pouco... Só que você é pior que carrapato com chiclete... Nunca vi...

– Ih... Pelo visto... Tinha gente pensando na Maia...- Ele respondeu, fazendo um gesto nada educado.

– Ai, Tom... Me esquece um pouco, vai... Vai procurar aquela garota que você conheceu ontem... Como é o nome dela mesmo? Lídia?

– Ah... Foi até bom você ter falado nela... - Ele disse, tateando os bolsos atrás do celular. Eu saí da sala e fui trocar de roupa e finalmente ir para a casa. Não estava mais agüentando ficar longe da Maia...


Narrado por Maia

Confesso que fiquei feliz que ele tenha me ligado. Claro que não foi nada comparado à exigência que ele fez sobre eu ir para Milão com ele. Apesar de tudo, ele tinha razão. Todo mundo ia querer saber quem é a garota misteriosa que foi "mordida" pelo Bill. Sendo assim, no dia seguinte, abri o meu armário e peguei roupas que eu ia usar durante a viagem. Fiquei pensando se duas malas bastariam. Mas, daí, acabei decidindo que, se precisasse, ia usar o cartão de crédito que eu tinha escondido num lugar bem seguro, para evitar qualquer tentação. Na manhã seguinte, por volta de dez horas, terminei de arrumar as minhas coisas e, como eu sabia que era um horário bom, peguei meu celular e liguei para o Bill. Ele foi mais rápido que eu, para atender o telefone:

 - Oi, Maia!

– Eu... Te acordei? - Perguntei, mesmo em dúvida por causa da animação da voz dele.

– Não... Eu acordei cedo hoje...

– Ah... - Respondi.

– Já arrumou as suas coisas?

– Já.

– OK... Espera uns... Quinze minutos e desce, tá? - Ele perguntou. Eu sabia que ele viria me buscar. Mas, mesmo assim, concordei. Quinze minutos depois, tranquei o meu apartamento e fui até a portaria. Quando fechei a portaria de fora (Tinham duas portarias, uma que era feita de grade de ferro e a outra, que era de madeira e vidro), ele já estava me esperando. E colocou as minhas coisas no porta-malas do carro dele. Logo em seguida, fomos para um hotel e perguntei para ele:

– Você não mora aqui?

– A casa está em reforma, então, eu e o Tom estamos aqui. Minha mãe e o meu padrasto estão em outro hotel, mas, é aqui perto.

– Ah... - Respondi. Durante todo o caminho até o hotel, fiquei quieta. E ele estranhou. Quando entramos na recepção, o gerente nos olhou com curiosidade e perguntou para o Bill:

– Sr. Kaulitz... A suíte já está pronta, conforme me pediu...

– Obrigada. - Ele respondeu. De repente, ele fez algo inesperado. Quando saímos do elevador, no 11º andar, perguntei para ele, surpresa:

– Eu vi direito? Você subornou o gerente para que ele não falasse que eu estou aqui, com você?

– Foi. - Ele respondeu, envergonhado. Ele destrancou a porta da suíte dele e, quando  eu vi como era lá dentro, meu queixo caiu. Parecia que eu estava em um apartamento dos mais luxuosos e não em um quarto de hotel. Ele viu a minha reação e, sorrindo, perguntou:

– O que foi?

– Desculpa, mas... Nunca estive em uma suíte como essa... Os quartos de hotel que eu tenho o costume de ficar são bem mais...

– Humildes?

– Na realidade, eu diria que são mais... Comuns.

– É... Essa é uma das vantagens de ser conhecido em praticamente todos os cantos...

– Dá para perceber... - Respondi. O celular dele começou a tocar e, logo depois de dizer um "Estou descendo", ele me disse:

– Eu vou precisar ir na recepção, mas é rápido. Quando eu voltar, quero conversar com você.

– OK.- Respondi. Ele me deixou sozinha e a primeira coisa que eu fiz? Óbvio que foi tomar um banho na hidromassagem enorme que tinha no banheiro! Porém, eu só não contava que estivesse tão emocionada a ponto de não trancar a porta do banheiro...

Postado por: Grasiele

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