quarta-feira, 18 de abril de 2012

By Your Side - Capítulo 27 - Do you wanna

Os dias não se passaram rapidamente, na verdade, foram bem lentos e proveitosos. Quando me dei conta, já não era mais fevereiro e março estava quase acabando – logo chegaria a turnê do Tokio Hotel, no dia 1 os meninos iriam à uma entrevista de rádio na cidade ao lado e no dia 2 já estariam partindo para outro país.
Eu estava tensa com isso, de qualquer forma. Havia conversado com Tom antes que ele me convidasse para ir junto, que dessa vez, eu ficaria na Alemanha esperando ele voltar. Ele discutiu um pouco comigo – ele quebrou um copo e nós tivemos uma briga feia -, mas no final tudo já estava decidido, ele precisava de um tempo só com a banda.

Acordei de madrugada com meu celular tocando debaixo do travesseiro, o toque era Wo Sind Eure Hände, eu atendi antes que Bill começasse a falar mais alto que a bateria da música. Atendi com a voz bêbada de sono.
Te liguei por três motivos – O ser humano disse -, o primeiro é que eu estou com saudade e queria você deitada no quarto ao lado do meu. O segundo é que hoje é aniversário do Georg e nós vamos fazer uma festa em casa para ele. E o terceiro é explicando que o primeiro motivo é só para você não gritar comigo por eu ter te acordado.
Eu olhei no relógio do criado mudo.
– Que porra é essa, Kaulitz? – Eu falei baixo para não acordar ninguém – São cinco horas da manhã, o céu está negro e eu estava no sétimo sono.
Desculpa, minha pequena. – A voz dele soou como se prendesse o riso, ele só podia estar brincando comigo – Que horas eu te busco?
– Vá sentar no colo do capeta, eu quero dormir!
Desliguei o celular e enfiei o rosto no travesseiro, esperando que o sono voltasse. Me dei conta de que mandei o garoto que eu amo sentar no colo do capeta e me senti mal por isso, abri o celular e a luz quase me cegou, digitei rapidamente uma mensagem de texto pedindo desculpas e voltei a dormir.
“Franguinho, eu quero dormir, porra. Desculpe-me pelos palavrões, pode me buscar por volta das 9h. Benjamin”

(...)

Nove horas da manhã o Cadillac preto estava buzinando na porta da minha casa. Terminei de calçar meu oxford florido e desci as escadas, me despedi dos meus pais que estavam na sala vendo qualquer coisa na televisão e corri para a porta, onde Tom me recebeu de braços abertos. Eu passei direto por ele com uma careta e ele me puxou.
– Eu exijo um abraço, Benjamin! – Disse ao envolver minha cintura com seus braços.
Eu o abracei com força e ele encostou seus lábios aos meus por segundos em um selinho quase desesperado por carinho.
Entramos no carro e chegamos em poucos minutos na casa dele, Tom estacionou o carro na garagem do apartamento e nós subimos de elevador. A casa estava vazia, eu imaginei pelo silêncio.
– Onde estão todos? – Perguntei.
– Bill e Gustav foram com as meninas comprarem os ingredientes para fazer bolo depois de procurar na internet – Ele deu de ombros – Georg e Anne saíram para ele comprar seu presente e daqui a pouco uma coisa muito pequena que respira vai fazer o bolo pra gente.
Eu balancei a cabeça em reprovação, ninguém sabia fazer um macarrão naquela cozinha, o fogão estava sempre limpo e ainda tinha vestígios do macarrão que eu ajudei Tom a fazer há muitas semanas atrás.
– E enquanto isso, nós vamos fazer o que? – Eu perguntei com a maior inocência, e Tom me lançou aquele olhar pervertido.
– O que você quiser. – Sua voz estava cheia de malícia, ele colocou a mão na minha cintura para completar meu quadro mental de pervertido.
– Tom Kaulitz! – Eu tentei o repreender com a voz baixa, mas não saiu da forma que eu queria, parecia que eu estava mais implorando para que ele se aproximasse mais, o que foi o que ele fez.

Segurou meu rosto com a mão no meu pescoço e mordeu meu lábio inferior com delicadeza, me puxando pela cintura até que meu corpo encontrasse com o seu em um choque. Espalmei minhas mãos pelo seu peito, percorrendo a extensão até os ombros e a gola da camisa gorda que ele usava. Eu senti sua língua quente contornar meus lábios e inicia um beijo cheio de segundas intenções, enquanto eu era levada pelo corredor familiar até que fui imprensada na porta de seu quarto, ainda fechada.
Contornei os braços em volta de seu pescoço, o resto ele fez por conta própria – me ergueu do chão e adentrou o quarto, encostando a porta. Chegamos os pés da cama e eu voltei a ter os pés no chão, o que facilitou para que a mão de Tom corresse livre por cima das minhas peças de roupa, contornando minhas costas, depois minha cintura e logo em seguida minhas coxas.
Nossas bocas se chocavam com força e nem sempre encontravam uma forma certa de um beijo, o que me fazia desesperada para encaixá-la novamente naqueles lábios grossos com o piercing frio. Senti que ele puxou minhas duas coxas erguendo-as até a altura da sua cintura, eu me ergui em seu colo, me apoiando pelos seus ombros, ele se sentou na beirada da cama e eu fiquei um pouco mais alta do que ele – Tom aproveitou isso como uma forma mais fácil de atacar meu pescoço com os dentes. Joguei a cabeça para trás ainda segurando em seus ombros. Minha chance de respirar soou mais como um gemido baixo, que Tom interpretou de forma pervertida e apertou minha coxa por conta disso.
Seu trabalho no meu pescoço me rendia arrepios e eu sabia que ele podia senti-los, não queria mais aquilo, puxei seus dreads para que sua boca desgrudasse do meu pescoço e eu me aproximei inclinando a cabeça para chegar à sua orelha, onde eu mordisquei o lóbulo e desci para o pescoço, beijando a pele fina que logo se arrepiou com meu toque, eu ri. Ele ignorou meu riso e puxou a barra da minha camisa um pouco para cima, suas mãos quentes subiram pelas minhas costas e deram a volta até minha barriga – ele subia a blusa devagar até que ela já estava acima dos meus seios, eu precisei me separar por segundos para deixar que a blusa fosse retirada.
– Sempre quis tirar sua blusa. – Tom murmurou, enquanto parava de fazer qualquer coisa e descia o olhar pervertidamente pelo meu corpo. Eu corei terrivelmente.
– Você já me viu de sutiã algumas vezes, Kaulitz...
– Eu sempre quis tirar sua blusa. – Ele me fez entender que ele mesmo queria fazer isso. Eu ri e voltei a beijá-lo nos lábios, dessa vez o beijo saiu certinho.
Levei minhas duas mãos até a barra da sua calça gorda e a desabotoei, correndo o zíper para abrir um pouco mais, ele se inclinou na cama e nós rimos juntos quando eu caí em cima dele. Tom inverteu as posições ficando agora por cima de mim e levando suas mãos até meu short, escorregou pelas minhas pernas e agora eu estava em desvantagem em peças de roupas. Tom voltou a se inclinar por cima de mim, mas eu não deixei que fizesse isso e engatinhei pela cama, senti que a cama começou a se mexer e nós rimos novamente.
– O que está fazendo? – Ele perguntou, mas sua pergunta foi respondida quando eu ergui a borda da sua camisa e o fiz tirá-la. Tom fez o resto do trabalho tirando a calça jeans gorda e ficando só de boxe preta.
Eu corei tentando esconder um sorriso – eu não me recordo de tê-lo visto com algo menor que bermudas de piscina. Ele se colocou por cima novamente, mas dessa vez, pressionou sua cintura contra a minha e eu gemi baixinho ao saber que ele estava bem animado enquanto nossos sexos se chocavam. O puxei pelos dreadlocks para que ele voltasse a ter sua boca na minha para iniciar outro beijo quente e cheio de segundas intenções enquanto a mão de Tom explorava meu corpo por baixo do seu.
Em suas costas, minhas mãos faziam desenhos com as unhas, ele se contorcia levemente quando eu fazia isso. Sua boca desceu pelo meu busto e atravessou por cima do fecho frontal do meu sutiã, correndo pela barriga com leves beijinhos que me faziam rir.
A música do The Kooks passou pela minha cabeça bem no refrão que ele cantava “Do you wanna, do you wanna make love with me? I know you wanna, I know you wanna make love with me”.
Nesse momento, Tom nem era mais o meu ídolo. Era o garoto que eu amava, eu não era mais fã dele.
Eu senti seus dentes na minha cintura no lugar do meu osso e isso me fez respirar fundo para manter a cabeça no lugar, ele notou isso, talvez por eu ter me agarrado aos lençóis da cama. Subiu a cabeça ao encontro da minha e selou nossos lábios delicadamente.
– Calma, pequena. – Sussurrou – Se não quiser, tudo bem. Eu não vou te forçar a nada.
– Não é isso – Eu balancei a cabeça – Minha cintura é outro ponto fraco.
Tom sorriu pervertidamente e voltou a morder minha cintura, eu me remexi como se tentasse me livrar de alguém fazendo cócegas e isso fez Tom rir, ele segurou a barra da minha calcinha e puxou levemente.
Ouvi a porta da frente ranger levemente avisando que alguém tinha chegado, eu coloquei a mão por cima da mão de Tom e não permiti que terminasse de tirar minha calcinha, o fiz escutar a voz alta de Georg e uma voz um pouco mais fina de Anne. Eu me sentei na cama e apontei para a porta que estava entreaberta. Tom fechou a porta e encostou-se nela, tentando ouvir a conversa do lado de fora, ele sorriu de lado e me chamou com a mão para que eu me aproximasse.
Ouvi alguns gemidos finos e estalos de beijos, segurei a risada.
Isso é pelo aniversário? – Disse Anne. – Porque sou eu quem está ganhando presente.
– Você pode dividir esse presente comigo, mocinha. – A voz de Georg pareceu abafada.
Segurei a risada olhando para a cara de Tom, roxa, com vontade de rir também.
Dividir sexo com você? – Anne riu, se fazendo de desentendida.
Você vai fazer sozinha? – Os dois riram dessa vez – Só um momento, vou checar se a casa está vazia.
Desgrudei da porta junto com Tom e entrei no banheiro, ele fechou a porta do banheiro e eu soltei uma gargalhada baixinha, Tom colocou a mão por cima da minha boca – eu deveria estar ficando roxa também.
A porta do quarto de Tom se abriu e eu ouvi os passos lentos de Georg, junto com o salto alto de Anne.
– O quarto está vazio, mas eu imagino que aquela seja a blusa do Tom e ali é o short da Julia. – Georg disse.
– Shh! Eles devem estar aqui. – Anne disse preocupada com a voz mais baixa, eu escorreguei pelo azulejo do banheiro tapando a boca.
– Devem estar no banheiro transando.
Eu deixei que a risada escapasse e Tom se abaixou para tapar novamente minha boca, a risada saiu abafada e imaginei que se Georg estivesse ouvindo aquilo acharia mesmo que estávamos fazendo sexo.
Para completar, Tom apontou para a porta sorrindo sacana e depois provocou falsos gemidos com a boca, bateu com o braço na bancada de propósito até que ouvimos risadas do lado de fora do banheiro.
Eu não acredito que Tom estava mesmo fingindo aquilo! Estava morrendo de vontade de gargalhar!
– Vem, Ge, vamos deixar os dois em paz! – Anne disse, o barulho do seu salto foi se distanciando.
Eu sibilei para Tom “pode parar”, mas ele não obedeceu.
Benjaminnnn – Usou meu sobrenome naquele ruído lento e falsamente fingido, eu soltei uma risada.
Dei um tapa no braço de Tom e ele se inclinou para o chão do banheiro rindo também, eu passei uma perna para seu outro lado com a intenção de beijá-lo divertidamente, mas acabei batendo com a cabeça na pia e fiz uma careta. Tom gargalhou mais alto e passou a mão pelo meu cabelo, me inclinando junto de volta ao chão sem me importa com o quão nojento aquilo podia parecer.
Ele me segurou pelas costas e o beijo foi lento e carinhoso em contraste com os últimos beijos cheio de segundas intenções. Senti até que ele colocava o meu cabelo que escorria atrás da orelha. O músculo quente e macio da sua boca se chocava com o meu em uma guerra fria, me fazendo aproveitar cada segundo daquele beijo, emitindo o som de estalos. A falta do ar me fez separar-me dele, que encostou a boca na minha bochecha e sussurrou algumas besteiras que me fizeram rir.
Em pensar que estava abaixo de mim, seminu, o homem que hoje de manhã eu mandei sentar no colo do capeta e um dia desses, eu queria morto por me irritar de forma insuportável.
Se continuássemos entre brigas e beijos, eu imaginava que essa “chama” entre nós continuaria viva por um longo tempo, não iria nos separar.
– Já posso me levantar e colocar minha roupa? – Eu disse entre risos.
– Não, pode ficar aqui e tirar o resto.
Eu revirei os olhos e me levantei com cuidado para não bater com a cabeça novamente na pia do banheiro. Tom seguiu atrás de mim, abri a porta e caminhei pelo quarto para pegar a blusa e o short.
Olhei para a porta que continuava como Georg tinha deixado, aberta. No corredor eu vi Gustav, Agnes, Chelsea e Bill parados me olhando com as sobrancelhas erguidas. Eu corei ligeiramente por estar só de sutiã e calcinha.
– Ok! Agora chega! – Tom exclamou – Podem dar meia-volta.
Ele fez sinal com as mãos para o pessoal parar de olhar para mim e fechou a porta do quarto rindo.
– Que ótimo, agora todo mundo já me viu seminua. – Eu revirei os olhos.
Tom me abraçou.
– Eles só te viram, não te tocaram como só eu faço. – E terminou a frase com um beijo enquanto passava a mão pela extensão do meu tronco.

Postado por: Grasiele

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