– bom dia flor do dia! - ele falou afagando minhas bochechas.
– bom dia! - eu me espreguicei.. - que horas são?? - perguntei me sentando na cama.
– são 12:30h - ele falou puxando o celular pra olhar a hora.
– tenho que ir.. ainda vou ter que arrumar minhas malas - falei vendo o sorriso dele vacilar
– humpf - ele fez baixando a cabeça.
– você me ajuda? - perguntei puxando a mão dele e entrelaçando nossos dedos.
– é melhor não.. isso.. vai me fazer sentir sua falta antes da hora - ele falou beijando minha mão.
Meu sorriso se fechou.. vê-lo naquela situação , daquele jeito me torturaram.. ver aqueles olhos sinceros que começavam a se avermelhar e encher d'água me matariam... passei a mão circulando seus olhos..
– vou sentir falta disso - falei passando a mão em seu rosto, ele respirou fundo e abriu os olhos..
– vamos mudar de assunto? - ele perguntou
– eu.. eu.. vou pro meu quarto, tá? - falei ficando momentaneamente triste pela situação.
– ei, ei... o que foi? - ele perguntou assustado
– nada.. é só que .. eu não gosto desse tipo de situação.. - falei me levantando da cama e vestindo minha calça
Terminei de vesti-la e tirei a blusa dele e joguei na cama ao lado dele e vesti a minha.. até então ele não havia falado nada, meramente me observava...
– até.. - falei pegando meu tênis do chão.
– ei!! - ele me pucou e me fez parar cara a cara - não me deixa sozinho aqui!
Como não resistir àquela carinha angelical que fariam o gatinho do shrek parecer um ogro? respirei fundo e o beijei. Ele deixou minha lingua passear na dele e sua mão passeava na minha nuca me enconstando na parede e tomou folego encostando sua testa na minha..
– almoça comigo?? - ele pediu.
– claro - falei o beijando novamente
– te espero daqui a meia hora lá em baixo pra irmos - ele me beijou novamente.
– como tá o clima lá fora? - perguntei o abraçando
– tá sol, tá até fazendo um certo calor - ele riu..
– okay! Até daqui a meia hora! - ele me abraçou e me deixou ir.
Entrei no quarto e corri ao banheiro, tomei um banho rapidamente, já que já havia tomado banho com Bill.. e que banho.. o cheiro dele ainda estava em mim..
VERSÃO DE BILL ## ON ##
– Georg, preciso da sua ajuda! - falei
– iiiii, deve ser grave mesmo, tá pedindo minha ajuda – ele riu
– aaaiee idiota,vai fazer ou não vai? - perguntei
– vou, fala ai!
– eu preciso que você reserve com urgência, pra onteem, um reserva no Caponi , pra duas pessoas - eu falei
– tá.. mas vai ter que me emprestar seu carro– ele chantageou.
– tá bom.. - falei revirando os olhos..
Desliquei e disquei pro meu parceiro depois de Tom..
– Andréas, preciso que você encomende um buquê de rosas brancas e vermelhas.. e outro só de vermelhas..- falei apressadamente
– humpf, é pra menina do final do nosso andar, né?– ele riu
– éééé.. andaaaa, vaai!! - e desliguei o telefone.
Andei até o outro lado do quarto, nervoso, temeroso e já saudoso lembrando na noite de amor, dela dizendo 'eu te amo'.. fechei os olhos e suspirei.. Tomei um banho rápido e me vesti quando ouvi as vozes familiares batendo na porta.. abri a porta e dei passagem a eles..
– toma aqui as suas chaves, a reserva tá feita também - Georg me falou jogando as chaves do meu carro.
– valeu grande Gê! - falei fazendo um okay pra ele.
– e aqui estão as suas rosas .. já vão trazer o vaso pra colocas até a hora certa.. e as outras vão chegar as 17h lá no aeroporto no local que eu escolhi.. - Andréas disse.
– Andréas, meu brother, valeu mesmo! - falei o abraçando
Eles me dexaram a sós novamente, ali eu e eu vi na mesa de vidro uma folha de papel, revirei o quarto atrás de uma caneta.. me joguei na cadeira e comecei a escrever coisas aleatórias que vinham da minha cabeça.. assim que acabei de escrever peguei as rosas no vaso, dobrei o papel e coloquei entre elas, por ultimo peguei as chaves do carro.
Desci o elevador vacilante, eu estava mais do que nervoso, eu já sabia que era um pré adeus.. cheguei no terreo e a busquei com os olhos e não a encontrei, fiquei sentado no sofá com o buquê nas mãos e chequei o celular.. 13:05, pelo visto a pontualidade não era uma virtude dela.. e foi quando eu estava decidio a subir a procura dela, a porta do elevador se abriu e lá estava ela.. linda, loira, com os cabelos ondulados nas pontas, soltos, de blusinha pólo e sainha leve, com um saltinho alto, seu incrivel 'M' no pescoço, e a pulseira com o 'B' brilhando de longe, ela vinha andando rebolando timidamente em minha direção e abriu um sorriso lindo.. me senti lisongeado por ela ser minha, ter sido minha corrigi mentalmente
– desculpe a demora - ela me beijou próximo a boca
– tá desculpada - eu falei pegando sua mão e a fazendo rodopiar pra mim.. - toma, isso é pra você - falei lhe entregando o buquê
– oh meu deus! - ela falou com os olhos brilhando com lágrimas recem formadas.
– eu te amo! - falei sussurrando em seu ouvido.
– eu também - ela disse beijando minha orelha.
A levei até o carro.. ela merecia mais que um Audi, merecia um Porche, um M3, um Cadillac,uma Ferrari de tamanho explendor que ela emanava, ela sentou e aguardou em silêncio contemplando o buquê.. do hotel pro restaurante não era muito longe e em cinco minutos estavamo lá.. eu abri a porta pra que ela descesse, ela desce abraçada docemente com o buquê, fomos levados a nossa mesas e ficamos em um silêncio que já dizia tudo por si só... depois de ficar olhando pra ela, guardando cada pedaço do seu rosto, eu pedi água pra nós bebermos,,
– não vai abrir o cartão? - perguntei ansioso
– é claro que eu vou, mas não agora, não aqui... - ela disse rindo - porque eu tenho certeza que deve ter algo maravilhosamente lindo escrito nele, e aqui eu não vou poder pular no seu pescoço e fazer o maior escandalo de beijando - ela falou olhando pros lados.
– aah, então eu vou esperar! -falei cruzando as mãos.
Pedimos massa pra variar, ela pediu fettutini ao queijo e eu carpacho a moda da casa.. ela comia sem se importar comigo e já eu, só tinha olhos pra ela.. pra beleza dela, pro jeito dela.. e toda vez que ela me olhava e sorria eu tentava disfarçar minha cara de bobo bebendo água. Dispensamos a sobremesa e fomos de carro em direção a grande piazza, e fomos andando de mãos dadas até um xafariz próximo ao centro da praça, sentamos e Vick puxou o cartão para abrir e lêr , e eu resolvi sair para deixa-la sozinha... andando em direção a um pier vi ao longe nossos seguranças tentando conter alguns fãs.. ‘obra de Andréas, aposto!’ pensei.
VERSÃO DE BILL ## OFF ##
Ali sentada na beira do chafariz abri o cartão que tinha vindo entre as rosas e vi Bill fazendo sinal de que voltaria logo e então baixei a cabeça e abri lentamente o envelope, contemplei primeiramente a letra fofa e em seguida li.
‘ Quiero hacerte un regalo, algo dulce,algo raro.... No un regalo común, de los que perdiste o nunca abriste, que olvidaste en un tren o no aceptaste, de los que abres y lloras, que estas feliz y no finges, y en este día de septiembre, te dedicaré el regalo más grande. Quiero donar tu sonrisa a la luna así que de noche, quien la mire, pueda pensar en ti, porque tu amor para mi es importante y no me importa lo que diga la gente, porque aun con celos se que me protegías y se que aun cansada tu sonrisa no se marcharia. Mañana saldré de viaje y me llevare tu presencia para que no se ida y siempre vuelva, el regalo más grande [...] si llegara ahora el fin que sea en un abismo no para odiarme sino para intentar volar y si te niega todo esta extrema agonia, si aun la vida te negara, respira la mia, y estaba atento a no amar antes de encontrarte y descuidaba mi existencia y no me importaba, no quiero lastimarte amor. Quiero donar tu sonrisa a la luna así que de noche, quien la mire, pueda pensar en ti, porque tu amor para mi es importante y no me importa lo que diga la gente, porque amor negado, amor robado y nunca devuelto mi amor tan grande como el tiempo, en ti me pierdo , amor que me habla con tus ojos aquí enfrente, eres tu, El regalo más grande’
TRADUÇÃO: Quero fazer um presente para você, algo doce, algo diferente. Não um presente comum, dos que você perdeu ou nunca abriu, que esqueceu em algum trem ou não aceitou. Dos que se abre e chora, que está feliz e não se finge e neste dia de [colocar julho em espanhol]** te dedicarei meu maior presente. Quero dar o seu sorriso a lua assim que de noite, quem a veja, possa pensar em você, porque o seu amor para mim é importante e não me importa o que os outros digam, porque ainda que com ciúmes sei que me protegia e sei que ainda cansada o seu sorriso não iria embora. Amanhã sairei de viagem e levarei sua presença para que nunca seja a ida e sempre a volta, meu maior presente [...] E se chegar agora o fim que seja em um abismo não para me odiar se não para tentar voar e... se te negar tudo esta extrema agonia se a vida te negar, respira a minha. E estava atento a não amar antes de te encontrar e descuidava a minha existência e não me importava. Não quero lamentar mais amor, amor negado, amor roubado e nunca devolvido meu amor tão grande como o tempo, em você me perco. Amor que me fala com seus olhos aqui de frente, e é você o maior presente.
Quando acabei de ler, com lágrimas enormes prestes a cair dos olhos, totalmente maravilhada, encantada, apaixonada eu o avistei com dois sorvetes na mão.. ele ria docemente pra mim, esperei até que ele chegasse mais perto dos meus olhos e da minha boca, então eu o beijei.. um beijo que foi correspondido docemente no começo e tornando-se doloroso até acabar.. no final nos demos muitos selinhos e ele passou a mão no meu rosto e eu abri os olhos e vi os dele que estavam avermelhados.
– eu não sabia que você sabia espanhol – passei o dedo suavemente em seus olhos.
– você merece esse esforço – ele falou rindo timidamente – me desculpa se tiver algum erro..
– ta perfeitoo, gatinho .. perfeito – falei o cobrindo de beijos e ganhando um sorriso lindo.
– ops.. os sorvetes não prestam mais! – ele disse me fazendo olhar pro chão..
–ééh! – falei corando – amor, vamos? Eu ainda tenho que fechar minha conta e terminar as malas – falei olhando pro chão.
– vai querer ajuda? – ele me perguntou erguendo meu rosto.
– não quero te fazer sentir dor antes da hora – falei olhando nos olhos dele
– vai me fazer muito mais se me negar de ficar na sua presença – ele me beijou
– ta bom então..
Bill e eu fomos de mãos dadas até o carro em silêncio, e foi assim que seguimos de volta ao hotel.. quando Bill estacionou na frente do hotel para descermos , ele me prendeu entre seus braços e o carro e me encarou com um sorriso torto lindo brincando nos lábios e como sempre fiquei assustada, ele era sempre tão intenso e cada vez mais se aproximando cada vez mais, podia ouvir ao longe gritos histéricos...
– pensei que você gostasse de descrição – falei nervosamente vendo seu rosto se aproximar mais do meu.
– eu gosto, mas fazer o quê se Victória Matarazzo me deixa sem noção? – ele falou parando com seu nariz encostando no meu.. respirei fundo e senti sua respiração na minha.
– humpf..
– eu te amo – ele falou nos meus lábios.
Os gritos aumentaram e quando eu o puxei de vez pros meus lábios e senti sua língua na minha e suas mãos na minha cintura me apertando.. de repente sentimos o alvoroço e fomos chocados contra o carro de Bill , quando abri os olhos estávamos cercados entre seguranças e fãs histéricas.. aparentemente possuídas pelo demônio do ciúme e estavam tentando nos alcançar, ou melhor, me alcançar. Fomos cobertos por homens de preto que tentavam nos dar passagem até o hall do hotel, alguns hospedes nos olhavam curiosos e outros assustados.
– meu deus! – eu exclamei assustada
– desculpa, Vick .. a culpa foi minha – Bill falou segurando minha mão.
Depois de quase dez minutos para entrar no hall paramos próximos a recepção e Bill me avaliava assustado.
– ta tudo bem com você? – ele me perguntou sério olhando da cabeça aos pés.
– ta sim! Só me assustou e me descabelou – falei rindo vendo sua carinha séria.
– desculpa eu deveria ter te escutado, eu ... – coloquei meu dedo em sua boca o calando.
– shiii, passou.. vem, vamos pro meu quarto – falei o puxando pro elevador.
Dentro do elevador eu me abracei com ele, e coloquei sua mão na minha barriga por baixo da minha blusa, Bill acariciou carinhosamente e colocou a cabeça no meu pescoço e sussurrou ‘obrigada’, quando o elevador chegou ao nosso andar ficamos parados na porta do elevador abraçados, sua mão passou delicadamente na minha nuca e me puxou pra um beijo terno e quente, nossas linguas se tocando docemente, terminamos com vários selinhos.. abri os olhos e vi um Bill triste, sua expressão carregada de dor.
Fomos em direção a minha suite, o fiz sentar na beira da cama e joguei minha mala ao lado dele.. passei uns vinte minutos jogando as roupas de qualquer jeito, olhando para Bill vez ou outra e sempre vendo o mesmo rosto sério, depois de ter fechado a mala maior, virei-me pra vestir a roupa que eu iria usar na viajem e ele se jogou na cama, me vesti rápidamente uma regata preta, uma calça jeans e calcei um tenis, separei minha maleta de mão e deixei-a sobre a mesa e coloquei minhas joias, depois juntei minha bolsa e a coloquei sobre a mesa. Andei sorrateiramente até a cama e subi sobre Bill, sentando em seus quadris e me deitei sobre ele.
Bill respirou profundamente e abriu os olhos me encarando docemente, suas mãos passeavam docemente pelo meu rosto, descendo até as minhas costas.. eu me curvei sobre ele e encostei sua boca na minha, iniciamos um beijo calmo e doce explorando um a boca do outro, sua mão passou a apertar minha bunda com vontade, até que algo vibrou bem na minha bunda..
– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – pulei de cima de Bill
– celular idiota – ele xingou rindo
– idiota mesmo! Quem é? – perguntei
– só o despertador, já são 16h - ele disse.
– paraaaa... – falei com os olhos cheios de lágrimas e me segurando no pescoço de Bill –
eu odeio despedidas..
– então isso significa que você não quer que eu vá? – ele perguntou sério
– claro que não, mas é que é tão ruim saber que eu vou deixar quem eu amo pra trás – falei limpando os olhos.
– eu vou sempre estar contigo, sempre! É algo inexplicável.. é como eu e Tom, somos nós três agora, nós três com essa ligação absurdamente diferente, eu nunca vou te deixar – ele falou me beijando suavemente.
Passamos meia hora deitados e abraçados na cama, Bill murmurava umas canções que me deixaram meio sonolenta.. quando o celular dele tocou novamente me assustando, Bill me ajudou a levantar, Bill chamou os carregadores e gentilmente pegou minha mala de mão enquanto eu pegava a bolsa e colocava os óculos.
– preciso falar com os meninos – falei me virando pra ele
– daqui a pouco – ele falou rindo de lado
Seguimos de mãos dadas até o elevador... fui a recepção e passei o cartão de crédito pra encerrar a conta, Bill me esperava sentado no sofá.. ele me guiou até seu carro e dessa vez vi que íamos escoltados, fui calada e largada no banco do carona, Bill dirigia rápido, mas calado.. quando chegamos ao aeroporto os seguranças carregaram minhas malas.
– desse jeito eu vou me acostumar mal – falei forçando o sorriso dele.
Andamos escoltados pelos seguranças que não estavam carregando as malas, eles me acompanharam até o check in. Enquanto as malas passavam pelo raio x eu ouvi num alvoroço atrás de mim, me virei rapidamente e os vi.. os meus garotos, dei passos largos e tentei abraçar todos ao mesmo tempo, e fui rodeada por eles.
– achou que iamos te deixar ir sem nos despedirmos? – Gustav falou
– não sei o que eu pensei – falei rindo vendo e Bill se aproximar com um buquê de rosas vermelhas
– que é isso cunhadinha gostosa! – Tom falou rindo
– respeita, rapá! – Georg e Bill falaram juntos nos fazendo rir
– tenho presentes pra vocÊs – falei puxando a bolsa
– sério? – Georg olhou curioso
– aham!
Revirei minha bolsa enquanto andávamos pra sentarmos num banco, quando nos acomodamos eu abri as caixinhas personalizadas e entreguei aos seus donos, a Bill entreguei um envelope e recebi um buque com um envelope lacrado, puxei o envelope e guardei na mala de mão, e o beijei ternamente. Tom foi o primeiro a abrir.
– uma pulseiraa.. com um cachorrão!!! Nossaaa cunhadinha, pbrigadão! – ele falou me beijando e colocando a pulseira.
– o meu é um ursinho – falou Gustav – obrigada meu anjo – ele me abraçou
– por nada Gusti, eu escolhi, eu escolhi o bichinho de todos, espero que agrade ...- falei rindo e dando de ombros.
– olhaaaaa, o meu é uma raposinha – ele mostrou e puxou pra colocar no braço.
– sabe cunhada, eu não sou muito de usar essas coisas de ouro não, mas como é seu, não vou deixar de usar – ele falou sacudindo o braço em que tirava a pulseira.
– nem nós vamos – Falaram os G’s juntos
Bill apenas olhou o cartão mas não abriu de pronto. Esperou que todos entrássemos em uma conversa pra poder ler.
VERSÃO DE BILL ##ON##
Já nem ouvia os barulhos vindos ao meu redor quando abri o envelope, a foto dela que eu gostava, a foto que estava no meu celular, com a caligrafia dela atrás..
It started out as a feeling, which then grew into a hope, which then turned into a quiet thought, which then turned into a quiet word, and then that word grew louder and louder 'til it was a battle cry. I'll come back when you call me. No need to say goodbye. […] Pick a star on the dark horizon and follow the light you'll come back when it's over - No need to say goodbye. You'll come back when it's over - no need to say goodbye. […] Let your memories grow stronger and stronger 'til they're before your eyes. You'll come back when I call you - no need to say goodbye.
TRADUÇÃO: Começou como um sentimento, que cresceu e se tornou uma esperança, que se transformou num pensamento silencioso, que se transformou numa palavra silenciosa. E então essa palavra cresceu alto e mais alto logo tudo virou lágrimas. Eu voltarei quando você me chamar. Não há necessidade de dizer adeus [...] Escolha uma estrela no horizonte escuro e siga a luz, você voltará quando acabar não há necessidade de dizer adeus. Você voltará quando isso acabar, não há necessidade de dizer adeus [...] Deixe as suas memórias crescerem fortes e mais fortes, até que estejam na frente dos seus olhos você voltará quando eu te chamar, não há necessidade de dizer adeus.
Não tive forças pra esboçar nenhum gesto, ela era muito boa com as palavras, era delicada... tentei controlar os nervos pra não chorar e eu não ia tornar isso mais doloroso pra nós.. ela veio e sentou-se no meu colo e me beijou, eu acariciei seu rosto, em seguida entramos na brincadeira dos meninos, as piadas de Tom faziam todo rirem..
ATENÇÃO SENHORES PASSAGEIROS DO VÔO AI 467 DA ITALIAN AIR LINE COM DESTINO AO BRASIL, DIRIJAM-SE A SALA DE EMBARQUE – anunciaram no alto falante
Meu estomago caiu em um buraco, todos de repente ficaram sérios e Vick se levantou do meu colo e virou-se pra nós.
– eu vou sentir saudades de vocês – ela falou começando a chorar
– nós também cunhada – Tom falou me olhando e passando a mão na sua costa
– prometem que vão achar um jeito de aparecer no Brasil, prometam! – falou chorando e me olhando
– é claro, é claro.. ta prometido! – eu falei beijando sua mão tremula
Anunciaram mais uma vez a chamada do vôo e a levamos pra sala de embarque, Tom levava sua mala de mão enquanto eu a abraçava... quando chegamos a porta ela começou a chorar abraçando demoradamente cada um dos caras..
– eu vou sentir falta de vocês, de verdade – ela falou limpando os olhos – vocês me mudaram, e eu não vou esquecer isso – ela falou e foi abraçada pelo trio.
Ela veio em minha direção e se jogou no meu pescoço, sua boca se chocou na minha, nossas bocas estavam mais do que urgentes, aquele beijo tinha um sabor diferente e não eram das nossas lágrimas [sim eu já chorava], era um beijo que decretava os nossos sentimentos , ela me amava como eu a amava, memorizei cada sensação que o corpo dela fazia no meu, o cheiro do seu cabelo e o Tom da sua voz.
– eu te amo – falei em seus lábios
– eu também, e eu vou sempre amar, porque você vai sempre estar comigo, porque somos três, eu você e Tom – ela falou olhando sério pra mim em meio as lágrimas.
– isso, amor puro, de verdade e inseparável – falei a beijando
Tom nos abraçou e tossiu ‘ele tava emocionado’ eu pensei.
– você é como uma irmã pra mim Vick, eu te amo como amo meu irmão, os seus problemas são os meus, suas dores são as minhas.. vocês são sagrados – Tom falou nos apertando.
– eu acho que ta na hora – Gustav falou .
Eu a segurei pela mão e a levei a porta, ela nos olhou demoradamente e colocou os óculos escuros, abraçou-nos demoradamente mais uma vez, se demorando em mim e em Tom... me beijou dolorosamente ‘eu te amo’ ela sussurrou antes de virar de costa e entrar. Fomos andando rapidamente pra área onde podíamos ver os aviões decolarem , nos encostamos no vidro e eu a vi na escada, ela se virou e nos viu, soprou beijos e entrou.. fiquei sem ação pelos cinco minutos até que o avião levantou vôo, quando ele sumiu das nossas vistas, cedi aos meus choros e me abracei com meus joelhos, senti a mão amiga do meu irmão nos meus ombros, ergui a cabeça e o vi ajoelhado na minha frente...
– o que você faz quando aquilo que pelo qual você passa a viver te deixa? – perguntei limpando os o rosto para não borrar a maquiagem.
– ai cara! Como você tende pro melodramático! – ele revirou os olhos – Ela só voltou pra casa dela, mas ela não te disse que ela é sua?
– sim ela disse! – concordei
– Então.. se você ficar desse jeito ela iria ficar mais triste, você gostaria disso?
– não.. nunca! – choraminguei
– então vamos levantar, vamos! – ele disse..
Mãos me ajudaram a me erguer do chão e me deram tapinhas amigos nos ombros..
– que bom que você ta aqui cara! Todos vocês – falei olhando pra eles
– eu te disse que eu não ia te deixar sozinho – Tom disse
– obrigado, já me sinto melhor! – falei
– era essa a intensão! – ele riu
E assim, voltamos pro hotel...
VERSÃO DE BILL ### OFF ##
Postado por: Grasiele
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