(Contado pela 3º pessoa)
Da mesma maneira que Holly assistia a entrevista, Tom e Maggie faziam o mesmo, só que dentro do quarto.
- Ô Tom... Agora que as coisas começarão a voltar ao normal... O que acontecerá com nós dois? – pergunta Maggie.
- Está querendo dizer sobre o nosso rolo?
- É isso ai.
- Olha, me desculpa, mas não podemos assumir algo que nem sabemos se está mesmo acontecendo.
- Eu sei, e também... Ah, eu não quero acabar com a sua fama de pegador, sabe?
- Como assim?
- As pessoas te conheceram desse jeito, e der repente aparece com alguém ao seu lado... Acho que isso não seria muito legal.
- E o que faremos?
- Podemos ser amantes.
- Amantes?
- É. Quando sentirmos vontade de fazer algo...
- Então, nada de compromisso, é isso?
- Exatamente. Concorda?
- Ok.
E esse foi o combinado entre os dois. Daquele dia em diante, seriam amantes. (oi?! Comoassim?!)
Alguns dias se passaram, e Holly já começara a sair de casa. Mas por onde passava, os fotógrafos apareciam. Aquilo estava começando a virar rotina sempre que ela colocava os pés para fora. Numa manhã de sol, quando todos haviam saído, e apenas Holly estava em casa arrumando o jardim, a campainha toca. Ela larga o que estava fazendo, e vai ver quem é. É surpreendida ao ver alguém que não esperaria ver por um bom tempo, talvez para sempre.
- Surpresa em me ver?
- David?
Ele empurra um pouco a porta, e entra na casa. Ela fica sem reação.
- Como me encontrou? – pergunta Holly.
- Não achou que se veria livre de mim assim tão fácil, não é?
- O que faz aqui?
- Vim ver como está a sua nova vida de namorada de estrela.
- É melhor ir embora!
- Por quê? Está com medo que alguém descubra?
- Ninguém tem nada pra descobrir!
- Tem certeza? Então acho que não se importaria se eu dissesse ao seu namoradinho que você me abandonou em pleno altar no dia do nosso casamento, não é?
- O que você quer?
- Você me humilhou na frente de todo mundo, Holly! Eu te amava! Eu realmente te amava, e você me abandonou por causa de um emprego idiota!
- Não larguei você pelo emprego! O deixei por não te amar!
- Sua vadia!
- Vá embora! Agora!
Ele a pegou pelo braço.
- Me solta David. – disse Holly.
- É uma pena que tenha sobrevivido ao atentado.
- Foi você? Você quem fez aquilo?!
- Claro que não, sua imbecil! Acha que eu sujaria minhas mãos?
- Seu desgraçado! Como teve coragem?!
- Este é o problema. Não tive coragem, e deu tudo errado.
- Você não vai durar muito tempo livre.
- Ah é? E o que pretende fazer? Me entregar pra policia? Contar pro seu namoradinho que o seu noivo tentou te matar?
- Ex-noivo! Você é o meu ex-noivo.
- Se acha muito esperta, não é? – ele riu. – Se eu quisesse, acabaria com você agora mesmo.
- E porque não faz isso? Está com medo?
- Não me provoca, Holly.
- Vá embora e me deixe em paz! – ela gritou, se desvencilhando da sua mão.
- Irei embora sim. Mas se abrir a boca, acabo com a sua e com a vida do Bill. Ouviu bem?
- Saia agora! – ela gritou.
David caminhou até a porta. Mas antes de sair, olhou para trás, piscou e jogou um beijinho para ela, que foi com tudo para fechar a porta. Holly então se senta no sofá, apóia seus cotovelos nos joelhos, coloca as mãos na cabeça, e começa a chorar. Instantes depois, Bill e Tom chegam. Ao vê-la chorando, Bill corre até ela, e se ajoelha. O Tom nem pára, e vai direto pro quarto.
- Ei, ei, ei! – diz ele. – O que aconteceu?
Holly o abraça fortemente, e continua chorando.
- Holly, o que aconteceu? – insiste Bill.
- Estou com medo. – diz ela.
- Medo do quê? – pergunta ele. – Ô meu amor, tudo ficará bem.
- Promete que tomará cuidado? – ele enxuga suas lágrimas.
- Claro. Mas... aconteceu alguma coisa?
- N-Não.
- Tem certeza?
- Um-hum.
- Não quer se deitar um pouco?
–--
(Contado pelo Bill)
A conduzi até o quarto, e ela se deitou na cama. A cobri com o cobertor, em seguida me deitei. Holly coloca sua cabeça sobre meu peito, e fecha os olhos. Passei minhas mãos pelos seus cabelos, e fui notando sua respiração se acalmar aos poucos.
Confesso que fiquei surpreso ao vê-la chorando, ainda mais quando disse que estava com medo que algo acontecesse a mim. Pensei que estivesse lhe dando bem com a perda, mas pelo visto, acho que essa fase ainda não passou. Fiquei preocupado com a Holly, e estou me sentindo um incompetente por não conseguir ajudá-la. Estão dizendo para eu ser forte, só não sei por quanto tempo conseguirei ser. Sei que é complicado passar por uma perda e um atentado ao mesmo tempo, mas acho que tentar confortar alguém que passa por isso é pior ainda. A amo de verdade, e quero sim estar ao seu lado. Quero principalmente fazê-la feliz, vê-la sorrindo como antes. Sinto falta dos velhos tempos.
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