(Contado pela Holly)
Fiquei alguns dias em casa, sem por o pé pra fora da rua, com medo de que pudesse acontecer outro tipo de ataque. O máximo que eu fazia era ir até o jardim pra me refrescar um pouco. O tédio já estava tomando conta da minha mente. Bill chegou em casa, e eu estava assistindo TV. Ele veio todo sorridente, me deu um selinho e se sentou ao meu lado.
- Estava pensando em... – disse ele. – te levar pra jantar essa noite.
- Isso significa sair de casa, e encarar um restaurante, que possivelmente na saída estará lotado por fotógrafos?
- Eu quero sair com a minha namorada!
- Namorada? – perguntei. Até onde eu sabia, ele ainda não tinha me pedido em namoro.
- Droga, falei demais. Era pra fazer esse pedido no restaurante, mas já que não consegui segurar...
- Um-hum.
- Você... quer namorar comigo?
Não! Até parece que eu diria isso. É claro que eu aceito! Já estava até passando da hora disso acontecer, não acha?
- É o que eu mais quero. – respondi, e ele me beijou, sorrindo.
- Então também aceita sair pra jantar?
- Ainda não me sinto tão segura.
- Prometo que nada acontecerá. O Carlão irá com a gente.
- Ok. - respondo, após pensar um pouco.
Mais tarde, quando já era noite, me arrumei. Desci as escadas, e lá estava ele, me esperando. Sei que o que irei dizer a seguir possa parecer uma bobagem, mas ele estava tão... lindo. Meu coração acelerou de uma maneira, que cheguei a estranhar.
- Você está linda. – disse ele.
- Obrigada.
Do lado de fora da casa, o Carlão esperava em frente ao carro. Ele abriu a porta, e fui a primeira a entrar, sendo seguida pelo Bill. Chegamos a um restaurante italiano. Sabe aquela terrível sensação de que tem alguém te observando pelas costas? Era exatamente isso que estava sentindo. Parei, e olhei pra trás.
- Holly. – chama Bill. – Está tudo bem?
- S-Sim. – respondi.
- Vamos?
Entramos no local. Conversamos um pouco, Bill pediu um vinho, depois conversamos mais, fizemos o pedido, jantamos, conversamos de novo... Só sei que a hora passou “voando”.
Parece que eu estava adivinhando. Saímos do estabelecimento, e caminhávamos pelo estacionamento procurando o carro, quando alguns fotógrafos apareceram e logo começaram a nos fotografar. Havia tantos fleches que cheguei a pensar que tinha ficado cega. Bill tirou sua blusa, e cobriu o meu rosto, na tentativa de preservar a minha identidade. Carlão surgiu do nada, e começou a falar um monte de coisa. Conseguimos achar o carro, e por sorte ele tem os vidros pretos, o que dificultava a visão.
Em casa, e por mais incrível que pareça, não estava preocupada. Deveria estar, afinal, não queria que ninguém soubesse de nada. Mas parece que as coisas mudaram, e devo isso ao Carlão, que me aconselhou.
Na manhã seguinte, o Tom chegou em casa trazendo várias revistas, e todas com o meu rosto e o do Bill. E uma delas com a seguinte descrição: “Foi só um jantar ou Bill Kaulitz realmente encontrou sua alma gêmea?”. A partir daí o telefone não parou mais de tocar. Eram programas de TV querendo uma entrevista sobre o assunto. Todas as propostas foram recusadas, até que chegou o momento em que deveríamos por um “fim” nisso tudo. Os produtores de um programa ligaram e conversaram comigo. Foram muito educados, e perguntaram se eu não queria ir até lá pra contar como tudo aconteceu. Recusei, mas conversei com Bill sobre isso, que retornou a ligação mais tarde, e aceitou. E a tal entrevista foi marcada pro dia seguinte.
Liguei a TV quando o programa já estava conversando. Não parava de balançar o pé de tanto nervosismo. As perguntas começaram.
– Ontem vi essa foto, e pensei “Bill Kaulitz está namorando?”. Isso é verdade ou não? – pergunta a apresentadora.
- É verdade sim. – responde ele.
- Há quanto tempo estão juntos?
- Não me lembro muito bem, mas já faz um bom tempo.
- Mas ela é sua estilista!
- E daí? Ela poderia ser a costureira, a garota que arruma os camarins antes do show, uma cabeleireira, maquiadora... Pra mim tanto faz. Meus sentimentos não mudariam.
- Muitas de suas fãs são... digamos que loucas pra chegar perto de você, e até fariam bobagens pra isso acontecer. Agora que está se relacionando, tem medo da reação delas?
- Se são minhas fãs de verdade, com certeza entenderão.
- Não tem medo que as pessoas falem mal dela, achando que está com você apenas por interesse?
- O importante é o que eu penso.
- Ela foi o motivo pelo qual cancelou os shows?
- Sim.
- E por quê?
- Bem... Eu não queria tocar nesse assunto, pois é algo extremamente pessoal.
- Tudo bem. Você acha que ela é a sua alma gêmea?
- Com certeza. Sempre acreditarei nisso, até que me provem o contrário.
- Pretende se casar... ter filhos?
- Sim, sim. Porque não?
- E pensa em fazer isso num futuro próximo?
- Acho que ainda é cedo pra falar sobre casamento. Isso é algo para se pensar. E quanto a ter filhos... Estarei preparado a qualquer momento.
- Há alguns dias atrás você esteve no hospital. Está doente?
- Só porque fui ao hospital, não significa que estou doente, não é?
- Claro que não. Então qual foi o motivo. Pode nos contar?
- Não. – ele riu. – É algo pessoal.
Mais alguns minutos de conversa, e a entrevista acaba.
– Bill, muito obrigado por ter aceitado em fazer essa entrevista. – disse a apresentadora.
- Eu que agradeço. – disse ele.
- Espero que seja muito feliz, e volte sempre.
Confesso que achei que tudo seria um desastre, mas o Bill soube “controlar” tudo, e se saiu muito bem. Estou orgulhosa, e acho que não devo mais ter medo de assumir o relacionamento.
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