quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 28 - Is not easy to say goodbye.

Então não preocupe, sua mentezinha bonita,
As pessoas jogam pedras em coisas que brilham
Mas eles não podem tomar o que é nosso
Eles não podem tomar o que é nosso
As apostas são altas, a água é áspera
Mas esse amor é nosso
 
(Contado pela Beca)

Como a Savannah iria embora, ela achou que o casamento não seria mais necessário, então conversou com o Bill, e os dois foram até o cartório mais próximo e anularam o matrimônio, que mesmo sendo falso, trouxe algumas alegrias.

Eu ainda não estava acreditando muito naquela história de que o pai dela não consegue ficar longe de casa por tanto tempo, e que voltar seria a melhor coisa a fazer. Pra mim, há algo mais sério por trás disso tudo. Está sendo meio difícil descobrir, mas tenho certeza que irei conseguir.

A minha insistência era tanta, que num certo momento a Savannah me levou até seu quarto, e trancou a porta. Pude sentir que me contaria qualquer coisa, e acabei me sentando em sua cama. Ela ficou em pé, cruzou os braços, e me olhava nos olhos.

– Quer saber a verdade? – perguntou-me.
– Claro! – respondi, sem hesitar.
– Promete que guarda segredo? – se aproximou. – Que não contará isso pra ninguém? – sentou-se ao meu lado. – Que nem sob tortura você falará algo?
– Conta logo!

Demorou certo tempo para iniciar o assunto, e antes disso, respirou fundo por duas vezes.

– Estou indo embora, por que... A Megan ameaçou dizendo que se eu não fosse, contaria pro Juiz. E se a imprensa ficasse sabendo, a carreira do Tokio Hotel estaria praticamente acabada.
– Que vaca! – quase gritei. – Não acredito que aquela vadia teve coragem de ameaçar você! – me levantei. – Eu sabia que tinha dedo da Megan nisso!

Eu já desconfiava, só não sabia que a Megan seria mesmo capaz de fazer algo assim.

– Se o Tom ficar sabendo...
– Não! – ela gritou, e se levantou. – O Tom não pode ficar sabendo!
– Vai deixar que a Megan te ameace desse jeito?
– Ela falava sério, e não to nenhum pouco a fim de me sentir culpada pelo fim da carreira dos meninos. – fiquei calada. – Por favor, não conte nada.
– Sabe qual é a minha vontade? Ir até a casa daquela cachorra, e dar uma surra nela! – estava com muita raiva.
– Também to com vontade de fazer isso, mas não adiantaria muita coisa.
– E se matarmos ela?
– Credo, que horror. – nós rimos.

Eu não estava falando sério, mas no momento da raiva, passou tantas coisas por minha mente, que se eu visse a Megan ali na minha frente, não perderia tempo e a mataria. E pensando bem, eu não poderia me sujar com aquela vadia, mas poderia... Sei lá, pagar uns amigos meus, assim, sem interesse algum... Talvez eles pudessem dar um jeito nela.

TRÊS DIAS DEPOIS...

Não, eu não estava conformada com aquela história da Savannah. Achei injusto, e resolvi tomar as suas dores. Peguei minha bolsa, pedi o carro do Georg emprestado, e fui até a casa de um velho amigo. Estudamos juntos por dois anos, e foram o suficiente para nos tornarmos grandes companheiros; Lucas. Um rapaz alto, de corpo atlético, olhos azuis e cabelos castanhos. Aquele típico homem que consegue praticamente tudo que quer, sem fazer o mínimo esforço. Apesar de ser legal, também pode ser traiçoeiro e interesseiro demais. Não faz nada que não lhe traga qualquer tipo de beneficio.

Toquei a campainha daquela antiga casa, e fiquei aguardando. Lucas abre a porta, usando apenas uma calça jeans, que parecia ser muito velha.

– Olha só. – disse ele. – Quem é vivo sempre aparece!
– Olá, Lucas. – dei um sorriso. – Tenho um serviço pra você. Posso entrar?
– Já deveria estar aqui dentro. – abriu um pouco mais a porta, me dando passagem.

Sinceramente, eu estava com um pouco de nojo de estar ali. O cheiro do local, não era um dos mais agradáveis, e parecia que havia passado um furacão e destruído tudo.

– Nossa. – disse. – Que dia o furacão passou por aqui?
– Engraçadinha como sempre.
– Bom, como eu disse, tenho um serviço pra você.
– E... – ele se esparramou no sofá. – Quanto pagará por ele?
– Quanto você quer?
– Sei lá. – acendeu um cigarro. – Talvez... Dois ou três mil.

Eu tive que rir. Ele estava me pedindo três mil dólares pra dar uma surra na Megan?

– Mais nem morta! – disse. – Não vou pagar isso tudo, pra você dar um corretivo numa vadia!
– Qual é branquela? – ele se levantou. – Seu namorado é montado na grana, e você não quer pagar?
– O Georg não tem nada a ver com isso! A grana vai ser minha.
– Melhor ainda. – se aproximou. – Faço dois mil, e o restante você me paga de outro jeito.
– Não vou dormir com você.
– Então não tem desconto.

Eu estava com muita pena de dar todo o dinheiro pro Lucas, mas seria por uma boa causa.

– Ok. – disse, e ele deu um meio sorriso. – Mas é pra fazer direito!
– E desde quando eu faço algo ruim? – fez uma pausa. – Quem é a garota?

Abri minha bolsa, e peguei uma foto dela.

– O nome dela é Megan. – disse.
– É uma pena ter que dar um jeito nela, mas se a patroa está pedindo...
– Não é pra matar. – deixei bem claro. – Mas quero que fique roxa!
– Quanta maldade. – foi irônico. – Acho que dar uma surra, é maldade demais. Seria mais fácil matar.
– Já disse que não! Só quero que ela aprenda a não ameaçar mais as pessoas.
– Tudo bem. E quando é que você vai me dar a grana?
– Te darei metade agora. O restante... Quando o serviço acabar.

Passei toda a ficha da Megan, e ele prometeu que não a mataria. Mas se fizesse, também não seria tão ruim assim. Como foi combinado, lhe dei a metade do dinheiro, e fui embora. A outra metade seria entregue na casa da mãe dele, pra ninguém desconfiar de nada.

– Onde você estava? – pergunta Georg, assim que cheguei. – Te procurei pela casa inteira, e você não atendia o celular!
– Estava no shopping com uma amiga. – lhe dei um selinho. – Devo ter ficado sem bateria, e como estava fazendo compras, nem percebi.
– E cadê as sacolas com as compras?
– Passei na casa da minha mãe, e deixei lá. Vou tomar um banho, porque estou um pouquinho cansada. Não quer vir comigo?

–--
(Contado pela Savannah)

UM DIA DEPOIS...

Estava sentada à beira da piscina, com os pés dentro da água. Os dias passaram rápido, e a volta para o Brasil, seria na tarde seguinte. Resolvi adiantar a viajem, antes que a Megan desse uma de doida, e estragasse tudo. Meu pai estava mais feliz que nunca, ele não via a hora de dormir em sua cama.

Enquanto eu pensava em como seria, ter que me despedir de todos, o Tom aparece e se senta ao meu lado.

– Os meninos vão começar a jogar vídeo-game, apostado. – disse ele. – Não quer participar?
– Não sei jogar muito bem. – respondi. – E... Vou sentir sua falta. – olhei pra ele. – Está quase acabando.
– Não, não está!
– Está sim. Vou embora amanhã, e volto pra minha vida na lanchonete.
– Não significa que está acabando. Assim que der, irei te visitar.
– Você...
– Nada! – segurou minha mão – Vou fazer a turnê de 12 meses com a banda... E ai, vou pro Brasil pra ficar com você.
– Acontece muita coisa em 12 meses, Tom. – meus olhos estavam cheios de lágrimas. – E se...
– Não, não pense nada negativo. – me abraçou. – Vai terminar antes do que pensa. E eu vou ficar com você pra sempre.
– Promete?
– Prometo.

Pra sempre é uma palavra muito forte. E sei que nada é pra sempre, mas só de ouvi-lo falar daquele jeito, eu acreditei. Eu me sinto tão bem ao lado do Tom, que não saberei como me despedir dele. Dizer adeus nem sempre é fácil. Às vezes é a coisa mais difícil e dolorosa. E nesse caso, ter que me despedir dele, vai doer tanto. Mas não se pode ter tudo nessa vida, e o melhor que eu posso fazer, é tentar me conformar, e esperar pacientemente até que os 12 meses passem, e eu o veja novamente.

Postado por: Grasiele

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