domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 9 - Munique III

Duda você está bem? – Tom me sacudia e os funcionários ao meu redor me encaravam como se eu fosse um pedaço morto de pessoa.
Tentei me levantar mais minha cabeça doía demais, o que me fez soltar um grito um tanto alto.
A Boate estava vazia, eu não fazia questão de reparar em mais nada ali.
Você tá bem? – Tom repedia a pergunta.
Não! – Exclamei com a voz chorosa.
O que fizeram com você? – Me ajudou a levantar, ele disse um ‘’ok’’ para todos ali e nós saímos.
Olhei atentamente para ver se nada ou ninguém estivesse me vigiando, ou secando com os olhos; Entramos no carro e me senti melhor por isso, agradeci mentalmente.
O que fizeram com você? – Tom repetiu novamente o que me havia perguntando dentro da boate.
– E-Eu... – Não conseguia falar.
Duffer me diz. – Tom me encarou segurando meu rosto e limpando minhas lagrimas que insistiam em cair ferrosamente sobre meu rosto, o deixando ainda mais molhado.
Olhei para janela e notei que não era só meu rosto agora que estava molhado, a chuva molhava aquela grande larga rua aos poucos.
Eu não podia me render a tão pouca coisa...  Poucas coisas chegam até destruir.
Eu não sei como dizer isso para você. – Disse tentando fugir daquilo, o que eu falava, cada palavra que colocava para fora, só conseguia piorar as coisas.
Simplesmente diga. – Ele me olhou e corei sem graça.
– Sabe... Meu ex-namorado me prome... – Travei sem conseguir soltar mais nenhuma palavra; virei meu rosto violentamente deixando claro, que não queria mais falar sobre o assunto ali.
– Se você ficar guardando por dentro vai ser pior. – Tom disse tentando me convencer, não prestei atenção apenas acedi.
Percebi que seu blackberry em seu enorme bolso da calça vibrava, deveria estar tocando.
– Não vai atender não? – Apontei para o aparelho irritante que insistiu em tocar, para tirar meu humor e piorar as coisas.
Tudo que eu precisava era de um abraço.
Sintomas de depressão.
– Fala aí mano – Atendeu com um jeito estranho e franzi a cara.
Ele colocou para mim ouvir.
Não – Sussurrei e Tom ignorou.
A Duffer sumiu! – A voz de Bill invadia a linha preocupada. – Cara, o que eu faço? Estou ficando preocupado...
Ri baixinho, Bill preocupado comigo?
– De boa Bill, ela vai aparecer. – Tom disse com um sorriso debochado no rosto.
– Como pode ter tanta certeza? – Perguntou desconfiado.
– Para de ser desconfiado cara, não estou com a sua mulher não... – Disse balançando a cabeça.
– Tchau Tom. – E desligou o telefone.
Olhei para o aparelho agora encima da minha perna direita.
– Porque ele não pode saber?
– Eu não sei se ele implicar vai ser com você, não comigo. – Deu os ombros. – Fala sério, ele vai pensar que eu e você... No carro... – Tom piscou para mim, mordendo o lábio inferior.
Levantei a mão e ameacei jogar o celular em sua cara.
Calma Duda, não vou fazer nada que você  não queira. – Riu. – Que tipo som você curte? O Bill esqueceu uns CDs aqui. – Tentou cortar o assunto, o mesmo viu que eu não estou a fim de falar sobre terceiros assuntos; Peguei as capas dos CDs e fui durante o trajeto para a casa inteiro os olhando e analisando um por um.
Me sentia melhor e distraída, mas como um grande enorme vazio havia se formado dentro de mim depois de ver Lukas me tratar diferente, como se eu fosse uma estrela e ele normal. Eu não havia me tornado famosa por casar-se com um, pelo menos assim eu não queria pensar.
Notei o portão enorme na minha frente e encarei os olhos de Tom, aflita de algum jeito.
E AGORA? – Perguntei quase cuspindo as palavras.
Você entra de boa e eu rapo fora... – Esclareceu do nada. – Fala aí, você pode dizer que saiu com o motorista. – Aponta para o carro do nosso lado aposto.
Onde você vai? – Perguntei a primeira coisa que me veio em mente, e ele virou o rosto destravando a porta.
Vácuo.
Minha vontade era de lhe mostrar o dedo do meio, mas não fiz me contentei pela minha noite ser sido, totalmente terrível.
Tchau Duffer.
Abri a porta e entrei pelos portões correndo, estava exausta e meu corpo pedia pela primeira coisa deitável que aparecesse em minha frente.
– Onde você estava? – Bill me perguntou assim que entrei pelo jardim.
Eu sai. – Ameacei andar de novo.
O que faz com meus CDs? Onde você estava hein? Se meteu em alguma treta? Sua cara está estranha. – Me encarou, me deixando incomoda por reparar tanto. - E da ultima vez que os vi – Se referiu aos CDs. -  Eles estavam no carro do Tom... – Franziu a cara, os olhando em minhas mãos. – Você estava com ele!
Fodeu.

Postado por: Grasiele

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