domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 7 - Munique I

Deixei uma risada sem graça escapar de mim, ao terminar de me encarar no espelho enorme de um dos corredores da casa que eu agora se encontrava.
Eu sempre gostei de me arrumar e me admirar na frente dos espelhos, gostava de sair e voltar para casa de madrugada, as expressões da cara da minha mãe ao me ver chegar ás 9:00 manhã do dia seguinte, eram simplesmente hilárias.
Negando ou não, eu sinto falta dela.
Quando eu chorava porque alguém sempre me feria, principalmente os meninos canalhas do 1° ano era ela com todos os seus defeitos e falhas que me consolava, quando eu precisava ela estava lá sempre tentando convencer que tudo passaria e ficaria bem, sempre ficavam porque eu acabava esquecendo, seu principal defeito que me matava era a fome setenta por dinheiro e riquezas, nós não precisávamos de mais, não era uma necessidade já que meu pai também possuía seus negócios fora da empresa do pai de Bill, mas o dinheiro subiu tanto na cabeça dos dois que começou a ficar piores... Eu não agüentava mais ouvir-se falar naquela casa de trabalho, dinheiro, trabalho, dinheiro houve um tempo que eu tive que me afastar e isso começaram a partir de quando eu recebi a noticia do casamento.
 Por um lado, eu sabia que minha mãe não gostava das minhas roupas, cabelo e meu outro modo diferente de pensar, mas, ela se esforçava para tentar me dizer que eu estava bem daquele jeito. De tanto eu pensar, eu perdi o encanto por tudo porque meus pais haviam me usado para conseguir mais dinheiro...
Se eu morresse o efeito acabaria?
Eu tinha que parar com pensamentos infantis e começar a agir.
Em alguma coisa sempre dá para tirar proveito, por mais pequeno que esse seja.
Notei minha expressão triste pela imagem que o espelho ali transmitia; Eu não estava sendo a mesma pessoa, que eu mesma conhecia. Tudo parecia ter mudado por causa de uma coisa insignificante eu me anulei e quebrei a mim mesma, eu podia mudar tudo hoje...
Deixei o corredor e dei passos rápidos, tentando encontrar uma porta que me levasse para fora mais rápido.
20:32
Notei o grande relógio na minha frente. – Mordi o lábio inferior e abri a porta, saindo dando de cara com Tom que de braços cruzados ria da minha cara de pedido de desculpas.
32 minutos Duffer.
– Não enche. – Ri socando seu ombro de leve.
Partei im München, auf uns warten! – Exclamou alto parecendo ansioso.
Seguimos em direção ao carro e ao entramos, Tom disparou para a Autoban sem limite de velocidade, não fiz questão de olhar para o painel do carro para saber a quantos km/h estávamos andando.
Eu sentia meu corpo tremer quanto mais à velocidade do carro ia acelerando cada vez mais, mas não era só isso que me fazia tremer, parecia que algo estranho aconteceria comigo e não era nada relacionado à estrada que passávamos com acesso a Munique.
Como se eu acreditasse...
Fechei os olhos não fazendo noção de quanto tempo ainda teríamos pela frente.
‘‘Ich schau mich um und finde es traurig zu sehen,
wie Looser wie du versuchen die Blicke auf sich zu ziehen:
Du disst mich! Scheint als ob du es überhaupt nicht verstehst
Du meinst vielleicht so wirst du bekannt, doch verbaust dir den Weg.
Außerdem geht es beim Battlen, Fakten klar zu trennen,
es geht nicht darum Namen zu nennen, sondern den Rahmen zu sprengen,
besser als der andere zu sein und das bist du nicht,
also warum disst du mich, du Fischgesicht?‘‘

Tom riu alto, acompanhando a letra com a voz baixa. – Abri os olhos o olhando assustada.
Als wir uns traffen sagtest Du, ich würde großartig rappen. – Tom continuou sem me olhar com um risinho sarcástico estampado em seu rosto.
A velocidade do carro reduzia aos poucos, o que me deixava mais aliviada não pelo medo, mas, ao saber que talvez estávamos mais perto.
Festas destraiam a cabeça.
‘‘...und batest mich noch in nem Studio auf dein Poster zu tagen...‘‘
mein test ich sei hier in Deutschland einer der Besten für dich. – Continuei acompanhando o ritmo da música envergonhada, porque Tom colocou a mão no som e abriu a boca.
– VOCÊ OUVE RAP? – Ele desligou o som balançando a cabeça.
– S-Sim – Gaguejei sem o olhar direito.
Nunca me imaginei revelando a alguém que eu era fã de Hip Hop e Rap, nunca gostei muito de músicas na moda era broxante para mim, sempre me reservei ouvindo heavy metal, Metal, porém algumas músicas dos ‘’manos’’ conseguiam me conquistar.
Ele sorriu e abriu a porta saindo, o que me fez destravar a minha e sair atrás do mesmo, acelerando os passos.
Olhei para a remeça de pessoas que me fitava com olhares e expressões diferenciadas, me senti um tanto incomodada com a situação, vi que os tais olhares não eram apenas direcionados para mim, olhavam para Tom também, muitas meninas se formavam em grupo e gritavam mostrando toda a euforia presa.
Tentei respirar fundo e esquecer que estava sendo fitada como uma atração gratuita.
Não fica estranha Duffer. – Ele riu, me puxando para dentro. Olhei para os lados e meus olhos se direcionaram para a pista de dança. – Eles vão te olhar, não responda perguntas só sorria ou fuja, tente se acostumar eles vão te procurar mesmo...
– Eles quem? – Perguntei bocejando com preguiça.
– Ah, os paparazzi, fotógrafos, reportes e essas porcarias... – Deu os ombros sumindo pela multidão.
Ele iria se fartar tanto que amanhã sua imagem estaria estampada nos jornais. – Pensei sorrindo, torto.
Eu estava em um lugar cheio de bebidas, homens, dança... Adeus stress por uma noite.
Duffer Kaulitz em uma boate em Munique, ora ora...
Você?

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog