domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 6 - Ir ou não ir?

Olhei para o chão e coloquei as duas mãos na cabeça, suspirando pesadamente. Não quis ter o trabalho de ter que olhar para Bill, talvez o vidro de perfume que joguei tivesse o acertado, mais provalmente não teria.
Não fazia noção, de quanto tempo eu estava ali parada. Deixei minha expressão de humor vazia e olhei minha imagem no espelho em minha frente; Eu não estava nada bem, pelo menos não a minha fisionomia.
Dei alguns passos até o chuveiro e o desliguei já me irritando com o barulho de antes fazia ali.
Eu não tinha vontade de encarar nada, não tinha vontade de conversar com ninguém e talvez me isolar do mundo fosse uma boa opção, ou algo que só ajudasse a aumentar alguns sintomas de depressão. Deixei o banheiro e peguei a primeira coisa que vi pela frente, eu não queria ter pensar muito para escolher uma roupa melhor isso também não era preciso, não agora.
Deixei meu corpo aos poucos se encontrar na cama que antes estava atrás de mim. Era fútil viver uma vida forçada e depressiva, eu estava me sentindo presa a outro mundo e esse não pertencia a mim.
Fechei os olhos, torcendo para que minha vida fosse apenas um pesadelo de uma noite mal dormida. – Sentia meus músculos relaxarem ali, só não adiantava muita coisa. Talvez eu mesma não quisesse ajudar a mim mesma, se houvesse esforço eu poderia ignorar o humor de Bill e sua implicância com a minha privacidade, eu poderia tentar ignorar e se dar bem com ele, mas não era do meu interesse.
Sumir, dali era o que eu mais precisava.
Bill nunca se dirigiu com uma palavra de me impedir de sair daquela casa, eu estava me rendendo por tão pouco.
– Senhorita Kaulitz. – Uma voz tão distante, veio a se tornar tão perto dos meus ouvidos, o tom de sua voz não irritou, mas, sim a maneira de me chamar.
Nada eu disse, apenas continuei fechada comigo mesma.
Não precisa se fingir de morta! – Exclamou uma voz masculina, estava tirando uma com a minha cara pelo seu divertimento, era o Tom irmão de Bill.
– O que você quer? – Respondi seca e sem humor.
Quando eu menos preciso de pessoas ao meu redor, elas aparecem. Vou esperar para que apareçam quem sabe não se torna o contrario?
– Se eu fosse você levantaria dessa Cama aí por que... – Ele disse aflito e eu abri os olhos para encará-lo. – O vidro caiu na testa do...
O interrompi com a cara de espanto que deixei transparecer, senti um baque se tomar em mim diante aquilo, era estranho saber que minha má pontaria acertou alguém. – Dei os ombros sem pensar e continuei deitada no mesmo lugar, porém agora com uma sensação pior por dentro.
Será que ele havia perdido muito sangue? Era problema dele.
– Duffer, eu estou falando sério. – Ele se sentou na ponta da cama com uma expressão diferente.
Eu não quero saber! – Exclamei colocando uma de minhas mãos sobre o rosto; respirei diversas vezes tentando melhorar meu humor, mas era em vão. Minha vontade era de sair correndo de volta para casa e dizer para meus pais como eu sentia falta de estar lá do lado deles, com a minha vida de antes; Eu não podia, se eu voltasse eles não me expulsariam como um lixo mas, iriam me encher com aquelas palavras intoleráveis, que me faziam ficar despedaçada.
Qual é o seu problema? – Tom perguntou simplesmente revirando os olhos, parecia irritado ele não era o único ali.
– MEU PROBLEMA? – Gritei levantando da cama, sem tolerância. – Meu problema é que eu quero a MINHA vida de novo, eu quero meus amigos, minha faculdade e alguém que eu amo de verdade, não seu irmão. Ele não merece estar no meu lado, assim como eu não mereço estar do dele. – Tentei explicar, por mais que tentasse as palavras saiam emboladas. – Eu não sei mais o que fazer, quando eu estouro eu perco meu controle... – Desabafei.
– Já tentou sair para esquecer de tudo isso? – Deu os ombros.
– Ah claro, sair já dei vários roles... – Respondi irônica e ele balançou a cabeça. – Eu não sai! – Exclamei.
Me encontra ás 20:00 lá em baixo. – Falou por fim, mordendo o lábio inferior e me deixando ali sozinha.
Ir ou não ir?

Postado por: Grasiele

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