domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 5 - Inicio de Convivência.

 

Dou de cara com Bill diferente arqueando as sobrancelhas, sua cara parece mais normal do que a que vi no carro há minutos atrás. Mas, mesmo assim não consigo ter simpatia pelo seu sorriso meio preso estampando no rosto, suas roupas estão diferentes do que vi da ultima vez.
Estou sem direção e quando ouvi aquela voz atrás de mim, pensei que era o tal que ainda me fita por trás.
– Tom para de ser palhaço e ficar fitando a bunda dela! – Bill exclama sério, revirando os olhos enquanto o tal Tom balançava a cabeça com um sorriso no rosto. – Grr, você não tem jeito. – Bufa parecendo meio que, irritado e eu apenas olho a situação, meu rosto ficou quente devo ter ficado envergonhada com a situação.
– Hey Duffer, sou Tom. – Se aproxima de mim e me dá um beijo na bochecha, quase no canto da boca. – Sou irmão do... Bill. – O olha com uma cara estranha, eles trocam algum olhares e fico confusa com aquilo, Bill puxa meu braço para fora e quase vôo, não imaginei que por ser tão magro tinha força guardada.
– Duffer, não dá trela para o Tom. – Olha para os lados e em seguida para mim, sua expressão está mais séria e seus olhos ficaram me imobilizando por completo. – Ele é extrovertido e não sabe as porcarias que Fala, não acredita em muitas coisas que ele fala. – Conclui por fim.
– Ok! – Digo simplesmente, queria falar mais coisas, mas, não gostei do seu jeito de não falar com as pessoas sem olhá-las no olho.
Sua maquiagem perfeita ainda me irrita. Será que se eu pegar sua maquiadora, ele se importa?
As primeiras semanas com Bill foram as mais difíceis de toda a minha vida inteira. Eu fugia de qualquer contato com o mesmo, principalmente na hora de qualquer refeição comer na frente de outros era algo que eu odiava e repugnava. Sempre que anunciavam algo, eu fugia e me escondia em qualquer canto da casa, que não pensassem em procurar-me.
– Duffer? – Pude ouvir alguém me chamar, não reconheci a voz, talvez eu nem soubesse da sua existência.
Não respondi apenas me manti quieta escondida no banheiro do quarto. A água vinda do chuveiro me denunciava pelo som que fazia, tomando banho eu não estava.
Esperei mais alguns minutos, talvez a pessoa atrás daquela porta desistisse e assim eu poderia sair.
Não esperava que a porta do banheiro se escancarasse de uma maneira tão rápida, tive que encarar os olhos de Bill pelo espelho; Senti um frio na espinha ao vê-lo me fitando.
Eu não havia trancado a porta e me amaldiçoei centenas de vezes pelo feito.
– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? – Gritei pegando algo de vidro, não olhei apenas pequei em minhas mãos e ameacei jogar em Bill, que arregalou os olhos.
– O-O-Que você vai fazer com isso? – Ele perguntou tremulo pelas suas palavras apontando para o objeto em minhas mãos.
Olhei para o vidro que em minhas mãos agora haviam. Senti raiva só aumentar dentro de mim por não poder ter privacidade, eu não queria ser obrigada a ter que olhar Bill nos olhos, eu não queria ser obrigada a deitar do seu lado.
Apenas fitei o objeto em minha mão e taquei em sua direção. Pior não ficaria.

Postado por: Grasiele

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