domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 1 - Há começo para o fim.

Obrigada a me casar forçada.

Isso me martelava por dentro, como se aos poucos estivesse me matando profundamente. Conviver agora em diante com quem eu nunca tive contato nenhum, com quem eu até ontem não sabia da existência e muito menos do nome.

Eu tentava dizer a mim mesma, por pensamento, que tudo iria ficar bem e no futuro sem nada a perder, eu iria fugir daquela cidade e nunca mais pensar naquilo. Do país eu não sairia, Alemanha está dentro de mim e sempre ficará.

Vai ficar tudo bem filha. – Minha mãe sussurra, está tentando em consolar porque sabe que isso me queima por dentro, e eu fico calada guardando aquilo dentro de mim. – Desculpe, eu sei quanto dói para você, não posso fazer nada. – Lamenta olhando para o chão, enquanto eu descia minhas mãos para a manga esquerda do meu vestido queria rasgá-lo inteiro em pedacinhos e dizer o quanto eu odeio igrejas, casamentos e pessoas chorando.

– Faz um favor mãe? – Peço com a voz roca, e ela me olha assustada. Eu permaneci chorando a noite inteira.

Perderia meus amigos, alguns deles, pois não poderia mais sair de casa livre com eles, uma fã louca me atacaria me dizendo coisas sem sentido porque eu roubei seu ídolo; Queria dizer ao mundo inteiro que eu não curto ele, e nem sei seus gostos. – Relaxo o ombro e fecho os olhos; Talvez não seja tão ruim assim.

Eu apenas vi uma foto sua, meu pai me disse que seu nome é Bill Kaulitz e olhar a maldita foto me causa algo estranho, não tenho nada contra sua banda que por sinal, eu nem conhecia. Não tenho nada contra seu cabelo, suas roupas, sua música e muito menos sua maquiagem é deprimente vem o quanto ele é mais bonito e se maqueia melhor que eu, ele parece um boneco perfeito e eu um patinho feio, sem graça.

Não estou apaixonada, mas a realidade é humilhante.

Ele vai ser meu, eu vou ser dele... No papel.

#Fash back.

– O que você quer que eu faça? – Pergunto sentando ao seu lado com lagrimas nos olhos, estava doendo em mim quanto nele.

– Duda você poderia fugir comigo. – Pega na minha mão e olho para os lados sentindo um desconforto enorme, não queria acabar com aquilo. Meus pais sempre foram contra meu namoro com Lukas, pois falavam que nós não havíamos sido feitos um para o outro, era ridículo e eu já havia lutado muitas vezes contra esse tormento ridículo até que os mesmos arrumaram o pior de todos para me tirar dos seus braços. – Duffer. – Me chama e o olho com o olhar baixo. – Você não quer fugir comigo? – Franze a cara e abro a boca, mas, não tenho coragem para se quer começar a falar.

– E-Eu não posso. – Cuspo as palavras rapidamente, não conseguia falar calmamente em mim já havia ansiedade para terminar com aquilo, o quanto a nossa dor começasse mais cedo, mais cedo ela teria um fim. – Desculpe-me. – Tiro minha mão da sua bruscamente, mas logo em seguida me arrependendo temendo por ter sido tão grossa. – Eu tenho que cuidar da minha vida. – O encaro e ele faz o mesmo, posso ver que está triste e com muitas coisas entaladas na garganta, assim como eu. – Cuide você da sua.
Me levanto.

– Você sabe que da minha parte isso não teria começo, mas fugir seria idiota como uma tentativa de uma adolescente de 14 anos e minha idade não me permite mais. – Dou as costas. Queria voltar para ele e abraçá-lo e dizer que tudo ficaria melhor para nós dois e que enfrentaríamos a barreia que fosse possível.

#Fash back off.

E agora eu começaria minha luta.

Postado por: Grasiele

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