domingo, 26 de fevereiro de 2012

Mein Kampf - Capítulo 2 - Queda de humor.

Estou obrigada a se casar para o meu pai não perder seu emprego e irmos à falência – como ele diz. – seu chefe não o chantageou, mas meu pai teme que seja demitido, pois não tem dado tantos lucros na empresa e o chefe dele comentou que tinha 2 filhos gêmeos não de sangue mais foi ele que ajudou sua esposa a criá-los e um deles estava ultimamente andando meio depressivo e precisava de qualquer modo fazer seu filho se casar e temia que alguma garota que desce algum golpe com interesse no seu dinheiro, e é claro que o lugar se colocou a mim.
Como se eu não estivesse casando pelo dinheiro, acorda Gordon.
Aquelas decorações ridícula me irritaram, as pessoas que estavam ali me irritavam, casar forçada me irritava, tudo me irritava sem mais.
Igrejas eram estranhas, mesmo o porquê eu nunca acreditei em deus, os motivos já usei muito tempo explicando, mas, insistem em dizer que eu tenho problemas e a culpa é toda das músicas que eu ouço.
As pessoas adoram julgar a vida alheia e quando se dão conta que suas vidas já caíram em contradição, tudo vira uma desgraça e depois ainda não sabem responder o porquê de tudo.
Deve estar de TMP. – Uma das costureiras fofoca para a outra que arrumava meu vestido na alça, descaradamente fofocam sobre minha na minha frente; tenho que relevar porque realmente minha cara não é uma das melhores.
As que, até agora estavam dando um ajuste final no meu vestido saíram e eu apenas estou tentando admirar um pouco minha imagem no enorme espelho do meu quarto.
Meu vestido é branco não muito longo e tem pequenos detalhes dourados. Eu odeio vestidos brancos, porque não me deixaram casar de preto?
Pena que eu não gosto de branco e com estou casando com a pessoa que tenho alguma ligação forte.
Dou os ombros tentando relaxar, não que eu tenha encontrado muito sucesso nisso; Meus olhos corriam pelo quarto inteiro observando a cor das paredes, eu teria que gravar tudo em minha memória porque depois da palhaçada inteira, eu não iria mais voltar para cá.
Sentia meu coração se acelerar quando pensava que amanhã minha vida estaria diferente, dentro da casa de um estranho.
Eu parecia uma menina indiana prometida a casar com um cara rico e tentar amá-lo, isso era mesquinho e fútil.
Duffer, você está tão linda. – Minha avó surge do nada me dando um susto, temi que fosse algo pior. – É uma pena que está sua maquiagem parece a da Morticia. – Balança a cabeça de desgosto.
Ela está ficando velhinha e não aceita as roupas que eu costumo usar, meu jeito de arrumar o cabelo e a maquiagem. Queria mandá-la ir a merda mas, levo em conta que é minha avó, que só tenta me proteger e sem querer acaba errando.
Arght!
Mas, tem hora que enche o saco.
Seu marido é estranho. – Senta-se no puff branco do lado da porta do closet. – Mas, eu acho que ele é uma boa pessoa, se não fosse seus pais não estariam permitindo esse casamento de modo algum.
Tanto faz. – Começo a caminhar para fora do quarto.
Noivas costumam se atrasar.
Duffer você vai espetá-lo desse jeito que está! – Exclama meu pai que insistia em andar de um lado para o outro.
Desse jeito idiota que estava andando parecia uma coruja, espantada andando de galho em galho; ok isso foi chichê.
I've lost my senses, and all I want is to die. – Falo fazendo minha mãe olhar para mim assustada.
Meu meus. – Chama minha atenção. – Filha para com isso, pelo menos uma vez na sua vida. – Minha mãe pede com a mão na cabeça, provavelmente está ficando nervosa com suas dores de cabeça.
– EU QUERIA SUMIR DESSE LUGAR IDIOTA, QUERIA MESMO. – Pego a alça do meu vestido. – ESTÁ VENDO ESSA PORCARIA? – Grito apertando ainda mais a alça do vestido e todos me olham, todos que estavam em casa minha mãe, meu pai, minha avó e meu avô. – TENHO VONTADE DE RASGAR ESSA PORCARIA, ESSA MERDA DE INFERNO DE VESTIDO. – Grito ainda mais alto.
Estou me segurando para não correr para o meu quarto me trancar lá e chorar.
Se eu chorar minha maquiagem pesada sobra meu rosto, vai borá-la e vou aparentar ser uma revoltada louca, é como me sinto agora.
Garota aprende a crescer você não está sendo jogada no lixo. – Meu pai diz me fitando nervoso, sua face está começando a mudar de cor, ganhando um tom avermelhado.
– CALA BOCA. – Exclamo pegando um vaso em minha frente; os olhos da minha mãe me fitam espantados. – ESTOU ME CASANDO PARA SALVAR SEU MALDITO EMPREGO DE MERDA, VOCÊ NÃO QUER PERDE-LO, SÓ QUE ESTÁ SE ESQUECENDO QUE EU ESTOU ME SAGRIFICANDO POR ISSO. – Olho para cima irritada. – Não me olhem assim. – Piso fundo no chão, puxando o buque perfeitamente composto de orquídeas brancas e amarelas, com um laço vermelho com pedras de diamantes brancos da mão da minha mãe. As flores têm um cheiro de perfume enjoativo importado francês.
Jogar no chão e pisar ensina matando as flores seria infantil; embora eu imaginasse a cena toda em minha frente.
Mas eu vou me casar. – Digo por fim.
A porta se abriu com o motorista dizendo que eu estava mais que atrasada,
Insignificante ou não, eu não sabia o que iria fazer naquela igreja.

Postado por: Grasiele

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