segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Glamourous - Capítulo 15 - Knowing the Unknown...

5 dias depois...



8:36 AM – Casa dos Kaulitz – Berlim...



__ Eu disse que seria uma boa ideia nós virmos pra cá! – Tom estava deitado em sua cama encarando o teto e com um bico do tamanho do mundo. – Pensa só, fazer sua festa aqui, com toda sua familia, amigos é bem melhor. – ele apenas me deu um olhada indiferente e voltou a olhar para o teto. Revirei os olhos. – Tom você é tão infatil, quer saber eu vou conversar com seu irmão...



__ Não vai não! – Tom se levantou rapido da cama, sabia daria certo. Tom aturava que eu conversasse com o Bill de vez em quando. – Desculpa Annie, é que eu não gosto de vir aqui por causa do Gordon sabe, se eu tivesse uma espingarda eu juro que... – arregalei os olhos. - ...é brincadeira.



__ Seu irmão ficou tão feliz quando eu disse que você tinha topado fazer a festa junto dele. – Tom me olhava desconfiado, deu de ombros. – agora eu só preciso conversar com ele sobre a decoração, convidados e todas essas coisas.



__ Por que você tem que conversar com ele? – ele deu enfase no você. – se a festa vai ser nossa eu acho que eu tenho que conversar com ele.



__ Claro, mas eu ach... O QUE? – gritei ao ouvir o que ele disse, como assim ele queria falar com o Bill. – Você bebeu? – ele torceu a boca.



__ Eu não te entendo, o que você mais quer é que eu fale com o Bill, aí quando eu falo que vou falar com ele você entra em crise. – ele se levantou e ajeitava sua faixa. – onde será que ele esta?



__ Hã..erg..não sei, acho que no quarto dele.



__ Eu vou procurá-lo. – ele veio até mim e me deu um breve selinho. – mas Annie não crie falsas espectativas é só uma conversa sobre nosso aniversario.



__ Mas já é uma conversa. – ele balançou a cabeça e saiu rapido do quarto e eu, bem eu continuei parada feito boboca. Daria qualquer coisa pra ser uma mosquinha e ouvir a conversa...hum...isso me deu uma ideia.





8:40 AM – Casa dos Kaulitz – Quarto do Bill...



Narrador #



Bill revirava suas gavetas a procura do seu caderno de desenhos, sim, ele desenhava nas horas vagas, já tinha remexido em tudo e nada de encontrar, mas ele tinha certeza de que estava nesse quarto. Ouviu três batidas na porta, quem poderia ser tão cedo? As pessoas naquela casa sempre acordavam das 10 em diante. Caminhou lentamente em direção a porta, deveria ser Gordon pra encher a paciência, era só o que sabia fazer, assim que abriu a porta quase caiu pra trás ao ver quem era, o que ele queria ali?



__ Eu preciso falar com você. – Tom não esperou ser convidado, foi entrando. Pode entrar Bill pensou com ele mesmo. – Não mudou muito. – Tom falou olhando pro quarto, sem ser convidado novamente ele se sentou na cama de Bill.



__ O que você precisa falar comigo? – Bill perguntou se sentando em uma cadeira perto da escrivaninha.



__ Você já deve saber que eu topei que nós fizéssemos nossa festa de aniversario juntos e ao menos que você queira que toque Sammy Deluxe e 50 Cent a festa inteira, precisamos conversar. – Tom passava constantemente de uma mão para a outra uma bolinha de tênis.



__ Com certeza eu não quero, mas eu também não tinha pensado em nada ainda. – Tom revirou os olhos, ele se levantou e tacou a bolinha pela janela, Bill apenas observou a bolinha voando pela janela.



__ Olha eu não quero me demorar aqui, então faz o seguinte, faz uma listinha do que você quer e depois me entrega. – Bill ficou assimilando o que Tom tinha pedido.



__ Uma listinha? – Bill ousou perguntar, Tom se virou um pouco impaciente.



__ É Bill uma listinha, quer que eu desenhe pra você? – estúpido ele pensou com ele mesmo, apenas balançou a cabeça. – Ótimo, eu já vou, foi bom falar com você. – Bill sacou a ironia na frase, Tom andava com passos apressados, assim que ele pegou na maçaneta deu um passo pra trás, ele tinha visto algo. – haha eu não acredito que você tem isso. – Tom parou na estante de Bill e segurava um porta retratos, um sorriso que há muito tempo Bill não via se formou. – essa viagem foi mágica!



__ Qual parte? A que você vomitou no Mickey? – Bill perguntou rindo, Tom se virou empolgado.



__ Essa também. – ele respondeu animado. – O papai tava tão bem, nem tinha sinal da maldita doença. – Bill ficou um pouco cabisbaixo, sentia muita falta do pai. – Eu ainda quero voltar lá, mas dessa vez não vou vomitar no Mickey...talvez...no Pateta. – Bill voltou a rir. – Você é...tem mais fotos...sabe...



__ Tenho. – Bill se levantou e foi ate seu armário, fuçou um pouco em algumas coisas e depois voltou trazendo uma caixa grande. – Eu guardo tudo que é importante pra mim aqui.



__ Que gay! – Bill revirou os olhos. – deixa eu ver. – Tom tomou a caixa da mão do Bill e começou a procurar, ele tirava algumas coisas fazia cara de hã? e voltava a procurar. Depois de um tempo, achou uma coisa que lhe interessou. – A vovó! Onde você achou isso?!



__ Eu roubei da casa do vovô. – Tom arregalou os olhos. – Ah ele nem percebeu e tem um monte de fotos da vovó lá com ele, queria uma de recordação... sinto tanta falta dela... lembra do perfume dela...



__ Cheirava maçã! – os dois responderam ao mesmo tempo, fazendo com que rissem.



__ É ela faz muita falta...lembra das historias? Nossa como eu amava as historias e os bolos de chocolate, nossa!!... deu até fome. – Tom apertou a barriga lembrando do bolo que ele tanto gostava.



__ É...ela faz mesmo falta. – Bill olhava pro teto.



__ O que é isso? – Tom perguntou segurando um grande e bonito desenho de toda sua familia. – Quem desenhou isso? O cara é um gênio!



__ Fui eu. – Tom voltou a olhar assustado para Bill.



__ Retiro o que eu disse. – Bill já esperava isso do Tom. -  e desde quando você desenha? Eu não me lembro de você desenhar antes?



__ É, mas eu desenhava é você que não se lembra. – Tom olhava para o irmão confuso, deu de ombros e voltou a mecher na caixa. Bill estava pensando o que tinha acontecido com Tom, ele estava conversando numa boa com ele, só podia estar doente.Tem uma coisa aqui que você vai gostar. – Bill tomou a caixa do irmão e começou a remexer, depois de um tempo ele tirou um elefante verde de pelucia, sua tromba estava toda remendada e seu verde já estava um pouco desbotado.



__ Gorducho!! – Tom gritou pegando o bichinho. – Aonde você achou ele?



__ No porão, estava lá junto com umas outras coisas velhas. – Tom sorria igual bobo.



__ Eu me lembro como se fosse ontem, eu só conseguia dormir se ele estivesse junto comigo...chorei tanto quando o Brutus comeu a tromba dele, mas a vovó custurou pra mim. – Tom parecia encantado. – Não sabe como é bom ver essas coisas, me vem tantas lembranças, tantas coisas boas.



__ A gente era tão feliz né? – Bill comentou, mas não deveria ter comentado.



__ É...e a culpa não foi minha dessa felicidade ter ido embora! – Tom disse serio, Bill entendeu o que ele quis dizer, só abaixou a cabeça. – Eu já fiquei tempo demais aqui, faz a lista e depois me entrega ou pra Annie. – Tom se levantou. – Vou levar o Gorducho comigo. – ele se virou e caminhava lentamente.



__ Tom! – Bill gritou, fazendo seu irmão se virar, ele se levantou e caminhou até ele. – Leva isso tambem! – Bill lhe entregou uma foto que fez seu corpo tremer. Um pequeno e sorridente Tom nos ombros de seu pai, Tom engoliu em seco. – Tchau. – ele pronunciou com a voz embargada e saiu batendo com força a porta do quarto. Bill limpou algumas lagrimas que cairão sem sua permissão e voltou para cama onde teria que arrumar a bagunça que fizeram.







Dizem que relembrar é viver, mas eu diria que nesse caso, Relembrar é sofrer...





9:30 AM – Corredor da casa do Kaulitz...



Ouvir tudo aquilo me animou, ver como conversaram sem brigar, mas tambem me entristeceu a forma como os dois perderam pessoas importantes na suas vidas...talvez fosse isso...



__ Quando é que vai perder a mania de escutar as coisas atrás da porta? – Tom me olhava serio, abri um sorriso amarelo. – Annie só me faz um favor e não me leve a mal, não vem atrás de mim, eu quero ficar sozinho. – ele abaixou a cabeça e passou por mim, segurando uma foto e um elefantinho verde nas mãos.



__ É por que escutei a conver...



__ Não Annie, não é isso, só quero ficar sozinho! – ele falou triste.



__ Tom! – gritei fazendo com que ele parasse de andar, ele se virou calmamente, corri até ele e lhe dei um abraço apertado, ele correspondeu prontamente, olhei bem em seus olhos. – Eu...você sabe que eu...



__ Não precisa dizer o que você não sente Annie. – Tom forçou um sorriso e me deu um beijo demorado na testa, sem dizer mais nada caminhou pelos corredores lentamente. Aquilo que ele me disse me deixou peturbada, como ele...talvez ele tivesse razão, a quem eu queria enganar? a pessoa com que eu sonhava todas as noites estava no quarto a minha frente, mas...eu podia tentar mudar isso...será que eu podia?

Postado por: Grasiele

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog