2:00 PM – Terraço Soho Grand Hotel...
Uma semana depois #...
Narrador #
__ E então o que vai querer de aniversario? – Annie estava incrivelmente linda hoje, ela estava com uma jardineira jeans toda suja de terra por estar mexendo com as flores, um All Star amarelo berrante e os cabelos presos em um coque mal feito, que deixavam algumas mechas cair por seu rosto, ela brincava com uma joaninha que estava no caule de uma rosa vermelha. Bill estava sentado ao seu lado lhe observando atentamente, ele também estava todo sujo, nem parecia aquele Bill chique. – Quem sabe uma bolsa da GUCCI? – ela forçou.
__ Já disse que não quero nada, apenas um parabéns e um abraço já esta bom. – Annie olhava Bill desconfiada, depois de um tempo ela deu de ombros. – Tom não ficou bravo com você por estar aqui?
__ Não...eu acho que não. – ela olhou para o céu pensando. – ele torceu a boca quando eu disse que viria, isso é um bom ou mau sinal? – Bill levantou as sobrancelhas. – Eu estou muito encrencada? – Bill riu da sua cara de preocupada. – acho que não vou ganhar beijinho de boa noite na testa hoje.
__ Eu também acho que não. – os dois riram e depois se seguiu um silencio, Annie voltou sua atenção a rosa que estava mexendo. – Vocês estão bem? Sabe o namoro? – Annie o olhou e sorriu.
__ É...nós estamos bem, mas sabe seu irmão não é fácil, encontrei alguém mais teimoso que eu. – Bill abriu um sorriso, mas seu olhar parecia vazio. – mas ele também é muito gentil, carinhoso, fofo quando quer...
__ Tudo o que você merece! – Annie sorriu tímida. – e o que ele disse sobre a sua idéia do aniversario?
__ Torceu a boca e disse que ia pensar. – Bill mexia nos botões da sua jaqueta. – pensa só, depois de tudo o que você fez esse já é um grande começo ele disse que ia pens... – Annie pareceu perceber o que tinha dito. – Ai me desculpa Bill, eu fui à primeira pessoa que disse que não ia te julgar e...foi sem querer...escapou e...
__ Tudo bem Annie, não precisa se desculpar... – ele forçou um sorriso. - ...nossa eu tenho que ir, tenho uma sessão de fotos. – Bill se levantou e batia em seu corpo com as mãos pra afastar a terra das flores, Annie também se levantou ficando de frente pra ele, ela o encarava com seus belos olhos. – eu preciso passar Annie... – Bill tentou ser gentil, mas ela não saia da frente dele, sem que ele esperasse ela o abraçou, Bill ficou sem reação alguma ele com certeza não merecia aquele abraço, depois de um tempo ele lhe correspondeu.
__ Boa sorte no ensaio. – Annie falou gentil. – e assim que Tom me der à resposta eu te aviso.
__ Ok! E obrigada. – Bill deu um beijo demorado na sua testa. – Tchau. – Annie o olhava atentamente partir por entre as flores e arbustos, ela respirou fundo e se sentou voltando a brincar com a joaninha.
Será que um condenado pode ser absolvido?...
4:30 PM – Pink Pony Bar & Cafe...
De uma hora pra outra o tempo tinha mudado em New York, há alguns minutos atrás fazia um sol de rachar e agora o céu estava nublado e um frio digno de casacos de lã e cachecóis. Eu e Carlla estávamos sentadas dentro de um dos nossos cafés preferidos, eles tinham um capuccino maravilhoso.
__ Você acredita que o maldito disse que Jimmy Choo não ficava bom nos meus pés! – ela só não gritava mais alto porque seriamos expulsas, eu bebia meu capuccino em silencio apenas escutando. – só que ele mal sabe que eu já desfilei 6 vezes pra Jimmy Choo, quando eu disse isso ele tentou pedir desculpas, mas eu já estava longe. – Carlla bufava. – Tive que ir ate o shopping, mas compensou porque eu comprei um par de sandálias Jimmy Choo e uma bolsa da Chanel. – ela sorriu satisfeita.
__ E quanto você gastou? 4 mil dólares? – ela cerrou os olhos pra mim.
__ Quase, um pouco mais é que eu comprei uns brincos da Chanel também. – eu cai na risada. – bom eu não comprei tudo isso pra não usar, o que você acha de sairmos pra curtir a noite hoje? Sabe, encher a cara, azarar uns gatos.
__ Não sei se você se lembra, mas eu estou comprometida. – ela se aproximou de mim, como se fosse contar um segredo.
__ Ele não precisa saber. – ela sussurrou, nós riamos feito doidas atraindo a atenção dos demais ali presentes, fomos silenciando o riso lentamente. Um barulhinho começou a ecoar pelo lugar, logo soube que era meu celular. - falando no marido... – mostrei a língua e peguei o celular.
“Me encontre no Rockefeller Center o mais rapido possivel
Beijos nessa sua boca gostosa!
Tom K.”
Ri ao ler o final da mensagem, peguei o celular e mostrei para Carlla que tambem riu.
__ Então, onde fica e o que é o Rockefeller Center? – Carlla arregalou os olhos pra mim, como se eu tivesse perguntado por que as pessoas odeiam o Hitler. – O que?
__ Você definitivamente não conheçe New York, vem comigo. – Carlla tirou 50 dolares da carteira e jogou sobre a mesa, pegou sua bolsa. – se não tiver muito transito e conseguirmos um taxi rapido chegaremos lá em 20 minutos. – 20 minutos era bastante tempo pra mim, me levantei e fui atras dela.
5:05 PM – Rockefeller Center...
__ Então isso é o Rockefeller Center? – perguntei apontando pro grande rink de patinação, onde varias pessoas tentavam patinar.
__ Exatamente, pensei que você conhecesse afinal de contas é uma das mais famosas atrações do inverno de New York. – Carlla falou cruzando os braços. – Agora o que o Tom quer com você aqui eu não faço a minima ideia...
__ PATINAR É OBVIO! – Carlla e eu demos um pulo, Tom apareceu bem atrás de nós todo sorridente, meu coração estava disparado pelo susto.
__ Tom seu veado! – Carlla falou furiosa. – Por que não vai assustar sua mãe?
__ Ela esta bem longe daqui. – Tom ria da nossa cara de assustadas. – Nem é pra tanto meninas, mas então vamos patinar?
__ Eu dispenso! – Carlla levantou o braço. – tenho varios assuntos pra tratar. – ela falou em tom de malicia. Senti Tom me abraçando por trás e repousando sua cabeça em meu ombro. – Ai eu não consigo ver essas cenas romanticas e fofinhas, me lembro que minha cama esta vazia. – ela lamentou me fazendo rir.
__ Não esquenta Carllinha, o Georg tambem esta com a cama vazia. – Carlla sorriu e mostrou o dedo do meio. – Olha esses modos garota! – Tom gritou pois Carlla já estava longe, ela se virou e sorriu mais uma vez e voltou a caminhar. Tom deu um beijo demorado no meu pescoço, eu sorri pra mim mesma e me virei ficando de frente para ele. – Aonde você passou a tarde mocinha?
__ Não se lembra, fiquei no terraço com seu irmão. – nesse instante Tom torceu a boca de novo. – e depois fui ate o Pink Pony com a Carlla. – terminei fingindo não ter visto a careta que ele fez. Tom pegou em minha mão e me puxava ate o local onde pegavam os patins.
__ Interresante. – sabia que ele estava sem ironico. – Então vamos patinar? – ele perguntou empolgado.
__ Tom eu não sei patinar. – respondi fazendo manha.
__ Eu tambem não sei patinar, essa é a graça! – Tom era estranho pensei comigo mesma, eu com certeza não conseguiria parar em pé daquilo, mas me dei por vencida.
__ Se eu cair, bater a cabeça e ficar com amnesia a culpa será toda sua. – peguei um dos patins e sai na sua frente de cabeça impinada. Vesti os patins e já senti minhas pernas moles, tentei dar um passo e quase cai, mas Tom me segurou por trás. – Não vai dar certo Tom, não vai dar certo!
__ Vai dar tudo certo vem. – ele foi me puxando pela mão, assim que entramos no rink de patinação eu tremi, estava morrendo de medo de cair. Tom sorria a cada careta que eu fazia, ele tinha mentido pra mim, o filho da mãe patinava super bem. Ele ia na minha frente e me puxava pelas mãos, mesmo assim eu sentia que cairia a qualquer momento. – Não é tão dificil, imagine que isso é uma passarela e você esta usando um daqueles saltos imensos Chanel, e imagine que a passarela esta um pouco escorregadia...
__ Não é tão simples assim... – resmunguei com medo dele me soltar.
__ Porque você não esta imaginando, esta deixando seu medo tomar conta de você, confiança Annie! – Tom não existia mesmo, tentei me concentrar e imaginar, por um momento fechei os olhos, sentia a brisa gelada tocar meu rosto, deixei que minha alma guiasse meus pés e quando abri os olhos onde estava Tom? Ele não estava mais do meu lado, fiquei preocupada com seu sumiço que patinava sem nem perceber. – Eu disse que você conseguia. – sua voz grossa em meu ouvido me atrapalhou e numa tentativa de tentar me segurar Tom e eu fomos para o chão, ele caiu de costas e eu cai bem em cima dele. – Ai meu estomago! Ai meus rins! Ai meu junior! AI MINHA BUNDA! – ele gritou fazendo algumas pessoas que estavam ali rirem, eu não me aguentava de rir, do tombo e do Tom que gemia e gritava. – AI AI AI! TA DOENDO TUDO E... TA GELADO!!
__ Para de gritar seu louco! – falei fazendo com que ele me olhasse rindo.
__ Por que você não me cala? – ele levantou as sobrancelhas e mordeu o labio inferior. – EU TO MORRENDO, EU BATI O CRANIOOO, O CRANIOOO, SOCOR... – Tom voltou a gritar feito louco, mas como ele queria eu o calei da melhor forma possivel. Sentir os lábios do Tom era sempre bom, eles eram macios e seu gosto era otimo. Pareciamos loucos, começamos a rolar pelo gelo e as pessoas que passavam por ali deviam estar assustadas, mas o que importa?
7:45 PM – Central Park...
Narrador #
Tom e Annie eram as únicas pessoas no Central Park, provavelmente. Os dois estavam deitados sob a grama e olhavam para o céu estrelado, estava um silencio a não ser pelos grilos que haviam por ali.
__ Por que não me disse que sabia patinar? – Annie perguntou se deitando sobre o tórax de Tom.
__ Ah eu não queria que você se sentisse sozinha. – ele falou passando lentamente a mão nos cabelos de Annie.
__ Pois saiba que não funcionou. E onde aprendeu? Aqui mesmo? – Annie passava a mão sobre a barriga de Tom.
__ Não! Na Alemanha, o inverno de lá era terrível. Quando eu era criança, morava em uma casa que tinha um lago grande e quando nevava ele congelava. – Annie se levantou para ouvir melhor a historia, ela se sentou ao lado de Tom, este também se sentou. – Bill e eu tentávamos patinar com nossos tênis já que não tínhamos patins, então no nosso aniversario de 6 anos, meu pai deu um patins pra cada um, o meu era azul e o do Bill verde. – Tom esboçou um sorriso. – Como era bom, eu adorava patinar naquele lago, mas ai quando meu pai morreu nós nos mudamos. – pude ver de relance uma lagrima cair. – quanta falta ele me faz, era meu espelho sabe? Eu sonhava em ser como ele e até hoje eu tento, mas acho que não...não consegui.
__ Você é um grande homem Tom, tenho certeza que seu pai tem muito orgulho de você. - Annie pegou na mão de Tom que sorriu. – Assim como eu tenho.
__ Já disse que amo você? – Tom falou se aproximando de Annie.
__ Humm...ainda não! – ela fez um bico.
__ Eu amo você! – Annie pulou em cima de Tom, mais uma vez os dois caíram e começaram um beijo apaixonado.
Que cena linda não? Tom esta amando, Annie também...hum...mas quem será que Annie esta amando?
Uma semana depois #...
Narrador #
__ E então o que vai querer de aniversario? – Annie estava incrivelmente linda hoje, ela estava com uma jardineira jeans toda suja de terra por estar mexendo com as flores, um All Star amarelo berrante e os cabelos presos em um coque mal feito, que deixavam algumas mechas cair por seu rosto, ela brincava com uma joaninha que estava no caule de uma rosa vermelha. Bill estava sentado ao seu lado lhe observando atentamente, ele também estava todo sujo, nem parecia aquele Bill chique. – Quem sabe uma bolsa da GUCCI? – ela forçou.
__ Já disse que não quero nada, apenas um parabéns e um abraço já esta bom. – Annie olhava Bill desconfiada, depois de um tempo ela deu de ombros. – Tom não ficou bravo com você por estar aqui?
__ Não...eu acho que não. – ela olhou para o céu pensando. – ele torceu a boca quando eu disse que viria, isso é um bom ou mau sinal? – Bill levantou as sobrancelhas. – Eu estou muito encrencada? – Bill riu da sua cara de preocupada. – acho que não vou ganhar beijinho de boa noite na testa hoje.
__ Eu também acho que não. – os dois riram e depois se seguiu um silencio, Annie voltou sua atenção a rosa que estava mexendo. – Vocês estão bem? Sabe o namoro? – Annie o olhou e sorriu.
__ É...nós estamos bem, mas sabe seu irmão não é fácil, encontrei alguém mais teimoso que eu. – Bill abriu um sorriso, mas seu olhar parecia vazio. – mas ele também é muito gentil, carinhoso, fofo quando quer...
__ Tudo o que você merece! – Annie sorriu tímida. – e o que ele disse sobre a sua idéia do aniversario?
__ Torceu a boca e disse que ia pensar. – Bill mexia nos botões da sua jaqueta. – pensa só, depois de tudo o que você fez esse já é um grande começo ele disse que ia pens... – Annie pareceu perceber o que tinha dito. – Ai me desculpa Bill, eu fui à primeira pessoa que disse que não ia te julgar e...foi sem querer...escapou e...
__ Tudo bem Annie, não precisa se desculpar... – ele forçou um sorriso. - ...nossa eu tenho que ir, tenho uma sessão de fotos. – Bill se levantou e batia em seu corpo com as mãos pra afastar a terra das flores, Annie também se levantou ficando de frente pra ele, ela o encarava com seus belos olhos. – eu preciso passar Annie... – Bill tentou ser gentil, mas ela não saia da frente dele, sem que ele esperasse ela o abraçou, Bill ficou sem reação alguma ele com certeza não merecia aquele abraço, depois de um tempo ele lhe correspondeu.
__ Boa sorte no ensaio. – Annie falou gentil. – e assim que Tom me der à resposta eu te aviso.
__ Ok! E obrigada. – Bill deu um beijo demorado na sua testa. – Tchau. – Annie o olhava atentamente partir por entre as flores e arbustos, ela respirou fundo e se sentou voltando a brincar com a joaninha.
Será que um condenado pode ser absolvido?...
4:30 PM – Pink Pony Bar & Cafe...
De uma hora pra outra o tempo tinha mudado em New York, há alguns minutos atrás fazia um sol de rachar e agora o céu estava nublado e um frio digno de casacos de lã e cachecóis. Eu e Carlla estávamos sentadas dentro de um dos nossos cafés preferidos, eles tinham um capuccino maravilhoso.
__ Você acredita que o maldito disse que Jimmy Choo não ficava bom nos meus pés! – ela só não gritava mais alto porque seriamos expulsas, eu bebia meu capuccino em silencio apenas escutando. – só que ele mal sabe que eu já desfilei 6 vezes pra Jimmy Choo, quando eu disse isso ele tentou pedir desculpas, mas eu já estava longe. – Carlla bufava. – Tive que ir ate o shopping, mas compensou porque eu comprei um par de sandálias Jimmy Choo e uma bolsa da Chanel. – ela sorriu satisfeita.
__ E quanto você gastou? 4 mil dólares? – ela cerrou os olhos pra mim.
__ Quase, um pouco mais é que eu comprei uns brincos da Chanel também. – eu cai na risada. – bom eu não comprei tudo isso pra não usar, o que você acha de sairmos pra curtir a noite hoje? Sabe, encher a cara, azarar uns gatos.
__ Não sei se você se lembra, mas eu estou comprometida. – ela se aproximou de mim, como se fosse contar um segredo.
__ Ele não precisa saber. – ela sussurrou, nós riamos feito doidas atraindo a atenção dos demais ali presentes, fomos silenciando o riso lentamente. Um barulhinho começou a ecoar pelo lugar, logo soube que era meu celular. - falando no marido... – mostrei a língua e peguei o celular.
“Me encontre no Rockefeller Center o mais rapido possivel
Beijos nessa sua boca gostosa!
Tom K.”
Ri ao ler o final da mensagem, peguei o celular e mostrei para Carlla que tambem riu.
__ Então, onde fica e o que é o Rockefeller Center? – Carlla arregalou os olhos pra mim, como se eu tivesse perguntado por que as pessoas odeiam o Hitler. – O que?
__ Você definitivamente não conheçe New York, vem comigo. – Carlla tirou 50 dolares da carteira e jogou sobre a mesa, pegou sua bolsa. – se não tiver muito transito e conseguirmos um taxi rapido chegaremos lá em 20 minutos. – 20 minutos era bastante tempo pra mim, me levantei e fui atras dela.
5:05 PM – Rockefeller Center...
__ Então isso é o Rockefeller Center? – perguntei apontando pro grande rink de patinação, onde varias pessoas tentavam patinar.
__ Exatamente, pensei que você conhecesse afinal de contas é uma das mais famosas atrações do inverno de New York. – Carlla falou cruzando os braços. – Agora o que o Tom quer com você aqui eu não faço a minima ideia...
__ PATINAR É OBVIO! – Carlla e eu demos um pulo, Tom apareceu bem atrás de nós todo sorridente, meu coração estava disparado pelo susto.
__ Tom seu veado! – Carlla falou furiosa. – Por que não vai assustar sua mãe?
__ Ela esta bem longe daqui. – Tom ria da nossa cara de assustadas. – Nem é pra tanto meninas, mas então vamos patinar?
__ Eu dispenso! – Carlla levantou o braço. – tenho varios assuntos pra tratar. – ela falou em tom de malicia. Senti Tom me abraçando por trás e repousando sua cabeça em meu ombro. – Ai eu não consigo ver essas cenas romanticas e fofinhas, me lembro que minha cama esta vazia. – ela lamentou me fazendo rir.
__ Não esquenta Carllinha, o Georg tambem esta com a cama vazia. – Carlla sorriu e mostrou o dedo do meio. – Olha esses modos garota! – Tom gritou pois Carlla já estava longe, ela se virou e sorriu mais uma vez e voltou a caminhar. Tom deu um beijo demorado no meu pescoço, eu sorri pra mim mesma e me virei ficando de frente para ele. – Aonde você passou a tarde mocinha?
__ Não se lembra, fiquei no terraço com seu irmão. – nesse instante Tom torceu a boca de novo. – e depois fui ate o Pink Pony com a Carlla. – terminei fingindo não ter visto a careta que ele fez. Tom pegou em minha mão e me puxava ate o local onde pegavam os patins.
__ Interresante. – sabia que ele estava sem ironico. – Então vamos patinar? – ele perguntou empolgado.
__ Tom eu não sei patinar. – respondi fazendo manha.
__ Eu tambem não sei patinar, essa é a graça! – Tom era estranho pensei comigo mesma, eu com certeza não conseguiria parar em pé daquilo, mas me dei por vencida.
__ Se eu cair, bater a cabeça e ficar com amnesia a culpa será toda sua. – peguei um dos patins e sai na sua frente de cabeça impinada. Vesti os patins e já senti minhas pernas moles, tentei dar um passo e quase cai, mas Tom me segurou por trás. – Não vai dar certo Tom, não vai dar certo!
__ Vai dar tudo certo vem. – ele foi me puxando pela mão, assim que entramos no rink de patinação eu tremi, estava morrendo de medo de cair. Tom sorria a cada careta que eu fazia, ele tinha mentido pra mim, o filho da mãe patinava super bem. Ele ia na minha frente e me puxava pelas mãos, mesmo assim eu sentia que cairia a qualquer momento. – Não é tão dificil, imagine que isso é uma passarela e você esta usando um daqueles saltos imensos Chanel, e imagine que a passarela esta um pouco escorregadia...
__ Não é tão simples assim... – resmunguei com medo dele me soltar.
__ Porque você não esta imaginando, esta deixando seu medo tomar conta de você, confiança Annie! – Tom não existia mesmo, tentei me concentrar e imaginar, por um momento fechei os olhos, sentia a brisa gelada tocar meu rosto, deixei que minha alma guiasse meus pés e quando abri os olhos onde estava Tom? Ele não estava mais do meu lado, fiquei preocupada com seu sumiço que patinava sem nem perceber. – Eu disse que você conseguia. – sua voz grossa em meu ouvido me atrapalhou e numa tentativa de tentar me segurar Tom e eu fomos para o chão, ele caiu de costas e eu cai bem em cima dele. – Ai meu estomago! Ai meus rins! Ai meu junior! AI MINHA BUNDA! – ele gritou fazendo algumas pessoas que estavam ali rirem, eu não me aguentava de rir, do tombo e do Tom que gemia e gritava. – AI AI AI! TA DOENDO TUDO E... TA GELADO!!
__ Para de gritar seu louco! – falei fazendo com que ele me olhasse rindo.
__ Por que você não me cala? – ele levantou as sobrancelhas e mordeu o labio inferior. – EU TO MORRENDO, EU BATI O CRANIOOO, O CRANIOOO, SOCOR... – Tom voltou a gritar feito louco, mas como ele queria eu o calei da melhor forma possivel. Sentir os lábios do Tom era sempre bom, eles eram macios e seu gosto era otimo. Pareciamos loucos, começamos a rolar pelo gelo e as pessoas que passavam por ali deviam estar assustadas, mas o que importa?
7:45 PM – Central Park...
Narrador #
Tom e Annie eram as únicas pessoas no Central Park, provavelmente. Os dois estavam deitados sob a grama e olhavam para o céu estrelado, estava um silencio a não ser pelos grilos que haviam por ali.
__ Por que não me disse que sabia patinar? – Annie perguntou se deitando sobre o tórax de Tom.
__ Ah eu não queria que você se sentisse sozinha. – ele falou passando lentamente a mão nos cabelos de Annie.
__ Pois saiba que não funcionou. E onde aprendeu? Aqui mesmo? – Annie passava a mão sobre a barriga de Tom.
__ Não! Na Alemanha, o inverno de lá era terrível. Quando eu era criança, morava em uma casa que tinha um lago grande e quando nevava ele congelava. – Annie se levantou para ouvir melhor a historia, ela se sentou ao lado de Tom, este também se sentou. – Bill e eu tentávamos patinar com nossos tênis já que não tínhamos patins, então no nosso aniversario de 6 anos, meu pai deu um patins pra cada um, o meu era azul e o do Bill verde. – Tom esboçou um sorriso. – Como era bom, eu adorava patinar naquele lago, mas ai quando meu pai morreu nós nos mudamos. – pude ver de relance uma lagrima cair. – quanta falta ele me faz, era meu espelho sabe? Eu sonhava em ser como ele e até hoje eu tento, mas acho que não...não consegui.
__ Você é um grande homem Tom, tenho certeza que seu pai tem muito orgulho de você. - Annie pegou na mão de Tom que sorriu. – Assim como eu tenho.
__ Já disse que amo você? – Tom falou se aproximando de Annie.
__ Humm...ainda não! – ela fez um bico.
__ Eu amo você! – Annie pulou em cima de Tom, mais uma vez os dois caíram e começaram um beijo apaixonado.
Que cena linda não? Tom esta amando, Annie também...hum...mas quem será que Annie esta amando?
Postado por: Grasiele
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