segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Glamourous - Capítulo 13 - The next day will be better...

9:30 AM – Soho Grand Hotel – quarto 330...



Os raios de sol entravam pela janela que Tom esquecera de fechar na noite passada. Abri os olhos lentamente, minhas pálpebras estavam pesadas, não tinha dormido muito bem, na verdade não tinha dormido quase nada, a noite tinha sido bem agitada. Notei que descansava sobre o peito de alguém e esse era Tom, que dormia profundamente, conseguia ouvir seu coração bater calmo, sorri ao ver seu rosto sereno como se nada tivesse acontecido. Com calma fui me desvencilhando de seu braço que me abraçava, não queria acordá-lo, devagar consegui sair de lá. Caminhei ate o banheiro sem fazer nenhum barulho, me olhei no grande espelho e minha cara estava horrível, com certeza apenas lavá-lo não seria a solução, mas era a única coisa que estava ao meu alcance naquele momento. Terminei de fazer minha higiene bucal, tentei dar um jeito no cabelo e abri a porta lentamente. Tomei um susto ao ver Tom sentado na beirada da cama me encarando.



__ Quer dizer que a mocinha ia embora sem se despedir. – sua voz saiu rouca, o que me fez arrepiar, na verdade tudo que Tom fazia me deixava arrepiada. – Tudo bem, já estou acostumado com o abandono. – ele olhou para o teto.



__ Que drama em senhor Tom. – caminhei até ele. – eu não ia embora sem me despedir, só fui ao banheiro. – ele balançava a cabeça positivamente.



__ Vamos fingir que sua historia é verdade e eu finjo que acredito. – sorri tímida. - vamos tomar café. – ele se levantou e só agora tinha reparado que ele estava sem camisa, quase tive um colapso ao vê-lo daquela maneira, como era besta pensei comigo mesma, balancei a cabeça para afastar certos pensamentos.



__ Não vai dar. – Tom se virou com uma cara brava. – Gustav me mandou uma mensagem ontem à noite, falando que precisa falar comigo urgente vai que é algum trabalho. – ele levantou a sobrancelha direita desconfiado. – Quer que eu te mostre a mensagem? – perguntei colocando as mãos na cintura, ele sorriu.



__ To brincando bobinha, mas não pense que você vai se livrar de mim. – o olhei confusa, ele pegou uma camisa e a vestiu. – você vai jantar comigo essa noite.



__ Ah eu vou? – perguntei irônica.



__ Vai! – ele afirmou com convicção. – eu passo no seu quarto as oito. – fiquei parada olhando ele se arrumar na frente do espelho. – vai negar meu pedido? – ele perguntou me olhando pelo espelho.



__ Não Tom, mas agora eu preciso ir. – me virei e caminhei para a porta.



__ Hey Hey! A mocinha não esta esquecendo de nada não? – ele me olhava. Olhei para cima fingindo pensar no que tinha esquecido.



__ Ah é claro... – ele sorriu satisfeito. - ...minha bolsa! – o sorriso se desfez, cai na risada.



__ Muito engraçado. – ele indicou a bochecha com o dedo.



__ Não sei se você merece. – provoquei, ele fez um bico. – to brincando bobinho! – caminhei ate ele e lhe dirigi o beijo à bochecha, mas o filho da mãe virou o rosto fazendo com que eu lhe desse um selinho.



__ TOM! – gritei brava, como ele se atrevia, um sorriso safado se formou.



__ Você tem razão, eu não mereço um beijo... – ele fez uma pausa. - ...no rosto!



__ Olha que eu não saio mais com você! – ele caiu na gargalhada.



__ Você não é louca! – abri a boca incrédula com tanta petulância, me virei e caminhei ate a porta. – Tchau Gostosa! – o veado me gritou quando eu já estava na porta, me virei inconformada com tanta cara de pau, ele abriu um sorriso tímido. – Minha mãe já me falou pra eu parar de ser tão sincero. – decidi provocá-lo também.



__ Ah Tom não se esqueça do que conversamos ontem, eu vou te ajudar a se entender com o... – antes de terminar a frase fui interrompida por ele.



__ Tchau Annie! Tchauzinho!! O Gustav esta lhe esperando! – sorri vitoriosa, ele se virou para o espelho de novo e eu fechei a porta. Fiquei rindo igual boba na frente de sua porta, torci para que não encontrasse com Bill pelos corredores, mas com certeza não encontraria ele deveria estar muito ocupado com a Jennifer. Uma raiva tomou conta de mim, se ele ou ela aparecesse na minha frente naquele momento eu não me controlaria. Por sorte cheguei ao meu quarto sem me deparar com ninguém desagradável.





10:00 AM – Restaurante Soho Grand Hotel...



Narrador #



__ Você ta zuando comigo? Como assim não rolou nada? – Georg  perguntou incrédulo, ele quase gritou. – Tom você virou gay? Por que se virou saiba que eu te apoio cara!



__ Para de ser trouxa, não aconteceu nada porque não tinha que acontecer. – Georg nem piscava diante do que o amigo lhe contava. – Olha ontem não foi um dia fácil, não teria clima pra nada.



__ E desde quando tem que ter clima com você? – ele voltou a gritar. – Sabe o que é isso? feitiço meu amigo, bruxaria! Ela te enfeitiçou, te jogou uma catiça brava, por isso que eu tenho medo das mulheres, elas são más. – Tom comia sua salada de frutas tranqüilamente, às vezes era bom ignorar o que Georg dizia.



__ Ela não me jogou nenhuma macumba Georg, ela só ta me ajudando a enxergar melhor certas coisas. – Tom olhava Georg enquanto comia sua salada de frutas.



__ Que coisas? – Georg perguntou curioso.



__ Você já pensou que talvez, meu irmão tenha se arrependido do que fez? – Georg engasgou com a maçã que estava comendo, seus olhos ate encheram de lagrimas, Tom o olhava assustado.



__ Essa foi o fim da picada, ouviu o que disse Tom? Você nem falou Bill você falou meu irmão, desde quando você se refere ao Bill como meu irmão? – ele parecia até irritado. – E depois fala que ela não te mudou.



__ Ela deve ter um bom motivo pra achar que o meu irm...o Bill está arrependido. – Tom tentou argumentar, mas Georg não estava convencido.



__ Tom por favor, o Bill arrependido? Essa é uma cena que nunca veremos, sinto muito. – Georg voltou sua atenção para o cereal.



__ Pode ser Georg, mas eu vou começar a olhar o Bill de forma diferente. – Tom se levantou e caminhou para fora do restaurante, Georg continuou sentado tentando assimilar tudo o que ouviu. Talvez Bill tenha mesmo se arrependido, mas isso é só um talvez...





10:15 AM – Soho Grand Hotel – Quarto 321...



__ E então Gustav, o que você tinha de tão importante pra me falar? – Gustav me olhava empolgado.



__ Você vai cair pra trás Annie. – ele só faltava pular pela sala. – Você vai ter um troço.



__ Bom então é melhor nem me contar, se for pra eu morrer. – falei me jogando no sofá.



__ Não! É claro que eu vou te contar. – ele parou na minha frente. – Você não sabe quem quer assinar contrato com você...



__ Se você não me contar fica difícil de saber. – Gustav mostrou a língua pra mim. – É serio Gus, eu já to morrendo de curiosidade, conta logo!



__ Ta bem! – ele respirou fundo. – A Victoria’s Secret me ligou ontem a tarde dizendo que querem que você seja a mais nova Angel! – era como se tivessem jogado um balde de gelo sobre minha cabeça.



__ Para de graça Gustav, fala logo a verdade. – Gustav me olhava confuso.



__ Mas essa é a verdade, eles querem te contratar Annie! – eu só tinha uma reação...



__ AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – eu comecei a pular feito uma doida, Gustav pulava junto comigo. Eu não acreditava. – Não, eu não to acreditando, AAAAAAA!



__ Mas é a mais pura verdade. – Gustav falou me abraçando, eu estava rindo igual boba.



__ Mas como eles me descobriram? eu fiz tão poucos trabalhos. – falei olhando seria para Gustav.



__ Só foi preciso uma foto num outdoor pra eles ficarem loucos por você e como eles querem modelos novas pra suas novas coleções...



__ AAAAA! – eu comecei a pular em cima do sofá, será que finalmente a sorte estava batendo a minha porta? Ou era só mais um momento passageiro de felicidade?





11:23 PM – Soho Grand Hotel – Quarto 330...



__ Eu juro, mas eu juro que ainda me vingo daquele garçom vesgo! – Tom entrava no quarto indignado. – E o safado ainda queria gorjeta!



__ Calma Tom, ele não teve culpa. – Tom correu pro banheiro, eu me sentei na cama.



__ NÃO TEVE CULPA ANNIE? – Tom gritava do banheiro para que eu ouvisse. – EU É QUE NÃO TENHO CULPA DELE SER VESGO! – eu não conseguia parar de rir, ele voltou do banheiro quase chorando. – Essa mancha não vai sair nunca mais e eu paguei os olhos da cara nessa camiseta.



__ Ai como você é exagerado Tom, é claro que sai. – me levantei e fui ate ele. – Eu sei tirar mancha de tudo que você possa imaginar, fazia muito isso quando eu lavava minhas roupas. -  olhei para Tom e o filho da mãe tava com um biquinho lindo, se eu não estivesse em sã consciência... – Own que biquinho lindo. – ele não agüentou e acabou rindo.



__ Eu gostava tanto dessa camiseta e o veado estragou. – ele fez o biquinho de novo.



__ Ai meu Deus, me dá essa camiseta logo vai. – ele arregalou os olhos. – Vai Tom tira logo, eu vou me livrar dessa mancha antes que você faça um funeral para a camiseta. – Tom continuou parado me olhando, como se eu tivesse pedido pra ele fazer um stripper. – Se você não tira eu tiro.  peguei em sua camiseta e fui a tirando devagar, deixando tuuudo aquilo a mostrar, Tom ficou paralisado, eu tentei agir com normalidade. – Vou usar seu banheiro. – sai de lá respirando fundo e contando ate 100, entrei no banheiro e fechei a porta, na verdade eu não percebi que ela não tinha fechado direito. Ao ter aquela camiseta nas mãos me veio um impulso idiota de querer sentir seu cheiro, na verdade o cheiro do Tom e eu o fiz. Consegui sentir seu aroma amadeirado em meio ao cheiro do vinho que tinha caído na camiseta, o que estava dando em mim, pensei comigo mesma, balancei a cabeça e comecei a lavar a camiseta, eu só não sabia que Tom tinha visto tudo pela abertura da porta. Como eu tinha prometido tinha conseguido tirar a mancha da camiseta, assim que me virei dei de cara com Tom encostado no batente da porta me observando com um sorriso nos lábios. Engoli em seco quando vi ele se aproximando lentamente de mim.



__ Consegui tirar! – estendi a camiseta da minha frente lhe mostrando. – ta meio manchadinho ainda, mas é só lavar na maquina que fica bo... – fui interrompida por Tom que me pegou com força pela cintura me surpreendendo. Ele prendeu meu corpo ao seu. – Tom o que você ta fazendo? Me larga! – um sorriso maroto se formou em seu rosto.



__ Quer mesmo que eu te largue? – seu olhar era penetrante, eu já estava ofegante e pra piorar mais um pouco, Tom começou a dar beijos em meu pescoço deixando meu corpo mole, eu cairia se ele não estivesse me segurando. – Eu acho que... – Tom sussurrou no meu ouvido - ...eu estou apaixonado por você. – ele agora olhava nos meus olhos, minha reação foi rápida, eu o puxei para um beijo. Talvez eu não estivesse fazendo o certo, mas naquele momento era só o que eu queria fazer. Entrelacei meus braços em seu pescoço e apertava sua nuca enquanto ele me prensava contra a pia. Era tão bom sentir seu gosto, seu piercing roçava com força em meus lábios, sua língua percorria toda minha boca com movimentos sensuais. Estar sendo prensada naquela pia não era muito confortável e Tom pareceu entender. Sem deixar de me beijar ele me levantou e me colocou sentada em cima da pia ficando entre minhas pernas. Suas mãos deslizavam da minha cintura para minha coxa, Tom as apertava com força fazendo com que eu suspirasse. Já estávamos sem fôlego para o beijo então Tom voltou a beijar meu pescoço, na verdade ele sugava meu pescoço, eu já estava em estado de êxtase. Suas mãos eram rápidas, ele tirou meu vestido sem que eu nem notasse, me deixando apenas com as peças intimas. Sua boca deslizou do meu pescoço para o colo, eu gemia baixo conforme ele intensificava os beijos. Novamente Tom agiu sem que percebesse tirando meu sutiã e ali começando minha tortura. Eu estava ficando cadê vez mais louca com suas caricias, eu arranhava suas costas o fazendo arrepiar, entrelacei as pernas em sua cintura, fazendo com que Tom me segurasse no colo, ele apertava minhas coxas enquanto saiamos daquele banheiro apertado, nós precisávamos de mais, aquilo era tortura. Com uma certa pressa Tom me deitou na cama ficando sobre mim e entre minhas pernas, recomeçamos o beijo, mas dessa vez mais apressadamente, nossa línguas faziam movimentos sincronizados e eróticos. Eu sentia que ia explodir se continuasse com aquela tortura, nos livramos do restante de roupas e Tom me preencheu, os movimentos eram lentos mas intensidade. Tom não deixava de me beijar por nenhum momento, entrelacei minhas pernas em sua cintura conforme as investidas aumentavam, nossos corpos suados transformaram-se em um só. Tom aumentou os movimentos fazendo com que chegássemos juntos ao clímax, seu corpo foi amolecendo lentamente sobre mim. Tom deitou ao meu lado ofegante, eu me virei para ele e o encarava enquanto ele mirava o teto.



__Eu espero que não seja só mais uma nas suas noites de aventura. – Tom se virou com um sorriso nos lábios.



__ De jeito nenhum, agora você é só minha.  

Postado por: Grasiele

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