segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 26

EM MADRI...

Acordamos às 4hs, nosso voo sairia às 5hs40min, tomamos café e fomos para o aeroporto... Eu mal podia conter minha inquietação e a ansiedade.

–Pronta para a volta? -Anne perguntou.
–Sim! –suspirei. -Muito nervosa e ansiosa também. -confessei.
–Se acalma, vai dar tudo certo. -sorriu.

Fizemos o check-in e embarcamos pontualmente. Fiquei a viajem ouvindo música, queria me distrair de alguma forma... A viagem não seria tão longa, mas os minutos pareciam se arrastar apenas pra piorar o meu estado.
Aos poucos fui relaxando e o tempo pareceu passar mais rápido que o normal. Cerca de uma hora antes de chegarmos ao aeroporto em Berlim, liguei para Camila avisando da nossa volta.

NA ALEMANHA...

Camila acordou com o celular tocando, era Duda.

–Alô? -Camila disse após bocejar.
–Bom dia flor do dia! Desculpa ter te acordado cedo... Só liguei pra avisar que daqui uma hora estaremos chegando ao aeroporto.
–Nossa, que bom humor, hein! Na última vez que nos falamos você estava mais azeda que um limão. Saiu da seca? Ahhh, já sei! Pegou algum espanhol gato? -Camila tagarelava.

–Quem me dera! –Duda suspirou. –Mal consegui respirar nesses dias e apenas ontem parei pra relaxar um pouco... –explicou. -Anne e eu fomos às compras e passamos o dia no spa do hotel.

–Ô vida boa! Enquanto eu fico aqui me ferrando, vocês aproveitam a vida de ricas. –riu. -Brincadeira! Não consigo imaginar você no meio de um monte de peruas.

–Foi divertido... –Duda confessou contendo uma gargalhada. -Ah, estou morrendo de saudades.

–Eu também! Vou ligar logo pro Ge, ele e o Gust vão buscar vocês.

–Ah, você não vai buscar sua maninha querida no aeroporto? -fingiu ficar triste.

–Eu queria, mas vai precisar entrar na casa dos gêmeos e não tem como entrar arrombando a porta e só o Ge tem uma cópia... Até teria como você entrar lá sem a chave, mas estragaria a surpresa. -Camila riu.
–É, você tem razão! Ehr, conseguiu arrumar tudo?
–É claro que sim! Não sabe o trabalho que deu fazer tudo escondido... –suspirou. - Aqueles dois são muito espertinhos, principalmente o Tom! –pausou. -Pra dificultar, a mãe deles ia fazer um almoço e o Gustav teve que conversar com ela pra não estragar a surpresa.
–Ainda bem que conseguiram resolver tudo! Espero que eles gostem.
–Garanto que eles vão adorar e, por falar em surpresa, você vai ter uma quando chegar. -Camila avisou.
–Ih, aí vem bomba. –Duda murmurou.
–Bem, vou acordar o Gust! Afinal, alguém tem que buscar vocês no aeroporto.
–Não vejo a hora de chegar, estou morrendo de saudades e também ansiosa pra saber o resultado do seu exame de gravidez, mocinha!
–Sei bem porque está ansiosa, safada! –Camila usou seu tom de voz pervertido. –O resultado do exame é segredo, pelo menos por enquanto.
–Não entendi o que você quis dizer com esse seu comentário maldoso. –a voz de Duda soou inocente.
–Claro que sabe! ‘Tá louquinha pra dar uns pegas no Tom.

–Argh, cala a boca. -retorquiu.
–Uma hora vai ter que admitir, amiga! –comentou. -Agora eu vou desligar.
–Tudo bem, até mais. –concordou ignorando o comentário.
–Até! Beijos, te amo.
–Também te amo.

Camila desligou, acordou Gustav, ligou para Georg, fez sua higiene matinal e foi preparar o café da manhã. Às 6hs40min Georg buscou Gustav na casa de Camila e foram buscar Duda no aeroporto.

NO AEROPORTO...

Desembarcamos às 7hs30min em Berlim, Anne estava caindo de sono e eu hiperativa... Talvez fosse por causa da ansiedade. Depois de pegarmos nossas malas, encontramos Gustav e Georg.

–Pequena, quanto tempo! -Georg disse me abraçando.
–Senti tanta saudade. -disse beijando sua bochecha.
–Eu também. -concordou.
–Hey, veja só se não é minha cunhada preferida! -Gustav exclamou e me abraçou em seguida. -Senti sua falta. -sorriu.
–Eu também. – concordei soltando-me do seu abraço.
–Oi Anne! -Georg e Gustav disseram em uníssono.
–Olá rapazes. -Anne respondeu após a tentativa frustrada de conter um longo bocejo.
–Tem alguém que precisa dormir. -Georg comentou em seu tom brincalhão.
–É, a Anne ‘tá dormindo em pé. –comentei rindo.
–Então, deixaremos você em casa primeiro, Anne. -Gustav disse.
–Fico agradecida por isso. -Anne murmurou e sorriu.

Os garotos nos ajudaram com as malas, seguimos até o carro, colocamos as malas no porta-malas e depois embarcamos... Gustav e Georg foram na frente, enquanto eu e Anne sentamo-nos atrás.

–Será que alguém pode ligar o rádio, por favor? –pedi quebrando o silêncio.
–Como consegue ficar tão agitada a essa hora da manhã? -Georg perguntou rindo.
–‘Tá tão perceptível assim a minha inquietação? -fiz uma careta.
–Muitíssimo. -Gustav respondeu e ligou o rádio.
–Rapazes, temos dois motivos... -Anne murmurou dando “sinal de vida”.
–Tom Kaulitz... –Georg respondeu.
–E Bill Kaulitz. -Gustav completou.
–Exatamente! Principalmente Tom Kaulitz. – Anne concordou e lancei um olhar raivoso em sua direção. - Não adianta olhar pra mim assim, cara feia pra mim é fome.
–Essa é boa. –ri debochada. - Acho que o sono está afetando o seu cérebro.
–Você é que é teimosa e orgulhosa, qual é o problema de admitir que você está apaixonada por ele? Isso é tão normal. -Anne murmurou revirando os olhos.
–O problema é que não é verdade. –bufei. -Será que podemos mudar de assunto?
–Tudo bem. -Anne concordou dando de ombros.
–Você vai conhecer uma pessoa especial hoje... -Gustav disse.
–Quem? -perguntei o olhando curiosamente.
–A mãe dos gêmeos! Falei com ela ontem e convidei-a para a festa-surpresa. -respondeu. -Não se importa, né?
–Mas é claro que não! –sorri. -Vai ser bom conhecer a mãe do meu melhor amigo.
–Ah, finalmente vai conhecer a sogra! -Anne comentou batendo palmas. -Não se preocupe, ela é um amor de pessoa! Vai gostar de você.

Depois do comentário da Anne eu “fechei a cara” e ficamos todos em silêncio até largarmos ela em casa.

–Tchau gente! –se despediu após pegar suas malas. - Nos vemos mais tarde e Duda, não fique brava! Eu estava apenas brincando. -sorriu.
–Tudo bem... Até mais tarde.
–O que quer fazer primeiro? -Gustav perguntou dirigindo-se a mim.
–Adivinhem... –sorri travessa.
–Acordar os gêmeos? -Georg respondeu.
–Sem graça. -fiz bico. -É isso mesmo! -rimos.

Seguimos o resto do caminho cantando e rindo, às vezes Gustav se remexia no banco fazendo umas dançinhas esquisitas e gargalhávamos. Chegamos na casa dos gêmeos às 8hs, rezei para que estivessem dormindo.

–Então, é agora pequena... -Georg comentou descendo do carro.
–É, vamos lá. -falei correndo pra porta.
–Não faça muito barulho... Deve saber que o Bill acorda com qualquer coisa. –Gustav avisou.
–É, eu sei. –concordei.

Georg abriu a porta e entramos silenciosamente, estava tudo escuro e não havia nenhum sinal de que os gêmeos estivessem em casa.


–Quer comer alguma coisa antes de ir acordar os gêmeos? -Georg sussurrou.

–Não precisa. -sussurrei em resposta e meu estômago roncou alto contrariando minha resposta, o que deve me ter feito corar.

–Não é o que parece! -Gustav sussurrou e logo segurou uma risada.

–‘Tá bem, vocês me convenceram! –rolei os olhos e fui em direção à cozinha.

–Pode ficar à vontade. -Georg disse abrindo a geladeira e avistei uma tigela cheia de morangos, eu amo morangos.

–Hum... Eu quero morangos. -fiz minha melhor expressão de louca compulsiva.

–Muito medo! Você fez a mesma cara que o Bill quando vê um pacotinho de jujubas. -Georg riu me alcançando a tigela.

–Ah, me deixa vai. -mostrei-lhe a língua.


Comi todos os morangos que tinham na tigela, estavam tão gostosos... Pra falar a verdade eu estava morrendo de fome e eu acabei comendo uma pequena maçã verde logo depois.
Terminei de tomar meu café super saudável e fui cumprir a minha “missão”: andei até a sala e, antes de subir as escadas, tirei os tênis pra não fazer barulho, subi as escadas correndo... A cada passo que eu dava meu coração acelerava mais. Entrei no primeiro quarto, abri a porta devagar pra não fazer barulho...


Postado por: Grasiele

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