segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Love And Hate - Capítulo 8 - Babá

(Contado pela 3º pessoa)

      O relógio marcava 20h00, e a festa estava marcada para começar às 21h15. Duda tomou seu banho, passou desodorante, e fez uma maquiagem não muito pesada. Abriu seu guarda-roupa para escolher algo que lhe deixasse confortável. Acabou escolhendo um short jeans, não muito curto, uma t-shirt branca com a frase “Your Love Is A Lie”, e nos pés colocou um all star roxo. Secou os cabelos, e os deixou soltos.

      Assim que terminou de se arrumar, pegou as chaves de casa e as colocou no bolso de trás do short. Desceu as escadas, e viu que seu pai estava ali na sala com a Carol, então avisou que já estava de saída.

           - E que horas voltará? – pergunta John.
           - Talvez eu durma na casa de alguma amiga. – respondeu.

      Que amiga? Não foi o próprio Kaulitz que disse que eu não tenho nenhum amigo? Pensou ela.

           - Tenha cuidado. – recomenda John.
           - Ok.

      Duda havia chamado um táxi, e em poucos minutos chegou a festa. A rua estava tomada por carros. Ela entrou na casa, e foi até o barzinho. Pegou um coquetel de frutas, e caminhou até a área da piscina, onde o DJ estava. Ficou sentada numa cadeira só observando o pessoal dançar, e outros chegarem. Pôde ver de longe, os irmãos Kaulitz chegar. Por onde passavam, iam cumprimentando os amigos.

      Ela entregou o copo ao primeiro que passava por ali, e foi dançar. Tom a viu, e foi falar com ela.

           - Está sozinha? – pergunta ele.
           - Estava, até você chegar. – respondeu ela, com um sorriso.
           - Fico feliz em saber que recebeu o convite e veio.
           - Então foi você?
           - Sim. Sabia que precisava se divertir um pouco.
           - Obrigada.

      Os dois ficaram conversando e dançando juntos por um longo tempo. Ao contrário do Bill, que só ficou num cantinho conversando com alguns dos amigos.

–--
(Contado pelo Bill)

      Acho que eu não deveria ter vindo nessa festa. Queria ir pra casa, mas o Tom ficaria sozinho, e ele sempre bebe. Ou seja, não seria uma boa idéia deixar ele com a chave do carro. Tive que ficar ali por várias horas.

           - Você viu o Tom por ai? – perguntei a uma das meninas.
           - Ele estava aqui agorinha. – disse ela. – Mas acho que a Débora deve saber.
           - Valeu.

      Pra começo de conversa, quem é essa Débora? Sei que ela é a dona da casa, mas nunca a vi. E se isso já aconteceu, não me lembro. Sai perguntando a todo mundo onde estava a Débora. Assim que a encontrei, perguntei pelo Tom.

           - Você é a Débora? – perguntei.
           - Sim. E você é o Bill Kaulitz, certo?
           - Um-hum. Viu o Tom por ai?
           - Ele acabou de ir lá pra área da piscina, acompanhado por uma garota.

      Minha curiosidade falou mais alto, e me aproximei da enorme porta de vidro que dava acesso à piscina. Vi o Tom conversando com a Duda. Não ousei me aproximar, e talvez essa não fosse mesmo uma boa idéia. Quer que eu confesse algo? Sim, estou me sentindo mau por ter falado todas aquelas coisas a ela. Sei que peguei pesado. Mas quem nunca extrapolou quando estava com raiva? Quem nunca disse coisas de que se arrependeu depois? Irei pedir desculpas a ela. Só esperarei o momento certo pra isso.

–--
(Contado pela 3º pessoa)

      Horas mais tarde...

      Bill estava sentado no barzinho tomando um coquetel, quando Tom apareceu.

           - Bill, você precisa ver algo! – disse ele.
           - Ver o quê?
           - A Duda está em cima de uma mesa lá no jardim.
           - E daí?
           - Ela está fazendo Streep tease!
           - Fala sério?
           - Ela ainda não tirou nenhuma peça de roupa. Mas daqui a pouco vai começar a fazer isso! É melhor você impedi-la!
           - Não posso fazer nada!
           - Vai deixar aqueles idiotas babarem nela?
           - E porque você não faz isso?
           - Já tentei. Mas não deu muito certo.

      A insistência foi tanta, que Bill acabou concordando com o irmão, e foi até lá pra ver a cena. Duda dançava sensualmente em cima de uma mesa. Ela estava completamente bêbada.

           - Tá legal pessoal, o show acabou! É melhor voltarem a dançar. – disse Bill. – Vem Duda, desce daí! – ele a colocou em seu ombro, de forma que ela ficasse “dobrada” ao meio. – O show acabou! – ele concluiu, e se retirou com a garota.
           - Me solta. – dizia ela, bêbada.

–--
(Contado pelo Bill)

      A Duda não é tão pesada. Mas como estava beba, me deu um pouco de trabalho. Saímos da casa da Débora, e a levei até o outro lado da rua. Tinha alguns balanços, e a coloquei sentada num deles. Foi em vão. Logo ela se levanta, e para não correr o risco de deixá-la cair, também me levantei.

           - Eu já disse que você está sexy com essa roupa, Bia? – pergunta ela.
           - É Bill. – tentei corrigi-la, mas essa foi outra tentativa em vão.

      Logo ela começou a cantar. Se pelo menos fosse uma música legal. Porque todo bêbado é chato?

           - Foi bom te encontrar. Vamos tomar um bom porre pra comemorar. – ela cantava, soluçava, e dançava trocando as pernas. 

      Como ela canta mal, pelo menos quando está bêbada.

           - É melhor eu te levar pra casa. – disse, me aproximando.
           - Não! – disse ela. – É melhor a gente voltar pra festa e beber mais um pouquinho.
           - Você mal se agüenta em pé!
           - Então vamos dançar aqui mesmo! – ela soluçou.

      Duda se aproximou de mim, e passou seus braços em volta do meu pescoço. De longe dava pra sentir o cheiro de bebida que vinha dela, de perto então...

           - Você dança muito mal. – disse ela. – Eu sei dançar?!
           - Sabe, você sabe sim. – disse, virando meu rosto para não receber seu bafo de bebida.
           - Não vira o rosto! – ela segurou em meu rosto, e me fez encará-la. – Olha nos meus olhos e diga que eu sei dançar!

      Alguém pode me dar uma ajudinha? Eu estava começando a ficar embriagado só por estar perto dela. Dançamos um pouco, até ela se cansar. Duda estava um pouco tonta, e a coloquei sentada num dos balanços, novamente. Der repente começou a chorar.

           - O que foi? – perguntei.
           - Eu sabia que essa não era uma boa idéia. – disse ela, chorando e soluçando. – Prometi a mim mesma que não iria mais chorar por você! E agora tô sozinha nesse mundão. As pessoas são más!

      Fiquei confuso, e me senti culpado ao ouvi-la dizer aquilo. Achei que aquela poderia ser uma “boa” hora pra tentar pedir-lhe desculpas mais uma vez.

           - Duda, me desculpa. Eu não deveria ter dito todas aquelas coisas. Mesmo que eu estava com raiva, não poderia ter te magoado daquela forma...

      Olhei pro lado, e cadê a Duda? Ela havia caído do balanço. Me levantei rapidamente, e fui ajudá-la a se levantar. Ficamos de pé, um de frente pro outro.

           - Você é o Chuck? – perguntou ela.
           - Não, eu não sou o Chuck. – respondi.
           - E porque tem duas cabeças?
           - Ãhn?

      Ela começou a rir descontroladamente. Senti medo. Eu estava perto de uma psicopata e não sabia.

           - Você é tão sexy, Bia. – disse ela. – Eu te pegaria se não fosse tão idiota!
           - O quê que eu fiz pra merecer isso? – perguntei, olhando pro céu.
           - Você me odeia, não é?
           - N-Não...
           - Odeia sim! Eu sei disso.

      Duda quase caia novamente, e a segurei. Estávamos praticamente abraçados.

           - Bia...
           - É Bill. – disse.
           - Bia, cale a boca!
           - Eu vou... te levar pra casa.
           - Não quero voltar pra lá! Eu quero...
           - Se acha que irei te deixar beber, está muito...
           - Me beija?

Postado por: Grasiele

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