quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 37 - Soundchack

 Há muito tempo Bill não via Camila tão triste, nem as ótimas novidades em relação a banda faziam com que seu ânimo melhorasse. Enquanto a deixava com Gerthe na casa de sua mãe para que pudesse ir à reunião com a banda, por minuto chega até pensar em adiar o encontro ao ver a cara de tristeza de Camila ao ver os pais.
Queria contratar uma babá para que pudesse evitar esses encontros, mas não havia tempo e nem uma pessoa para quem lhe confiasse o maior tesouro de sua vida.
Já estava a mais tempo do que devia ali, tentando amenizar a situação para a Camila, mas como de costume ela não se abria sobre os assuntos que lhe incomodavam não querendo assim conversar sobre isso.
Já atrasado ele se despede de todos e apressasse em direção ao pequeno clube e que costumavam fazer os ensaios durante o dia e algumas vezes pequenas apresentações durante a noite. Tudo graças a Andreas grande amigo dele e de seu irmão, que os apoiava muito na carreira musical.
Antes mesmo que adentrasse no recinto, já podia ouvir as fortes batidas vindas da bateria. Estava impressionado, a cada passo que dava torcia para que aquele som admirável estivesse vindo da bateria tocada por Gustav.
E para sua alegria, seus desejos eram realidade. Gustav observado por Tom, Andreas e David Jost, tocava sozinho uma das músicas antigas dos Tokio Hotel, “Scream”.
Tom ao ver Bill parado diante da porta, ameaça com as mãos pedir para que Gustav parasse de tocar, mas é impedido pelo irmão.

– Não! Deixa terminar a música. Ele é ótimo! – diz Bill admirado.

Tom o obedece.
Pouco tempo depois a música acaba e Gustav é aplaudido por todos presentes no local. Inclusive por um rapaz de seus aparentes 22 anos, estatura média e longos cabelos lisos castanhos pouco abaixo dom ombros que saia do banheiro.

– É isso aí cara! Mandou ver! – diz ele.

Bill que aplaudia o baterista euforicamente, ao ver tal rapaz muda imediatamente a expressão de seu rosto. O sorriso que antes pairava pela sua face, dá lugar a um olhar de ódio, poucas vezes visto antes em Bill. E em um movimento rápido ele avança em direção à ele.

– Seu filho da puta! Desgraçado! – gritava Bill tentando socá-lo. Porém golpeava apenas o ar, pois era fortemente segurado por Tom e Andreas enquanto Jost e Gustav afastavam o outro rapaz.
– Calma cara! Deixa eu explicar! – ele gritava.
– Vai se explicar no inferno!!! Eu vou acabar com você! – gritava Bill tentando se soltar de Tom que o segurava firmemente.
– Calma, Bill.. não é isso que você está pensando!!! – gritava Tom para o irmão.
– Como não seu idiota! Esse é o desgraçado que matou a Camila! – gritava Bill fechando os punhos.

Enquanto Tom e Andreas seguravam Bill, Jost grita para Georg:
– Volta pro banheiro! Volta pro banheiro!

Georg então tal como pediu o produtor se tranca no banheiro, e em seguida Tom e Andreas soltam Bill, que aproveita para correr ao local onde Georg estava e chutar a porta, tentando arrombá-la.

– Eu vou matar esse filha da puta! – berrava Bill enquanto lançava seu corpo contra a porta.
– Bill, esse não é o cara que matou a Camila! – gritava Tom enquanto tentava segurá-lo.

Mas Bill parecia não ouvir ninguém.

– Sai daí seu covarde! Qual é, sem uma arma na mão você não é homem, não? Tem que se esconder no banheiro, seu cagão?!
– Cara eu não sou.... – tentava dizer Georg.
– Cala a boca seu miserável! – diz Bill batendo com ainda mais força na porta.

Tom então,entra na frente do irmão, ficando entre ele e a porta, e por pouco não é atingido por um soco de Bill, que fica com o punho estendido no ar.

– Cara ele não é o George! Respira... escuta o seu brother... – diz Tom com as mãos sobre os ombros de Bill, que respirava ofegante.
– Você bebeu, fumou?Tá louco? Você não está vendo que esse cara é o mesmo que atirou na Camila. Ou você vai me dizer que eu estou tendo alucinações agora também?!
– Ele não é o George... é o Georg! Irmão gêmeo do filha da puta...
– É isso aí.. – diz Georg de dentro do banheiro.
– O quê ?! – exclama Bill, sem entender.
– Quando eu entrei aqui e vi esse cara, também cheguei na voadora... aí depois que me explicaram...
– Se você estiver mais calmo, eu posso te explicar também. – diz Georg com medo na voz.

Bill olhando para todos ao seu redor, se afasta da porta.

– Pode sair daí Georg! – grita Tom, dando uma leve batida na porta.

Georg cauteloso lentamente sai do banheiro, enquanto  olha a face vermelha de Bill com suor a escorrer pela testa.

– Meu nome é Georg Moritz Hagen Listing, infelizmente irmão gêmeo do George. – diz ele estendendo a mão para cumprimentar Bill.

Bill ainda que desconfiado o cumprimenta.

– Sua mãe não tem um pingo de criatividade. – diz ele enxugando o suor da testa.
– Foi idéia do meu pai... Mas bem, o meu nome não tem o “e” e se pronuncia de forma diferente.. e também é mais comprido tem o “Moritz”.
– E como é que eu vou saber que você não está fazendo todo mundo de idiota com essa historinha?
– Você acha que se eu fosse um assassino eu iria sair correndo para um banheiro me esconder? E ainda ser chamado de cagão?! Isso é vergonhoso até para um bandido.

Bill sorrindo, envergonhado se desculpa:
– Desculpe mas vocês são exatamente iguais... e esse é um assunto que ainda não foi resolvido pra mim.
– Não se preocupe meu irmão ainda está preso. E acho que ficará por lá durante muito tempo...
– Isso não é o bastante para mim. Não faz com que as coisas voltem a ser como antes. – diz Bill indo sentar-se à uma mesa.
– Eu sei e sinto muito por isso. Quando o Jost me chamou para a banda, eu não sabia que se tratava de você. Foi pura coincidência... coisas do destino.
– Peraí, você é o baixista? – pergunta Bill, espantado.
– Era...? – pergunta Georg.
– É estranho para mim... é inevitável que quando eu olhe para você me lembre do seu irmão, me desculpe.
– Eu sei. Te entendo.

Georg então cabisbaixo caminha em direção a saída, pegando seu baixo que estava encostado próximo a uma mesa.

– Sinto muito Georg. – lamenta Jost dando um leve tapa em suas costas.
– Já me acostumei com isso, meu irmão sempre arruinando a minha vida.

Georg estava arrasado, nitidamente se controlava para não chorar, enquanto caminhava para a saída, todos o olhavam sensibilizados, menos Bill, que sentado em uma cadeira de madeira olhava fixamente para o chão.
Quando Georg estava prestes a cruzar a porta. Ouve-se uma voz quebrando o silêncio frio e triste do local.

– Espere! – grita Bill.

Georg então vira-se sem se retirar da porta de saída com seu baixo em mãos.

– Por que você acha que eu devo pôr de lado minhas mágoas em relação ao seu irmão e te aceitar na nossa banda? – diz Bill seriamente, enquanto os demais presentes no local apenas os observavam.

– Por que? Porque eu posso ser... quer dizer eu SOU o cara ideal pra essa banda. Porque eu posso junto com vocês alcançar o topo. Porque eu sou bom, e tenho consciência disso, mas também sei que posso melhorar ainda mais para a banda e principalmente com a banda. Porque se o destino quis que entre milhões de baixistas e bandas por aí nós nos encontrássemos é porque tem alguma razão. É porque eu preciso mostrar para todos que eu apesar do sangue e aparência não sou igual ao meu irmão e que o rosto pode ser o mesmo, mas o caráter não.

Depois de alguns segundos em silêncio, Bill diz:
– Então toca. Vamos ver o que você é capaz de fazer.

Com um sorriso triunfante no rosto, Georg prepara seu baixo e começa tocar uma das músicas dos Tokio Hotel que Jost havia lhe mostrado, “Durch den Monsun”. Gustav que já há algum tempo ensaiava com Tom, começou a tocar também a música, seguido por Tom com a guitarra.
Bill ainda que hesitante pega o microfone para que depois de meses voltasse a cantar uma de suas canções.

Jost após observar a singela, porém admirável apresentação de seus garotos de ouro, grita:

– E o Tokio Hotel está formado! Se preparem garotos a Alemanha e as listas de êxitos nos esperam!
– Não se esqueça das garotas nuas em quartos de hotéis! – diz Tom.

Postado Por: Grasiele

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