quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht 2 - Capítulo 15 - Sob Pressão 2

Vanessa ouvia à tudo que Bill dizia com muita atenção, ficando sempre comovida com suas palavras.
Bill sentia-se melhor por ter  conversado com mais alguém que não fosse Cezar. Vanessa era uma boa ouvinte, nada dizia mas mostrava interesse pela história de vida de Bill.

– Você ainda ama ela? – Vanessa perguntou.
– Nem um por um segundo deixei de amar. – diz Bill tristemente.
– Mas quem sabe um dia você não encontre alguém que o faça tão feliz como ela fez?
– Talvez... nada é impossível.

Vanessa pretendia dizer mais alguma coisa para Bill, mas a porta se abre fazendo com que ela se silenciasse.

– Precisando de ajuda? – pergunta Jucélia.
– Não. – responde Vanessa.
– Daqui a meia hora quero vocês no pátio com seus relatórios em mãos. – diz Jucélia fechando a porta.

Vanessa então vira-se para Bill e em seguida levanta-se.

– Preciso ir. – diz ela.
– Ela disse em meia hora.
– Sim, mas eu preciso ir agora.
– Eu vou te ver de novo? – pergunta Bill.
– Sim, é... talvez no próximo estágio. – diz ela caminhando apressadamente em direção à porta.
– Tchau. – diz Bill.
– Tchau – diz Vanessa fechando a porta.

Vanessa no corredor, por alguns minutos fica imóvel olhando para as portas dos quartos,de repente ela decide entrar no quarto 85, o mesmo que iria entrar antes de ter estado com Bill. Era o quarto do “Bom dia”.

Cíntia sem que ninguém percebesse não ficara todo o tempo com seu paciente, antes mesmo que Jucélia fosse lhe chamar ela já estava caminhando no pátio na companhia de um enfermeiro.
A supervisora ao notar a ausência da aluna, sai a sua procura por toda a clinica.
Quando finalmente avista os dois sentados no jardim, aborrecida vai em direção à eles.

– O que você está fazendo aqui? – pergunta Jucélia à Cintia.

Cintia constrangida, mente:

– Ele só pedi a minha ajuda!
– Não sabia que havia um déficit de funcionários na clinica Isaac.
–E não há. – diz ele.
– Então concorda comigo que não tem necessidade de pedir a ajuda das minhas estagiarias tirando elas de suas obrigações.
– Era uma coisa simples...
– Se era simples porque você não fez sozinho? Olha lá em Isaac, abre o olho...
– Não entendi o que você quer dizer com isso...
– Se isso acontecer de novo você vai entender. .... Agora levanta daí  menina, e vai chamar os outros.

Minutos mais tarde Cintia volta para o jardim, com os demais estagiários que sentam-se em uma pequena mesa. Como não havia espaço para todos sentarem, Felipe, Vanessa e Cintia ficam em pé.

– Muito bem me passem os relatórios.
– Jucélia.... eu não consegui fazer o meu. – diz Marcela.
– E por que não?
– Eu não soube fazer...
– Eu já não fiz porque o Isaac pediu minha ajuda. – diz Cintia.
– Mais alguém também não fez? –pergunta Jucélia com tom de ironia.
– Eu fiz e está perfeito! – diz Felipe, entregando orgulhoso seu relatório.

Jucélia passa os olhos rapidamente no papel, e com uma expressão de reprovação diz:

– Acho que você está na profissão errada. Você só copiou o prontuário do paciente, em invez de enfermeiro tinha que ser secretário.
– Eu não copiei nada! Isso saída minha mente.
– Também saiu da sua mente a brilhante idéia de que poderia me enganar?

Fernanda ria escancaradamente da situação de Felipe, e de como ele havia ficado vermelho de vergonha ao ver seu “relatório perfeito” ser rasgado ao meio.

– Eu fiz mas não sei se está certo. – diz Taís.
– Eu também. – completa Fernanda.
– E você Vanessa, fez? – pergunta Jucélia.
– Sim, sim eu fiz. –diz ela entregando-lhe a folha de papel.
– O de vocês duas está bom, podia ter ficado melhor, mas está bom. – diz ela referindo-se aos relatórios de Fernanda e Tais.
– Que bom! – exclama Fernanda.
– Eu disse que poderia ter ficado melhor, então não se de por tão satisfeita.
– E o meu? – pergunta Vanessa.
– O seu contém muitas informações erradas. O Bill não sofre de nenhum tipo de esquizofrenia. Ele é um paciente depressivo.
– O meu relatório é sobre o Valmir, aquele homem que não diz nada além de “Bom dia”.
– Ah ta, agora está explicado. Sendo assim, está bom também.
– Obrigada – diz Vanessa pegando novamente sua folha.
– Por hoje vocês estão dispensados, mas semana que vem vejo vocês novamente. Espero que com menos erros. – diz ela levantando-se.


                 ********
Tom se dirigia à casa de Bill a fim de buscar o restante de suas coisas, mas ao chegar na portaria do condomínio vê David Jost a conversar com o porteiro. Ele disfarçadamente tenta recuar para que assim não fosse visto pelo produtor. Mas era tarde demais...

– Ei Tom! – grita Jost atravessando a rua.
– E aí tudo bem? – pergunta Tom com um sorriso sem graça no rosto.
– Não está nada bem! Cadê as músicas?
– Cara sabe o que é...
– Vocês estão pensando que nós somos uma gravadora qualquer, de fundo de quintal! Não é bem assim não rapaz...
– Ninguém está pensando isso...
– Vocês nem são famosos e já estão cheios de marra?
– O Bill está passando por problemas....
– Que problemas são esses que nunca acabam? Nós já demos tempo demais a vocês!
– Por favor, espere mais um pouco...
– Eu também tenho que dar explicações lá na gravadora, eu não sou o dono!
– Eu sei, mas espera só mais um pouco!
– Se eu não tiver pelo menos duas músicas prontas na minha mão amanhã à tarde. Pode dar adeus ao seu contrato.
– Amanhã?
– Eu ainda estou sendo bom demais, minha vontade é de cancelar esse contrato agora!
– Não! Mas entenda...

Jost não dando chance para que Tom tentasse fazer com que mudasse de idéia.imediatamente entra em seu carro de luxo, dando partida.
Em seguida Tom liga para o baixista da banda, relatando o ocorrido, mas este diz que como o próprio Tom sabia,ele não era bom para compor músicas, nunca havia composto uma.
Ao ligar para o baterista Tom se desespera ainda mais ao ser informado que o músico já dava como certa a sua saída da banda, pedindo que Tom procurasse por um outro baterista que aceitasse sofrer pelos problemas dos outros.
Ele então volta para sua casa, sem nem ao menos pegar suas coisas da casa de Bill como pretendia.

Tom caminha pela casa, segurando um papel e uma caneta. Caminha de um lado para outro, buscando inspiração mas nada lhe vem a mente.
Ele então decide pegar o violão e tocar alguma coisa, para que assim pudesse pensar na letra para alguma música.
Tom fica alguns minutos lançando algumas notas ao violão mas não consegue pensar nem ao menos em um tema para sua música. Lembra-se que em todas as músicas, era Bill que tinha as idéias mais criativas paras as letras, e ele o acompanhava com som do violão.

– Com o Bill aqui, essas músicas já estariam prontas... – suspira ele.

Tom depois de muito forçar sua imaginação, decide beber uma cerveja.
Enquanto ingere a bebida tenta mais uma vez pensar em alguma letra...

– Hmmm... “Sweet home Alabama”


Porem não foi preciso mais do que uma frase para que Tom percebesse que aquela música não seria uma das melhores do Tokio Hotel.

– Aaaaaaaaaaaah mas que merda! – grita Tom derrubando no chão os objetos que estavam em cima da mesinha de centro.

Desistindo de compor as músicas ele liga a televisão e momentos depois já estava dormindo pesadamente no sofá.

Postado Por: Grasiele

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