segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Broken Heart - Capítulo 9

– Então o que foi isto? Estás maluco? – Disse isto e peguei no saco de desporto para sair dali.

–Não gostas – te? Olha que todas gostam e tu não deves ser diferente! – Disse maliciosamente.

– Desculpa? Eu não sou qualquer uma, esqueçes – te disso foi? Eu vou embora, tenham uma boa noite! –Disse com os passos pesados a sair dali.

– Espera! - Disse ele e começou a correr atrás de mim.

– O que queres mais? Estou farta de ter tipos como tu a magoarem – me! Não queria estragar a nossa amizade, mas tu já fizes – te isso mesmo bem feito. – Disse – lhe mesmo irritada.

– Desculpa, eu sei que somos amigos, eu não quero perder isso. Perdoa – me, por favor. – Disse ele ajoalhando – se no chão do café.

– Tom, levanta – te! - Disse puxando – o pelo braço.

– Não! Só quando tu me perdoares! – Disse agarrando – se à minha cintura.

– Tom! Deixa – te disto! – Disse tentando soltar – me mas estava a ser impossível.

– Por favor! – Disse com uns olhinhos super fofos.

– Pronto, está bem! – Disse isto e ele levantou – se, e a pedir desculpas no meu ouvido.

– Vais continuar a gostar de mim, da mesma maneira? Isto não vai mudar nada pois não? – Disse ele olhando fundo nos meus olhos.

– Não acho que não! Vamos esquecer isto então! – Disse – lhe já mais calma.

– Ainda bem! Desculpa, a sério! Eu não me controlei. – Disse ele abraçando – me e eu retribui o abraço.

– Vamos voltar para a mesa? Eles ficaram lá. – Disse ele agarrando no meu saco e acariciando a minha mão.

– Está bem. – Disse seguindo – o até à mesa.

– Hum, voltaram! Já se reconciliaram? – Disse Bill arqueando a sombrancelha.

– Já. Eu não podia deixar que ela se zangasse comigo! – Disse ele com cara de cachorrinho abandonado.

Eu encolhi os ombros.

– Ufa, ainda bem! Deu – te a doida, não podes beijar todas as que te apetece! – Disse Georg batendo – lhe na cabeça.

Eu já nem tava a ouvir aquilio que eles estavam a dizer, já tava noutro mundo. Nem era bem noutro mundo, mas mais na audição de amanhã. Tava cheia de medo. Como iria fazer aquilo? Será que tinha hipótese?
Eles já tinham percebido que eu nem estava mais com a cabeça na conversa deles, estava quieta de mais.

– Gabi? ohOhhh? Gabiiiiiiiiii? – Disseram os 4 para mim. Eu nem estava a ouvir mesmo nada.

– Então, responde? – Começou o Geo a abanar – me.

– Ai! O que foi? Onde está o fogo? Morreu alguém? – Disse olhando para ele.

– Tu estavas muito quieta, nem dizias nada! Está tudo bem? – Disse ele para mim.

– Está tudo óptimo. – Disse – lhe colocando a cabeça entre as mãos.

– Com essa cara? Estas a tentar enganar quem? – Disse Gustav para mim.

– Ninguém, mas esta tudo bem mesmo! - Disse.

– Vamos? – Disse Tom

– Vamos, quero descansar amanha vai ser um longo dia. – Disse

Chegamos a casa e eu fui para o quarto vesti o meu pijama e deitei – me, mas não conseguia dormir de forma nenhuma. Virei – me na cama imensas vezes. Resolvi levantar – me e ir para a cozinha. Fiquei na cozinha a olhar o ceú estrelado, estava uma noite bonita. O sono começou a vir e acabei adormecendo na mesa da cozinha, com os braços a fazerem de almofada. Fui derrotada pelo cansaço. No dia seguinte ainda estava a dormir na mesa e eles já estavam vestidos e vinham comer para a cozinha. Quando viram que eu dormia na cozinha…

– Mas… Ela adormeceu aqui? – Disse Bill supreendido.

– Vai ficar com dores de costas insuportáveis! – Disse Gustav.

Georg aproximou – se de mim e começou a mexer no meu cabelo e a tirar o cabelo da minha face, e decidiu fazer uma brincadeira comigo…

– ACORDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! ESTÁS ATRASADAAAAAAAAAAAAAAAAA! – Gritou ele perto do meu ouvido.

Eu assustei – me e cai no chão, olhando para todos os lados. Só vi eles a rirem – se que nem uns malucos. Eu pus a mão no peito, sentia o coração a bater loucamente e eu nem tinha processado tudo o que tinha acontecido. O susto foi tão grande que nem falava, só respirava ofegante. Comecei a levantar – me, mas quase cai outra vez, tinha as pernas a tremer com o susto que apanhei.

– Xiiiiiiiiii, acho que exageras – te! Ela ainda nem fala! – Disse Tom ainda a rir.

– FALO SIM! ISTO É MANEIRA DE ACORDAR ALGUÉM? IA MORRENDO DO CORAÇÃO! VAIS PAGÁ – LAS, A DOCE VINGANÇA VEM A CAMINHO! E VOCÊS OS TRÊS NÃO PENSEM QUE SE ESCAPAM! – Disse aos gritos, virando as costas para eles, fui tomar banho e vestir – me para a audição. Voltei à sala para ir buscar a minha mala de desporto.

– Vais para a audição? Podemos ir? Ainda estás zangada connosco? – Disse Bill com carinha de anjo.

– Nem vou responder. Xau. – Disse virando as costas para ele.

– Oh, vá lá. Tavamos a brincar. – Disse Georg agarrando o meu braço, e eu olhei como se fosse matá – lo.

– Podem vir, mas eu continuo irritada, é só para avisar. – Disse abrindo a porta de casa.

– Tudo bem. – Disse Tom. Eles seguiram – me até à audição.

Sentei –me à espera da minha vez e eles sentaram – se ao meu lado sem dizerem uma palavra. Até que passou mais uma hora e eu fui chamada para fazer o teste. Eu tentei cantar mas não conseguia lembrar – me da letra, acho que era do nervosismo, as molodia da guitarra também não estava sair bem, eu tropecei,cheguei a cair no chão. Assim que o teste acabou eu sai dali e fui sentar – me nas escadas da saída da faculdade. Já sabia que não tinha ficado aprovada de certeza, o meu sonho foi destruído outra vez, mais outro ano assim. A culpa foi minha, mas tudo bem eu ia dar a volta por cima. Fiquei quieta com os meus pensamentos, com os joelhos encostados ao peito e a cabeça escondida entre as pernas. Só precisava de acalmar – me. Eles foram à minha procura, e o Gustav viu – me ali sentada acabando por chamar a atenção dos outros.

– Olhem! Ela está ali! – Disse ele apontando para as escadas.

– Vamos lá! – Disse Georg.

Eles aproximaram – se de mim e sentaram – se ao meu lado e eu ainda não tinha dado pela presença deles. Até que senti um peso no corpo, e vi que eles estavam abraçados a mim. Eu retribui o abraçado em cada um. Encostei a cabeça na parede sem dizer nada.

– Não fiques assim! Acontece. – Disse Bill passando as mãos no meu cabelo.

– Ah, tudo bem. Isto também não era assim tão importante. – Disse - lhes tentando não dar importância ao assunto.

– Não é bem assim. Nós sabemos que era muito importante para ti. Não precisas de esconder isso, como fazes com tudo. Deixa de tentar ser sempre forte, o tempo todo. Isso não faz bem. – Disse Bill olhando nos meus olhos.

– Eu prefiro assim, é melhor para mim. Não quero piedade de ninguém, entende isso. Eu odeio isso tu sabes. – Disse para ele, com os olhos fixos nos dele.

– Não é uma questão de piedade. É uma questão de deixares que entrem no teu mundo, não só naquilo que é bom, mas deixar que te ajudem no que é mau. Tu ajudas os outros, porque não deixas que os outros te ajudem? – Disse Tom tentando seguir o raciocínio do Bill

– Eu sou assim e se não o fosse, eu não teria aguentado tudo o que já tive que aguentar. Eu não quero falar mais disto, pode ser? – Disse desviando o olhar.

– Não, não pode. Tu nunca falas disso, escondes – te, feichas - te de uma maneira tão dura. Não pode ser! Não falas – te da morte dos teus pais nem do teu irmão, não falas – te quando acabas – te com o teu namorado, não falas – te o ano passado da audição que não conseguis –te e agora não queres falar do que aconteceu hoje! Abre –te um pouco! Nem connosco que somos teus melhores amigos tu falas! Só ouves os nossos problemas e os dos outros, já pensas – te em ti? – Disse Tom olhando – me sério.

– Olha eu não vou ficar ouvindo isto! Eu sei que tem boas intensões, e que querem ser companheiros, mas eu sou assim! Eu prefiro ficar com os meus sentimentos bem lá no fundo! Não quero falar, não gosto de falar sobre essas coisas, portanto acho que vamos fechar o assunto por aqui, Ok? – Disse – lhe seriamente.

– Não! Não vais fechar –te mais uma vez, nós não vamos deixar. – Disse autoritário para mim.

– Deixem – me em paz! Que chatos, deixem – me ficar assim! – Disse levantando – me e pegando na minha mala de desporto.

– Não, já disse que não! – Ele agarrou – me com força, fazendo – me olhar para ele.

A minha expressão era dura e de raiva. Eu não queria falar nada, eu queria sofrer sozinha, com sempre!

– Larga – me! Se eu disse que não falo, não falo e acabou – se, ponto final parágrafo! – Disse empurrando – o. O ambiente era muito tenso.

– Por seres assim é que ninguém te aguenta! Nem os teus pais nem o teu irmão te aguentaram. Tudo o que está perto de ti, morre ou afasta – se! Nem o teu ex – namorado te aguentou, nem sei como nós te aguentamos. Nunca vais ser feliz assim. – Disse ele para mim.

Eu fiquei estática, e dei um tapa nele. O rosto dele ficou muito vermelha, tal foi a força que eu fiz, e sai dali a correr como se não houvesse amanhã. Já longe dali as lágrimas escorriam pelos meus olhos. Eu queria desaparecer, não ser mais encontrada. Será que ele tinha razão? Fiquei a caminhar sem destino, já era de noite e eu continuava a andar. Não tinha feito mais nada se não andar horas a fio. Tinha já muitas dores de cabeça de tanto chorar, eu estava a sofrer, só achava que não tinha que fazer os outros sofrer com os meus problemas. Sentei – me num banco de jardim e fiquei a dormir lá, apenas porque fui vencida pelo cansaço, e já nem sabia onde estava.

Postado por: Grasiele

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