segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Broken Heart - Capítulo 4

– Oi! Como se sentem? – Perguntei simpáticamente com um sorriso.
– Bem melhor, querida! Graças a ti estamos bem e sem escadalos! Já soubemos de tudo! Bem parecia que me estavas a esconder alguma coisa! Pelos vistos não contas – te tudo o que aconteceu, pois não? – Disse - me Tom, olhando para mim.
– Ok, ok não contei tudo, mas também não precisavam e saber tudo ao pormenor! Ah, já agora fica descansado não te sujei o carro com sangue nem nenhum de vocês vomitou dentro dele! Acharam os quatro que eu tinha um aspecto muito mais bonito para vomitarem para cima de mim. Olhem não me apetece ter esta conversa agora, vou dormir um pouquinho! Já me levanto daqui a pouco e faço o jantar, está bem! – Disse tentando ironizar a situação.
– Espera a tua mão!? Tu ainda não tratas – te da tua mão pois não? – Disse Bill com uma expresão preocupada.
– Não te preocupes eu depois faço isso! Para além disso isto não é nada! - eu tentava esconder a mão no bolso das calças.
– Se não é nada porque estás a esconder! Deixa – me ver! – Disse ele tentando tiara a mão do bolso das minhas calças.
– JÁ DISSE QUE NÃO! - Gritei com ele.
Tinha dores e a mão estava com um péssimo aspecto! Ainda não tinha tratado dela.
– VAIS MOSTRÁ – LA E ACABOU – SE! AGORA QUEM MANDA AQUI SOMOS NÓS! – Gritou ele comigo.
Tirou a mão do meu bolso e viu que estava ainda cheia de sangue pisado e toda negra.
– Isto tá com péssimo aspecto, tens que ir ao hospital e é já! Tu deves estar com imensas dores! – Disse ele com uma expressão preocupada.
– Mas eu tenho sono e tou cansada! Não quero ir a hospital nenhum não preciso! – Disse teimosamente.
– Vá vamos, não há mais discussão! – Disse ele. Já emprurrando – me para fora do apartamento.
De repente toca o meu celular…
Ela atende e faz sinal a Bill para parar… A minha expressão estava a mudar e a ficar horrorizada com aquilo que ouvia no celular e as lágrimas a descerem pelo meu rosto.
– Oi! Com quem estou a falar? – Perguntei
– Boa tarde! Estou a falar com Srª. Gabriela Fritz? – Disse um homem do outro lado com a voz bem pesada.
– Sim sou eu mesma! O que deseja? – Pergunta já um pouco nervosa
- Lamento estar a contactá – la nesta situação, mas esta não é uma situação fácil nem uma notícia agradável de dar. O meu nome é David e sou da policia, era para informá – la que o seu irmão Wilson morreu num fogo posto a casa dele! As minhas condulências!
(Ele era o único familiar que ei ainda tinha vivo. Os pais já tinham morrido à uns anos num acidente de carro).
– O que? Mas… Obrigada eu vou tomar todas as providências necessárias! Adeus, boa tarde! – Disse mas eu nem queria acreditar naquilo que estava a acontecer.
Fiquei gelada parecia que quem estava a morrer era eu, estava completamente sozinha no mundo. Fiquei completamente bloqueada, apenas deixei cair o celular e começei a escorregar pela parede do corredor, meti a cabeça entre as pernas, para esconder a angustia que tinha na minha face.
– Hei, ei o que se passou? O que te disseram? Tás a deixar – me preocupado! Fala comigo? Não te sentes bem? Vês eu disse – te nós temos que ir para o hospital agora! Vá levanta – te, vamos! No caminho contas – me tudo! – Disse ele puxando - me pelo braço para levantar - me.
– Desculpa, mas não posso ir ao hospital agora! – Disse - lhe, mal conseguia por as palavras em ordem.
– Temos que ir, olha esses cortes, não parecem bem! Aliás tu estás com um ar doente temos mesmo que ir! – Disse ele sentando - se do meu lado.
– Bill! O meu irmão morreu! – Disse – lhe com as lágrimas a correrem pela minha face.
– O que? Mas como foi isso? – Perguntou completamente espantado.
– Fogo posto na casa! – Disse – lhe com a voz embargada.
– OMG! Que crueldade! Oh, meu amor, não fiques mal, tu tens – nos a nós sempre! – Dizia ele a tentar reconfortar – me e abraçando – me forte.
– Eu preciso de ficar sozinha, um bocadinho desculpa! – Disse levantando – me e voltando a entrar no apartamento.
Casa…
– Já voltaram? Foram rápidos! – Disse Georg admirado e vendo – me a correr directamente para o quarto.
Ela foi directamente para o quarto que nem lhe respondeu.
– Nós nem chegamos a sair. – Disse Bill.
– Então o que aconteceu ? – Pergunta Tom percebendo que algo estava errado.
– Telefonaram da polícia a dizer que o irmão dela morreu por fogo posto na casa! – Disse ele com a expressão carregada.
– OMG! Coitada, e agora!? O que fazemos? – Disse Gustav.
– Não sei, mas ela pediu para ficar sozinha! – Disse Bill.
– Como ela reagiu? – Perguntou Georg.
– Nem sei, ela ficou muito mal, mesmo e isso deixa – me preocupado! Ficou como se tivesse a carregar o mundo nas costas, a fazer - se de forte! Parece que ficou com tudo o que tinha para dizer preso! – Disse ele.
Gabi volta à sala, com os óculos escuros colocados…
– Rapazes, não se preocupem eu vou sair e já volto! – Disse- lhes pegando na minha bolsa.
– Mas vais onde, agora? – Pergunta Tom levantando – se e dirigindo – se para ela.
– Vão enterrá – lo hoje e eu quero estar lá! Para além disso só vou eu! Daqui a nada estou de volta! – Disse – lhes com a expressão de tristeza.
– Nós vamos contigo! Não te vamos deixar sozinha! – Disse Tom fitando – me seriamente.

– Não, eu não quero que venham! Desculpem, mas eu quero ir sozinha! Não quero mais ninguém lá! – Disse – lhes fazendo um sorriso mesmo triste.
– Tudo bem, mas prometes que voltas mesmo, não prometes!? - Pergunta Bill.
– Claro que volto que pergunta é essa? - Perguntei – lhei, parecia que ele sabia da minha vontade de sair a correr e nunca mais voltar.
– Não sei, tenho um sentimento estranho em relação a isto! – Disse ele
– Não se preocupem pior do que já está, não pode ficar! – Disse – lhe abraçando - o.
Eu sai de casa e fui ao cemitério. Começou a chover muito e a trovejar, enquanto o padre dizia a missa e enterravam o corpo. As lágrimas caiam agora pela minha face, mas apressadamente tentava limpá – las. A dor rasgava – me por dentro parecia que ia matar – me. Duas horas depois pego na moto e sai dali para voltar para casa.
Quando chego a casa…
Entro pela sala onde todos estavam e eles veem – me cheia de terra na roupa e toda molhada. Eles entreolharam – se e ficaram a olhar - me, não sabiam o que dizer-me!
– Como foi? – Pergunta Gustav.
– Foi triste, foi simplesmente horroroso, o corpo estava inreconhecivel! Mas o que tinha de ser feito já foi! Vou para o quarto, hoje tem que jantar sozinhos! – Disse fazendo - me de forte.
– Não queres comer nada? – Disse Georg.
– Não comam voçes. – Dizendo isto tranco - me no quarto.
Passado uma semana…
– Pessoal, ela não vai passar o resto da vida dela no quarto, pois não?
Temos que fazer alguma coisa? Não come ,não vai às aulas, não se diverte, não fala, só fica o dia todo fechada no quarto! – Dizia Bill.
– Vamos arrancá – la de lá e é já! – Dizia Tom levantando – se da mesa da sala onde todos estavam a tomar o pequeno almoço.
Batiam na porta do quarto mas ninguém respondia…

– Que estranho! Não se ouve nada! – Dizia Tom olhando para Bill.
Afinal o que terá acontecido naquele quarto?

Postado por: Grasiele

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