sábado, 31 de dezembro de 2011

Broken Heart - Capítulo 28

Eu não sei como ela está, ela perdeu muito sangue! O médico ainda não disse nada! Esta história é melhor contar – te pessoalmente. – Disse tentando parecer calma, mas estava a explodir de nervosismo.
– Eu vou já para ai! Tens que me explicar isso melhor! – Disse muito, mesmo muito nervoso, ele já temia o pior.
Passado dez minutos chegam os quatro, que me vem sentada numa cadeira, com a roupa molhada e com os jeans todos cortados e apenas com o top de desporto no corpo, as minhas mãos tremiam de nervoso e eu cobria o rosto com elas.
– Amor! Estás bem? O que aconteceu com a Chris? Tu estás a tremer! A tua roupa está toda molhada! O teu casaco e a tua blusa, porque estás assim vestida? E os jeans estão todos cortados porque? - Disse Tom muito proecupado.
Eu não digo nada, apenas choro no seu peito e o abraço - o com muita força. Estava em pânico, agora todas as reacções que tentara controlar desde o telefonema dela, estavam a vir ao de cima. Tremia como cristais, e nem conseguia controlar.
– Estás a assustar – me! Eu nunca te vi assim! - Ele passava as mãos pelos cabelos dela, para a acalmar.
– Pensei que nunca mais vos ia ver! – Disse ela a soluçar
– O que aconteceu, p.f.f.? Conta – me! A Chris? – Disse Bill num tom histérico.
– A Chris está lá dentro, ainda não me disseram nada! Tens que ter calma com o que te vou contar! – Ela contou tudo desde o telefonema, ao cenário no prédio, e como foram ali parar.
– Não acredito! Ela…trocou a vida dela pela minha! Mas…ela ama – me? Afinal aquela história que ela inventou para acabar comigo foi tudo mentira? – Disse incredulo com aquilo que ela acabara de contar.
– Bill, ela ama – te mais que tudo! Ela vive por ti! Sim, era tudo mentira, ela queria proteger – te. – Disse ela consolando – o.
– Gabriela Fritz? É a amiga da garota que entrou à pouco? – disse a médica
– Sim, sou eu! Como ela está? – Perguntei nervosamente.
– Ela está no bloco operatório, devido às hemorragias internas! Ela perdeu muito sangue, e estamos a tentar tudo para ela sobreviver! Quem foi que teve a ideia de colocar um casaco e uma camisola enrolados no peito dela? Assim que tiver mais noticias venho avisá – la! Espere, esses cortes tem que ser tratados, venha comigo! Vamos desinfectá – los!
– Fui eu, que pus, porque? Fiz mal!?
– Não, você fez muito bem! Graças a si ela ainda veio com vida para o hospital, caso contrário já não estaria viva!
– Quer dizer que ela pode não sobreviver? – Perguntou Bill com as lágrimas nos olhos.
– Existe a chance de ela não sobreviver, mas vamos torcer para que tudo de certo. Estamos a fazer o possível e o impossível.
– Vamos?
– Vamos então!
– Já venho, ter com vocês!
A médica tratou dos cortes e limpou as feridas para não infectarem, tinha alguns curativos. E foi aconselhado que os trocasse diariamente.
– Obrigada, doutora.
– De nada, cuide de si. Foi muito corajosa! Assim que souber algo transmitirei.
De volta à sala de espera, encontro Bill encostado ao Tom a chorar deseperadamente. Eles olham para mim, com uma cara de enterro que até dá medo.
Eu sentei – me sem fazer barulho nenhum e encostei - me às costas da cadeira, fiquei assim um bom bocado, até que me levantei e perguntei.
– Ninguem quer comer nada? Café? Qualquer coisa? – Disse delicadamente.
– Não, obrigada! – Agradeceram todos.
– Bill, tens que comer! Quando ela acordar vai precisar de ti! - Disse tentando que ele olhasse para mim.
– Não quero! Talvez mais tarde! – Disse ele muito choroso mas suou também muito irritado.
– Ok!
Eu fui tentar comer qualquer coisa, mas o cansaço era tão forte, estava a derrubar – me, aproveitei e bebi um café também. Acabei por trazer comida para todos. Voltei para a sala de espera, e estivemos todos em silêncio, eu dei a comida a eles, mas quando me ajoelho junto do Bill…
– Bill, eu trouxe essa sandes e um pouco de água para ti. – Disse fazendo um carinho na cabeça dele.
– Eu não quero, nada teu! Porque não a proteges – te? Devias ser tu ali e não ela? Porque não fizes - te nada? – Ele disse muito irritado comigo agarrando o meu pulso com muita força. Os olhos dele estavam muito vermelhos e demonstravam desespero.
– Bill calma, eu fiz tudo o que pude. – Disse – lhe no tom mais calmo que consegui.
Ele levantou – se repentinamente fazendo - me cair no chão e largando o meu pulso rápidamente.
– Bill, estás doido? Pára com isso! Ela não teve culpa da Chris estar assim. – Disse Tom zangado com o irmão.
– Amor, calma! Ele só está nervoso, eu vou dar uma volta pelo o hospital, pode ser que ele se acalme. Ele precisa de ti. Não te zanges com ele, ele precisa mais de ti do que nunca neste momento. – Disse para o Tom passando a mão no rosto dele. Ele assentiu com a cabeça e dei beijo na bocheicha dele.
Sai andando com a cabeça baixa com as palavras do Bill a martelarem na minha cabeça até que a médica que ia no corredor chama a minha atenção.
– Gabriela?
– Sim, a chris?
– Já está fora de perigo. Está a recuperar e já foi para a enfermaria! Teve sorte, foi por pouco.
– Doutora? O namorado dela pode ir ve – la, p.f.f.? Ele está mesmo muito nervoso! – Disse com uma voz quase apagada mas suplicante.
– Está bem, mas só dez minutos, ela precisa de descansar.
– Obrigada, por tudo.
– De nada! O quarto é o 483.
– Doutora, posso pedir mais um favor?
– Sim, diga, eu farei o que puder.
– Pode dar a noticia ao grupo de garotos que estava comigo? Mas não diga que fui que lhe pedi para o namorado poder ve – la, pode ser? – Disse baixando a cabeça.
– Claro que o faço, fique descansada, vou faze – lo agora. – Disse pondo a sua mão no meu ombro.
– Obrigada mais uma vez.
– Que é isso! Mas estás triste? Eu posso ajudar em algo? – Perguntou a médica.
– Não, não é nada, só cansaço mesmo. Mas obrigada pela preocupação. – Disse tentando forçar um sorriso.
– Ok. Então até mais. – A médica não parecia acreditar minimamente naquilo.
A conversa terminou e eu fui andando até à cobertura do prédio precisa de ar, a noite estava muito bonita, o céu estava estrelado com a lua muito brilhante. Sentei – me no chão com a cabeça apoiada no pequeno muro que dava vista para a cidade, e o fresco da noite estava a clarear as minhas ideias.
Enquanto na sala de espera… O silencio estava destinado naquela sala.
– Vocês são o grupo de amigos da Chris? – Perguntou a médica.
– Sim. – Respondeu Bill levantando – se rapidamente.
– Ela já está fora de perigo, já está a recuperar. Eu soube que ela tem namorado, é um de vocês não é? – Perguntou a doutora.
– Sim, sou eu! Porque? – Disse ele surpreso.
– Bem, pode ir visita – la, tem dez minutos. Ela está na enfermaria. – Disse ela
– Como soube que ela tinha namorado? – Disse Bill espantado mas ao mesmo tempo aliviado.
A médica tinha percebido que a Gabriela devia ter – se desentendido com eles. Resolveu não ficar calada como prometera, eles tinham o direito de saber!
– Foi uma anjinha protectora que me contou. – Disse ela piscando o olho.
– Eu conheço essa anjinha? – Perguntou Bill sorrindo triste, começando a sentir o peso na consciência por aquilo que tinha dito à sua amiga do coração. Ainda por cima ela tinha sido compreensiva e pediu para que o irmão ficasse do lado dele.
– Conhece, acho que conhecem todos muito bem, não é! Agora tenho que ir tenho outros pacientes para visitar! – Disse a médica que saiu e voltou a seguir pelos corredores do hospital.
– Tá vendo, depois do que de tudo o que disses – te para ela, ainda te ajuda! – Disse Tom olhando para o irmão com o olhar de reprovação.
Bill baixou a cabeça e percebeu a burrada que tinha feito, e tinha que concertar de qualquer jeito.
– Eu vou visitar a Chris! - Disse ele de cabeça baixa.
Ele foi visitá – la, ela parecia serena, passou a mão no rosto dela e deu um beijo nos lábios dela. Ficou ali a olhá – la como se quisesse memorizar o rosto dela. Passou a mão no cabelo dela e saiu.
Os outros estavam no corredor e olharam para ele quando saiu de lá.
– Deviamos procurá – la! – Disse Gus.
– Pois, deviamos, alguém está a precisar de dar um pedido de desculpas, não é? – Disse o Ge olhando de lado para Bill.
– Eu sei que estive mal. Ajudem – me a procurá – la. – Disse ele tristonho.
Eles seguiram pelos corredores do hospital procurando – a, mas não estava em sitio nenhum.
– Onde se meteu? - Disse o Ge começando a ficar preocupado.
– Eu juro que te mato se lhe aconteceu alguma coisa. – Disse Tom nervoso.
– Não aconteceu nada. Espera já sei, nós não procuramos na cobertura do prédio. – Disse Gus que conseguia manter - se calmo.
– Vamos lá ! – Disse o Ge.
Eles dirigiram – se para a cobertura do prédio, abriram a porta que dava acesso, e lá estava ela ainda sentada com a cabeça apoiada no muro. Eles entreolharam – se.
– Vai lá! – Disse Gus.
– Eu não sei, e se ela não me desculpa. – Disse ele a medo.
– Vai sim, eu sei que vai. – Disse Gus.
Bill entrou e ela continuou ali imovél. Senti alguém sentar - se ao meu lado, quando viro a cabeça vejo o Bill. Ele olhava – me com os olhos tristes. Será que aconteceu alguma coisa com a Chris?
– Bill, aconteceu alguma coisa com a Chris? Estás bem? – Perguntei preocupada. Ele abraçou – me com força e eu retribui. Desprendemo – nos do abraço.
– O que foi? Querido, o que se passa? Estás a assustar – me? – Disse ainda mais preocupada.
Ai, ele começou a derramar lágrimas, o rosto dele estava a ficar todo borrado de restos da maquiagem. Eu limpei as lágrimas dele com os meus dedos.
– Calma. Pronto, eu estou aqui! Sempre vou estar. Quando não aguentares mais sabes que me podes procurar sempre, sempre serei a força de todos vocês. – Disse – lhe carinhosa.
– Obrigada. Perdoa – me pelo o que te disse, eu fui estúpido e idiota contigo. Perdoas – me? – Disse ele com as lágrimas ainda nos olhos.
– Não penses nisso. Passou, estavas nervoso eu percebo. – Dei um beijo na bocheicha dele.
– O nosso anjo da guarda. Obrigada pelo que fizes – te por mim e pela Chris! - Disse ele que voltou a abraçar – me.
– Eu não fiz nada. Nada mesmo. – Disse baixando a cabeça.
– Porque estavas aqui? É perigoso. – Disse ele olhando melhor onde estavamos.
– Estava só a pensar, além disso olha o céu, está lindo. – Disse sorrindo de lado.
– Lindo mesmo. – Disse ele pensativo.
– Maravilhoso.
– Vamos para casa?
– Vamos. – Ele levantando – se e dando a mão para me ajudar a levantar.
Voltamos junto dos outros que nos olham curiosos. O Bill sorriu para os restantes e eles entenderam que estava tudo bem. O Tom chegou – se mais perto de mim e aconchegou – me nos seus braços, que estavam quentes e confortáveis.
Fomos de carro, na frente ia o Tom a conduzir, Bill ia ao lado e eu ia no meio dos G´s. Quase ao fim de 5 minutos já esta a dormir no ombro do Ge. O Bill e Tom vinham animadamente a conversar. Bill, vira – se para trás para falar melhor para mim, visto que eu nem lhe estava a responder.
– Tás a ouvir, Gabi? – Disse Bill já mais entusiasmado, passado uns segundos vira – se para trás para me fitar e perguntar porque eu não respondia.
– Ohhhhhh, adormeceu! Coitadinha, estava tão cansada! - Disse Bill baixinho, vendo – me completamente encostada ao Ge e a dormir ferrada.
– Shiuuuuuu! Ela tá a dormir tão bem! – Disse Gus baixinho.
Chegamos a casa e todos começam a sair do carro, e como o Ge teve que se mexer para sair, começo a acordar meio arrastada.
– Hum! Já chegamos? – Disse com a voz ainda mesmo ensonada.
– Já! Xii, acordas – te! – Disse Tom.
– Sim, coitado do Ge levou comigo a viagem toda! Desculpa! – disse ela.
– Não houve problema nenhum! – Disse ele acariciando – lhe a bochecha.
Ela arrastou – se até casa e começou a dirigir – se ao quarto para se deitar, sentou – se na cama e começou a tirar a roupa e a vestir o pijama. Alguém bate à porta e eu levanto – me para ver quem é! Vejo Bill e o Tom parados à porta do quarto com um tabuleiro com comida e um chá. Eu faço um sorriso e um gesto para entrarem. Começo a comer e a beber o chá.
– Obrigada aos dois! São uns queridos. Bill, estás bem? – Disse ela muito baixinho.
– Estou, bem melhor agora! Depois de a ter visto a recuperar! – Disse ele com carinho mim.
Eu abanei a cabeça e comecei a encostar – me à cama e eles fizeram-me companhia. Não foi preciso muito, passado uns 10 minutos eu já dormia em cima da cama toda destapada. Eles foram buscar cobertores e cobriram – me estava tão ferrada que nem senti.
– Vamos sair, isto foi um dia complicado para todos! – Disse Bill
– Sim, ela assustou – me com aqueles cortes no corpo e na roupa! Ainda depois daquele abraço, não parava de chorar e não me dizia nada.
– Ainda bem que já passou, embora mano! Ela tem de descansar e nós também! – Disse Bill
Sairam do quarto e eu só acordei no dia seguinte. Arrastei – me até à sala eram 7.00 da manhã, mas nenhum deles estava acordado, liguei a tv e fiquei 30 minutos a ver, mas voltei a adormecer.
Passado umas 3 horas eles começam a chegar à sala, já vestidos e arranjados…
– Olha, mas ela veio dormir aqui? – Disse Gus apontando para o sofá.
– Parece que sim, e deixou a tv ligada! – Disse Ge pegando no comando com delicadeza que estava na mão dela e quase no chão.
– Deviamos acorda – la para ela tomar banho,e irmos tomar o café da manhã! – Disse Bill
Tom encostou – se ao sofá e fez carinhos na cabeça dela…
– Mor, acorda! Tens que te levantar! – Disse ele mostrando um sorriso a todos.
– Hum! Só mais 5 minutos! Eu hoje não vou trabalhar… - Disse
– Vá lá, safadinha! – Disse Tom piscando o olho ao Bill e ao resto da galera para fazer cocegas nela.
Pregaram – lhe um ataque de cocegas e ela levantou – se.
 Postado por: Alessandra

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