terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Broken Heart - Capítulo 14

– Então agora já acreditas? Contas – nos? – Disse Gustav aproximando – se de mim.

Eu ainda estava a torcer a roupa que pesava imenso.

– Agora é que não conto mesmo! Foram maus! – Disse fazendo uma cara toda triste.

– Ohhhhhhhhhhhhh! – Disseram os 4.

– Atchim! Atchim! Atchim! – Espirrei pois passou um vento gélido.

– Olha vamos sair daqui, estás a ficar resfriada. – Disse Bill.

Saímos dali e entramos novamente em casa. Fui tomar um banho quente e vesti uma roupa bem quente. Voltei à sala e sentei no sofa a ver tv.

– Ah, conta lá! Conta, conta, conta p.f.f.! – Pedinchou Georg

– Não!

– Porque?

– Porque voces atiraram - me para uma piscina gelada e a cair neve! Teve imensa graça! – Disse emburrada.

– Por acaso foi engraçado! – Disse Georg

– Foi, não foi? Só foi para vocês, para mim não! Morri de frio! Mas o que vocês querem saber não é nada de importante. Só não me apetece contar. – Disse pousando a cabeça no braço do sofá.

– Mais uma razão para contares.

– Que chatos! Pronto, ok! Estas battles não são o que vocês pensam! São competições de dança sim, mas é a dinheiro! O dinheiro é para ajudar as pessoas que estão na minha equipa. – Disse fazendo uma pausa.

– Como assim para ajudar? – Perguntou o Gustav curioso.

– Bem, a minha é equipa é formada por jovens de uma casa de acolhimento de menores. Muitos deles já foram colocados lá por prática de crimes graves e eu começei por fazer voluntariado lá! No início foi difícil porque eles são pessoas bem fechadas e metiam – se em muitos problemas. Eu resolvi intervir e começei por fazer amizade com alguns deles. Muitos estavam em ganges que envolviam droga, tráfico de armas e prostituição. Fora que estes ganges eram bem perigosos e eu já nem conto as vezes que fugimos de tiroteios, mas correu tudo bem. Consegui que abandonassem essas vidas e começei a incentivá – los para a música e para a dança. Contudo, a casa que os acolhia estava com dificuldades de dinheiro, e eu acabei por saber destas battles. Propos que fizessemos estas apresentações de dança e assim temos conseguido manter a casa, apesar de ser uma casa de acolhimento é um lar para eles. Ah, mas vale tanto a pena!Eles aprenderam que com trabalho honesto pode se conseguir alcançar os sonhos. Eu aprendi muito com eles, eles ensinaram - me a ver a vida de uma forma diferente. Só de ver que eles largaram aquela vida e darem aqueles sorrisos, já merece! Mas não é nada de especial. – Disse mais animada no fim.

– Como não é nada de especial? Tu fizes – te isso por eles! Sem esperar nada em troca! Só para ajudar uns meros desconhecidos! –Disse Bill espantado.

– Ah, Bill não é para tanto! - Disse desvalorizando.

– É sim! Posso dizer - te uma coisa? – Disse ele segurando a minha mão com delicadeza.

– Claro, diz Bill! – Disse sorrindo para ele.

– És maravilhosa, das melhores pessoas que conheço! – Disse – me passando a mão na minha bochecha.

– Exagerado! Qualquer um faria isto, não é nada de mais! – Disse – lhe.

– É sim! Acho que o homem que te conquistar vai ser um sortudo! Nós já sabiamos que tinhamos uma joia em casa, mas agora é ainda mais valiosa! – Disse Bill olhando no fundo dos meus olhos.

– Ah, tá bem! Não digas isso! Para além disso não sou muito sortuda no campo do amor, vocês sabem! – Disse timida

– Mas isso acontece, porque ainda não encontras –te a pessoa certa! – Disse Georg.

– Se calhar, ou então eu não sou certa para ninguém! Também quem há – de querer uma pessoa assim tão estupida como eu. Honestamente, acho que prefiro mil vezes ficar assim sozinha. - Disse olhando para o tecto.
– Estúpida!? Estás parva ou que? Nunca mais repitas isso ouvis –te? – Disse Tom num tom nervoso agarrando os meus pulsos com força.

Eu vi alguma coisa diferente no olhar dele, não sei o que é, mas é diferente. Eu nem lhe respondi.

– Ah, vamos parar de falar de mim! Ai, deus! Eu estou tão atrasada! – Disse apanhando os meus cadernos.

Eles riram- se de me ver toda atrapalhada.

– É como sempre! – Disse Tom mais animado.

– Nem sempre, só de vez em quando. – Disse fazendo um sorriso maroto.

– Tem cuidado, não deixes que a polícia te apanhe! A que horas vens? – Perguntou Georg

– Lá para as 6 da manha devo chegar. Ainda chego cedo para me despedir de vocês! – Disse ela
– Chegas tão tarde, mas vais fazer uma festa doida ou que? – Perguntou Gustav

– Mais ou menos isso, bricadeirina! - Disse a rir.

Eles riram – se do meu comentário.

– Tava a brincar, não ainda tenho que ir servir uns copos num bar! Ajuda a ganhar uns trocos para a faculdade! – Respondeu – lhes.

– Vá vou indo! - Disse despedindo - me

– Boa sorte para a battle! – disseram todos, que decidiram deitar – se mais cedo que o costume pois amanhã ia ser um dia longo.

No armazém…

Eu fiz o que prometi, dançei até não restar mais um fio de energia no meu corpo e no dos meus companheiros da crew, dançamos como se houvesse amanhã! As outras crew´s ficaram surpreendidos com a alma com que dançavamos, parecia que tinhamos um bicho dentro deles. A minha equipa ganhou sem qualquer margem de dúvida, tinham sido imbatíveis.
Depois dirigi – me para o bar a noite estava calma, haviam poucos clientes também era meio da semana, era normal, a noite foi fácil de passar sem problemas. Quando saí do bar eram 5h 30m e estava imenso frio agora reparava estava a chover imenso, e eu não tinha casaco, tinha – me esquecido em casa. Subi na moto que rapidamente começou a trabalhar e conduzi até casa. Meti a chave na porta e estava tudo calmo, aposto que ainda estão a dormir, aqueles 4! Bem, deixá – los vou preparar o pequeno almoço e trocar de roupa, daqui a nada vou acordá – los. Já eram 7h e eu decidi acordá – los e colocar música ambiente:

– Pessoal toca a acordar, vá lá toca a levantar, boys! - Disse energéticamente.

– Como consegues, ainda nem te deitas – te e continuas parece que tás com as pilhas todas!? -Disse Georg sonolente.

Rápidamente estávamos todos à mesa, a conversar animadamente:

– Tou cheia de fome, como sinto falta de comer! O meu estômago já não aguentava, já fazia barulhos estranhos e tudo! -Dizia comendo como se não houvesse amanhã.

– Já reparamos, então e a battle correu bem? - Pergunta Gustav curioso, e olhando para mim simpaticamente.

– Se correu bem? Foi do best! Vencemos, mas as outros eram óptimos! Mas tmabém deixamos tudo o que tínhamos lá. As nossas almas e mentes ficaram lá. Parecíamos uns bichos malucos, foi esmagador, a música possuía – nos! Espero que hajam mais destas! – Disse animadamente a comer.

– Uau, estou a ver que a noite foi boa! Prometes que tens cuidado! – Dizia Georg acariciando o meu cabelo.

– Prometo! - Disse limitando – me a comer.

– E no bar, aconteceu alguma coisa de interessante? – Pergunta Bill

– Não, mesmo nada! Os de sempre, clientes alterados de tão bêbados. Bem, mas tive uma situação engraçada. De resto foi só servir copos e fazer malabares com as garrafas, nada de especial! – Disse a recordar.

– Conta o que aconteceu de tão engraçado? – Diz Tom já a curiosidade a aguçar – lhe o espírito.

Postado por: Grasiele

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