quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht - Capítulo 8 - Descobertas

Estava com uma dúvida que atormentava minha mente, mas que precisava ser solucionada o mais rápido possível. O que seria melhor: eu contar a verdade para o Tom, ou inventar uma história para os meus pais?
Desde que saímos da boate Tom não havia falado mais nada apenas continuava com aquela expressão que me causava ainda mais angústia. Antes que ele ligasse o motor do carro eu disse:

- Tom, eu não posso voltar pra casa.

 Quando eu falei isso parecia que ele iria gritar comigo, antes que ele o fizesse eu continuei:

- Para sair com você eu tive que inventar uma história para os meus pais e se eu voltar agora pra casa eles vão descobrir tudo! – então eu contei todo o plano que eu e a Gi criamos. Não sabia o que ele iria fazer, ou falar. Talvez achasse que eu era uma menina completamente estranha e não querer me ver nunca mais.

Mas ele fez algo que eu não esperava. Ele deu aquele sorriso encantador e disse:
- Vamos para minha casa então. Eu moro perto daqui.

Aquilo fez com o carinho que eu sentia pelo Tom aumentasse ainda mais, porém depois dos beijos que ele me deu naquela boate eu já não tinha tanta certeza se o que eu sentia por ele era apenas carinho, confesso que no pouco tempo em que tivemos tão próximos eu senti algo diferente, algo que não era carinho, e sim uma coisa que eu nunca havia sentido antes. Não tão forte, não tão intensamente. É claro que eu sentia atração pelo Gustav, mas com o Tom era simplesmente diferente.
Como pode uma pessoa que eu conheci há tão pouco tempo mexer tanto comigo? Realmente me preocupou e muito a possibilidade dele não querer mais me ver.
E nesse instante meus pensamentos são interrompidos pela voz do Tom:

- Você ainda está passando mal? Tem uma farmácia logo ali.
- Não precisa. Já estou me sentindo melhor.

Chegamos na casa do Tom, ele morava em um apartamento, muito bonito por sinal. Após guardar o carro na garagem fomos ao elevador. Ele morava no sétimo andar. Ao abrir a porta me deparei com um local totalmente diferente do que eu esperava. Era tudo muito bagunçado, roupas jogadas por todos os lados, pizzas jogadas pelo chão. Não era um lugar sujo, apenas muito bagunçado.

- Vai ficar de pé aí?! Senta!
- Assim que eu achar o sofá eu faço isso.
- Sofá?! Eu não tenho sofá. As minhas visitas sempre estão mais interessadas na cama, se é que você me entende.
- E cadê ela?
- Tá por aí... – disse ele rindo.
- Afastei as roupas que estavam em cima da cama e me sentei.

Ele tirou os tênis e as meias e logo após a camisa. Nesse momento pude ver o corpo perfeito que estava escondido naquelas roupas enormes. Tom tinha um pele dourada e um abdome definido, não pude deixar de olhar para aquele corpo. Além do rosto, ele também tinha um corpo lindo!

- Como assim, você vai tirar toda a roupa? Desse jeito?!
- Você quer um strip-tease? Se quiser eu tiro com mais jeitinho...

Para aumentar ainda mais o meu “sofrimento” ele fez, fez aquilo que durante toda aquela semana eu fiquei lembrando e visualizando em minha mente, ele passou a língua no seu lábio inferior indo lentamente de um canto para o outro movimentado levemente o pircing e veio em minha direção, com aquele olhar sedutor.
Meu coração batia acelerado, não podia me controlar. Ele se sentou a meu lado e olhando sempre diretamente nos meus olhos, ele me beijou. Não tive forças para recuar, dessa vez não pude desviar o rosto. Aquele cheirinho dele entrava pelas minhas narinas e percorria todo o meu interior. Me sentia indefesa nos braços daquele homem que com a língua explorava toda a minha boca, ele mordia os meus lábios dando leves puxadas, o seu pircing não nos atrapalhava em nada, muito pelo contrário.
Ele fez com que eu me deitasse e logo após deitou sobre mim, o peso daquele corpo sobre o meu fez com que o ritmo da minha respiração aumentasse ainda mais, pude perceber que a sua respiração também estava alterada, mas ele não parecia estar tão nervoso quanto eu. Ele me beijava ferozmente e suas mãos que até momento estavam na minha nuca passaram a querer conhecer mais o corpo que já estava queimando de tanto prazer, eu ao entrarem por debaixo de minha blusa, fez com que eu me lembrasse dos meus seios, meus minúsculos seios. Passei a imaginar a cara de decepção do Tom ao toca-los, ao vê-los. Então rapidamente tirei as mãos do local que estavam que para a minha sorte ainda não haviam tocado nos meus seios e o afastei para longe de mim.

- O que foi agora? Sinceramente eu não te entendo! – disse ele em voz alta.
- Eu ainda não posso fazer isso Tom.
- O que é, é por causa daquele cara? Se for esse é o melhor jeito de o esquecer ele! – disse se aproximando de mim novamente.
- Tom eu sou virgem.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos e então deu uma gargalhada.
- Virgem? Você está brincando comigo, não é mesmo? Pow gata brincadeira tem hora.
Dinheiro e mulher virgem é coisa rara de se encontrar por aí, só tendo muita sorte. Conta outra vai!

Aquilo me deixou tão magoada, ele realmente pensou que eu estivesse brincando! Me senti tão envergonhada, queria me esconder de algum jeito, ou então voltar no tempo e não deixar as coisas chegarem a tal ponto. Mas já era tarde demais.
Ao ver que eu estava completamente magoada e desconfortável com aquela situação, Tom finalmente percebeu que eu não estava brincando.

Então ele se aproximou de mim colocou uma das mãos sobre o meu rosto disse:
- Você estava falando sério, não é mesmo?

Não falei nada, apenas confirmei com a cabeça. E não pude evitar que lágrimas escorressem dos meus olhos.
Eu não sou do tipo de pessoa que consegue disfarçar o que se está sentindo. Não posso controlar minhas emoções. Nunca pude.

Tom apenas me abraçou, e assim ficamos por um bom tempo.
Mas eu sabia o tipo de cara que o Tom era, sabia que se eu quisesse ficar com ele, não bastava eu apenas mudar por fora. Eu tinha que mudar por dentro também. Sabia que se eu não fizesse isso logo, se eu não libertasse a Camila livre e desinibida de dentro de mim, aconteceria a mesma coisa que aconteceu com o Gustav, ou até mesmo pior.

Postado Por: Grasiele

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