quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht - Capítulo 1 - O Reencontro

 Lá estava eu, sentada naquela mesa de boate, sozinha, com um copo de cerveja nas mãos, o quinto na verdade. Nunca fui muito de beber mas naquele momento eu precisava, foi o único modo que encontrei de esquecer os meus problemas e tudo o que aconteceu hoje.
Tarde da noite ao sair do trabalho encontrei meu ex-namorado, Gustav, um homem forte, loiro, sério e com um mistério no olhar que fascina qualquer mulher, e comigo não era diferente. Mas eu não podia demonstrar que ainda me interessava por ele, que ainda o desejava como homem. Mas todo o meu esforço foi em vão, meus olhos, minha respiração, minha boca me entregaram completamente. Ele estava com uma regata branca que deixava seus braços musculosos a mostra, sua pele branquinha era um charme a mais. Ele ao contrário de mim ainda não tinha notado a minha presença, e nem eu queria que isso acontecesse mas quando eu ia andar mais rápido, ele me chama:
-Camila! Camila!
 Não pude bancar a mal educada ou desentendida, me virei imediatamente com um sorriso no rosto:
- Oi, como você está? Faz tempo que não nos vemos.- disse ele com aquela voz baixa porém grossa.
- Oi eu estou bem. Nem lembro quando foi a última vez que nos vimos.

Mas é claro que eu me lembrava, fazia três meses mas parecia que foi ontem. Gustav me ligou dizendo que queria conversar comigo um assunto importante. Marcamos de nos encontrar em minha casa, quando ele chegou logo corri para beija-lo, mas ele virou o rosto e seriamente me disse:
- Não podemos mais continuar com essa relação, eu não estou me sentindo bem. Não é mais a mesma coisa. O encanto acabou.
Fiquei sem reação diante daquelas palavras, nem chorar ou gritar eu consegui, apenas emudeci ouvindo aquelas palavras que magoavam profundamente o meu coração.
-Camila? Você vai ficar bem? – disse ele diante da minha expressão de total surpresa.
Foi aí então que tive forças e coragem de perguntar o porquê de tudo aquilo. Não entendia como um sentimento tão verdadeiro acabava assim da noite pro dia.
- Por que Gustav? Por quê? O que eu fiz de errado? Foi alguma coisa que te contaram? – perguntei aos prantos.
- Não, não é nada disso. Apenas não dá mais. Mas espero que ainda sejamos amigos.

Depois disso não nos falamos mais. E agora ele estava ali na minha frente.
- Bom eu tenho que ir, está tarde e estou muito cansada. – eu disse na tentativa de sair daquela situação tão desconfortável para mim.
- Ah tudo bem. Até a próxima!
- Até!
Continuei caminhando, e ao chegar na esquina resolvi voltar. A curiosidade era maior, queria perguntar se ele já tinha me esquecido, ou melhor se ele sentiu a minha falta.
Mas ao voltar o avistei com uma garota, uma bela garota por sinal. Alta, magra, seios fartos e com um corpo invejável. Ao contrário de mim, que sou magra e alta, porém com seios pequenos e um corpo comum. Enfim não teria nenhuma chance competindo com aquela garota que parecia ter saído de uma capa de revista.
No entanto apressei meus passos e consegui alcança-los..
Eles estavam caminhando de costas para mim, ainda não tinham percebido que eu estava atrás deles. Como pode eu ser tão desprezível assim, que até pareço invisível, ninguém me nota, ninguém me percebe?!
Mas o pouco tempo em que estive perto deles foi o suficiente para escutar um trecho da conversa:
- Foi aquela idiota que você largou pra ficar comigo?! Eu teria deixado ela há muito tempo, se é que um dia eu teria tido alguma coisa ela... Aff... toda certinha, com cara de nerd. Ta explicado porquê você veio procurar coisa melhor – disse às gargalhadas.

Não aguentei ouvir mais, e entrei no primeiro lugar que vi na minha frente. A minha vontade era de fugir, sumir dessa cidade, desse país, desaparecer da face da Terra. Mas infelizmente as coisas não são fáceis assim. Então a minha única saída é enfrentar esse problema de frente.
Mas hoje não. Hoje eu apenas quero esquecer de tudo que ouvi, esquecer que fui enganada, humilhada. Esquecer que fui idiota ao ponto de voltar pra perguntar se ele ainda gostava de mim.

Postado Por: Grasiele

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