quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht - Capítulo 7 - A Festa II

Estou aqui na porta da boate esperando pelo Tom, será que cheguei cedo demais?
Olho para todos os lados e nem sinal do Tom. Já começo a me desesperar. Ao me convencer que definitivamente ele não viria resolvi voltar pra casa da Giselle, mas logo o avisto vindo em minha direção, mais lindo do que nunca, com uma camisa branca estampada combinando com o boné, e com uma calça que no mínimo caberia uns dois “Tom”. O sorriso que ele trazia em seu rosto o deixava mais encantador ainda.

- Oi – ele disse se aproximando para me dar um beijo.
Por impulso me virei e acabei sendo beijada no rosto embora pudesse perceber que essa não era a intenção real do Tom. Mas pude sentir o seu cheiro. Não me parece ser um aroma de perfume, e sim um cheiro natural, típico de homem. Com certeza não conseguiria mais esquecer aquele cheiro.

- Vamos entrar logo! Não quero perder tempo! – disse ele puxando meu braço.

Creio que ele não tinha noção da força que possuía, pois com este gesto quase me derrubou no chão, se bem quem eu estava tão hipnotizada por aquele perfume que até mesmo uma leve brisa poderia me fazer ir ao chão. O fato de ele não fazer nenhum comentário sobre a minha aparência também me chamou atenção. Será que ele não notou nada de diferente em mim?

Dentro da boate estava muito escuro, e a música extremamente alta o que me incomodava um pouco. E de repente senti um cheiro, pelo qual eu não conhecia, mas que era muito desagradável, pela fumaça que conseguia ver em alguns lugares, já desconfiei do que se tratava.
Só eu parecia estar incomodada com aquilo tudo, as outras pessoas muito animadas, se divertiam, bebiam e dançavam.
Tom me levou para um canto da boate onde tinha um barzinho, e nos encostamos um do lado do outro no balcão. Tom não perguntou o que eu queria, pediu logo duas bebidas. Na verdade eu preferia beber um refrigerante, mas fiquei sem graça em dizer isso a ele, então peguei meu copo sem dizer nada.
Nesse momento Tom me disse alguma coisa, mas como a música estava muito alta não pude ouvi-lo.
Então ele se pôs na minha frente e imprensou minhas costas contra o balcão. Eu não esperava por toda aquela proximidade, ao sentir seu corpo tão perto do meu, minhas pernas estremeceram, senti um arrepio correr pela minha espinha, e aquele cheiro só piorava a minha situação.
Então ele falou no meu ouvido:

- Eu acho que estou gostando você.
- Eu também gosto muito de você Tom, acho que poderemos ser ótimos amigos.
- Mas eu não quero ser seu amigo – ele disse, dando beijos e leves chupões no meu pescoço.
Aquilo estava me deixando louca, a cada toque dos seus lábios em pescoço, eu sentia meu coração bater mais forte, minha respiração ficava mais rápida. E de repente sinto suas mãos entrarem por de baixo das minha saia e logo em seguida segurando firmemente em minha coxa.

Tom não sabia que eu era virgem, não lhe contei coisa tão íntima durante o meu desabafo no carro.

- Pára! Pára Tom! – disse o afastando de mim.
- Por quê?
- Alguém pode estar olhando.
- Assim é melhor ainda - ele disse se aproximando mais de mim.
- Não, e também eu não estou me sentindo bem, preciso ir pra casa.

A expressão no rosto do Tom me fez temer por qual seria a sua atitude, era um misto de raiva com decepção.
Ele terminou sua bebida e começou a andar se afastando de mim sem se quer olhar pra trás.

Ele iria me deixar ali sozinha? Será que eu havia estragado tudo? Fiquei desnorteada sem saber o que fazer.
Então vejo ele voltando em minha direção, já não tinha mais aquele jeito doce ou sedutor, estava assustadoramente sério. E então me falou:

- Você não queria ir embora? Tá esperando o quê? Vamos!

Eu estava preocupada pelo Tom e pelo fato de ele querer me levar pra casa! Ele não sabia que eu iria para casa de uma amiga. Ainda era cedo os pais da Gi deviam estar acordados, e então não teria como eu entrar escondido! E agora? Eu não posso nem voltar para minha casa e nem para a casa da Gi!

Postado Por: Grasiele

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