segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Wenn Nichts Mehr Geht - Capítulo 13 - Em busca de respostas

Fiquei deitada em minha cama, não sabia exatamente o que sentia, era um misto de tristeza, decepção e raiva. Aquilo não poderia ficar assim. Eu precisava de explicações! Eu confiei no Tom, me entreguei completamente a ele, enfrentei meus pais por ele. A dor que eu senti pelo Gustav não era nada comparada ao o que eu estava sentindo naquele momento.
Os comprimidos que eu havia ingerido me causaram uma sonolência e fizeram com que durante a madrugada eu me sentisse muito enjoada, correndo várias vezes até ao banheiro para vomitar. Passei muito mal não conseguindo assim dormir direito, então acabei perdendo a hora de ir trabalhar. Ao acordar e ver que horas eram liguei para a D. Laura pedindo-lhe desculpas e informando que estava passando muito mal, por isso não poderia ir trabalhar naquele dia. Ela como sempre muito compreensiva, me desejou melhoras.
Fui até a cozinha e preparei um chá, e enquanto o tomava minha mãe dizia:

– Por que você não foi trabalhar hoje? Já desistiu de juntar dinheiro para a faculdade?
– Não, mãe. É que eu fui dormir me sentindo um pouco mal.
– Deve ser um resfriado, você chegou toda ensopada ontem. Nem vou perguntar onde estava.
– Eu já estou me sentindo bem mãe. – para não dar maiores explicações me retirei da cozinha e voltei para o quarto. Ainda não havia esquecido o que Tom tinha me feito, não sabia se estava preparada o suficiente para revê-lo, mas eu precisava de respostas. Então decidi ir até a sua casa.

Durante todo o caminho fiquei pensando no que ele me diria. Será que tentaria desmentir? Me pediria desculpas ou confirmaria tudo? Eu não fazia idéia de qual seria sua atitude, o que me deixava ainda mais aflita.
Finalmente cheguei em seu prédio, desta vez Tom estava em casa.
Ele abriu a porta com uma cara de quem acabara de acordar.
– Entra aí. – disse ele dando um grande bocejo.

Havia garrafas de bebidas espalhadas pelo quarto junto com a bagunça de sempre.
Tom estava como se nada tivesse acontecido, como se tudo estivesse perfeitamente normal entre nós dois.

– Eu vi você ontem naquele bar.
– Viu? E por que não foi até lá?
– Não banque o cínico, Tom! Eu vi você aos beijos com aquela mulher! Como você teve a coragem de fazer isso comigo?
– De fazer o que com você? – disse ele, como se tudo o que estava dizendo fosse a coisa mais absurda do mundo.
– Ter me traído! Por que você fez isso Tom ?!
– Eu não te trai com ninguém.
– Você vai negar que ontem estava beijando aquela mulher? Não adianta, eu vi tudo!
– Eu estava sim com uma mulher, mas eu não te traí, afinal nós não estávamos namorando.
– Como assim Tom?! E os nossos encontros?
– Foram apenas encontros. Confesso que passei até muito tempo só com você.
– Você me enganou, eu pensei que o que estávamos sentindo um pelo outro fosse verdadeiro!
– Eu não enganei ninguém, me diz quando foi que eu te falei que estávamos namorando ou que eu queria alguma coisa séria com você. Quando?
– Mas Tom, eu me entreguei a você... – eu disse, já com lágrimas a escorrer pelo rosto.
– Eu não te obriguei a nada. Você fez por que quis!
– Mas... e todas as coisas bonitas que você me disse?! Não eram verdade?
– Eu digo isso para todas! Você já devia saber disso, na primeira vez que te conheci eu disse que não era homem de ficar apenas com uma mulher. Eu te disse, você não acreditou porque não quis. Agora vir até a minha casa e fazer esse drama, já é demais.

Ao ouvir tudo aquilo fiquei com ainda mais raiva e queria descontar tudo nele, então comecei a lhe agredir, chorando e perguntando porque ele tinha feito aquilo comigo, mas foi em vão. ele era muito mais forte que eu e segurando firmemente meus pulsos gritava:
– Você está louca? Sai daqui. Não me venha bancar a histérica! Em nenhum momento eu dei esperanças que eu poderia ter alguma coisa séria com você. Você acreditou nisso porque quis!

Então ele abriu a porta e me empurrou para fora.
Deslizei pela parede e com as mãos sobre meu rosto continuei a chorar, eu não conseguia parar de chorar. As palavras duras que o Tom havia me dito, acabaram de destruir o que havia restado do meu coração.
O sentimento de vingança veio com mais força a minha mente. Eu pensarei em um jeito de me vingar, o pior jeito possível. Eu armaria um plano, algo que o pudesse fazer se arrepender pelo resto da vida de ter feito isso comigo, algo que o fizesse se rastejar pelo meu perdão.
Não passarei mais o meu tempo chorando por ele ou por quem quer que seja. Apenas planejarei a minha vingança.

Postado por: Alessandra

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