sábado, 12 de novembro de 2011

Confidências - Capítulo 44

Meu corpo estava quente, eu me arrepiava a cada toque seu em meu corpo. Me virei de lado ficando em sua frente, encostei meu corpo no seu e fiquei brincando com uma de suas tranças, ele ficou me observando e passando a mãos nas minhas costas.

- E ai? Me conte como está a sua vida ? – disse Tom
- Está uma merda, mais talvez melhor que a merda de antes – eu disse rindo
- Haha antes era uma merda? – disse ele se referindo ao tempo na Alemanha
- Ah não se quer dizer o tempo na Alemanha? –
- Isso mesmo –
- Ah lá não foi uma merda –
- A ótimo –
- Foi uma bosta triplicada em 21521552 vezes – eu disse
- Nossa – disse ele se espantando – Valeu heim –
- Não, acho que lá foi uma descoberta Tom –
- Um descoberta? em que sentido? –
- Você Tom, quando você me ajudou aquela noite no parque cuidando de mim –
- Ta mais por que uma descoberta isso? –
- Descobri que você não apenas “prazer” você é mais que isso, você não é o que quer ser uma pessoa sem sentimentos você tem eles só não sei aonde estão – eu disse
- Ah entendo, eu tenho sentimentos só que eu não acredito muito no amor, não acredito que uma pessoa possa viver 50 anos com uma pessoa e continuar amando ela – disse Tom
- Se ela te completar você sempre a amará – eu disse

Olhei para ele, ele estava olhando para o teto sem saber como me responder, passei a mão no seu peitoral, e fiquei ali passando as minhas unhas de leve e observando os pelos do seus braços se arrepiarem. Tom não me amava, ou era isso que eu pensava, eu não podia acreditar novamente nele, da ultima vez que acreditei nele eu me magoei mais ainda. Aquele dia no parque em que o Tom me disse um textinho decorado eu não deveria ter me rendido a ele novamente. Escutei Bill chamar Tom.

- Tom, seu retardado vem aqui – disse Bill nervoso
- Eu não seu anta – disse ele se mexendo na cama

Me virei e vi a maçaneta da porta se abrindo e uma mulher muito bonita entrando no quarto, ela usava um mini-micro-vestido, os seus peitos estavam bem a mostra, e ela usava um salto 15, ela me olhou e fez cara de nojo, Tom arregalou os olhos e me olhou assustado.

- O que ela está fazendo aqui? –
- Oi Tom, e ai ? – disse a mulher
- Sai – disse ele
- Tom... – eu disse impaciente
- Mel, eu não eu não sabia que iria ver você hoje – disse ele
- Sim entendo, claro eu sou uma burra, nem deveria ter vindo aqui – eu disse me levantando da cama – Obrigada Ok
- Mel você não vai embora – disse Tom enquanto eu já estava vestindo a minha camiseta
- Cale a boca – eu disse
- Ah então Tom, vamos deixa ela ai – disse a mulher
- Ah sua vagabunda suma daqui – disse ele colocando o dedo na cara dela
- Não aponte esse dedo na minha cara – disse a mulher
- Não me diga o que fazer, suma daqui não ouviu? É surda? – disse Tom.

A mulher deu meia volta e saiu e puxou a porta para fechá-la eu gritei que era para deixar aberta, ela não me ouviu e a fechou mesmo assim. Eu já estava vestida por completo só faltava calçar meus sapatos. Peguei-os e vesti, respirei fundo e encarei Tom por alguns segundos, uma decepção ver vindo aqui para ver isso, fui em direção a porta, ele entrou em minha frente e me puxou pelo braço e me jogou contra a parede me prensando, seu corpo me apertava contra a parede, meus braços estavam levantados e ele segurava meus pulsos. Nossos rostos estavam perto o bastante, os nossos lábios latejavam e estavam quase se encostando um no outro, eu olhava em seus olhos e em seus lábios rapidamente, meus seios subiam e desciam rápido por causa da minha respiração.

- Me solta – eu disse quebrando o silencio
- Não Mel você não vai fugir de novo –
- Nunca foi uma questão de fugir –
- Anham então você veio para o Brasil por que? – ele disse ainda me segurando
- Não foi minha escolha ta legal? Foi meu pai que foi me buscar lá – eu disse
- Anham ta –
- Me solta eu já disse – eu falei e ele me soltou
- Você não vai me abandonar, eu não vou deixar você sair outra vez pela porta sem me dar explicações –
- Explicações? – eu disse indignada
- É –
- Am então eu vou te dar uma explicação para aquele dia – eu disse- Você acha que eu ficaria em algum lugar onde uma pessoa me ofende? –
- Eu te ofendi? –
- Ah e o John era só um amigo seu?  A Tom vai a merda, se isso não é ofensa por favor né – eu disse me irritando – eu vou embora

Eu disse saindo pela porta, como Tom conseguia me tirar do serio. Ele veio vindo atrás de mim com a toalha enrolada na cintura, eu estava na sala, e ele veio gritando atrás de mim que eu não iria a lugar nenhum.

- Ah Tom como se você se importasse com a minha presença – eu disse
- Eu me importo Mel e muito sabia – disse ele
- Realmente se importa? Então demonstre. Porque eu não acredito em simples palavras. – eu disse indo em direção a porta.

Eu sai e bati com tudo a porta do quarto de hotel, parei diante do elevador apertando o botão para o hall de entrada, estava demorando então decidi descer escada a baixo. Arranquei o meu sapato de salto e desci as escadas descalço mesmo, percebi que meus olhos ardiam de raiva e as lagrimas rolavam por meus olhos, viver com Tom era difícil, quando eu achei que aquilo havia morrido aquilo aparece do nada me fazendo acreditar em uma segunda vez ou até terceira. Cheguei no hall e adivinhe quem estava lá, sim era Tom parado no canto de óculos escuros e com um capuz.

- Achei que o que eu tinha dito bastava mais não, você tem que vir aqui – eu disse olhando para ele
- É Mel, eu não sou o Tom! – disse Bill
- Oh meu me desculpe – disse sentindo minhas bochechas corarem.
- Vem nós precisamos conversar –
- Eu não tenho nada para conversar Bill sobre o Tom –
- Vem vamos – disse Bill me puxando
- Bill –
- Mel você precisa, eu sei que você quer saber se algumas coisas então vem – disse Bill num tom mais forte.
- Ok, mais eu não vou entrar lá dentro ok –
- Ok vamos ali – disse Bill apontando para uma salinha

Entrei na salinha com Bill, me sentei no sofá e fiquei ali observando ele. Respirei fundo e me aproximei dele, eu estava nervosa o que ele tinha para me contar? Será que Tom havia falado alguma coisa para ele? A minha cabeça girava e girava eu não sabia como reagir sobre o que ele iria me falar.

Postado por: Alessandra

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